Pardinho
Pardinho é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º04'52" Sul e a uma longitude 48º22'25" Oeste, estando a uma elevação de 900 metros em sua sede municipal. Sua população estimada em 2004 era de 5.393 habitantes. O ponto mais alto do município está localizado na Estrada Constantino Pauletti km 2,5, Pardinho/SP, a uma altitude de 1007,63m, segundo marco legal do IBGE.
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Município do Brasil | |||
Vista da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Pela honra e pela glória | ||
Gentílico | pardinhense | ||
Localização | |||
Localização de Pardinho em São Paulo | |||
Localização de Pardinho no Brasil | |||
Mapa de Pardinho | |||
Coordenadas | 23° 04′ 51″ S, 48° 22′ 26″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Distância até a capital | 180 km | ||
História | |||
Fundação | 18 de fevereiro de 1959 (65 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Luiz Virginio dos Santos (Cidadania, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 210,036 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 5 582 hab. | ||
Densidade | 26,6 hab./km² | ||
Clima | Clima oceânico (Cwb) | ||
Altitude | 900 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,788 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 87 101,065 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 16 480,81 | ||
Sítio | www.pardinho.sp.gov.br (Prefeitura) |
História
editarA colonização de Pardinho teve início no século XVIII, quando as terras próximas a Serra de Botucatu foram divididas em sesmarias, dentre estas, a Fazenda Santo Inácio deu origem às cidades de Pardinho e Botucatu. As dificuldades de acesso retardaram a ocupação da região, muito embora o Governo Provincial tenha incentivado seu desenvolvimento concedendo terras aos povoadores em 1776. Em 1830, a abertura da estrada ligando Sorocaba às cabeceiras do Rio Pardo incentivou a chegada de colonos, com o estabelecimento de pequenas fazendas. Anos mais tarde, a construção da Capela do Divino Espírito Santo, em uma área doada por João Antônio Gonçalves, juntamente com outras doações feitas por José Rocha e Bento Franco, deram início a formação do patrimônio de Espírito Santo do Rio Pardo.
Com a expansão da cafeicultura no oeste paulista, no final do século XIX, muitos imigrantes se instalaram na região, proporcionando um período de grande desenvolvimento e implementação de melhoramentos públicos. Por volta de 1930, a crise da cafeicultura gerou um período de retração no progresso da região, somente superado na década de 1950, com a introdução da pecuária. Em 16 de abril de 1891, através do Decreto Estadual nº 159, foi criado o distrito de Espírito Santo do Rio Pardo, no município de Botucatu. Em 30 de novembro de 1938, através do Decreto Estadual nº 9775, o distrito passou a se chamar Pardinho, por se localizar próximo as cabeceiras do rio Pardo. Em 18 de fevereiro de 1959, através da Lei Estadual nº 5285, o distrito foi elevado a categoria de município com a denominação de Pardinho, desmembrado de Botucatu. Sua instalação ocorreu dia 1 de janeiro de 1960.
Recentemente, Pardinho passou a ser conhecido como a "Terra das emoções " Expoente de intensas aventuras e significativas experiências ao ser certificada em 18 de maio de 2018,como Município de Interesse Turístico ( MIT) , programa do Estado de São Paulo que confere tal status aos municípios por avaliação de potencial. Pardinho , pequena mais abençoada destaca-se no cenário turístico pela sua natureza privilegiada incrustrada no front da Cuesta Paulista, a 1007 metros de altitude, segundo marco legal do IBGE. Proporcionando visão panorâmica de 360º tornando-a cartão postal da região, entre tantos atrativos contempla a melhor vista do Gigante adormecido (formação rochosa situada no município de Bofete que lembra um gigante deitado). No eixo da Estrada Constantino Pauletti são 8 km de atrativos incluindo restaurantes panorâmicos, mirantes, uma tirolesa de 800 metros, a segunda maior do estado atualmente Atrativos que podem ser visitados por passeios de Buggy por trilhas radicais rodeada de mata nativa, ar puro, água cristalina da serra favorecendo deste a contemplação à radicais aventuras. Nossas belas estradas foram premiadas, por quatro anos consecutivos, desde 2015 – prêmio Guidão de ouro e constam nos circuitos internacionais de montain bike rendendo o título de Cidade Top destinos 2017 na categoria Turismo de esportes. O conjunto de atributos derivados de seu clima serrano favorecem um terroir próprio proporcionando produtos artesanais de sabores inigualáveis, nossos: queijos da Pardinho Artesanal, cervejas, cafés gourmet e doces caseiros, além de receitas típicas da cozinha caipira mesclada as de origens coloniais: italianas, portuguesas e alemãs. Do outro lado da Cuesta paulista, no eixo da Estrada Emilio Roder são mais 9 km de paisagens únicas de tirarem o folego culminando com o Mirante do Cuesta onde também se pode apreciar um delicioso café biodinâmico numa charmosa cafeteria panorâmica. A cidade tem a maioria de seu território situado em APA - Área de Proteção ambiental numa das principais zonas de recarga do Aquíferos Guarani, o que intensifica e preserva seus ares de cidade campestre entre matas e penhascos proporcionado alvoradas, crepúsculos mágicos e uma indescritível apreciação do surgimento da lua cheia no horizonte, contemplando a via láctea, estrelas cadentes e chuva de meteoros destacando-a entre os melhores céus para apreciação noturna do mundo. Ainda é possível ter a sorte de cruzar, entre outros, com um tamanduá passeando sossegadamente. Seu povo festivo, trabalhador e tradicionalista preserva suas manifestações culturais ligadas a vida rural e gastronomia caipira viva e intensa no seio das propriedades e presente em seu rico e alegre Calendário de eventos que proporciona atividades o ano inteiro. Voltada para um futuro sustentável que preserve seu patrimônio ambiental e cultural, a maioria dos atrativos situam-se em propriedades particulares e necessitam de agendamento prévio e acompanhamento de guia nativo. (fonte: Sylviah Riouls - Coordenadora de Turismo 2013 a 2020)
Igreja Católica
editar- O município pertence à Arquidiocese de Botucatu
Geografia
editarPossui uma área de 210,52 km².
Clima
editarO clima de Pardinho é clima tropical de altitude, tipo Cwb, ou literalmente um clima oceânico, tipo Cwb, com verões úmidos caracterizados por dias mornos e alguns dias quentes com noites muito frescas. Os invernos são semi-secos e relativamente frios, principalmente durante a noite, apresentando muitos dias ensolarados durante o período estival de inverno com temperaturas relativamente frias e com névoa úmida durante as manhãs. A primavera e o outono são estações de transição entre um período mais seco para um mais úmido e vice-versa, assim como um período de transição entre uma estação mais quente para uma mais fria, e também de forma contrária.
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
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Recorde alta °C (°F) | 29.0 (84.2) |
29.0 (84.2) |
28.0 (82.4) |
27.0 (80.6) |
25.0 (77) |
25.0 (77) |
26.0 (78.8) |
29.0 (84.2) |
31.0 (87.8) |
32.0 (89.6) |
31.0 (87.8) |
30.0 (86) |
32 (89.6) |
Média alta °C (°F) | 25.0 (77) |
25.0 (77) |
24.0 (75.2) |
24.0 (75.2) |
21.0 (69.8) |
21.0 (69.8) |
21.0 (69.8) |
24.0 (75.2) |
25.0 (77) |
26.0 (78.8) |
26.0 (78.8) |
26.0 (78.8) |
24 (75.2) |
Média diária °C (°F) | 21.0 (69.8) |
21.0 (69.8) |
20.0 (68) |
19.5 (67.1) |
16.5 (61.7) |
16.0 (60.8) |
15.5 (59.9) |
17.5 (63.5) |
19.0 (66.2) |
20.0 (68) |
20.5 (68.9) |
21.0 (69.8) |
18.96 (66.12) |
Média baixa °C (°F) | 17.0 (62.6) |
17.0 (62.6) |
16.0 (60.8) |
15.0 (59) |
12.0 (53.6) |
11.0 (51.8) |
10.0 (50) |
11.0 (51.8) |
13.0 (55.4) |
14.0 (57.2) |
15.0 (59) |
16.0 (60.8) |
13.9 (57.05) |
Recorde baixa °C (°F) | 13.0 (55.4) |
14.0 (57.2) |
13.0 (55.4) |
9.0 (48.2) |
6.0 (42.8) |
4.0 (39.2) |
4.0 (39.2) |
5.0 (41) |
7.0 (44.6) |
9.0 (48.2) |
9.0 (48.2) |
11.0 (51.8) |
4 (39.2) |
Média precipitação mm (pol.) | 209.0 (8.228) |
141.0 (5.551) |
94.0 (3.701) |
62.0 (2.441) |
50.0 (1.969) |
32.0 (1.26) |
24.0 (0.945) |
16.0 (0.63) |
45.0 (1.772) |
81.0 (3.189) |
102.0 (4.016) |
147.0 (5.787) |
1 003 (39,489) |
Média de dias chuvosos | 23.9 | 21.2 | 18.5 | 13.1 | 9.2 | 5.9 | 5.4 | 4.0 | 8.2 | 13.5 | 15.7 | 19.9 | 158.5 |
Fonte: Meteoblue.[5] |
Gráfico climático para Pardinho, São Paulo | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
209
25
17
|
141
25
17
|
94
24
16
|
62
24
15
|
50
21
12
|
32
21
11
|
24
21
10
|
16
24
11
|
45
25
13
|
81
26
14
|
102
26
15
|
147
26
16
|
Temperaturas em °C • Precipitações em mm Fonte: Meteoblue |
Distâncias
editarDemografia
editarDados do Censo - 2010
População Total: 5.582
- Urbana: 4.389
- Rural: 1.740
Densidade demográfica (hab./km²): 22,53
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 8,35
Expectativa de vida (anos): 75,86
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,65
Taxa de Alfabetização: 88,46%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,788
- IDH-M Renda: 0,690
- IDH-M Longevidade: 0,848
- IDH-M Educação: 0,825
(Fonte: IPEADATA)
Hidrografia
editarRodovias
editar- SP-280 Rodovia Castelo Branco km 193
- SP-209 km 7
Comunicações
editarA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[6], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[7], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[8] para suas operações de telefonia fixa.
Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade
editarCriado em 2008 pelo Instituto Jatobás, e apelidado carinhosamente de Max pela comunidade, o Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade (CMFCS) tem como objetivo ser um local de experiências significativas que promovam a Cultura Raiz, a Arte e o Bem Estar em Pardinho (SP) e região.
Construído em uma praça pública cedida pela Prefeitura Municipal de Pardinho, o Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade é um dos principais pontos turísticos da região. Sua concepção traz uma série de técnicas inovadoras dos chamados “edifícios verdes”, e destaca-se por sua cobertura desenvolvida com bambu. O projeto, assinado pela arquiteta Leiko Motomura, é reconhecido mundialmente como exemplo de construção sustentável, tendo recebido a certificação Leadership in Energy and Environmental Design - LEED, concedida pela United States Green Building Council, e menção honrosa na 8º Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, realizada em 2009.
A missão do CMFCS é a valorização da identidade cultural e o incentivo ao desenvolvimento local e regional por meio de atividades culturais e educacionais em sua programação, com objetivo de promover a formação, a conexão, o aprendizado e bem estar à população. Contribui também, para a cidadania ativa e a convivência social, pois abriga atividades, como: Biblioteca Viva, com ações de incentivo e mediação de leitura em um espaço de apropriação e socialização da comunidade; o Programa Acessa São Paulo (Centro de Inclusão Digital desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo); e a Sala do Empreendedor, em parceria com o SEBRAE.
Sobre o Instituto Jatobás:
Criado em 2005, o Instituto Jatobás (IJ) é uma Organização da Sociedade Civil que tem como missão “influir positivamente para a ampliação da consciência e para a ação, na construção de um caminho coletivo, solidário e sustentável”.
Como legado de seus fundadores, Betty Feffer e Luiz Alexandre Mucerino, traz a ampliação da consciência e o desenvolvimento sustentável como base inspiradora do seu trabalho, entendendo desenvolvimento como uma articulação entre o social, o econômico, o ambiental e o cultural.
Segundo a UNESCO, “colocar a cultura no coração das políticas de desenvolvimento é a única forma de garantir um desenvolvimento centrado no ser humano inclusivo e equitativo”. Em concordância com essa afirmação, e por acreditar que, em se tratando de Desenvolvimento Sustentável, a cultura e a criatividade contribuem transversalmente com os pilares social, econômico e ambiental, além das atuações técnicas realizadas com o poder público municipal, o Instituto Jatobás tem como foco potencializar a comunidade. Para isso, mantém o Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade como propulsor de ações que tragam a memória e identidade cultural individual e coletiva como elementos fundamentais para o exercício da cidadania.
Sobre Max Feffer
Max Feffer (*11/12/26 – + 2 de abril de 2001) nasceu artista e, a primeira palavra que ele pronunciou foi “música”. Anos antes, seu pai, o imigrante russo Leon Feffer, se lançou à intensa trajetória empresarial que deu origem ao Grupo Suzano.
A personalidade de Max Feffer foi apoiada sobre valores sólidos e moldada pela educação humanista, que o transformou em um grande empreendedor e empresário. Em sua vida, intensa e múltipla, dedicou-se com igual paixão e talento à família, à música, à cultura, à vida pública, aos negócios e às causas sociais. Foi Secretário de Estado da Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo (1976/1979) durante o governo de Paulo Egydio Martins e desenvolveu importantes projetos, tais como: o Festival de Jazz e o Festival de Inverno de Campos do Jordão.
Em vida, Max sonhava em construir em Pardinho (SP), um equipamento cultural que trouxesse arte e cultura aos pardinhenses. Porém, a responsável por tornar este sonho realidade foi sua esposa Betty, que só descobriu a intenção do marido, no momento em que as obras estavam quase finalizadas. Foi uma feliz “sincronicidade”!
(Fonte: Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade/Instituto Jatobás)
Administração
editar- Prefeito: Benedito da Rocha Camargo Júnior (2017/2020)
- Vice-prefeito: Célio de Barros
- Prefeito: Benedito da Rocha Camargo Júnior (2013/2016)
- Vice-prefeito: Geraldo Benfica
- Prefeito: Jose Francisco da Rocha Oliveira (2005/2012)
- Vice-prefeito: Napoleão Corulli
- Prefeito: Benedito da Rocha Camargo Júnior (1997/2004)
- Vice-prefeito: Olivio Gloor
- Prefeito: Jose Francisco da Rocha Oliveira (1993/1996)
- Vice-prefeito: Nair Vicentini
- Prefeito: Benedito da Rocha Camargo Júnior (1989/1992)
- Vice-prefeito:
- Prefeito: Jose Francisco da Rocha Oliveira (1983/1988)
- Vice-prefeito: Napoleão Corulli
- Prefeito: Benedito da Rocha Camargo Júnior (Nomeado pelo Governador 1977/1982)
- Vice-prefeito:
Galeria de fotos
editarReferências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Town Climate:Pardinho». Meteoblue. Consultado em 13 de março de 2018. Arquivado do original em 17 de julho de 2015
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1