Prêmio Jabuti
Prêmio Jabuti | |
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Descrição | Excelência em produção literária nacional |
Apresentação | Câmara Brasileira do Livro |
País | Brasil |
Primeira cerimónia | 1959 |
Última cerimónia | 2018 |
Sítio oficial |
O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL.
Em 2018, o Prêmio Jabuti passou por uma alteração em seu formato, com as então 29 categorias sendo reduzidas para 18, distribuídas em quatro eixos. Além disso, também alterou a categoria "Livro do Ano" (que até então premiava dois livros, um de ficção e um de não ficção), passando a premiar apenas um livro, independente do gênero.[1][2][3]
O Livro do Ano será atribuído a uma única obra, seja de Ficção ou Não Ficção. O autor receberá um troféu Jabuti especial e o valor bruto de R$ 100.000,00 (cem mil reais). A editora da obra receberá uma estatueta especial (2019)[4].
CategoriasEditar
LITERATURA[5] | ENSAIOS[5] | LIVRO[5] | INOVAÇÃO[5] |
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LIVRO DO ANO (*) | |||
Conto | Artes | Capa | Fomento a Leitura |
Crônica | Biografia, documentário e reportagem | Ilustração | Livro Brasileiro Publicado no Exterior |
Histórias em Quadrinhos | Ciências | Impressão | |
Infantil | Economia Criativa | Projeto Gráfico | |
Juvenil | Humanidades | Tradução | |
Poesia | |||
Romance |
(*) O Livro do Ano é escolhido entre os vencedores das Categorias Literatura e Ensaios[4]
Polêmica na premiaçãoEditar
Em 2010, o Grupo Editorial Record deixou o prêmio por não concordar com os critérios de avaliação das publicações e concessão dos prêmios. O presidente do grupo, Sergio Machado, disse que "não compactua com uma comédia de erros", e que o "Jabuti virou um concurso de beleza, com critérios de programas como os de Faustão e Silvio Santos" e "pautado por critérios políticos, sejam da grande política nacional, sejam da pequena política do setor livreiro-editorial".[6]
Se Eu Fechar os Olhos Agora, de Edney Silvestre, editado pela Record, recebeu o Prêmio Jabuti de melhor romance em 2010, sendo que Leite Derramado, de Chico Buarque, editado pela Companhia das Letras, foi o segundo colocado na categoria. Os três primeiros colocados de cada categoria concorriam ao mesmo prêmio como Livro do Ano e nessa escolha Leite Derramado foi o vencedor. Na primeira fase, a escolha era feita por especialistas, enquanto na segunda havia uma quantidade maior de votantes e muitos empresários do setor. A premiação de Leite Derramado gerou, assim, muitos protestos, inclusive uma petição on line intitulada "Chico, devolve o Jabuti!". A editora Record anunciou que deixaria de participar da premiação, alegando que na escolha de Livro do Ano personagens midiáticas tendem a ser favorecidas e possivelmente muitos votantes nem tenham lido os livros, além do que o regulamento seria desrespeitoso com os autores e com o júri especializado.[7]
Outro livro de Chico Buarque já havia vencido o Livro do Ano sem ter sido escolhido o melhor romance: Budapeste, em 2004, foi escolhido o Livro do Ano, mesmo tendo obtido a terceira colocação na categoria Melhor Romance, categoria vencida por Mongólia, de Bernardo Carvalho. Em 2008, novamente o Livro do Ano foi dado a uma obra que não venceu em sua categoria: o prêmio final foi para O Menino que Vendia Palavras, de Ignácio de Loyola Brandão, segundo colocado na categoria infantil, vencida por Sei Por Ouvir Dizer, de Bartolomeu Campos de Queirós.[7][8]
Após a polêmica, a Câmara Brasileira do Livro anunciou mudanças na edição do prêmio para 2011, passando a concorrer ao prêmio de Livro do Ano apenas os vencedores de cada categoria.[9]
O prêmio não possuía categoria específica para histórias em quadrinhos, o que costumava ser alvo de críticas de especialistas da área, porém, as HQs podiam ser selecionadas nas categorias ilustração, capa, didático e paradidático[10] e adaptação (para quadrinizações).[11] Em 2017, a premiação anunciou que seria criada uma categoria para HQs.[12]
VencedoresEditar
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ «Jabuti diminui categorias e aumenta valor dos prêmios». Publish News. 15 de maio de 2018
- ↑ «Prêmio Jabuti promove mudanças para tentar se manter relevante». O Estado de S. Paulo. 15 de maio de 2018
- ↑ «Prêmio Jabuti completa 60 anos e aposta em novo modelo: "vamos fazer escola"». IG. 27 de maio de 2018
- ↑ a b «VOTAÇÃO E PREMIAÇÃO | 61º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 20 de junho de 2019
- ↑ a b c d e «Eixos e Categorias | 61º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 20 de junho de 2019
- ↑ Mônica Bergamo (12 de novembro de 2010). Salseiro Literário. [S.l.]: Folha de S.Paulo
- ↑ a b Marco Tomazzoni (18 de novembro de 2010). «Prêmio Jabuti cria polêmica no meio literário». iG São Paulo. Consultado em 4 de junho de 2011
- ↑ Ivan Finotti (27 de novembro de 2010). «Após polêmica envolvendo Chico Buarque, editores sugerem mudanças no Jabuti». Folha.com. Consultado em 4 de junho de 2011
- ↑ G1, Globo Comunicação e Participações (22 de março de 2011). «Prêmio Jabuti anuncia 'mudanças significativas' em sua 53ª edição». Consultado em 4 de junho de 2011
- ↑ Paulo Ramos (25 de setembro de 2013). «Jabuti desorientado». UOL
- ↑ Samir Naliato (27 de outubro de 2015). «Os quadrinhos indicados ao Prêmio Jabuti 2015». Universo HQ
- ↑ Prêmio Jabuti cria categoria para histórias em quadrinhos