Manuel Francisco de Medeiros

médico e político português (1832-1895)
 Nota: Se procura o médido e político homónimo, veja Manuel Francisco Medeiros.

Manuel Francisco Venâncio de Medeiros (Horta, Matriz, 1 de abril de 1832 — Horta, Matriz, 3 de junho de 1895)[1] foi um médico e político açoriano,[2] que ficou conhecido por «Conselheiro Medeiros». Bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1858, foi facultativo municipal da Horta e médico do hospital da Santa Casa da Misericórdia da Horta.[2][3]

Manuel Francisco de Medeiros
Nascimento 1 de abril de 1832
Horta
Morte 3 de junho de 1895
Horta
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação médico, político

Biografia editar

Bacharel formado em Medicina,[4] pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, foi facultativo municipal e do hospital da Santa Casa da Misericórdia da Horta.

Chefe do Partido Progressista na Horta,[5] entre outras funções, foi deputado às Cortes (1885) e exerceu, por duas vezes (1879-1881 e 1886-1890), o cargo de governador civil do Distrito da Horta.[6][7]

Membro da maçonaria local, foi durante anos presidente da Sociedade Filantrópica Luz e Caridade, do Grémio Literário Faialense e da secção da Sociedade de Geografia de Lisboa na ilha do Faial. Chefe do Partido Progressista desde a sua fundação, em 1879, teve no jornal O Atlântico (1862-1910) que redigiu, durante muitos anos, o seu órgão informativo.[8]

Foi agraciado com a carta de Conselho em 1886, passando a ser conhecido por «Conselheiro Medeiros», nome pelo qual é lembrado na toponímia da cidade da Horta. Foi algumas vezes eleito membro da Junta Geral e da Comissão Distrital.[7][9]

Casou com Maria Alexandrina Goulart, última senhora ou administradora do morgado dos Goulart, no Faial, Açores,[4] e foi pai de Manuel Goulart de Medeiros, Alberto Goulart de Medeiros e Augusto Goulart de Medeiros.[4]

Imediatamente após o seu falecimento, a Câmara Municipal da Horta deu a 8 de junho de 1895 o nome de «Conselheiro Medeiros» ao troço entre a praça do Infante e o canto da D. Joana da então denominada rua de São Francisco. O Conselheiro Medeiros residiu durante largos anos e faleceu na casa n.º 22 daquela rua.

Referências

  1. Baptizado em 7 de abril de 1832 (Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta, Registo de baptismos, Matriz da Horta, Liv. 12, fl. 195).
  2. a b Manuel Francisco de Medeiros na Enciclopédia Açoriana.
  3. «Conselheiro Manoel Francisco Medeiros» in Álbum Açoriano, p. 505. Editores Oliveira e Baptista, Lisboa, 1903.
  4. a b c Domingos de Araújo Afonso e Rui Dique Travassos Valdez (1988). Livro de Oiro da Nobreza 2.ª Edição, Lisboa ed. [S.l.]: J. A. Telles da Sylva. pp. Volume Terceiro. 672 
  5. Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 16. 675 
  6. Marcelino Lima, Anais do Município da Horta. Oficinas Gráficas Minerva, Vila Nova de Famalicão, 1943.
  7. a b José Guilherme Reis Leite, Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Jornal de Cultura, Ponta Delgada, 1995.
  8. Marcelino Lima, Anais do Município da Horta, p. 370. Oficinas Gráficas Minerva, Vila Nova de Famalicão, 1943.
  9. «Conselheiro doutor Manuel Francisco Medeiros» in O Telégrafo, n.º 513, de 5 de Junho de 1895.

Ligações externas editar