Línguas mazatecas

Mazateco

En Ngixo

Falado(a) em: México,
Região: Oaxaca, Puebla, Veracruz.
Total de falantes: 200 mil
Família: Oto-Mangueana
 Popolocana
  Mazateco
Estatuto oficial
Língua oficial de: México Lei Federal de Direotos Linguísticos dos Povos Indígenas
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: vários:
maa — San Jeronimo Tecóatl
maj — Jalapa de Díaz
maq — Chiquihuitlán
mau — Huautla
mzi — Ixcatlán
vmp — Soyaltepec
vmy — Ayautla
vmz — Mazatlán

As línguas Mazatecas formam um grupo de línguas mesoamericanas do México bastante relacionadas entre si e faladas por cerca de 200 mil pessoas que vivem na áreas da Sierra Mazateca, parte norte do estado de Oaxaca no sul do país, bem como em áreas adjacentes dos estados de Puebla e Veracruz.

Línguas Chinantecas - nº 7, verde “oliva”, centro-leste

Falantes editar

Em 2005 foram identificados cerca de 200 mil falantes das mazatecas conforme INEGI. Aproximadamente 80% desses falantes usam o espanhol para alguns objetivos. Porém, muitas crianças mazatecas conhecem muito pouco ou nada da língua castelhana ao iniciar a escola.

A língua mazateca (uma do grupo) tem presença forte muitas pequenas comunidades menores da grande área mezateca, sendo que em muitas áreas é falada pela maioria da população, embora venha perdendo espaço para o espanhol em cidades maiores como Huautla de Jimenez e Jalapa de Díaz.

Classificação editar

O grupo é muitas vezes descrito como se fosse uma língua única, a mazateca, mas como há muitas variantes que não são mutuamente inteligíveis, uma melhor definição do mazateco seria o de grupo línguístico.[1] As línguas são classificadas como parte das línguas popolocanas, sub-grupo das otomangueanas. Conforme a lei mexicana dos direitos línguísticos, as mezatecas são reconhecidas como “línguas nacionais” junto com outras línguas ameríndias locais e o espanhol.

Entre as línguas popolocanas figuram ainda a popoloca, a ixcateca e as línguas chocho. Daniel Garrison Brinton foi o primeiro a classificar as mazatecas junto as zapotecas[2] Porém, em 1892, o próprio Brinton mudou sua clasasificação e posicionou as mazatecas junto com a língua chapianaca, mangue e as chibchanas.[3]

Comparações mais antigas feitas por Morris Swades, Roberto Weitlaner e Stanley Newman iniciaram os estudos para comparar as línguas otomangueana e uma discípula de Weitlaner, María Teresa Fernandez de Miranda, foi a primeira a propor uma reconstrução das popolocanas. Ela citou os dados das mazatecas, mas não as classificou entre as popolocanas.</ref>

Trabalhos posteriores de Sarah Gudschinsky do Summer Institute of Linguistics reconstruíram totalmente um grupo de línguas proto-Mazatecas (Gudschinsky 1956) e um grupo proto-popolocano-mazateco (Gudschinsky 1959) .

Línguas editar

O padrão ISO 639-3 considera a existência de oito línguas mazatecas, cujas denominação esse referem aos vilarejos onde são faladas

  • Chiquihuitlán (2500 falantes em San Juan Chiquihuitlán. A mais divergente em relação às demais)
  • Central
    • Huautla (50 mil falantes. A mais prestigiada do grupo)
    • Ayautla (3500 falantes em San Bartolome Ayautla. Muito similar a Huautla.)
    • Mazatlán (13 mil falantes em Mazatlán e áreas próximas. Bem similar a Huautla.)
  • Eloxochitlán ou Jeronimo Mazatec (34 mil falantes em San Jerónimo Tecóatl, San Lucas Zoquiapan, Santa Cruz Acatepec, San Antonio Eloxochitlán e outras vilas. Algo similar a Huautla)
  • Ixcatlán (11 mil falantes em San Pedro Ixcatlan, Chichicazapa, Nuevo Ixcatlan. Algo similar a Huautla)
  • Jalapa (16 mil falantes em San Felipe Jalapa de Díaz. Algo similar a Huautla)
  • Soyaltepec (23 mil falantes em San Maria Jacaltepec e San Miguel Soyaltepec. Algo similar a Huautla)

Estudos sobre mútua inteligibilidade entre as comunidades mazatecas identificaram que a maioria das formas são próximas entre si, mas suficientemente distintas de modo que programas de alfabetização devem respeitar os padrões locais.. As formas Huautla, Ayautla, e Mazatlán são cerca de 80% inteligíveis entre si; Tecóatl (Eloxochitlán), Jalapa, Ixcatlán e Soyaltepec se distinguem um pouco mais, sendo 70% inteligíveis com Hautla ou entre as próprias. Chiquihuitlán é bem divergente.[4]

Dialetos editar

A língua ou o grupo linguístico é dividido em diversos dialetos ou variantes, muitos dos quais não são mutuamente inteligíveisa. Os do oeste, os falados em Huautla de Jimenez, San Mateo Huautla, Santa Maria Jiotes, Eloxochitlán, Tecóatl, Ayautla e Coatzospan são geralmente chamados como das “terras baixas”, enquanto que aqueles do nordeste, os falados em en San Miguel Huautla, Jalapa de Díaz, Mazatlán de Flores, San Pedro Ixcatlán e San Miguel Soyaltepec, são chamados das “terras baixas”.

Esses dois grupos diferem principalmente por características fonéticas compartilhadas pelas línguas de cada um desse grupos, principalmente pelo modo como se pronuncia o fonema proto-mazacano /*tʲ/. Naqueles das terras baixas, esse fonema se junta ao /*t/ antes das vogais /*i/ e /*e/; nos das terras altas se junta com // diante de /*k/.[1]

O dialeto de San Miguel Huautla ocuopa uma posição intermediária apresentado características dos dois grupos acima.[1] Há uma significativa divisão entre os dialetos, a geográfica e política que existiu entre 1300 e 1519. Durante a dominação azteca de 1456 a 1519, os territórios da terras altas eram governados a partir do que é hoje Teotitlán del Camino (Oaxaca e os das terras baixas a partir de Tuxtepec, divisão que existe até hoje.[1]

Os dialetos das’’ terras baixas’’ se dividem naqueles ditos do Vale e no de San Miguel Huautla, no qual o som /*tʲ/ é modificado para to /ʃ/ para /*k/, como também ocorre em dialetos das terras altas, porém, em San Miguel Huautla esa mudança ocorreu depois da junção de /*tʲ/ com /*t/ diante de /*i/ e /*e/. Nos dialetos do Vale ocorre a mudança de /*n/ para /ɲ/ em sequências com /vogall-hn-a/ ou /vogal-hn-u/.[1]

Os dialetos do Vale, por sua vez se dividem em meridionais (Mazatlán e Jalapa) e setentrionais (Soyaltepec e Ixcatlán). Nos do sul, ocorre a mudança de /*tʲ/ para /t/ diante de /*k/ (mais tarde mudando *tk em /hk/ no Mazatlán e simplificando para /k/ em Jalapa). Nos dialetos do norte as mudanças são de /t͡ʃ/ para /t͡ʂ/ diante de /*/a. O dialeto de Ixcatlán veio de uma separação do de Soyaltepec ao mudar as sequências /*tʲk/ e /*tk/ em /tik/ e /tuk/, respectivamente.[1]

Os dialetos das’’ terras altas’’ se dividem naqueles do ’’oeste’’ e do ‘‘leste’’ (Huautla de Jimenez e Jiotes). Nos ocidentais a sequência /*ʃk/ se altera para /sk/ e nos orientais para /hk/. O de Huautla de Jimenez muda as sequências /*tʲh/ para antes de vogais curtas, enquanto que o de Santa Maria Jiotes junta a velar labializada oclusiva com k.[1]

Fonologia editar

Como as outras línguas otomangueanas, as mazatecas têm uma complexa fonologia caracterizada por um sistema de tons bem complexo e por fonemas incomuns e quase exclusivas dessas línguas, tas como o uso de voz muito gutural , de voz sussurrante e também de sílabas ditas balísticas, súbitas e curtas (intensidade e tom especiais) . As listas seguintes de fonemas mazatecas se basearam na forma de Jalapa de Díaz publicada por Silverman, Blankenship, Kirk e (1995).

Fonologia comparada editar

A variante mazateca cuja fonologia foi descrita em maior profundidade foi a de Jalapa de Díaz. A sua análise foi baseada num estudo acústico e em formas atuais de análise fonológicas. Apresenta-se aqui uma comparação entre uma prévia descrição do mazatec de Chiquihuitlán publicada por A. R. Jamieson do “Summer Institute of Linguistics” (SIL) em 1977. Essa análise mais antiga não se baseou em modernas análises acústicas e confiou mais em antigas teorias de fonologia, devendo ser vista como uma tentativa de análise. A grande diferença entre as duas análises é que a de Silverman considerou a distinção entre consoantes analisadas e aspiradas, enquanto que Jamieson analisou essas sequências de dois ou poucos mais fonemas, chegando a uma quantidade muito menor de fonemas consoantes.

Vogais editar

Há consideráveis diferenças entre as quantidades de vogais das variantes de Huautla de Jímenez Mazatec que tem somente quatro vogais contrastantes /i, e, a, o/, enquanto que a de Chiquihuitlán apresenta seis.[5]

O mazateco de Jalapa tem um sistema de cinco vogais básicas apresentando contrastes entre anteriores e posteriores, abertas e fechadas, também com um meio aberta [o]. Outras distinções existem entre tons orais, nasais, sussurrantes e guturais e ainda entre sílabas balísticas e não balísticas.

Anterior Posterior
Oral Nasal Gutural Sussurrante Oral Nasal Gutural Sussurrante
Fechada [i] [ĩ] [ḭ] [i̤] [u] [ũ] [ṵ] [ṳ]
Vogal meio fechada [o] [õ] [o̰] [o̤]
Aberta [æ] [æ̃] [æ̰] [æ̤] [ɑ] [ɑ̃] [ɑ̰] [ɑ̤]

O mazateco de Chiquihuitlán, por outro lado, apresenta seis vogais com distinções para nasais. Jamieson não descreve as sussurrantes/guturais, mas em lugar disso descreve vogais interrompidas por consoantes glotais oclusivas ou aspiradas que podem corresponder àquelas características descritas como sussurrantes ou guturais respectivamente.[6]

Anterior Posterior
Oral Nasal interrompida por ʔ interrompida por h oral nasal interrompida por ʔ interrompida por h
Fechada [i] [ĩ] [ḭ] [i̤] [u] [ũ] [ṵ] [ṳ]
Vogal meio fechada [e] [ẽ] [ḛ] [e̤] [o] [õ] [o̰] [o̤]
Aberta [æ] [æ̃] [æ̰] [æ̤] [ɑ] [ɑ̃] [ɑ̰] [ɑ̤]

Consoantes editar

O mazateco de Jalapa apresenta um contraste triplo entre articulações aspiradas-surdas, sonoras e nasalização para plosivas, nasais e aproximantes. A consoante lateral [l] ocorre somente em palavras de origem estrangeira e a consoante vibrante simples [ɾ] ocorre tão simplesmente em um único fonema, o clítico ɾa "(provavelmente)". Também são fonemas quase não usados aqueles bilabiais aspirados e oclusivas planas. [7]

Bilabial Dental Postalveolar Velar Glotal
Plosiva
aspirada (pʰ)
plana (p) t k ʔ
prenasalizada mb nd ŋɡ
Africada
aspirada tsʰ tʃʰ
não aspirada ts
prenasalizada nd͡z nd͡ʒ
Fricativa
surda s ʃ h
Nasal/Oclusiva
surda ɲ̥
plana m ɲ
Modal ɲ̰
Aproximante
surda ȷ̊ ʍ
plana   (l) j w  
nasalizada    
Vibrante   (ɾ)

Tons editar

Como ocorre em outras línguas otomangueanas, as línguas mazatecas são tomais o os tons representam um importante papel para distinção entre léxicos e categorias gramaticais. O ponto principal dos tons mazatecos está no fato de serem as mazatecas línguas assobiadas na maioria das suas comunidades, o que permite que haja falantes que têm conversas inteiras somente com assovios.

O sistema de tons difere de forma significativa entre as variantes:

  • Jalapa apresenta três tons de nível (alto, médio, baixo) e pelo menos seis de contorno (alto-médio, baixo-médio, médio-baixo, médio-alto, baixo-alto; alto-beixo-alto).[8]
  • Chiquihuitlán tem um sistema ainda mais complexo com quatro de níveis (alto, médio alto, médio baixo, baixo) e treze de contorno (alto-baixo, médio alto-baixo, médio baixo-baixo, alto-alto (mais longo que o simples alto), médio alto- alto, médio baixo-alto, baixo-alto; alto-aslto-baixo, meio alto-alto-baixio, médio baixo-alto-baixo, baixo-alto-baixo, baixo- meio alto-baixo, baixo-meio alto).
  • Huautla de Jimenez apresenta tons diferenciadores em cada sílaba,[9] enquanto que o de Chiquihuitlán s´faz a distinção em certas sílabas.[6] O de Huautla não apresenta sistema tonal sândi,[10] enquanto que o Soyaltepec[11] e o de Chiquihuitlán têm regras sândi bem complexas.[12][13]

Assobios editar

A maioria das comunidades mazatecas faz uso do que se denomina linguagem assobiada, na qual as sutis variações da fala são produzidas quando se assobiam os contornos tonais de palavras ou frases. As línguas mazatecas foram bem levadas a se tornar assobiadas pela grande carga de funcionalidade de tons da gramática e semântica mazatecas. Os assobios são muito comuns nas conversações entre jovens,, os quais podem ter longas conversações somente com assobios. Em geral, as mulheres não usam essa fala assobiada, bem como a maioria dos homens mais maduros. Os meninos aprendem a assobiar junto com o aprendizado da fala.

O uso dos assobios é mais usado para conversa a distâncias maiores, para chamar a atenção de alguém que está passando, para interferir em conversações de outros e também em conversas sobre negócios. Como os assobios não carregam informações sobre vogais a vogal, mas somente sobre o tom, muitas vezes os significados de palavras são ambíguos. Porém, como os assobios são usados para uma quantidade limitada de tópicos não há grandes dificuldades para entender o que é dito com base no contexto de uma frase.[14]

Escrita editar

As línguas Mazatecas usam o alfabeto latino:

  • Entre as consoantes não há C, D nem G isoladas, embora haja os digrafos Ch, Nd, Ng; Não há as letras H, Q, V; Usam-se, além disso, os dígrafos Ny, Rr, Ts.
  • vogais são as convencionais nas formas curta e longa (duplicada), mais as formas a’a – e’e – i’i – o’o – u’u – ä – ë – ï – ö – ü.

Gramática editar

Aqui se apresentam informações sobre o mazateco de Chiquihutlán

Verbos

As raízes verbais têm a forma consoante+vogal e são flexionados com prefixos oe sufixoss que marcam pessoa e número do sujeito e também o aspecto do verbo. As vogais dos sufixos se fundem com aquelas das raízes.[15]

Há 18 classes de verbos que se distinguem pela forma dos seus prefixos formadores das raízes. As classes 1, 2, 7, 10 e 15 cobrem os verbos intransitivos e as demais classes envolvem os verbos transitivos. Os verbos transitivos têm dois prefixos, uma para a terceira pessoa e para a primeira do singular e há outra para as demais pessoas. Há distinção entre primeira pesoa inclusiva e exclusiva. A primeira e a segunda pessoas são distinguidas pelo tom.[15][16]

Há as tradicionais três pessoas (1ª, 2ª, 3ª) e dois números (singular, plural), Para a 3ª pessoa, não há distinção de número, mas há diferenciação entre definido e indefinido. O número é definido, quando não perceptível, por pronomes livres e frases nominais.[15]

São quatro aspectos verbais: completivo, continuativo, incompletivo e o neutro ( não marcado).

O modo completivo é formado pelo prefixo /ka-/ à forma neutra do verbo, o continuativo pelo prefixo /ti-/. O aspecto incompletivo apresenta um formo diverso para os prefixos formadores da raiz bem como padrões distintos de tons. Nos verbos incompletivos transitivos somente a primeira pessoa do singular e da terceira variam a partir da forma neutra, A primeira do plural e as duas segundas pessoas não variam.[15]

Publicações editar

Um programa em prol das línguas mazatecas vem sendo desenvolvido pela rádio XEOJN da CDI (Comissão Nacional para Desenvolvimento dos Povos Indígenas) em San Lucas Ojitlán, Oaxaca.

Uma coletânea de histórias da Bíblia foi publicada em mazatec pelas Testemunhas de Jeová e distribuída na forma de áudio pela internet.[17]

O Novo Testamento é disponível nas diversas variantes mazatecas. Estão em formato PDF ou em áudio no site “Scripture Earth” da “Bible League” – Canadá.[18]

Amostra de texto editar

Nga ndindie xuta ngatsen de´e ko ngondsejen ngatjin-kjua nga xchandinkon nt'a ngondsejen ngatjin kokjin-tokon,kotjinkjua nga takie engajan skuendinkon xkjin.

Português

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. (Artigo 1º - Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Notas editar

  1. a b c d e f g Gudschinsky 1958
  2. Brinton 1891
  3. Brinton 1892
  4. Egland (1978).
  5. Suárez 1983:59
  6. a b Jamieson 1977
  7. Silverman et al. 1995:83
  8. Silverman et al. 1995:72
  9. Suárez 1983:52
  10. K Pike 1948:95
  11. E. Pike 1956
  12. Jamieson 1977:113
  13. Suárez 1983:53
  14. Cowan 1948
  15. a b c d Léonard & Kihm 2010
  16. see also this short paper by Léonard & Kihm Arquivado em 12 de abril de 2012, no Wayback Machine.
  17. «Testemunhas de Jeová – Mazateco». Consultado em 9 de outubro de 2012. Arquivado do original em 23 de julho de 2012 
  18. Bible League – Canadá

Bibliografia editar

Agee, Daniel; Marlett, Stephen (1986). «Indirect Objects and Incorporation in Mazatec». Work Papers of the Summer Institute of Linguistics. 30: 59–76 
Agee, Margaret (1993). «Fronting in San Jeronimo Mazatec» (PDF). SIL-Mexico Workpapers. 10: 29–37 
Brinton, Daniel G. (1891). «The American Race: A Linguistic Classification and Ethnographic Description of the Native Tribes of North and South America». New York 
Brinton, Daniel G. (1892). «On the Mazatec Language of Mexico and Its Affinities». American Philosophical Society. Proceedings of the American Philosophical Society. 30 (137): 31–39. JSTOR 983207 
«Mazatecos - Ha shuta Enima». Información: Los pueblos indígenas de México. CDI. 2004–2007. Consultado em 2 de maio de 2007. Cópia arquivada em 9 de junho de 2007  (em castelhano)
Cowan, George M. (1948). «Mazateco Whistle Speech». Language, Vol. 24, No. 3. Language. 24 (3): 280–286. JSTOR 410362. doi:10.2307/410362 
Duke, Michael R. (s.d.). «Writing Mazateco: Linguistic Standardization and Social Power». Introduction to Linguistic Anthropology, Course Ant-392N. University of Texas at Austin. Consultado em 29 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 23 de março de 2005 
Egland, Steven (1978). La inteligibilidad interdialectal en México: Resultados de algunos sondeos (PDF online facsimile of 1983 reprinting). México, D.F.: Instituto Lingüístico de Verano. ISBN 968-31-0003-1. OCLC 29429401  (em castelhano)
Faudree, Paja (2006). Fiesta of the Spirits, Revisited: Indigenous Language Poetics and Politics among Mazatecs of Oaxaca, Mexico. University of Pennsylvania: Unpublished PhD. dissertation. ISBN 978-0-542-79891-7 
Fernandez de Miranda; Maria Teresa (1951). «Reconstruccion del Protopopoloca». Revista Mexicana de Estudios Antropológicos. 12: 61–93 
Golston,Chris; Kehrein, Wolfgang (1998). «Mazatec Onsets and Nuclei». IJAL. 64 (4): 311–337 
Gudschinsky, Sarah C. (1953). «Proto-Mazateco». Mexico: Universidad Nacional Autónoma de México. Ciencias Sociales, Memoria del Congreso Científico Mexican. 12: 171–74 
Gudschinsky, Sarah C. (1956). Proto-Mazatec Structure. University of Pennsylvania: Unpublished MA thesis 
Gudschinsky, Sarah C. (1958). «Native Reactions to Tones and Words in Mazatec». Word. 14: 338–45. 
Gudschinsky, Sarah C. (1958). «Mazatec Dialect History: A Study in Miniature». Language. 34 (4): 469–481. JSTOR 410694. doi:10.2307/410694 
Gudschinsky, Sarah C. (1959). «Discourse Analysis of a Mazatec Text». IJAL. 25 (3): 139–146. JSTOR 1263788 
Gudschinsky, Sarah C. (1959). «Mazatec Kernel Constructions and Transformations». IJAL. 25 (2): 81–89. JSTOR 1263623 
Gudschinsky, Sarah C. (1951). «Solving the Mazateco Reading Problem». Language Learning. 4: 61–65. doi:10.1111/j.1467-1770.1951.tb01184.x 
Gudschinsky, Sarah C. (1959). «Toneme Representation in Mazatec Orthography». Word. 15: 446–52 
Jamieson, A. R. (1977a). «Chiquihuitlán Mazatec Phonology». In: Merrifield, W. R. Studies in Otomanguean Phonology. Arlington, Texas: SIL-University of Texas. pp. 93–105 
Jamieson, A. R. (1977b). «Chiquihuitlán Mazatec Tone». In: Merrifield, W. R. Studies in Otomanguean Phonology. Arlington, Texas: SIL-University of Texas. pp. 107–136 
Jamieson, C. A. (1982). «Conflated Subsystems Marking Person and Aspect in Chiquihuitlán Mazatec Verbs». IJAL. 48 (2): 139–167 
Jamieson, C. A.; Tejeda, E. (1978). «Mazateco de Chiquihuitlan, Oaxaca». México: CIIS. Archives of the Indigenous Languages of Mexico (ALIM) 
Jamieson, C. A. (1996). «Chiquihuitlán Mazatec Postverbs: The Role of Extension in Incorporation». In: Casad, Eugene H. Cognitive Linguistics in the Redwoods: The Expansion of a New Paradigm in Linguistics. Col: Volume 6 of Cognitive Linguistics Research. [S.l.]: Walter de Gruyter 
Kirk, Paul L. (1970). «Dialect Intelligibility Testing: The Mazatec Study». The University of Chicago Press. IJAL. 36 (3): 205–211. JSTOR 1264590 
Kirk, Paul L. (1985). «Proto-Mazatec Numerals». The University of Chicago Press. IJAL. 51 (4): 480–482. JSTOR 1265311 
Léonard, Jean-Leo; Kihm, Alain (2010). «Verb Inflection in Chiquihuitlán Mazatec: A Fragment and a PFM Approach». In: Müller, Stefan. Proceedings of the HPSG10 Conference (PDF). Université Paris Diderot: CSLI Publications 
Schane, S. A. (1985). «Vowel Changes of Mazatec». IJAL. 51 (4): 62–78 
Schram, J. L.; Pike, E. V. (1978). «Vowel Fusion in Mazatec of Jalapa de Días». IJAL. 44 (4): 257–261 
Schram, T. L. (1979). «Tense, Tense Embedding and Theme in Discourse in Mazatec of Jalapa de Díaz». In: Jones, Linda K. Discourse Studies in Mesoamerican Languages: Discussion. [S.l.]: Summer Institute of Linguistics and the University of Texas at Arlington 
Schram, T. L.; Jones, Linda K. (1979). «Participant Reference in Narrative Discourse in Mazatec de Jalapa de Díaz». In: Jones, Linda K. Discourse Studies in Mesoamerican Languages: Discussion (PDF). [S.l.]: Summer Institute of Linguistics and the University of Texas at Arlington 
Schram, T. L. (1979). «Theme in a Mazatec Story». In: Jones, Linda K. Discourse Studies in Mesoamerican Languages: Discussion. [S.l.]: Summer Institute of Linguistics and the University of Texas at Arlington 
Pike, Eunice V. (1956). «Tonally Differentiated Allomorphs in Soyaltepec Mazatec». The University of Chicago Press. IJAL. 22 (1): 57–71. JSTOR 1263579 
Regino, Juan Gregorio; Hernández-Avila, Inés (2004). «A Conversation with Juan Gregorio Regino, Mazatec Poet: June 25, 1998». University of Nebraska Press. American Indian Quarterly. 28 (1/2, Special Issue: Empowerment Through Literature): 121–129. JSTOR 4139050. doi:10.1353/aiq.2005.0009 
Silverman, Daniel; Blankenship, Barbara; Kirk, Paul; Peter Ladefoged (1995). «Phonetic Structures in Jalapa Mazatec». Anthropological Linguistics. 37 (1): 70–88 
Silverman, Daniel; Blankenship, Barbara; Kirk, Paul; Peter Ladefoged (agosto de 1994). «Phonetic Structures in Jalapa Mazatec». UCLA Working Papers in Phonetics. Fieldwork Studies of Targeted Languages II. 87: 113–130 
Ventura Lucio, Felix (2006). «La situación sociolingüística de la lengua mazateca de Jalapa de Díaz en 2006» (PDF). In: Marlett, Stephen A. (ed.). Situaciones sociolingüísticas de lenguas amerindias (PDF online publication). Lima: SIL International and Universidad Ricardo Palma 
Weitlaner, Roberto J.; Weitlaner, Irmgard (1946). «The Mazatec Calendar». Society for American Archaeology. American Antiquity. 11 (3): 194–197. JSTOR 275562. doi:10.2307/275562 
Vielma Hernández; Jonathan Daniel (2017). «Panorama de los estudios lingüísticos sobre el mazateco». Cuadernos de Lingüística de El Colegio de México. 4 (1): 211–271. 

Ligações externas editar