Olegário Mariano Carneiro da Cunha (Recife, 24 de março de 1889[1]Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1958) foi um poeta, político e diplomata brasileiro. Era primo do poeta Manuel Bandeira (1886-1968)

Olegário Mariano
Olegário Mariano
Mário de Alencar e Olegário Mariano (1909)
Nome completo Olegário Mariano Carneiro da Cunha
Nascimento 24 de março de 1889
Recife
Morte 28 de novembro de 1958 (69 anos)
Rio de Janeiro, Distrito Federal
Nacionalidade brasileiro
Ocupação poeta, político e diplomata
Magnum opus Cantigas de encurtar caminho: poemas

Biografia editar

Olegário Mariano era filho de José Mariano Carneiro da Cunha e de sua esposa, Olegária da Costa Gama, ambos heróis pernambucanos da Abolição e da República[2].

Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro.[1] Em 1918 foi representante do Brasil na Missão Melo Franco, como secretário de embaixada na Bolívia. Foi deputado à Assembleia Constituinte de 1934[3]. Em 1937 ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, depois foi ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira de Letras na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal entre 1953 e 1954. Exerceu o cargo de oficial do 4.° Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de notas.

Em 1938, em concurso promovido pela revista Fon-Fon, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros[3], em substituição a Alberto de Oliveira, detentor do título depois da morte de Olavo Bilac, o primeiro a obtê-lo. Nas revistas Careta e Para Todos, escrevia sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos. Ficou conhecido como "o poeta das cigarras"[1][4], por causa de um de seus temas prediletos.

Obras editar

 
Gabinete de Olegário Mariano.
  • Angelus (1911)[4]
  • Sonetos (1921)
  • Evangelho da sombra e do silêncio (1913)
  • Água corrente, com uma carta prefácio de Olavo Bilac (1917)
  • Últimas Cigarras (1915)
  • Castelos na areia (1922)
  • Cidade Maravilhosa (1922)
  • Bataclan, crônicas em verso (1927)
  • Canto da minha terra (1931)
  • Destino (1931)
  • Poemas de amor e de saudade (1932)
  • Teatro (1932)
  • Antologia de tradutores (1932)
  • Poesias escolhidas (1932)
  • O amor na poesia brasileira (1933)
  • Vida Caixa de brinquedos, crônicas em verso (1933)
  • O enamorado da vida, com prefácio de Júlio Dantas (1937)
  • Abolição da escravatura e os homens do norte, conferência (1939)
  • Em louvor da língua portuguesa (1940)
  • A vida que já vivi, memórias (1945)
  • Quando vem baixando o crepúsculo (1945)
  • Cantigas de encurtar caminho (1949)
  • Tangará conta histórias, poesia infantil (1953)
  • Toda uma vida de poesia, 2 vols. (1957)

Academia Brasileira de Letras editar

Foi eleito em 23 de dezembro de 1926 para a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras[1].

Condecorações editar

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d ABL - Biografia de Olegário Mariano
  2. CPDOC
  3. a b Fundaj - Olegário Mariano, o Príncipe dos Poetas Brasileiros
  4. a b Antonio Miranda
  5. «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Olegário Mariano". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 21 de novembro de 2020 

Precedido por
Mário de Alencar
  ABL - terceiro acadêmico da cadeira 21
1926 — 1958
Sucedido por
Álvaro Moreira
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