Pintura da Itália

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A pintura italiana ocupa, na história da arte, um lugar singular tanto pela variedade de seus gêneros artísticos quanto pelo alcance de sua produção.

Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, Museu do Louvre

Está intimamente ligada à história da própria península e da Europa. Alimentou os poderem que dominaram a região através dos séculos e, ao mesmo tempo, influenciou a arte de todo Ocidente.

Pré-história editar

 
Petroglifo chamado astronautas, conjunto de Arte Rupestre do Vale Camonica

Há pouca informação acerca da pintura italiana na pré-história. O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, etc.).[1] Um dos locais mais importantes de arte rupestre na Itália é o Vale Camonica, nos Alpes Italianos. O nome Camonica vem dos camunos, povo que habitava esse vale.[2]

Pintura antiga editar

 
Perseu e Andrômeda, afresco em Pompeia, conservado no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles
 Ver artigos principais: Arte etrusca e Pintura da Roma Antiga

O verdadeiro início da pintura italiana veio com a arte etrusca. Encontramos representações em edifício públicos como templos ou em vasos tais como aqueles encontrados na cerâmica, o que mostra a influência da arte grega naquela época. O exemplo mais importante da arte etrusca encontra-se na pintura mural de tumbas em locais como a Necrópolis de Monterozzi, na Tarquínia, ilustrando cenas de banquetes, danças e jogos.[3]

A pintura da Roma Antiga é contemporânea da arte etrusca e pode ser ainda vista nos afresco em locais como Pompeia, perto de Roma. Outro exemplo de arte romana antiga são os Retratos de Faium, encontrados dentro de múmias na cidade de Faium, perto do Cairo, no Egito, dotados de raro realismo e naturalismo.

A Pintura Paleocristã editar

 
Pão e peixe, Catacumbas de Roma
 Ver artigo principal: Arte paleocristã

Dentro do Império Romano, o cristianismo teve um papel importante na produção artística do século IV d.C. A arte paleocristã é marcada pelo simbolismo (imagens de peixes, olivas, pães, etc), pois era inicialmente destinada apelas àqueles que compreendiam a religião.[4] Na época, os seguidores de Cristo eram perseguidos e os locais de adoração pública não existiam. As pinturas era, assim, realizadas em catacumbas (como as de Calisto, na Via Ápia), casas e cemitérios (fase catacumbária).

Em 313 d.C., com o Édito de Milão, o Império Romano tornou-se neutro em relação ao credo religioso, acabando oficialmente com toda perseguição, especialmente do cristianismo. Em 380, o Imperador Teodósio tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. Foram construídas grandes basílicas (fase basilical)[5] tais como a Basílica de São João de Latrão e a Basílica de São Pedro. Começaram a ser representadas as imagens de Cristo e da Virgem Maria.

Também é dessa época a arte bizantina de mosaicos em Ravena.[6]

Pintura bizantina editar

 Ver artigo principal: Pintura bizantina
 
Maestà, de Cimabue, Louvre

Assim como o Império Bizantino é a extensão política do Império Romano, a arte bizantina desenvolveu-se a partir da arte romana, ela própria inspirada pela arte grega, razão pela qual a pintura bizantina é chamada a maneira grega. Um dos principais gêneros da arte bizantina é o ícone, que representa a imagem de Cristo, da Virgem ou dos santos.

Entre 728 e 843, os imperadores bizantinos proibiram a adoração de ícones e destruíram sistematicamente as imagens. Esse foi o chamado período iconoclasta[7] durante o qual as produções artísticas foram relativamente pobres, em particular na pintura. Foi apenas com o Segundo Concílio de Niceia, em 787, que ocorreu a restauração do culto das imagens.

Arte românica editar

Com a chegada na Itália dos povos germânicos, em especial os lombardos, com a instauração do Reino Lombardo, a pintura é influenciada pelas tradições da arte bárbara (que já tinha adquirido influências da arte bizantina na Panônia).

Em 774, os francos, liderados por Carlos Magno, invadiram o reino da Itália e submeteram os lombardos ao Império Carolíngio. O Norte da Itália permaneceu sob o reino dos Carolíngios e após os Otomanos até o século XI. Artisticamente, esse período corresponde à arte pré-românica que mistura influências Romano-Germânicas e bizantina. Logo após, a pintura românica predominou nas abadias e mosteiros da região até o surgimento da pintura gótica.

Arte gótica editar

 Ver também: Pintura gótica

Os pintores italianos dos séculos XIII e XIV são chamados de primitivos italianos: trouxeram para a arte da região a humanização dos personagens, o uso de paisagens, a pintura em madeira e a criação de um estilo tipicamente italiano, afastando-se das influências bizantinas. Entre os mais importantes estão: Cimabue, Giotto e Duccio. Escolas de pintura representativas de certas regiões (Escola Sienesa, Escola Florentina) surgiram.

Arte do Renascimento editar

 Ver artigo principal: Pintura da Renascença Italiana

Maneirismo editar

 Ver artigo principal: Pintura do Maneirismo

Barroco editar

 Ver artigo principal: Pintura Italiana no Barroco

Rococó editar

 Ver artigo principal: Pintura do Rococó

Neoclassicismo editar

 Ver artigo principal: Pintura do neoclassicismo

Movimentos do século XIX editar

O Romantismo editar

  • O Quarto Estado (1901), de Giuseppe Pellizza, no Museu do Novecento em Milão.

Movimentos do século XX editar

 Ver artigos principais: Futurismo, Arte povera e Transvanguarda

Escolas de pintura italianas editar

Ver também editar

Referências

  1. «Arte Rupestre (definição)». Consultado em 17 de janeiro de 2015 
  2. «Gravuras rupestres em Valcamonica». Consultado em 17 de janeiro de 2015 
  3. «Os Enigmáticos Etruscos». Consultado em 5 de janeiro de 2015 
  4. «Arte Paleocristã». Consultado em 18 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 11 de março de 2015 
  5. «Arte Cristã Primitiva (fase oficial)». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  6. «Ravenna, a Cidade dos Mosaicos». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  7. «Movimento Iconoclasta». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
 
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