Mestre Otávio Travassos

mestre de cultura popular paraense, tocador de maracas em grupos de carimbó

Otávio Gonçalves do Rosário (Marapanim, 02 de janeiro de 1938), mais conhecido como Mestre Otávio Travassos, é um mestre de cultura popular paraense, tocador de maracas em grupos de carimbó.

Mestre Otávio Travassos
Nascimento 2 de janeiro de 1938 (86 anos)
Marapanim
Cidadania Brasil
Etnia afro-brasileiros
Ocupação artesão, músico, compositor, cantor

Biografia editar

Otávio Gonçalves do Rosário nasceu em 02 de janeiro de 1938, na Vila de Cruzador, no interior da cidade de Marapanim, no Pará, Brasil. É filho de Raimundo Travassos do Rosário (Mestre Travassos) e de Maria Gonçalves do Rosário. Participa de grupos culturais (como o boi Rei da Fazenda e o Boi Malhadinho) desde meados da década de 1960, quando tinha 12 anos, por influência do pai.[1][2]

Raimundo, pai de Otávio, mudou-se da Vila de Maranhãozinho para a Vila do Cruzador quando tinha vinte anos de idade, com um bajo na sacola. Ao longo da vida, se destacou como mestre da cultura popular, atuando como artesão; cantador de ladainha; compositor de carimbó, cordão e boi-bumbá; folclorista e músico. Fundou o grupo de carimbó Os Canarinhos e auxiliou na criação de festas populares (como a Festa de São Benedito) realizadas até os dias atuais.[3]

Como o pai, Otávio atua em diversas áreas culturais: é artesão, cantor, compositor e músico. Participou de diversas festas populares e festivais com grupos de carimbó como o Canarinhos da Vila de Cruzador, o Independentes de Marapanim, o Uirapuru de Marapanim e o Originais de Marapanim (que ajudou a fundar). Ele também ajudou a formar vários cordões, como o Cordão do Bandeirado, o Cordão do Garimpeiro e o Cordão do Xarel.[2]

Seu sobrinho, Mestre Almir, ajudou a fundar o Grupo de Carimbó "Raízes do Mestre Travasso" (em 23 de novembro de 2017) e a Escolinha de Carimbó Mirim "Raízes do Mestre Travasso"; ambas em homenagem ao avô.[3][2]

Patrimônio cultural editar

O carimbó (também chamado curimbó, samba de roda do Marajó ou baião típico de Marajó) é uma manifestação cultural brasileira de origem afro-indígena, formado por gênero musical e dança, criado no século XVII no então Império das Amazonas/Conquista do Pará (atual estado do Pará) na então América Portuguesa/Brasil Colônia.[4] Em setembro de 2014, o rítmo/gênero tornou-se patrimônio Cultural Imaterial do Brasil;[5] o registro foi aprovado por unanimidade no conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[6][7][8]

Referências

  1. Pará, Mapa Cultural do (18 de janeiro de 2021). «Mestre Otávio Travassos - Mapa da Cultura Brasileira». Mapa Cultural do Pará. Consultado em 3 de junho de 2023 
  2. a b c Mapa Cultural PA. Raízes do Mestre Travasso: grupo de carimbó de Cruzador, Marapanim.
  3. a b «Os Travassos | Territórios do Carimbó». Territórios Carimbó. Consultado em 3 de junho de 2023 
  4. Marques, Emile (23 de agosto de 2017). «Dia municipal do Carimbó é comemorado nesse fim de semana em Belém.». Globo Comunicação. Gshow. Consultado em 11 de setembro de 2018 
  5. Azevedo, Leno (2015). A história de um compositor. Google Livros: Buqui Livros. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  6. «Carimbó do PA é declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil». G1. 11 de setembro de 2014. Consultado em 11 de Setembro de 2014 
  7. «Carimbó é agora patrimônio imaterial brasileiro». Sítio do Ministério da Cultura. 11 de setembro de 2014. Consultado em 11 de Setembro de 2014 
  8. Marques, Emile (23 de agosto de 2017). «Dia municipal do Carimbó é comemorado nesse fim de semana em Belém.». Globo Comunicação. Gshow. Consultado em 11 de setembro de 2018