Patrícia Muniz de Medeiros

Patrícia Muniz de Medeiros é uma cientista etnobotânica brasileira que pesquisa e relação dos seres humanos com as plantas, incluindo o uso de plantas alimentícias não convenionais (PANCs). Patrícia é professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)[1]. Em 2019, foi ganhadora da etapa nacional do prêmio Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência em parceria com a Academia Brasileira de Ciências, na categoria Ciências da Vida,[2][3] e no ano seguinte foi a única brasileira a ganhar a etapa mundial do prêmio, na categoria International Rising Talents.[4]

Patrícia Muniz de Medeiros
Alma mater
Ocupação investigadora
Prêmios
Empregador(a) Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Patrícia concluiu sua graduação em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2008, e em seguida fez mestrado e doutorado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), se tornando doutora em 2012. Já foi docente na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), antes de ir para a UFAL, onde leciona desde 2015.

De acordo com a UFAL, sua pesquisa envolve Etnobotânica, Ecologia humana, Etnoecologia e Antropologia médica.[5] Patrícia também está envolvida em projetos de extensão a respeito da transição agroecológica e da popularização das PANCs,[6] e coordenou o projeto TV Agroecologia.[7] Faz parte do corpo docente dos cursos de Agroecologia e de Engenharia Florestal, dentre outros.[5][8]

Recebeu os prêmios L'Oréal-UNESCO devido à pesquisa sobre uso e disposição para o consumo de PANCs, buscando identificar o perfil socioeonômico e estratégias para ampliar o consumo deste tipo de alimento. Parte das pesquisas foi desenvolvida em regiões rurais de cidades como Piaçabuçu, interior do Alagoas. O consumo de PANCs pode levar a uma maior segurança alimentar, aumentando a diversidade de alimentos consumido, diminuindo a necessidade de uso de pesticidas, e pode aumentar a renda de comunidades rurais.[2] Um dos objetivos é diminuir a distância entre o conhecimento ancestral sobre as plantas e o que a população em geral sabe sobre elas. Com os prêmios, Patrícia recebe uma bolsa, que irá auxiliar em sua pesquisa.[4]

Em 2020, deu uma entrevista à Folha sobre sua pesquisa, sobre a situação das mulheres na ciência no Brasil e as dificuldades de manter a produção científica quando se é mãe.[9]

Referências

  1. «Mulheres na Ciência: 7 pesquisadoras brasileiras ganham bolsas para continuarem seus estudos». O Globo. 5 de outubro de 2019. Consultado em 22 de janeiro de 2020 
  2. a b Thâmara Gonzaga (16 de agosto de 2019). «Professora da Ufal é uma das vencedoras do prêmio Para Mulheres na Ciência». Universidade Federal de Alagoas. UFAL. Consultado em 22 de janeiro de 2020 
  3. «UNESCO e parceiros divulgam vencedoras do programa 'Para Mulheres na Ciência' 2019». ONU Brasil. 16 de agosto de 2019. Consultado em 22 de janeiro de 2020 
  4. a b Jéssica Maes (7 de março de 2020). «Plantas alimentícias não convencionais rendem prêmio para brasileira». Folha de S. Paulo. Consultado em 30 de março de 2020 
  5. a b «Graduação - Engenharia Florestal - Corpo Docente». Universidade Federal de Alagoas - Campus de Engenharias e Ciências Agrárias. Consultado em 30 de março de 2020 
  6. «Patrícia Muniz de Medeiros - Atividades de Extensão». Universidade Federal de Alagoas (UFAL). SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas. Consultado em 30 de março de 2020 
  7. «TV Agroecologia». Universidade Federal de Alagoas (UFAL). SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas. 2016. Consultado em 30 de março de 2020 
  8. «Agroecologia - Corpo Docente». Universidade Federal de Alagoas - Campus de Engenharias e de Ciências Agrárias. Consultado em 2 de abril de 2020 
  9. «Ainda causa surpresa ver mulheres na ciência? Ouça podcast». Folha de S. Paulo - Café da Manhã. 6 de março de 2020. Consultado em 30 de março de 2020 

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