Quem Tem Medo do Feminismo Negro?

livro publicado em 2018

Quem tem medo do feminismo negro? é um livro de teoria feminista, especificamente do feminismo negro, da filósofa brasileira Djamila Ribeiro, publicado em 2018 pela editora Companhia das Letras em São Paulo. A obra reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e artigos publicados pela autora na revista Carta Capital, entre os anos de 2014 e 2017.[1][2] O livro se tornou rapidamente um best-seller sendo um dos mais vendidos da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de seu ano.[3][4]

Quem Tem Medo do Feminismo Negro?
Quem Tem Medo do Feminismo Negro?
Autor(es) Djamila Ribeiro
Lançamento 2018

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O livro reúne ao todo 34 artigos de Djamila Ribeiro que foram publicados ao longo de quatro anos em sites, jornais e revistas. Nos textos selecionados a autora apresenta conceitos importantes do feminismo negro como interseccionalidade, empoderamento, racismo estrutural e racismo institucional.[5] No prefácio, ela conta pouco da própria história como mulher negra e a discriminação sofrida na infância e adolescência, além das suas experiências como filha de um estivador, ativista e comunista, e seu consequente contato com as lutas do movimento negro dentro de casa.[6]

A premissa para muitos dos artigos vem de reações de situações do cotidiano como o aumento da intolerância às religiões de matriz africana no Brasil; os ataques a mulheres negras conhecidas como a jornalista Maju ou a tenista Serena Williams. A partir desses acontecimentos, Djamila destrincha conceitos teóricos.

Além disso, a filósofa inclui temas como redes sociais, políticas de cotas raciais e a história do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil.[7]

Recepção editar

Quem tem medo do feminismo negro? foi desde o seu lançamento bem recebido pelo público e pela crítica, sendo considerado um best-seller e frequentemente citado como um dos principais livros da autora e parte do seu reconhecimento internacional.[8][9][10]

O livro também é frequentemente citado pela mídia como uma referência nos temas abordados.[11][12][13][14]

Referências

  1. Ribeiro, Djamila (2018). Quem tem medo do feminismo negro?. São Paulo: [s.n.] OCLC 1046668658 
  2. «Quem Tem Medo Do Feminismo Negro? - Djamila Ribeiro - Compra Livros na Fnac.pt». www.fnac.pt. Consultado em 30 de maio de 2021 
  3. «Livro de Hilda Hilst é o mais vendido da FLIP. Veja lista dos top 10». CLAUDIA. 29 de julho de 2018. Consultado em 30 de maio de 2021 
  4. «Bienal do Livro de São Paulo aumenta o espaço para a literatura feminista e vê crescer venda de autoras; VÍDEO». G1. Consultado em 30 de maio de 2021 
  5. Malcher, Monique; Rial, Carmen Silvia (21 de outubro de 2019). «Quem tem medo do feminismo negro? A urgência do debate racial no Brasil». Revista Estudos Feministas: e60959. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/1806-9584-2019v27n360959. Consultado em 6 de abril de 2024 
  6. «Feminismo negro é tema de livro da filósofa Djamila Ribeiro». Correio Braziliense. 30 de junho de 2018. Consultado em 30 de maio de 2021 
  7. «Quem Tem Medo do Feminismo Negro? - Livro - WOOK». www.wook.pt. Consultado em 30 de maio de 2021 
  8. «4 mulheres que desbravam caminhos e movem estruturas sociais por meio da escrita». Vogue. Consultado em 30 de maio de 2021 
  9. «Djamila Ribeiro sobre feminismo: 'A gente luta por uma sociedade em que mulheres possam ser consideradas pessoas'». Extra Online. Consultado em 30 de maio de 2021 
  10. «Como Djamila, Lola e literatura queer construíram um 2019 mais plural». www.uol.com.br. Consultado em 30 de maio de 2021 
  11. «Livros clássicos sobre mulheres inspiram gerações e seguem entre mais vendidos». CNN Brasil. Consultado em 30 de maio de 2021 
  12. «8 livros para conhecer a fundo o movimento feminista e suas vertentes». Capricho. Consultado em 30 de maio de 2021 
  13. Hypeness, Redação (13 de abril de 2021). «Feminismo negro: 8 livros essenciais para entender o movimento». Hypeness (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2021 
  14. «10 mulheres indicam filmes, livros e séries sobre resistência e igualdade». CartaCapital. 8 de março de 2021. Consultado em 30 de maio de 2021 

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