Queda de Tremecém

A Queda de Tremecém ocorreu em 1518, quando o almirante otomano Barba Ruiva capturou a cidade de Tremecém de seu sultão, Abu Zaiane III, último membro dos ziânidas.[1]

Queda de Tremecém
Conflitos hispano-berbere

Limites do palácio El Mechouar em Tremecém
Data Janeiro - maio de 1518
Local Tremecém, Argélia
Desfecho Vitória inicial do Império Espanhol e dos ziânidas; expulsão deles pelos magrebinos ocidentais.
Mudanças territoriais Tremecém tomado pelos ziânidas
Beligerantes
Regência de Argel Império Espanhol
Ziânidas
Comandantes
Barba Ruiva Dom Martim de Argote
Forças
5 000 soldados berberes
1 500 soldados turcos
10 000 soldados espanhóis
Baixas
desconhecido desconhecido

História editar

A queda de Tremecém seguiu-se a captura de Tenés, também por Oruç e seu irmão Barba Ruiva. O sultão de Tremecém fugiu para Fez, no atual Marrocos. Oruç se autoproclamou rei de Tremecém. O único sobrevivente da dinastia de Abu Zaiane III foi o xeque Buamude, que fugiu para Orã e pediu a ajuda da Espanha. Esta vitória colocou Oruç no controle do interior do país atrás da base espanhola de Orã, que ameaçava grandemente as suas rotas habituais de abastecimento.[1] Esta vitória colocou Oruç no controle de um território considerável, do tamanho da Argélia francesa colonial.[2]

Os espanhóis, porém, logo reagiram em 1518, lançando um ataque a Tremecém, que estava cerca de 110 quilômetros distante de Orã, onde conseguiram encurralar e matar Oruç. Eles tomaram a região de Tremecém. Contudo, o rei do Magrebe Ocidental reuniu considerável exército e marchou sobre Tremecém, expulsando-os.[1] Os otomanos voltariam a exercer influência direta em Tremecém a partir de 1553. Naquele ano, o soberano oatácida do Magrebe Ocidental Amade foi feito prisioneiro por seus inimigos, os Saadianos. Seu sucessor, Alboácem Ali ibne Maomé, regente do filho de Amade, Nácer Alcáceri, decidiu prometer lealdade aos otomanos para obter seu apoio.[3]

Referências

  1. a b c Currey 2008, p. 72.
  2. Gilbert 1986, pp. 207-208.
  3. Abun-Nasr 1987, p. 155.

Bibliografia editar

  • Abun-Nasr, Jamil M. (1987). A History of the Maghrib in the Islamic Period. Cambridge: Cambridge University Press. 455 páginas. ISBN 9780521337670 
  • Currey, E. Hamilton (2008). Sea-Wolves of the Mediterranean. Charleston, Carolina do Sul: BiblioBazaar. ISBN 9780554291918 
  • Gilbert, Henry (1986). The book of pirates. Nova Iorque: Crescent Books. 316 páginas. ISBN 9780517613757