Priniás
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Priniás (em grego: Πρινιάς) é uma aldeia do centro da ilha de Creta, Grécia, na unidade municipal de Agia Varvara, município de Gortina e unidade regional de Heraclião. É conhecida sobretudo pelos sítios arqueológicos vizinhos, como o da antiga cidade de Rizínia (em grego: Ριζηνία; ou Rizénia) e de uma necrópole minoica.
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Localidade | ||||
Vista da aldeia de Priniás | ||||
Localização | ||||
Localização de Priniás em Creta | ||||
Localização de Priniás na Grécia | ||||
Coordenadas | 35° 09′ 33″ N, 24° 59′ 40″ L | |||
País | Grécia | |||
Região | Creta | |||
Unidade regional | Heraclião | |||
Município | Gortina | |||
Unidade municipal | Agia Varvara | |||
Características geográficas | ||||
População total (2001) [1] | 369 hab. | |||
Altitude | 610 m | |||
Código postal | 70003 | |||
Prefixo telefónico | 28940 | |||
Sítio | www.rizinia.com |
Descrição
editarA aldeia tinha 369 habitantes em 2001.[1] Situa-se numa zona montanhosa da parte oriental da cordilheira de Psilorítis (Monte Ida), 3,5 km a noroeste de Agia Varvara e 30 km a sudoeste de Heraclião (distâncias por estrada). O aspeto geral da povoação não mudou muito desde o princípio do século XX, apesar de grande parte das casas serem modernas; as restantes são muito diferentes umas das das outras, pertencendo a diversas épocas. A localidade concentra-se em volta da igreja de Ágios Giorgios (São Jorge), ao longo de uma área com sensivelmente 500 por 200 metros.
As ruínas de Rizénia situam-se em Patela (tradução: "planalto"), uma pequena meseta a 685 metros de altitude 2 km a nordeste da aldeia, onde também se situa a igreja de Ágios Panteleimon (Άγιος Παντελεήμον), destino de uma romaria celebrada anualmente nos dias 26 e 27 de julho.
A economia local baseia-se essencialmente na agricultura, que apesar disso não está muito desenvolvida, na destilação de raki (aguardente bagaceira) e na produção de eletricidade da central eólica situada no cimo da serra imediatamente a sudoeste da aldeia, junto à igreja de Agia Irini.
Rizénia
editarRizénia situava-se sensivelmente a meio caminho entre Cnossos e Gortina ( ), duas das mais importantes cidades-estado de Creta. Uma das suas particularidades mais notáveis do sítio arqueológico é um templo de século VII a.C. com semelhanças impressionantes com a arquitetura egípcia e de uma deusa sentada em estilo egípcio. Um pouco acima do sítio da cidade há um santuário de pico sub-minoico.
Rizénia desenvolveu-se ao mesmo tempo que Lato e Polirrénia como um assentamento do Período Arcaico[2] (que vai do século VIII ao início do século V a.C.), colonizado por gregos do continente. O sítio contém vestígios dos «primeiros edifícios de pedra desde a queda dos reis micénicos».[3] O chamado templo A, datado de cerca de 625 a.C., é o mais antigo templo grego conhecido que é decorado com escultura. Apesar da sua planta seguir um modelo micénico, o edifício tinha um telhado plano e três pilares maciços na fachada. O detalhe mais notável que sobreviveu é um lintel de calcário que ostenta dois estátuas monumentais de deusas, de frente uma para a outra. As figuras, cuja identificação é controversa, vestem uma saia comprida e uma capa, reminiscente da chamada "Dama de Auxerre". Kenneth D. S. Lapatin compara-as ao depósito de Halos em Delfos.[4] Abaixo das figuras há um friso orientalizante representando três panteras em cada lado, um motivo típico do norte da Síria.[carece de fontes]
O chamado templo B é conhecido pela sua escultura dedálica, que «consiste numa estátua de uma deusa sentada num trono e trajando um polo (gorro ou coroa) e um vestido espesso decorado com animais, um cavalo, um leão e uma esfinge».[5] A deusa pode representar Reia ou Ártemis como a "amante dos animais". Muitos dos achados de Priniás, incluindo um friso singular com cavaleiros, estão no Museu Arqueológico de Heraclião.
Na necrópole que se estende a oeste da antiga cidade foram descobertas mais evidências de cultura orientalizante. Cerca de 680 enterramentos (que incluem enterramentos de cães e cavalos) forma feitos nessa área entre o os século XIII e VI a.C. Os rituais tinham características orientais, com corpos cremados e cabeças enterradas separadamente.[6]
Notas e referências
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Prinias», especificamente desta versão.
- ↑ a b «Resultados do censo de 2001» (PDF) (em grego). Serviço Estatístico Nacional da Grécia. www.statistics.gr. Consultado em 14 de março de 2014. Arquivado do original (PDF) em 14 de novembro de 2011
- ↑ Hogan, C. Michael. «Lato Hillfort Fieldnotes». The Modern Antiquarian (em inglês). www.themodernantiquarian.com. Consultado em 14 de março de 2014
- ↑ Gardner et al 2005, p. 111
- ↑ Lapatin 2001, p. 157–160.
- ↑ Dietrich 1974, p. 145.
- ↑ Morris 1995, p. 156–157.
Bibliografia
editar- Dietrich, Bernard Clive (1974), The Origins of Greek Religion, ISBN 9783110039825 (em inglês), Walter de Gruyter, consultado em 14 de março de 2014
- Gardner, Helen; Kleiner, Fred S.; Mamiya, Christin J. (2005), Gardner's Art Through the Ages, ISBN 9780155050907 (em inglês), Thomson/Wadsworth, consultado em 14 de março de 2014
- Lapatin, Kenneth D. S. (2001), Chryselephantine Statuary in the Ancient Mediterranean World, ISBN 9780198153115 (em inglês), Oxford University Press, consultado em 14 de março de 2014
- Morris, Sarah P. (1995), Daidalos and the Origins of Greek Art, ISBN 9780691001609 (em inglês), Princeton University Press, consultado em 14 de março de 2014
- Watrous, L. Vance (1998), «Crete and Egypt in the Seventh Century BC: Temple A at Prinias», in: Cavanagh, William G.; Curtis, Mike, Post-Minoan Crete: proceedings of the First Colloquium on Post-Minoan Crete held by the British School at Athens and the Institute of Archaeology, University College London, 10-11 November 1995, ISBN 9780904887297 (em inglês), p. 75–79, consultado em 14 de março de 2014
Ligações externas
editar- Palermo, Dario (31 de outubro de 2007), «Diario minimo d'archeologia. La Missione dell'Università di Catania a Creta», Universidade de Catânia, La Rivista. Bollettino D'Ateneo (em italiano), consultado em 14 de março de 2014
- Pautasso, Antonella. «Scavi di Priniàs. Produzione artistica e artigianale a Creta dal XII alVI sec. a. C.» (em italiano). IBAM - Istituto per i Beni Archeologici e Monumentali. www.ibam.cnr.it. Consultado em 14 de março de 2014. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2012
- «Türrahmen aus Prinias (fotografias de esculturas de Prinias)» (em alemão). Universidade de Erlangen-Nuremberga. Institut für Klassische Archäologie. www.aeria.phil.uni-erlangen.de. Consultado em 14 de março de 2014