Neohelice granulata

Neohelice granulata, ou Catanhão, é uma espécie de caranguejo da família Varunidae[1] geralmente encontrado em zonas entremarés, estuários, pântanos salgados e manguezais do sudeste do Oceano Atlântico[2][3].

Como ler uma infocaixa de taxonomiaNeohelice granulata

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Subordem: Brachyura
Família: Varunidae
Género: Neohelice
Espécie: N. granulata
Nome binomial
Neohelice granulata
Dana, 1851

Caracterizam-se por serem caranguejos de corpo achatado, com porte médio e carapaça "quadrada",pernas lisas, apenas com algumas granulações na face externa das garras, olhos nas bordas ântero-laterais da carapaça, lisa e com dois chanfros rasos nas bordas. Sua coloração pode variar de acordo com sua alimentação, entretanto é geralmente marrom-alaranjada, com pernas e garras mais claras.

Observar seu abdômen, de coloração rosada e localizado dobrado sobre a porção ventral da carapaça, pode ser a maneira mais fácil de distinguir seu sexo. Enquanto as fêmeas da espécie possuem abdómen largo, onde incubam ovos, nos machos o abdómen é mais estreito[4]. As garras maiores e mais robustas dos machos também podem servir ao dimorfismo sexual da espécie.

O desenvolvimento dos ovos de neohelice granulata demora cerca de 30 dias. Durante o período reprodutivo, esse caranguejo lança milhares de larvas planctômicas na água para serem levadas pela correnteza até o mar, aonde permanecem por semanas para desenvolverem-se[5].

Onívoros detritívoros, sua base alimentar é constituída por vegetais presentes nos estuários, insetos e outros pequenos animais[6][4].

Referências

  1. Danie, P. (2009). «Neohelice granulata (Dana, 1851)». World Register of Marine Species. Consultado em 4 de junho de 2017 
  2. Spivak (2010). «The crab Neohelice (=Chasmagnathus) granulata: an emergent animal model from emergent countries». Helgoland Marine Research. doi:10.1007/s10152-010-0198-z 
  3. Fernandes, Felipe Amorim. Estresse osmótico. [S.l.: s.n.] pp. https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27985/000768250.pdf?sequence=1 
  4. a b Manzoni & D'incao (2007). «O modelo do caranguejo Neohelice granulata DANA, 1851, como alternativa no ensino da bioecologia dos crustáceos decápodos» (PDF). Cadernos de Ecologia Aquática 
  5. Pinheiro, Marcelo (2016). «Avaliação do caranguejo neohelice granulata (Dana, 1851)» (PDF). Livro Vermelho dos Crustáceos do Brasil: Avaliação 2010-2014 
  6. Bond-Buckup (1991). O caranguejo: manual para o ensino prático em zoologia. Porto Alegre: Editora da Universidade UFRGS. 71 páginas