O rio Tapacurá é um curso de água que nasce no estado de Pernambuco, no Brasil. Tem extensão de aproximadamente 72 km,[1] está localizado entre o Agreste e a Zona da Mata. Possui três nascentes, nos municípios de Chã Grande, Gravatá e Pombos, ambas situadas na serra das Russas. Passa por Vitória de Santo Antão [2] até chegar a foz em São Lourenço da Mata.[3] O Rio Tapacurá é responsável por mais de 25% da água consumida na região metropolitana do Recife, responsável pelo abastecimento de São Lourenço da Mata.[4]

Rio Tapacurá
Rio Tapacurá
Reservatório de Tapacurá
Comprimento 72 km
Nascente Chã Grande
Foz Rio Capibaribe
País(es)  Brasil
País da
bacia hidrográfica
 Brasil

Relevo editar

O relevo da bacia do rio Tapacurá está em sua maior parte constituído por colinas e cristas. Na parte ocidental da bacia a partir do distanciamento da calha do rio Tapacurá, tanto para o norte como para o sul a altitude dos topos eleva-se gradualmente, enquanto que as colinas vão cedendo lugar aos relevos mais contínuos e orientados, constituindo as cristas. Estas apresentam projeção para leste da escarpa do planalto da Borborema e estão separadas por falhas e fraturas que ora se entrecruzam, ora se apresentam ligeiramente paralelas, tendo como resultado a crescente orientação do relevo. [5][6]

Solo editar

No rio Tapacurá, os tipos de solos predominantes são o Argissolo Vermelho Amarelo seguido do Argissolo Amarelo. Em menor proporção, é encontrado também Gleissolo, Luvissolo, Neossolo Quartzarênico, Neossolo Regolítico e Latossolo Amarelo. [5]

Afluentes editar

Os principais afluentes do rio Tapacurá são:[7][8]

Cidades editar

Ao longo de seu curso, o rio Tapacurá passa pelas cidades seguintes: [7][9]

Ação antrópica e economia editar

A região ao longo do rio Tapacurá encontra-se bastante antropizada, sendo berço de diversas atividades econômicas como horticultura e policultura, que ocupam 37 % da área, seguidos pela pecuária (30,2 %) e plantio de cana-de-açúcar (12,45 %).[3]

A cobertura vegetal é onde localizam-se predominantemente granjas e chácaras, ocupando uma área de 7,8 % desta. Áreas urbanas ocupam 5,6% da região.[10]

Problemas ecológicos editar

Grande parte do esgoto doméstico das cidades de Pombos e Vitória de Santo Antão é despejada no rio, além de dejetos de empresas que cerceiam o curso do rio, além da atividade rural, que influencia negativamente em sua poluição, com resíduos de mandioca e agrotóxicos das plantações de hortifrutigranjeiros. [11][12] A falta de sistemas de coleta, de tratamento e disposição final de esgotos das estações de tratamento que operam com baixa eficiência ou estão paralisadas, levam ao comprometimento da qualidade da água do rio.[9]

Essas atividades acarretam a morte de diversos seres vivos e microbiológicos que vivem no rio. Além disso, o assoreamento, o desmatamento da mata ciliar e os dejetos químicos aumentam consideravelmente a incidência de enchentes ocasionada pelo aumento do nível do rio acima do normal em épocas de chuvas.[13][14]

Referências

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