Matanza de San Fernando

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A assim denominada Matanza de San Fernando foi um episódio ocorrido no dia 21 de dezembro de 1868, às vésperas da Batalha de Lomas Valentinas, durante a Campanha do Piquissiri na Guerra do Paraguai, que consistiu na matança de centenas de prisioneiros por ordem de Solano López acusados de tramarem uma suposta conspiração para derrubá-lo. Dentre os mortos estava o próprio irmão de López, Benigno.

Matanza de San Fernando
Matanza de San Fernando
Prisioneiros de guerra e famílias paraguaias torturados por López no acampamento de San Fernando (por Francisco Fortuny).
Data 21 de dezembro de 1868
Responsável(is) Francisco Solano López

O massacre editar

† General Vicente Barrios, bispo Manuel Antonio Palacios e Benigno López, executados em dezembro de 1868

Lopez abandona Humaitá com suas tropas em março de 1868 e acampam em San Fernando onde fica sabendo que muitos funcionários de seu governo tramavam traí-lo[1] e negociar a paz com os aliados,[2] incluindo seu irmão Benigno López, e por isso forma um conselho de guerra para julgar os conspiradores, onde centenas são executados. Para a tarefa, López envia o Coronel Hilário Marcó em 21 de dezembro de 1868. Dentre os mortos estão: José Berges e Gumersindo Benítez, ex-ministros de Relações Exteriores, o general José Maria Bruquez, o general Vicente Barrios, ex-ministro de Guerra e Marinha e cunhado de López, o coronel Manuel Núñez, o coronel Paulino Alén Benítez, o sargento-mor Vicente Mora, o bispo do Paraguai Manuel Antônio Palacios, o deão Eugenio Bogado, o presbítero Vicente Bazán, o sacerdote Juan Bautista Zalduondo, Carlos Riveros, Saturnino Bedoya, também cunhado de Lopez, Gaspar López, Juliana Insfrán de Martínez, esposa do Coronel Francisco Martínez, defensor de Humaitá, fuzilada pelas costas como "traidora a la patria y al Supremo Gobierno", Dolores Recalde, María de Jesús Egusquiza Quevedo, o cônsul português José María Leite Pereira, o dirigente do Partido Blanco uruguaio Antonio de Las Carreras, o ex-secretário da Legação uruguaia Francisco Rodríguez Larrata, o capitão italiano Simón Fidanza, dentre muitos outros.[3]

Ver também editar

Referências

  1. Borga 2015, p. 75.
  2. Borga 2015, p. 219.
  3. Borga 2015, p. 76.

Bibliografia editar

  • Borga, Ricardo Nunes (2015). QuestÕes Do Prata - Guerra da Tríplice Aliança, O conflito que mudou a América do Sul 2 ed. Rio de Janeiro: Clube de Autores 
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