A Liga Solidária, fundada em 10 de março de 1923 como Liga das Senhoras Católicas de São Paulo, é uma organização da sociedade civil – (OSC) sem fins lucrativos que desenvolve programas socioeducativos e de cidadania que beneficiam mais de 10.000 crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Sobre editar

O atendimento social é realizado em 8 programas socioeducativos, sob dois eixos principais: educação e assistência social. Cerca de 90% do trabalho realizado pela Liga Solidaria é desenvolvido no Complexo Educacional Educandário Dom Duarte (EDD), com 480 mil m2 localizado no Distrito Raposo Tavares. A Liga também desenvolve ações sociais em mais 3 bairros de São Paulo: Saúde, Rio Pequeno e Cidade Monções.

Na lógica de promoção de autonomia para o público atendido, as diretrizes de atuação são definidas de acordo com as demandas apresentadas pela comunidade residente no Distrito Raposo Tavares e com as políticas públicas para educação e assistência social. A Liga se coloca como articuladora entre a população e o poder público, promovendo a inclusão social e estimulando o exercício da cidadania entre todas as idades.

Além de ser participante de reuniões na comunidade, fóruns de defesa dos direitos da criança e do adolescente – como o Fórum de Assistência Social (FAS), a Rede Nossa São Paulo, o Fórum de Educação Infantil, a Rede Brasileira do Terceiro Setor (REBRATES), a Rede Butantã, o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS Butantã, entre outros, a organização mantém parcerias com a Prefeitura do Município de São Paulo por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social – SMADS e da Secretaria Municipal da Educação – SME, onde responde a diversas políticas públicas, fornecendo serviços de variados graus de complexidade a públicos de diversas faixas etárias.

História editar

Sua história começou em 1920, com a Liga das Mães Católicas, na cidade de São Paulo, cujo objetivo era promover os princípios cristãos e católicos dentro do âmbito familiar. Em 1921, o Arcebispo de São Paulo, D. Duarte Leopoldo e Silva, batiza o grupo de Liga das Senhoras Católicas.

No dia 10 de março de 1923, a Liga das Senhoras Católicas oficializou seu trabalho criando seu primeiro estatuto e registrando a instituição em cartório. No mesmo ano fundou o seu primeiro departamento, o de Auxílio Social. Em 1924, fundou a Escola de Economia Doméstica para educar moças de todas as camadas sociais preparando-as para o futuro.

A entidade também tem forte participação na história do País. Foi a Liga que criou, em 1926, quando nenhuma mulher podia frequentar restaurantes desacompanhadas, um restaurante exclusivo com preço popular para as moças empregadas no comércio, na região central da cidade. Durante a Revolução de 1932, a Liga teve uma atuação significativa amparando órfãos, mutilados e viúvas. Momento de atuação decisiva do Dr. Cândido Dores, livre-docente da FMUSP e fundador do lactário da instituição, homenageado em rua de São Paulo.[1] Sua esposa, Aracy Bresser consta entre as fundadoras da instituição, tendo atuado como Diretora do Departamento Social.[2]

Dentre suas participantes, destaca-se Alaíde Borba, vice-presidente e representante social da Liga durante muitos anos, e que ajudou a fundar o Complexo Educacional Educandário Dom Duarte e a Cidade dos Meninos,[3] uma instituição filantrópica responsável por acolher crianças e adolescentes de baixa renda.[4]

Ver também editar

Referências

  1. «DICIONÁRIO DE RUAS». dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 30 de maio de 2022 
  2. UNZELTE, Celso. A Família Bresser na História de São Paulo. Idealizado por Diva Bresser. São Paulo: Campo Visual, 2003. p.52
  3. SCHUMAHER, Maria Aparecida (2000). Dicionário Mulheres do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar 
  4. «Página Institucional da Cidade dos Meninos». Cidade dos Meninos. Cópia arquivada em 21 de dezembro de 2018 

Ligações externas editar