Maravilha (Santa Catarina)

município brasileiro no estado de Santa Catarina
 Nota: Não confundir com Maravilha (Alagoas).

Maravilha é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Sua população, conforme contagem do Censo Demográfico de 2022, é de 28.251 habitantes[6]. É sede da Região Geográfica Imediata de Maravilha e pertence à Região Geográfica Intermediária de Chapecó.

Maravilha
  Município do Brasil  
Vista parcial de Maravilha, Santa Catarina, Brasil
Vista parcial de Maravilha, Santa Catarina, Brasil
Vista parcial de Maravilha, Santa Catarina, Brasil
Símbolos
Bandeira de Maravilha
Bandeira
Brasão de armas de Maravilha
Brasão de armas
Hino
Lema Cidade das crianças
Gentílico maravilhense
Localização
Localização de Maravilha em Santa Catarina
Localização de Maravilha em Santa Catarina
Localização de Maravilha em Santa Catarina
Maravilha está localizado em: Brasil
Maravilha
Localização de Maravilha no Brasil
Mapa
Mapa de Maravilha
Coordenadas 26° 46' 12" S 53° 13' O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Municípios limítrofes N: São Miguel da Boa Vista, Tigrinhos e Bom Jesus do Oeste; S: Cunha Porã e Iraceminha; L: Modelo; O: Flor do Sertão
Distância até a capital 614 km
História
Fundação 27 de julho de 1958 (65 anos)
Administração
Prefeito(a) Sandro Donati[1] (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 170,339 km²
População total (Censo IBGE/2022[3]) 28 251 hab.
Densidade O denominador (divisor) tem que ser um número! hab./km²
Clima mesotérmico úmido (Cwa)
Altitude 606 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 89874-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,781 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 394 781,289 mil
PIB per capita (IBGE/2021[5]) R$ 67 792,65
Maravilha em 2019.
Vista parcial de Maravilha em 2019.
Maravilha no ano de 2014.

Origem do nome editar

Do velho município de Chapecó quando colonizado em 1942, o pequeno povoado recebeu o nome graças à mancha de pinhais, e a expressão "Que Maravilha!" firmou-se unânime e espontaneamente.

Os maravilhenses costumam contar que alguns caçadores do Rio Grande do Sul, ao chegarem no alto do morro, onde hoje está localizado o antigo seminário, olharam a paisagem, com a copada dos pinhais na planície e exclamaram: "Que Maravilha!". Porém, por não ser cidade e não haver nada de real que necessitasse de identificação nominal, o nome demorou a ser oficializado.

Antes do nome Maravilha ser oficializado, chamavam a área de Cabeceira do Rio Iracema ou Mancha dos Pinhais. A oficialização do nome é atribuída ao Dr. José Leal, algum tempo depois, quando da demarcação e vendas das terras; todavia pairavam dúvidas, pois José Leal Filho assumiu a direção da companhia em novembro de 1949 e antes disso, documentos com o nome de "Maravilha" já haviam sido emitidos datados de setembro do mesmo.

História editar

No início do século XX, havia no oeste mais de 90% de florestas. Com novas companhias territoriais colonizadoras, as terras foram sendo ocupadas. Onde hoje é o município de Maravilha, as ofertas eram da companhia Territorial Sul Brasil, formada em 1925. Nesta terra tinha gente morando, mas havia ainda muito espaço livre disponível para aquisições.

O belo nome surgiu como atrativo à colonização de imigrantes gaúchos, a partir de 1949. O primeiro marco da projetada cidade de Maravilha foi solenemente colocado no dia 22 de julho de 1951. Em Maravilha, a colonização foi múltipla, tanto na origem étnica, com predominância de alemães e italianos, quanto na religião, principalmente católicos, evangélicos e luteranos.

O município foi planejado com um perímetro urbano, tendo suas ruas quadriláteras regulares conforme os pontos cardeais. Os latifúndios não tiveram vez. A Companhia Territorial Sul Brasil dividiu e se comprometeu com a colonização. Eram mais de 9 mil lotes coloniais à venda.

Maravilha surgiu como a obra de um visionário: prosperar, tanto pela posição geográfica como pela importância microrregional.

No ano de 1956, Maravilha virou distrito, desmembrando-se do Distrito de Cunha Porã. Maravilha cresceu rapidamente, destacando-se na agricultura, comércio e indústria de madeiras. O impulso colonizador foi tão acentuado que, em apenas 9 anos, (1949-1958) a "mancha de pinhais dava lugar à cidade".

Maravilha tornou-se município, juntamente com Cunha Porã e inúmeros outros, através da Lei Estadual nº 348, de 21 de junho de 1958. A instalação oficial ocorreu no dia 27 de julho de 1958, data que se comemora o dia do município.

Um município em franco desenvolvimento, voltado para o crescimento econômico e bem estar de seus munícipes, Maravilha é polo microrregional no Oeste Catarinense, sendo ainda sede da Associação dos Municípios Entre Rios (AMERIOS).

O processo de desenvolvimento em Maravilha teve seu foco modificado. Além de buscar o crescimento econômico, buscam-se vincular, também, a distribuição de renda e redução no número de famílias menos favorecidas.

Três núcleos deram início à colonização editar

  • Os trabalhadores e empreiteiros da Companhia Territorial Sul Brasil, que vieram abrir estradas, medir e vender terras;
  • As duas primeiras serrarias (Sbaraini / Benvegnu)localizada no atual trevo de acesso da cidade e (Nilo Sudbrack) atrás da atual garagem da Prefeitura, cada qual formando sua vila;
  • Os colonizadores gaúchos que vieram formar o núcleo central da futura cidade, na época a "Sede Maravilha" ou "Sedia"

Características geográficas editar

Localização

Oeste do estado de Santa Catarina (paralelo 26° 46' 12” de latitude sul com o meridiano 53° 13' 00” de longitude oeste).

Altitude

606 metros acima do nível do mar no perímetro urbano (avenida Araucária).

Clima

Clima mesotérmico úmido, com as quatro estações bem definidas.

Área geográfica

169,1 km² (sendo que já se desmembraram deste município São Miguel da Boa Vista, em 1992, com 71,4 km²; Flor do Sertão, em 1996, com 58,2 km² e Tigrinhos, em 1996, com 57,2 km²).

Limites

ao norte, com São Miguel da Boa Vista, Tigrinhos e Bom Jesus do Oeste; ao sul, com Cunha Porã e Iraceminha; a leste, com Modelo; e a oeste, com Flor do Sertão.

Meios de comunicação editar

Rádio

Maravilha tem três emissoras de rádio:

  • Líder FM 92,3 MHz - Emissora do Grupo WH Comunicação
  • Rádio Difusora (Maravilha) FM 90,3 - Emissora da Rede Difusora Maravilha de Rádios
  • Rádio Alternativa FM 87.9 - Emissora da Associação Cultural e Comunitária Alternativa.
Jornal

A cidade de Maravilha conta com dois jornais locais:

  • Jornal Novoeste
  • Jornal O Líder - Pertencente ao Grupo WH Comunicação
Internet

A cidade conta com dois provedores de acesso à Internet:

  • Mhnet Telecom
  • SCNet Internet Provider

Cidade das crianças editar

O apelido de "cidade das crianças" surgiu em 1970, pelo fato de haver um grande número de crianças presentes na escola local e nas ruas, quando ocorriam desfiles, e a partir disso as autoridades passaram a enfeitar as ruas com crianças nas festas e recepções públicas. No censo demográfico daquele ano foi registrada uma alta taxa de natalidade. Atualmente o elemento criança é visto como um símbolo da cidade, e o apelido foi oficializado pela Lei nº 12.596, de 15 de março de 2012.[7]

Ver também editar

Referências

  1. Prefeito e vereadores de Maravilha tomam posse; veja lista de eleitos em g1.globo.com/
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de outubro de 2023). «Maravilha». Consultado em 24 de novembro de 2023 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de fevereiro de 2014 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. «Index of /Censos/Censo_Demografico_2022/Populacao_e_domicilios_Primeiros_resultados/Resultados_da_2a_apuracao_20231027». ftp.ibge.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2023 
  7. Onofre Santo Agostin (19 de março de 2012). «Projeto de Lei nº 819, de 2011 (do Sr. Onofre Santo Agostini)». Câmara dos Deputados. Consultado em 6 de junho de 2012. Cópia arquivada em 6 de junho de 2012 

Ligações externas editar

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