Porto de Vila do Conde

Porto marítimo brasileiro

O Porto de Vila do Conde está localizado na região Ponta Grossa, no município de Barcarena, no estado do Pará, à margem direita do Rio Pará a uma distância fluvial de 55 km da capital Belém. Está integrado ao Complexo Portuário Industrial de Vila do Conde.

Porto de Vila do Conde
Localização
País  Brasil
Localização Barcarena, Pará
Detalhes
Operado por Companhia Docas do Pará
Proprietário Governo brasileiro

O Porto de Vila do Conde movimentou 16,9 milhões de toneladas em 2021.[1]

Histórico editar

O Porto de Vila do Conde foi inaugurado em 24 de outubro de 1985 pela Companhia Docas do Pará — CDP na cidade de Barcarena-PA, próximo à Vila de Murucupi. Ele foi criado para atender a necessidade de exportação nascida a partir de uma joint venture que foi resultado da associação entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Nippon Amazon Aluminum Corporation (NAAC), responsável pela transformação industrial da alumina em alumínio primário, que precisava ser enviado para o restante do mundo via modal hidroviário.[2]

A região de Ponta Grossa está situada em frente à baía do Marajó e é formada pela confluência dos rios Tocantins, Guamá, Moju e Acará. Além disso, no município de Barcarena está implantado um distrito industrial adjacente ao porto, onde entre outros se encontra o Complexo Alumínico constituído pelas unidades da Alunorte — Alumina do Norte do Brasil S.A.. Albrás — Alumínio Brasileiro S.A, Alubar Alumínios de Barcarena S.A, bem como, os terminais privados caulinífero da Imerys Rio Capim Caulim S.A. e de granéis sólidos, constituído pela ADM Portos de Pará e Bunge.

O Porto editar

 

Muitos fatores transformam o Porto em uma eficiente ligação da região com o resto do mundo em vista de seu privilegiado posicionamento geográfico, assim como a grande extensão de frente acostável com seus 10 berços de atracação com profundidade entre 12 m a 23 m, fácil acesso marítimo, fluvial e rodoviário e ampla disponibilidade de áreas para expansão.

O Porto possui aproximadamente 3,75 milhões m² de área constituída de vias de tráfego que são asfaltadas e iluminadas. Quanto à estrutura acostáveis, ele possui três instalações distintas: um destinado à atracação de navios (Terminal de Múltiplo Uso 1 - TMU-1), um destinado à atracação de navios e barcaças (o Terminal de Granéis Líquidos — TGL) e ainda um Terminal Rodo-fluvial destinado à atracação com barcaças. Além disso, possui um armazém coberto com 7,5 mil m² e pátio externo com 13 mil m².[3]

É um dos maiores da região norte brasileira (o maior do Pará) e é caracterizado pela logística de granéis minerais (como a bauxita e o minério de ferro) e granéis agrícolas, líquidos, carga viva, carga geral e containers.

Impactos em Barcarena editar

A economia do município de Barcarena é caracterizada pelo dinamismo resultante de diversas atividades, com destaque para o Porto de Vila do Conde e atividades industriais, como a do complexo Albras/Hydro Alunorte. Além de receber investimentos dos mais diversos setores e apresentar o 4.º maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do estado.

Devido sua fácil ligação com o restante do mundo e a criação do porto para escoamento, o município apresentou um crescimento constante do IDH Médio ao longo das décadas. Em 1970 o índice era de 0,363, sendo que em 1980 o índice passou a ser 0,472. Já em 1991 era de 0,631 e 0,769 nos anos 2000. Porém, acredita-se que uma das possibilidades para o crescimento deste índice é o fato da existência de uma company-town para os empregados das indústrias. Dentro delas as condições são bem melhores do que no restante do município. [2]

Contudo, apesar deste empreendimento apresentar pontos positivos, chega a trazer consigo características negativas por ser de grande abrangência e impactar diretamente no meio ambiente. Em outubro de 2015 o município passou por uma grande catástrofe ambiental, um navio Haidar de bandeira libanesa, carregado com quase 5 mil bois vivos, naufragou no porto com 730 mil litros de combustível nos tanques e toda a carga animal presa aos porões, impactando consideravelmente na vida da população local [4]. Além de enumerar os vazamentos de rejeito de caulim do fabricante de papel e despejos de soja estragada pela transportadora desse produto, que contaminam furos e igarapés.

Acessos editar

O Porto de Vila do Conde pode ser acessado tanto por rodovia quanto por uma combinação de acesso fluvial e ferroviário ou por meio marítimo.

Acessos Rodoviários: A partir de Belém, pode-se pegar a BR-316 até o Município de Marituba e acessar a Alça Viária até entroncamento com a PA-151, segundo para a Vila do Conde no km 2 da PA-481.

Acesso Rodo-fluvial: O serviço de balsas é 24 horas e pode ser realizado até o Terminal do Arapari. Ao descer no Terminal, é possível acessar a PA-151 até o entroncamento com a PA-483, e posteriormente o km 2 da PA-481 (~20 km).

Acesso Fluvio-marítimo: através da barra do rio Pará, com 500 m de largura e 170 km de extensão.

Mapa do Arco Norte editar

Referências editar