Ocean Monarch foi um navio do tipo brigue-barca operado pela companhia norte-americana de transporte marítimo White Diamond Line. A embarcação foi construída no estaleiro East Boston, Estados Unidos e lançada ao mar em 13 de junho de 1847. Deslocava 1 301 toneladas que o tornava o maior navio de sua época.[1][2][3] Em 24 de agosto de 1848, quando se encontrava próximo da costa britânica em viagem levando imigrantes ingleses para os Estados Unidos, foi acometido por um incêndio que o consumiu. A fragata brasileira Dom Afonso, que navegava próximo do navio norte-americano, sob comando do então Capitão de Fragata Joaquim Marques Lisboa, futuro Almirante Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil, ajudou no resgate dos sobreviventes, salvando ao todo 210 pessoas.[4]

Ocean Monarch
 Estados Unidos
Operador White Diamond Line
Fabricante Donald McKay
Lançamento 18 de junho de 1847
Porto de registro Boston
Destino Naufragou em
24/25 de agosto de 1848
Características gerais
Tipo de navio Barca
Tonelagem 1 301 t
Comprimento 55 m
Boca 11 m
Propulsão 3 mastros
Passageiros 354

Resgate do Ocean Monarch

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O primeiro comandante do navio foi o então capitão de fragata Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré e patrono da Marinha do Brasil. No dia 24 de agosto de 1848, o navio zarpou do porto de Liverpool para os últimos testes de mar para então seguir viagem para o Brasil.[5] Entre os passageiros estavam a princesa D. Francisca, irmã do imperador D. Pedro II, e o seu marido, Francisco, Príncipe de Joinville, este filho do rei Luís Filipe I da França, que se encontravam na Europa, Henrique, Duque de Aumale, e sua esposa a princesa Maria Carolina das Duas Sicílias e o chefe-de-esquadra da Marinha brasileira John Pascoe Grenfell. Foi nesta viagem que um marinheiro do Dom Afonso avistou um navio em chamas, soando o alarme logo em seguida. Era por volta das onze horas da manhã que a tripulação iniciou o salvamento do navio norte-americano Ocean Monarch que transportava 396 pessoas, imigrantes ingleses que tinham como destino a cidade de Boston.[6]

O comandante Lisboa imediatamente ordenou o resgate dos sobreviventes, enviando botes salva-vidas para onde estava o navio ardente. Os tripulantes, apesar das imensas dificuldades, conseguiram resgatar 156 pessoas que ainda estavam na embarcação e outros 60 que haviam se jogado ao mar. Por este ato de bravura, os marinheiros brasileiros foram agraciados pelo imperador com cem libras para serem distribuídas entre eles. Porém, dada a difícil situação em que se encontrava os sobreviventes, todo o valor foi doado a eles.[6][7] O comandante Lisboa recebeu do governo britânico, como forma de agradecimento, um cronômetro de ouro com a inscrição "In commemoration of his gallant exertion on this melancholy occasion".[6]

Referências

  1. «Loss of Ocean Monarch». www.liverpool.ac.uk. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  2. «Launch». Boston Evening Transcript (na época Daily Evening Transcript). 9 de junho de 1847 
  3. «Arrival of the Hibernia! 6 Days Later from Europe». Boston Evening Transcript (na época Daily Evening Transcript) (Boston, Massachusetts). 8 de setembro de 1848 
  4. «13 de dezembro é Dia do Marinheiro». www.al.sp.gov.br. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  5. Mendonça, Dr. Mário F.; Vasconcelos, Ten. Alberto (1959). Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. Rio de Janeiro: SDGM. p. 12. 271 páginas. OCLC 254052902 
  6. a b c «13 de dezembro é Dia do Marinheiro». www.al.sp.gov.br. Consultado em 24 de janeiro de 2020 
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :0
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