Obelisco da Batalha do Jenipapo

O Obelisco da Batalha do Jenipapo é uma construção obeliscal erguida no Cemitério do Batalhão que guarda os restos mortais dos mortos na Batalha do Jenipapo,[1] no município de Campo Maior, no Estado do Piauí.

Obelisco da Batalha do Jenipapo
Obelisco da Batalha do Jenipapo
Patrocinador Município de Campo Maior
Construção 23 de agosto a 7 de setembro de 1922
Material Concreto, alvenaria e ferro
Local atual Cemitério da Batalha do Jenipapo em Campo Maior  Piauí
Data de instalação 7 de setembro de 1922 (101 anos)
Planta do monumento.

História editar

A construção do obelisco foi aprovada pelo Conselho Municipal de Campo Maior no dia 23 de agosto de 1922, como memória aos mortos na batalha do Jenipapo em 1822 e para integrar as comemorações do primeiro centenário da independência do Brasil.[2]

Eis a ata que decreta a construção:[3]

"Ata da sessão extraordinária do Conselho municipal de Campo Maior, em 23 de agosto de 1922, convocada pelo senhor presidente do mesmo conselho, Vicente Pacheco, a pedido do conselheiro Miguel Furtado da Silva. Aos vinte e três do mês de agosto, do ano mil novecentos e vinte e dois, compareceram no Paço do Conselho Municipal desta cidade de Campo Maior, do estado do Piauí, os Exmos. Srs. Conselheiros: Vicente Pacheco, Presidente; Antônio Maria Eulálio Filho, Miguel Furtado da Silva e Antônio Jose de Oliveira: havendo numero legal, declarou o mesmo Senhor Presidente aberta a sessão. Em seguida, declarou o Sr. Presidente, que a referida sessão tinha por fim tratar de assunto importante concernente à comemoração do centenário da Independência do Brasil, pelo que, pedindo a palavra o Sr. Miguel Furtado da Silva, apresentou o seguinte projeto:[3]

O Conselho Municipal de Campo Maior decreta:
Art. 1°. É concedida a quantia de 500$000 (quinhentos mil Réis) para auxílio à construção de um obelisco, no lugar Batalhão, neste município em homenagem aos heróis do Genipapo, na guerra do Fidié.
Art. 2°. Fica aberto o crédito necessário para ocorrer às despesas com a execução desta lei.
Art. 3°. Revogam-se as disposições em contrário.
O Sr. Presidente submeteu à votação e aprovação do Conselho que vai remetida ao Sr. Vice-Intendente em exercício, para os fins de direito. E nada mais havendo a tratar-se, o Exmo. Sr. Presidente encerrou os trabalhos desta sessão extraordinária, do que, para constar, eu, José Lopes Castelo Branco, secretário lavrei a presente ata, que depois de lida e aprovada, vai assinada por os Srs. Conselheiros presentes.
Assinam: Vicente Pacheco, presidente; Eulálio Filho; Antônio José de Oliveira" (MATTOS, 1949. p. 17/18).

Inauguração editar

O livro de Mattos ainda descreve a ata do conselho Municipal que registra as solenidades de inauguração do obelisco no dia 7 de setembro de 1922. O documento do conselho municipal fala que quatro mil pessoas se deslocaram para assistir a solenidade de inauguração da peça arquitetônica.[4]

Inscrições editar

 
Inscrição da Placa comemorativa ao centenário da Independência do Brasil no local onde ocorreu a Batalha do Jenipapo

No corpo do obelisco existe uma placa em metal indicando a época da construção e a homenagem ao centenário da Independência do Brasil.

Tombamento editar

O Obelisco e o Cemitério do Batalhão foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 30 de novembro de 1938 com base na Lei brasileira de preservação do patrimônio histórico e cultural, e o registro do tombo sob processo nº 185-T, livro histórico , folha 20 e inscrição nº 232 no Livro de Belas-Artes na folha numero 40.[5]

O local foi declarado como Monumento Nacional pelo decreto presidencial nº 99.058, de 7 de março de 1990.

Ver também editar

Referências

  1. FARIAS, Aírton de. História do Ceará: dos índios a geração cambeba. Fortaleza; tropical, 1997. ISBN 8585332038
  2. LIMA, Francisco de Assis de. A Batalha, o reconhecimento. Campo Maior; edição autor, 2009
  3. a b MATTOS, João Batista de. Os Monumentos nacionais- Piauí. Rio de Janeiro; Imprensa Militar, 1949.
  4. Idem, ref. 2
  5. CARRAZZONI, Maria Elisa (coord). Guia dos Bens Tombados Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1987.página 355. ISBN 85-208-0092-0