Muriqui (Mangaratiba)
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Muriqui é um distrito do município de Mangaratiba, situado no litoral da região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, acessível pela BR-101. É vizinho à localidade de Itacuruçá.[1]
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Distrito do Brasil | ||
Vista panorâmica de Muriqui | ||
Localização | ||
Localização em Mangaratiba | ||
Coordenadas | ||
Estado | ![]() | |
Município | ![]() | |
História | ||
Criado em | c. 1597 (estabelecido) 1 de dezembro de 1949 (72 anos) (incorporado) | |
Características geográficas | ||
Área total | 38,0268 km²[a] | |
População total (2010) | 10 241 hab. | |
Densidade | 269,31 hab./km² | |
Outras informações | ||
Domicílios | 11 210 (2010) |
O distrito também é cortado por uma ferrovia, o Ramal de Mangaratiba da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, atualmente utilizado para o transporte de cargas aos portos locais. [2]
O distrito e a praia ficam bastante agitados no verão e nos feriados. A noite é animada por músicas na orla e gastronomia variada na praça principal. Também se destaca a feira de artesanato, presente nos verões.[carece de fontes] O clima é típico das praias da chamada "Costa Verde" do Estado do Rio: quente e úmido, com chuvas comuns e um pouco mais frio no inverno.[carece de fontes]
Muriqui é o distrito mais jovem do município e o mais populoso. Em meados dos anos 50, iniciaram-se os loteamentos na região que antes consistia de propriedades rurais e uma pequena vila de pescadores. Inicialmente a região pertencia ao distrito de Itacuruçá, mas logo após o loteamento foi desmembrado.[carece de fontes]
EtimologiaEditar
O nome do distrito vem do gênero de macacos Muriqui, também chamado de mono-carvoeiro. O termo "muriqui" vem de uma corrupção da palavra myraqui, do tupi (também buriqui, barigui e baregui), e significa "gente que se bambaleia, que vai e vem".[3]
Contudo, essa etimologia é disputada: de acordo com o glossário de von Martius, o termo vem das palavras jemoroo ("nutrir") e aiké (contração de aikobê: "tem", "existe").[4]
PopulaçãoEditar
Pirâmide etária 2010 | ||||
% | Homens | Idade | Mulheres | % |
0,19 | 85+ | 0,43 | ||
0,47 | 80-84 | 0,61 | ||
0,69 | 75-79 | 0,87 | ||
1,29 | 70-74 | 1,35 | ||
1,98 | 65-69 | 1,79 | ||
2,42 | 60-64 | 2,64 | ||
2,50 | 55-59 | 2,74 | ||
3,23 | 50-54 | 3,41 | ||
3,13 | 45-49 | 3,82 | ||
3,42 | 40-44 | 3,46 | ||
3,50 | 35-39 | 3,91 | ||
3,93 | 30-34 | 3,89 | ||
3,67 | 25-29 | 3,97 | ||
3,68 | 20-24 | 3,40 | ||
3,71 | 15-19 | 4,22 | ||
4,82 | 10-14 | 3,97 | ||
3,36 | 5-9 | 3,48 | ||
2,98 | 0-4 | 3,09 |
Censo populacional | ||
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Ano | Pop. | ±% |
1950 | 983 | — |
1960 | 1 885 | +91.8% |
1970 | 2 366 | +25.5% |
1980 | 3 380 | +42.9% |
1991 | 4 345 | +28.6% |
2000 | 6 095 | +40.3% |
2010 | 10 241 | +68.0% |
Nota: O censo de 1940 não contém informações sobre Vila Muriqui, pois Muriqui só se tornou distrito oficialmente em 1949. Fonte: IBGE |
AdministraçãoEditar
Por ser um distrito do município de Mangaratiba, Muriqui está sujeito à administração da prefeitura de Mangaratiba – i.e. seu prefeito e governo municipal. Entretanto, há uma subprefeitura exclusiva de Muriqui.
A seguir está uma lista de subprefeitos da subprefeitura de Muriqui:
Nome | Nomeado | Exonerado |
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Demócrito Reginaldo | 01 de agosto de 2011[5] | ? |
Demócrito Reginaldo | 01 de fevereiro de 2013[6] | 01 de maio de 2015[7] |
Antônio Marcos de Moura | 01 de fevereiro de 2017[8] | 01 de julho de 2018[9] |
Adilson dos Santos | 01 de agosto de 2018[10] | ? |
Fabrícia Guerhardt | 20 de novembro de 2018[11] | 01 de abril de 2019[12] |
Adilson dos Santos | 01 de abril de 2019[12] | 02 de janeiro de 2020[13] |
HidrografiaEditar
PraiasEditar
A praia de Muriqui é extensa e apresenta muitos quiosques em sua orla.[1] Várias cachoeiras se escondem por sua serra e desembocam em dois rios, um em cada extremidade da praia. A praia tem a extensão de 1200 metros (parte urbanizada), sendo que após a cada rio, há trechos de praias não urbanizadas.[carece de fontes]
Muriqui possui acesso direto ao Oceano Atlântico através da praia de Muriqui, localizada a oeste da Baía de Sepetiba. Em termos de balneabilidade, a praia de Muriqui é considerada imprópria para banho,[14] apesar de haverem esforços recentes com o objetivo de limpar os rios e praias de Mangaratiba.[15]
RiosEditar
Muriqui é centrado entre dois rios, com o Rio Catumbi a leste e o Rio Muriqui (às vezes chamado de Rio da Prata)[16] a oeste.[17]
Para mitigar o risco de inundação, ambos os rios são dragados periodicamente pela subprefeitura do distrito.[18][19][20]
CulturaEditar
ArteEditar
Muriqui possui uma instalação artística da artista japonesa Mariko Mori chamada Ring: One With Nature, inaugurada no topo da cachoeira Véu da Noiva em agosto de 2016 para celebrar os Jogos Olímpicos de 2016.[21] A peça é um anel de acrílico que muda de cor dependendo da posição do sol, e representa um sexto sixth anel olímpico. A obra mede aproximadamente 3 m (9,84 ft) de diâmetro e pesa por volta de 2 t (4 410 lb).[22][23]
CulináriaEditar
A iguaria mais bem conhecida de Muriqui é a cocada (conhecida como Cocada de Muriqui), um dos doces famosos da culinária de Mangaratiba.[24] De acordo com Fabrini dos Santos, consultor da SEBRAE, as cocadas são destacadas o suficiente para que possam, em algum momento, obter selos de indicação geográfica.[25] As cocadas do distrito já existem pelo menos desde a construção da rodovia BR-101, e são vendidas em seu acostamento desde então.[26]
A sobremesa de coco possui um impacto cultural tão importante que, em março de 2018, a Festa da Cocada do Distrito de Muriqui foi adicionada ao calendário de eventos oficial do município, a ser celebrada anualmente no último final de semana do mês de julho.[26]
NotasEditar
- ↑ Valor para área não é exato; ele foi calculado usando os valores conhecidos de população e densidade populacional.
Referências
- ↑ a b Prefeitura Municipal de Mangaratiba. «Muriqui 4° Distrito». Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2020
- ↑ «Muriqui -- Estações Ferroviárias do Estado do Rio de Janeiro». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 5 de agosto de 2020
- ↑ Sampaio, Teodoro (1987) [publicado originalmente em 1901]. O Tupi na Geografia Nacional. Col: Brasiliana Eletrônica da UFRJ. 380. Introdução e notas do Professor Frederico G. Edelweiss 5ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. p. 209. ISBN 85-04-00212-8. Consultado em 12 de fevereiro de 2020
- ↑ von Martius, Karl Friedrich Philipp (1867). Beiträge zur Ethnographie und Sprachenkunde Amerika's zumal Brasiliens. Universidade de São Paulo. 2. Leipzig: Friedrich Fleisher. p. 516
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Boletim Informativo Oficial do Município de Mangaratiba (329): 10. 12 de janeiro de 2012. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Boletim Informativo Oficial do Município de Mangaratiba (399 - Suplemento Especial): 32. 20 de junho de 2013. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (519): 5. 3 de junho de 2015. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (686): 13. 7 de abril de 2017. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (838): 82. 31 de julho de 2018. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (848): 36. 31 de agosto de 2018. Consultado em 3 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (880): 20. 18 de dezembro de 2018. Consultado em 2 de dezembro de 2020
- ↑ a b «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (917): 5. 26 de abril de 2019. Consultado em 2 de dezembro de 2020
- ↑ «Atos da Prefeitura» (PDF). Diário Oficial do Município de Mangaratiba (1069): 20. 29 de janeiro de 2020. Consultado em 2 de dezembro de 2020
- ↑ «Três em dez praias são impróprias para banho no Brasil; pesquise». Folha de S.Paulo. 5 de fevereiro de 2017. Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ Neves, Rafaela (18 de dezembro de 2019). «Prefeitura inicia implantação de fossas biodigestoras». Prefeitura de Mangaratiba. Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ Bidegain, Paulo; Pellens, Roseli; Jamel, Carlos Eduardo Goes (Julho 1998). A Situação Atual dos Espaços Territoriais Protegidos do Estado do Rio de Janeiro: Parte II (Relatório técnico). p. 110. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ Lopes, Monique Oliveira (11 de abril de 2014). Diagnóstico Ambiental dos Rios da Prata e Catumbi e Balneabilidade da Praia: Estudo de Caso em Muriqui, Mangaratiba - Rj (Tese de Mestrado). UERJ. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ «Rio em Muriqui é dragado». 22 de dezembro de 2012. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ «Limpeza no Rio Muriqui». 16 de junho de 2015. Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ Assis, Caio (6 de junho de 2016). «Desobstrução do Rio Muriqui». Consultado em 16 de fevereiro de 2020
- ↑ Plummer, Todd (8 de agosto de 2016). «Artist Mariko Mori Explains Her Stunning Rio 2016 Art Installation». Vogue (em inglês). Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ Guimarães, Ana Cláudia (13 de julho de 2016). «Cachoeira em Mangaratiba (RJ) ganhará 'auréola gigante' feita por artista japonesa». O Globo. Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ «Parque Estadual Cunhambebe inaugura trilha adaptada para portadores de necessidades especiais». INEA. 18 de julho de 2017. Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ Popov, Flávia, ed. (2 de abril de 2018). «És princesinha colossal da Costa Verde». O Hoje.com. Consultado em 28 de setembro de 2020
- ↑ Guimarães, Saulo Pereira (15 de dezembro de 2019). «Laranjas e vieiras com 'pedigree' lutam por selo de certificação». O Globo. Consultado em 28 de setembro de 2020
- ↑ a b Araújo, Helder Rangel de (27 de março de 2018). «Projeto de Lei Nº 10/2018» (PDF). Câmara Municipal de Mangaratiba. Consultado em 28 de setembro de 2020
BibliografiaEditar
- «Recenseamento Geral de 1950 – Série Regional». Rio de Janeiro: IBGE. Censo Demográfico. 23 (1): 94. Agosto 1955. ISSN 0104-3145. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- «VII Recenseamento Geral do Brasil – 1960». Rio de Janeiro: IBGE. Censo Demográfico: 7. Agosto 1961. ISSN 0104-057X. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- «VIII Recenseamento Geral – 1970 – Série Regional». Rio de Janeiro: IBGE. Censo Demográfico. 1 (16). Junho 1973. ISSN 0104-3145. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- «IX Recenseamento Geral do Brasil – 1980 – Dados Distritais». Rio de Janeiro: IBGE. Censo Demográfico. 1 (16). 1983. ISSN 0104-3145. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- «Resultados do universo relativos às características da população e dos domicílios». Rio de Janeiro: IBGE. Censo Demográfico (20). 1991. ISSN 0104-3145. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
- «IBGE | Censo 2010 | Sinopse por Setores». IBGE. Consultado em 27 de maio de 2021