Shadow of the Colossus

vídeojogo de 2005
(Redirecionado de Roar of the Earth)

Shadow of the Colossus, lançado no Japão como Wander and the Colossus (ワンダと巨像 Wanda to Kyozō?),[1] é um jogo eletrônico de ação-aventura desenvolvido pela SCE Japan Studio e publicado pela Sony Computer Entertainment para o PlayStation 2. O jogo foi lançado na América do Norte e no Japão em outubro de 2005 e em territórios PAL em fevereiro de 2006.[2] Ele foi dirigido por Fumito Ueda e desenvolvido pelo International Production Studio 1, também conhecida como Team Ico; o mesmo time de desenvolvimento de Ico.[3][4]

Shadow of the Colossus
Shadow of the Colossus
A capa do jogo enfatiza o enorme tamanho do Colossus em comparação com o protagonista.
Desenvolvedora(s) SCE Japan Studio
(Team Ico)
Publicadora(s) Sony Computer Entertainment
Diretor(es) Fumito Ueda
Produtor(es) Kenji Kaido
Projetista(s) Fumito Ueda
Escritor(es) Fumito Ueda
Junichi Hosono
Masashi Kudo
Takashi Izutani
Compositor(es) Kō Ōtani
Plataforma(s) PlayStation 2
Conversões PlayStation 3
PlayStation 4
Lançamento
  • JP 27 de outubro de 2005
  • AN 18 de outubro de 2005
  • AU 16 de fevereiro de 2006
  • EU 17 de fevereiro de 2006
Gênero(s) Ação-aventura
Modos de jogo Um jogador

O enredo do jogo se concentra em um jovem chamado Wander, que deve viajar por uma terra proibida com o objetivo de derrotar dezesseis criaturas conhecidas simplesmente como "Colossi",[5] para restaurar a vida de uma garota chamada Mono. O jogo é incomum dentro do gênero de ação-aventura já que não existem cidades e calabouços para serem explorados. Não existe também nenhum personagem com quem interagir e nenhum inimigo além dos Colossos para derrotar.[6][7] Shadow of the Colossus foi descrito como um jogo de quebra-cabeças, já que a fraqueza de cada Colossus deve ser identificada e explorada para que ele seja derrotado.[8][9]

Shadow of the Colossus é considerado como um título influente na indústria de jogos eletrônicos e um exemplo de um jogo eletrônico como forma de arte devido sua paisagem minimalista, jogabilidade envolvente e jornada emocional. Ele foi aclamado pela crítica e alcançou bons números de vendas em comparação com Ico, em parte devido a uma campanha de divulgação maior. A sua trilha sonora também foi amplamente elogiada. O jogo ganhou variados prêmios pelo seu áudio, projeto e qualidade geral. Shadow of the Colossus é também referenciado inúmeras vezes em debates sobre a qualidade de arte e perspectivas emocionais dos jogos eletrônicos.[10] Hoje, é amplamente considerado como um dos melhores jogos eletrônicos de todos os tempos.

Uma versão remasterizada chamada The Ico & Shadow of the Colossus Collection desenvolvida pela Bluepoint Games, compilando ambos os jogos,[11] foi lançada para PlayStation 3 em setembro de 2011, apresentando gráficos de alta definição, conteúdos anteriormente ausentes na versão norte-americana, troféus na PlayStation Network e suporte 3D.[12] A versão remasterizada foi lançada separadamente no Japão. Um remake de Shadow of the Colossus foi lançado em fevereiro de 2018 como um exclusivo para o PlayStation 4.

Jogabilidade editar

Básico editar

O progresso em Shadow of the Colossus ocorre em ciclos. Começando de um ponto central em um vasto território, o jogador deve procurar e derrotar um Colossus, retornando a este mesmo ponto central logo após para repetir o processo.[8] Para encontrar cada Colossus, Wander pode levantar sua espada em uma área iluminada pelo sol para refletir os feixes de luz, os quais vão convergir em direção ao local onde está o Colossus.[13] O percurso a um colossus é raramente reto: trechos de terrenos variados muitas vezes exigem que um desvio seja feito ao longo do caminho. A maioria dos Colossi estão localizados em áreas remotas, como em cima de morros ou dentro de estruturas antigas.[8][14]

Uma vez que o Colossus é encontrado, o jogador deve descobrir suas fraquezas para derrotá-lo. Cada Colossus habita em uma área própria e muitos só podem ser derrotados se o personagem usar o ambiente ao redor a seu favor.[15] Cada colossus tem pelo menos um ponto fraco, indicado por um sigil brilhante[16] que pode ser iluminado e identificado pela luz refletida da espada.[13][17] Cada Colossus tem áreas cobertas com pêlos ou saliências em suas armaduras de pedra que Wander pode usar para agarrar e escalar enquanto o Colossus se agita para tentar repeli-lo.[8] O jogador deve agir rapidamente enquanto escala um Colossus já que Wander possui uma barra limitada de resistência para agarrar-se a algo.

 
Wander em cima do primeiro Colossus, atacando o seu ponto-fraco. O HUD mostra a saúde e a resistência do personagem (parte inferior direita), bem como a saúde do Colossus (canto superior esquerdo).

Wander e os Colossi possuem barras de vida que indicam sua saúde restante. A saúde de um Colossus diminuirá significativamente quando seus pontos fracos forem atacados, enquanto o Wander pode ser ferido por ataques de um Colossus ou uma queda de grande altura. Ao longo do jogo, Wander está equipado com apenas uma espada e um arco e flechas,[16] mas pode obter outras armas ao completar os desafios Time Attack.[18]

Enquanto que os Colossi são os únicos inimigos, há animais naturais no ambiente. Apenas uma espécie, no entanto, tem efeito sobre a jogabilidade: pegando a cauda de um lagarto com a cauda branca aumenta a resistência máxima de Wander. Da mesma forma, o jogador pode encontrar frutas que aumentam a saúde máxima.[19]

Agro e o ambiente editar

Agro, a égua de Wander,[20] desempenha um papel importante no jogo. Além de servir como um meio de transporte, a montaria é vital para derrotar alguns dos Colossi.[21] Entretanto, há muitos ambientes que não podem ser atravessados ​​pela égua, já que os Colossi geralmente habitam áreas em água profunda ou separadas por grandes obstáculos que devem ser escalados. Agro não pode atravessar esses obstáculos e não pode participar da batalha seguinte quando separado de Wander.[13] Agro é referido como um macho na versão de língua inglesa do jogo,[22] embora o diretor Fumito Ueda disse que enxergava o animal como fêmea.[23]

O ambiente acaba sendo usado para ganhar vantagem pelo jogador com mais frequência quando o jogo progride. As duas primeiras batalhas ocorrem em áreas simples, grandes e planas, com o único objetivo de descobrir como escalar os Colossi e atacar seus pontos fracos.[13][15] No entanto, a maioria das quatorze batalhas seguintes exigem que algum aspecto do campo de batalha seja usado.[9][24]

Sinopse editar

O jogador recebe pouca informação sobre as histórias por trás dos personagens e as suas relações uns com os outros no decorrer de Shadow of the Colossus.[8] O jogo se passa em um mundo de fantasia,[25][26] com a maioria dos eventos ocorrendo dentro de uma vasta península não povoada conhecida como a "Terra Proibida", separada do mundo exterior por uma cordilheira a seu norte e mar ao sul e leste. A presença de ruínas e outras estruturas antigas indicam que a área já foi povoada.[27][28][29][30]

A região só é acessível através de uma pequena fenda nas montanhas ao norte, levando a uma enorme ponte de pedra. Esta ponte mede metade da distância da região e termina numa entrada para um grande templo chamado de "Templo de Adoração" localizado em seu centro. É, entretanto, proibido entrar na terra,[31] que se particulariza por diversas características geográficas, como lagos, planaltos, desfiladeiros, cavernas e desertos, além de estruturas feitas pelo homem.[8][32]

Personagens editar

 
Wander em pé diante de Mono. Ambos Wander e Mono foram projetados com cabelos longos desde o início do processo de design.

O protagonista do jogo é Wander (ワンダ Wanda?, voz de Kenji Nojima), um jovem cujo objetivo é ressuscitar uma garota chamada Mono (モノ? dublada por Hitomi Nabatame). Pouco se sabe sobre Mono, a não ser que ela foi sacrificada de alguma forma porque se acreditava ter um destino amaldiçoado.[33] Wander e Mono foram projetados com cabelos longos desde o início do processo de desenho, especificamente Mono, como um contraste a Yorda de Ico, que tinha cabelo curto.[34] Ajudando Wander está sua égua Agro (アグロ Aguro?), que serve como sua única aliada na luta contra os Colossi.[35] Wander também recebe ajuda de uma entidade chamada Dormin (ドルミン Dorumin?, voz de Kazuhiro Nakata e Kyōko Hikami). A história gira em torno desses personagens, mas apresenta um pequeno elenco de apoio incluindo o Lorde Emon (エモン? voz de Naoki Bandō).

Dormin é uma misteriosa entidade e sem corpo que fala com duas vozes ao mesmo tempo, uma masculina e outra feminina. Segundo a lenda do mundo do jogo, é dito que Dormin tem o poder de reviver os mortos;[31][35] é por isso que Wander entra na Terra Proibida, buscando sua ajuda para reviver Mono. Dormin pede para Wander destruir os dezesseis Colossi em troca de ressuscitar a garota.[33]

Lorde Emon é um xamã que narra uma visão na introdução do jogo, vagamente explicando a origem da terra para a qual Wander foi e enfatizando que a entrada neste local é proibida.[31] Ele é descrito como um grande conhecedor sobre Dormin e sua contenção e sobre a habilidade de usar poderosas magias. Ele possui um pequeno grupo de guerreiros sob o seu comando e está perseguindo Wander para impedir o uso do "feitiço proibido", um ritual que envolve a destruição dos dezesseis Colossi e a restauração do poder de Dormin.[36]

Os Colossi são criaturas enormes com armaduras e formas que variam de humanoides a animais predatórios, vivendo de acordo com o ambiente ao redor, incluindo debaixo d'água ou voando pelo céu. Seus corpos são uma fusão de partes orgânicas e inorgânicas, tais como rocha, terra, pele e elementos arquitetônicos, alguns dos quais estão fraturados ou desgastados. Alguns Colossi são pacíficos e só atacam quando provocados por Wander, enquanto outros são agressivos e atacarão logo após vê-lo.[8][37] Eles não se aventuram fora de seu próprio território. Uma vez mortos, irão permanecer no local que morreram como um montículo de terra e rocha vagamente assemelhando-se ao colossus original.[38][39]

Enredo editar

A história de Shadow of the Colossus começa com Wander entrando na Terra Proibida, atravessando a extensa ponte na entrada montado em seu cavalo Agro. De acordo com Lorde Emon mais tarde no jogo, antes de entrar na terra proibida Wander tinha roubado uma espada antiga, que é a única arma capaz de matar os Colossus da Terra Proibida.[36] Seguindo ao grande Santuário de Adoração no centro da região, Wander carrega com ele o corpo de uma garota chamada Mono. Após um momento, várias criaturas obscuras com aparência de sombras e forma humanoide se preparam para atacar Wander, mas ele facilmente os repele usando a "Espada Antiga", que emite raios de luz. Após reprimir as criaturas da sombra, a voz de uma entidade sem corpo conhecida como "Dormin" ecoa do alto, expressando surpresa que Wander possui tal espada. Wander pede que Dormin devolva a alma de Mono ao seu corpo, o qual afirma que pode ser possível com a condição de que Wander possa destruir os dezesseis ídolos que revestem a sala do templo usando a antiga espada para matar os dezesseis Colossi localizados pela região. Apesar de ser avisado por Dormin que ele tenha que pagar um alto preço para reviver Mono, Wander começa a procurar na região os Colossi para destruí-los.[40]

O que Wander não sabe é que os Colossi contêm porções da própria essência de Dormin que foi espalhada há muito tempo para tornar a entidade impotente.[33][41] Quando Wander mata cada Colossus, um fragmento de Dormin entra em seu corpo. Com o tempo, depois de matar seu oitavo Colossus, a aparência física de Wander deteriora por causa das essências que entraram em seu corpo, tornando sua pele mais pálida, seu cabelo mais escuro, e cicatrizes escuras crescem em seu rosto. Após a morte do 12º Colossus, revela-se ao jogador que Wander está sendo perseguido por um grupo de guerreiros liderados por Emon. Apressado em terminar a sua tarefa dada por Dormin, Wander logo dirige-se para derrotar o 16º e último Colossus. No caminho para este confronto, ele viaja com seu cavalo e quando chega a uma longa ponte, ela começa a desmoronar quando eles chegam à metade do caminho. No último segundo, Wander é arremessado por Agro para o outro lado, enquanto ela cai no rio, muitos metros abaixo.

Logo depois Wander derrotar o último Colossus, o grupo de guerreiros de Emon chega no Santuário de Adoração para testemunhar o último ídolo do templo desmoronar. Logo depois Wander aparece com os seus olhos e pele totalmente pálidos e dois chifres saindo de sua cabeça. Declarando que Wander foi "possuído pelos mortos", Lorde Emon ordena aos seus guerreiros que o matem, enquanto que ele tenta se aproximar de Mono um guerreiro dispara uma flecha em sua perna com uma besta, enquanto que outro o apunhala no coração com uma espada.[42] No entanto, Emon encontra um recém-inteiro Dormin possuir o corpo de Wander e transformar seu hospedeiro em um gigante sombrio.[41][43] Enquanto seus homens fogem, Lorde Emon lança a espada antiga em uma pequena piscina na parte de trás do salão do santuário para evocar um turbilhão de luz que consome Dormin e Wander. Depois de fugir com a ponte ligando-se ao templo se desmoronar atrás deles, isolando para sempre a terra proibida do resto do mundo, Emon expressa a esperança de que Wander possa ser capaz de expiar seus crimes se ele tivesse sobrevivido.[44] De volta ao templo, Mono desperta e encontra Agro mancando no santuário com a perna traseira ferida. Mono segue Agro para a piscina em que Wander e Dormin foram puxados pelo feitiço de Emon, encontrando um menino bebê com chifres minúsculos em sua cabeça. Ela leva a criança com ela, seguindo o cavalo para níveis mais elevados do Santuário de Adoração, e chega a um jardim secreto dentro do santuário e logo após o jogo termina.

Conexões com Ico editar

Shadow of the Colossus foi considerado o sucessor espiritual[45] e uma prequela de Ico.[6] Por vários meses durante e após o lançamento do jogo, o diretor e projetista chefe Fumito Ueda afirmou que o status do jogo como uma prequela foi simplesmente uma interpretação pessoal e não necessariamente sua natureza canônica, já que ele desejava que os jogadores decidissem as especificações da história sozinhos, mas confirmou que os dois têm uma conexão.[7] Além disso, as criaturas de sombra que aparecem no Templo de Adoração estão conectadas às sombras contra as quais o jogador deve lutar em Ico.[35] Ambos os jogos apresentam personagens "chifrudos" como protagonistas (Wander ganha chifres no final do jogo). A "Espada da Rainha" de Ico também está disponível como um item bônus.[46] E ambos os jogos usam uma língua fictícia.[47]

Desenvolvimento editar

 
O produtor Keiji Kaido e o diretor Fumito Ueda demonstrando Shadow of the Colossus na Art Futura de 2005.

Shadow of the Colossus começou seu processo de desenvolvimento em 2002 com uma equipe de 35 pessoas que formavam a Team Ico, parte do International Production Studio 1 dentro da SCE Japan Studio da Sony Computer Entertainment. Os trabalhos se iniciaram sob o nome provisório de Nico (amálgama de Next Ico, ou "Próximo Ico") e tinham a intenção de ser uma sequência de Ico, o trabalho anterior da equipe.[4][48][49] Uma demo tecnológica inicial foi exibida durante o D.I.C.E. Summit de 2003 que mostrava um grupo de meninos mascarados e com chifres cavalgando enquanto atacavam e derrotavam um Colossus.[4][49] Entretanto, o diretor e projetista chefe Fumito Ueda afirmou na época que era mais simples reutilizar o desenho do protagonista de Ico e que ele nunca desejou explicitamente criar uma sequência do jogo anterior.[50]

Ueda e o produtor Kenji Kaido exigiram que a equipe mantivesse um alto padrão de trabalho no decorrer de todo o desenvolvimento. Ueda era um perfeccionista e achou que apenas um ou dois de quinhentos artistas que se candidataram para trabalhar no jogo cumpriam seu critério de exigência, frequentemente exigindo mudanças minuciosas no projeto até que correspondesse à sua visão.[49] Kaido por sua vez desafiou os programadores a usarem o conceito de física realista sobre os movimentos dos Colossi e o subsequente efeito que suas ações causariam em Wander, tanto em termos de como o personagem moveria-se e como ele poderia usar esse movimento a seu favor. Por exemplo, se um Colossus balançasse, o produtor queria que a posição de Wander mudasse realisticamente em resposta. Além disso, Kaido queria que o jogador pudesse correr por um membro do Colossus como se fosse qualquer outra superfície plana caso essa parte do corpo estivesse na horizontal. Ele chamou esses dois conceitos de "dinâmicas e reações dos jogadores" e "deformação de colisão orgânica".[49] O motor de jogo com uma física realista que foi produzido como resultado requeria que os Colossi mais rápidos fossem também menores em tamanho.[50]

Ueda queria que o jogo tivesse uma apresentação única[6] e que mudasse o modo como jogadores e desenvolvedores enxergavam a ideia de como chefões deveriam ser em jogos eletrônicos. Para poder alcançar esse objetivo, o diretor garantiu que os únicos inimigos presentes fossem os dezesseis Colossi, que eles só poderiam ser enfrentados um de cada vez e que eles teriam padrões de comportamento diferentes.[50][51] A limitação da presença de inimigos para apenas chefões tinha a intenção de parcialmente diferenciar o título de outros, porém Ueda também expressou que isso se deu para garantir que o foco dos programadores fosse inteiramente nos Colossi para que dessa forma suas qualidades fossem as mais altas possíveis.[7] O diretor queria que apenas um botão do controle fosse usado única e exclusivamente para mirar nos Colossi durante as batalhas, mantendo assim o foco nos inimigos e estando de acordo com sua preferência por controles simples.[51] Ueda citou a série The Legend of Zelda como uma influência no projeto dos chefões, chamando-os de "calabouços Zelda invertidos".[52]

Uma das preocupações de Ueda era o tema de companheirismo entre o jogador e um parceiro controlado pela inteligência artificial.[51] Em Ico isto era representado através do menino e a princesa Yorda, quem o jogador precisava proteger enquanto navegava pelos ambientes.[53] Similarmente, um dos principais elementos de Shadow of the Colossus foi a relação entre Wander e sua égua, Agro.[21] O animal ocasionalmente ignora os comandos do jogador pois ele foi pensado para ser uma representação realista de um cavalo. Como Ueda comentou: "um cavalo de verdade ... não obedece sempre. Não é como um carro ou motocicleta, ele não vira sempre que você diz 'vira!'" Entretanto, o diretor admitiu que a equipe precisou encontrar um equilíbrio sobre o quanto Agro não responde aos comandos para que não sacrificassem a jogabilidade à procura do realismo.[51]

Todos os elementos do jogo como áudio, jogabilidade e visuais foram empregados a fim de alcançar uma atmosfera de "herói solitário", algo que Ueda considerou importante durante o desenvolvimento. A iluminação foi usada particularmente para estabelecer um clima sombrio e agourento para a terra proibida, enquanto a espada de Wander foi pensada para proporcionar um modo de navegação que fosse "direto e expressado apenas visualmente".[53] Shadow of the Colossus utiliza um estilo de iluminação distinto, assim como Ico. O motor de jogo usa elementos como desaturação, borrões e renderização de grande alcance dinâmico, com grande ênfase em incandescências.[9][21][54]

Trilha sonora editar

Enquanto que o jogo possui uma trilha sonora extensivamente orquestral, a música só é tocada durante as cutscenes e encontros com os Colossi, com o tempo gasto no Santuário de Adoração e percorrendo a região sendo totalmente silenciosos, exceto pela presença de sons feitos pelo protagonista, sua égua e seus arredores.[55] O estado de mundo aberto do jogo e a falta de vida, junto com um uso limitado de músicas, auxilia a estabelecer uma atmosfera de solidão[53][56] semelhante à de Ico.[24]

Um álbum de trilha sonora contendo as músicas de Shadow of the Colossus intitulado Shadow of the Colossus: Roar of the Earth (ワンダと巨像 オリジナル サウンドトラック大地の咆哮 Wanda to Kyozō Original Soundtrack: Daichi no Hōkō?).[1] foi lançado somente no Japão em dezembro de 2005. Atualmente não existem planos de se lançar o álbum em outros territórios. Todas as músicas foram compostas por Kō Ōtani.[1]

Lançamento da versão PAL editar

A versão PAL do jogo foi lançada em fevereiro de 2006. Muito parecido com o lançamento PAL de Ico, o jogo veio em uma pacote de papelão com várias peças de arte do jogo, além de conter quatro cartões ilustrados.[57][58] O jogo também veio com um documentário de bastidores, um trailer de Ico e uma galeria de artes conceituais, acessível a partir do menu principal.[57] A Sony Computer Entertainment também relançou Ico nos territórios PAL na época do lançamento de Shadow of the Colossus, tanto para promover o título através da reputação de Ico quanto para permitir que jogadores que não compraram Ico durante sua versão limitada original "completassem suas coleções".[57][59]

Recepção editar

Vendas editar

Shadow of the Colossus foi um sucesso comercial, alcançando o número de 140 mil cópias vendidas na primeira semana de lançamento no Japão e alcançando o primeiro lugar na lista de mais vendidos no país. Quase 80% da expedição japonesa inicial foi vendida dentro de dois dias.[60] Neste quesito, ele foi mais bem sucedido que Ico, que foi bem recebido pela crítica mas falhou em vender um número significante de unidades.[61] O jogo foi colocado na lista de títulos Greatest Hits da Sony em 6 de agosto de 2006.[62][63]

Ao contrário de Ico, Shadow of the Colossus recebeu muito mais exposição, em parte devido à Sony dando grande ênfase para uma ampla campanha publicitária.[64] Ele foi anunciado em revistas de jogos, na televisão e na internet, incluindo uma campanha de marketing viral que foi lançada em outubro de 2005. O website postou links para vários websites afirmando que os restos de cinco gigantes semelhantes a certos Colossi foram descobertos em várias partes do mundo. O website já foi desativado. Alguns especulam que o número de vendas de Ico poderia ter sido maior caso um tipo de esforço semelhante a este fosse feito antes de seu lançamento.[65]

Crítica editar

 
Resenha crítica
Publicação Nota
1UP.com A[66]
Edge 8/10[67]
EGM 8.8/10[68]
Eurogamer 10/10[9]
Famitsu 37/40[69]
Game Informer 8.75/10
GameSpot 8.7/10[8]
GameTrailers 9.3/10[70]
IGN 9.7/10[24]
PSM      
Pontuação global
Agregador Nota média
GameRankings 91.43%[71]
Metacritic 91/100[72]

Shadow of the Colossus foi bem recebido pela mídia, com uma nota média de apreciação de 91% na Game Rankings,[71] tornando-o o 13º jogo melhor recebido por críticos em 2005.[73] Críticos incluem a revista japonesa Famitsu, que deu ao jogo uma nota de 37/40,[69] a revista sediada no Reino Unido Edge, que o premiou com 8/10,[67] e a revista estadunidense Electronic Gaming Monthly, que concedeu a nota 8,8 de 10.[68] A GameSpot deu ao jogo uma nota 8,7 comentando que "a apresentação estética do jogo é incomparável a qualquer padrão",[8] enquanto que o site IGN o considerou "uma experiência fantástica" e "um título absolutamente obrigatório de se possuir", classificando-o com 9,7 de 10.[24] A GameSpy o descreveu como "possivelmente o jogo mais inovativo e visualmente atraente para PS2 do ano".[25] Um artigo de retrospectiva da Edge descreveu o jogo como "uma ficção de riqueza temática inquestionável, de poder emocional excitante, cujas qualidades fundamentais artísticas estão completamente fundidas com a sua interatividade".[74] Dave Ciccoricco, um professor de literatura da Universidade de Otago, elogiou o jogo pelo seu uso de cenas longas e de trechos extensos de galopagem para fazer com que o jogador se envolva em uma auto-reflexão e se sinta imerso no mundo do jogo.[75]

Vários críticos consideraram a sua trilha sonora um dos seus melhores aspectos. Em adição ao prêmio de "Trilha Sonora do Ano" dado pela Electronic Gaming Monthly,[68] a GameSpot comentou que a trilha sonora encaminhou, e frequentemente intensificou, o humor de qualquer situação dada,[8] enquanto que ela foi descrita como "uma das melhores trilhas sonoras de jogo de todo o sempre" por um escritor da Eurogamer.[9]

Contudo, o jogo foi criticado pela sua taxa de frame instável, que é geralmente leve quando se percorre um campo, mas frequentemente desacelera em situações de rápido ritmo, como em batalhas contra os Colossi.[8] A mecânica da câmera também foi alvo de críticas, sendo descrita pela GameSpy como "uma oponente igual a um Colossus" quando "tenta recentralizar a si mesmo nas piores e mais inoportunas situações".[25] Os críticos, em geral, não chegaram a um consenso quanto à IA de Agro e aos controles; enquanto que o site Thunderbolt insistiu que o realismo do movimento e comportamento do animal tenham "criado uma experiência em um jogo distinta de qualquer outra",[76] a Edge comenta que os controles são "brutos, desajeitados e imprevisíveis".[67] Outros críticos, como os da Game Revolution[77] e da GameSpot, sentiram que o jogo possuía uma curta duração, com estimados 6 a 8 horas, e pouca rejogabilidade visto os elementos de puzzle de cada batalha contra os Colossi.[8][77]

Prêmios editar

Shadow of the Colossus recebeu vários prêmios, incluindo reconhecimento por "Melhor Design de Personagens", "Melhor Design de Jogo", "Melhores Artes Visuais" e "Jogo do Ano", além de um dos três "Prêmios por Inovação" no Game Developers Choice Awards de 2006.[78][79] No DICE de 2006, o jogo foi premiado com o "Excepcional Sucesso na Direção de Arte" na Academy of Interactive Arts & Sciences,[80] enquanto que recebeu um dos "Prêmios Especiais de Novato" na Famitsu Awards de 2005.[81][82][83] Ele foi indicado aos prêmios de "Melhor Trilha Sonora Original", "Melhores Gráficos Artísticos" e "Melhor Jogo para PS2", mas também "Mais Agravante Taxa de Frames" nas premiações da GameSpot de 2005,[84][85][86][87] enquanto que recebeu os prêmios de "Melhor Jogo de Aventura" e "Melhor Design Artístico" nas premiações "Melhor de 2005" da IGN,[88][89][90] que citou Agro como o melhor coadjuvante na história dos jogos eletrônicos.[91] Dois anos após o seu lançamento, a IGN listou Shadow of the Colossus como o quarto melhor jogo para PlayStation 2 de todos os tempos.[92] A Games Radar, um site sediado no Reino Unido, premiou Shadow of the Colossus como o "Melhor Jogo do Ano de 2006" (sendo lançado no Reino Unido no começo de 2006, mais tarde nos EUA),[93] e ao mesmo tempo em que aparece no site "Os 100 Melhores Jogos de Sempre" listado na posição de número dez.[94] O final do jogo foi selecionado como o quarto melhor momento em jogos eletrônicos pelos editores da GamePro em julho de 2006.[95] Os leitores da PlayStation Official Magazine votaram em Shadow of the Colossus como o 8º maior título da PlayStation já lançado.[96] Destructoid nomeou o jogo em primeiro lugar em sua lista dos 50 melhores jogos eletrônicos da década.[97] A IGN listou Shadow of the Colossus como o melhor jogo de 2005,[98] e como o segundo melhor da década, atrás de Half-Life 2.[99] Em 2012, a revista Complex nomeou Shadow of the Colossus como o segundo melhor jogo de PlayStation 2 de todos os tempos, atrás de God of War II.[100] Em 2015, o jogo ficou em 4º lugar na lista dos "15 Melhores Jogos Lançandos desde os anos 2000" do USgamer.[101]

Adaptação cinematográfica editar

Em abril de 2009, foi noticiado que a Sony Pictures iria adaptar Shadow of the Colossus em um filme. E que o produtor Kevin Misher estaria negociando para produzi-lo. Foi revelado também que Fumito Ueda, o criador do jogo, estará envolvido na produção do filme.[102] Em 23 de maio de 2012, foi noticiado que o diretor de Chronicle, Josh Trank, seria o diretor da adaptação cinematográfica do jogo eletrônico.[103] Foi noticiado também que Seth Lochhead estaria escrevendo o roteiro.[104] Em 4 de setembro de 2014, a revista Variety noticiou que o diretor de Mama Andrés Muschietti dirigirá o filme depois que Trank desistiu devido a seu compromisso com um dos próximos filmes de história derivada de Star Wars.[105][106]

Referências

  1. a b c (2005) Créditos do álbum Wander and the Colossus Original Soundtrack: Roar of the Earth, pg. 8. King Record Co., Ltd..
  2. «IGN: Shadow of the Colossus» (em inglês). IGN. 2006. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  3. Reed, Kristan. «The Bluffer's Guide To PS2 Cult Classics» (em inglês). Eurogamer. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  4. a b c «NICO: the game that never was» (em inglês). PlayStation.com Australia. Consultado em 4 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 29 de julho de 2006 
  5. Wander to Kyozō Kōshiki Kōryaku & Setteibon Inishie no Chi Kitan (em japonês). [S.l.]: Enterbrain. 2006. p. 140 
  6. a b c McNamara, Andy; Berghammer, Billy (9 de julho de 2006). «Colossal Creation: The Kenji Kaido and Fumito Ueda Interview» (em inglês). Game Informer. Consultado em 4 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 3 de setembro de 2006 
  7. a b c Kohler, Chris (9 de março de 2006). «Behind the Shadow: Fumito Ueda» (em inglês). Wired News. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  8. a b c d e f g h i j k l Shoemaker, Brad (17 de outubro de 2015). «Shadow of the Colossus for PlayStation 2 Review» (em inglês). GameSpot. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  9. a b c d e Reed, Kristan (2005). «Review – Shadow of the Colossus» (em inglês). Eurogamer. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  10. «Okay, kids, play on my lawn» (em inglês). Chicago Sun-Times. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010 
  11. «ICO & Shadow Of The Colossus Classics HD Coming 28 September» (em inglês). Sony Computer Entertainment Europe. 7 de junho de 2011. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  12. Shuman, Sid (15 de setembro de 2010). «Ico and Shadow of the Colossus Collection hits PS3 Spring 2011 with 3D» (em inglês). SCEA. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  13. a b c d Dunham, Jeremy (2005). «Pre-E3 2005: Shadow of the Colossus» (em inglês). IGN. Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  14. «Guides: Shadow of the Colossus Walkthrough» (em inglês). IGN. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2012 
  15. a b Sulic, Ivan (2005). «A Colossus Falls» (em inglês). IGN 
  16. a b Kohler, Chris (26 de outubro de 2005). «Colossus Is Giant Leap for Games». Wired News (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  17. Dunham, Jeremy (2005). «E3 2005: Shadow of the Colossus Update» (em inglês). IGN. Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  18. «Time Attack Mode - Team Ico Collection Wiki Guide - IGN». IGN (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  19. «Shadow of the Colossus Guide» (em inglês). IGN. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2012 
  20. Shadow of the Colossus instruction book. Sony Computer Entertainment, 2005. pp. 14–16.
  21. a b c Gantayat, Anoop (10 de setembro de 2014). «Wanda and Colossus». IGN (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  22. Sony Computer Entertainment. Shadow of the Colossus. (Sony Computer Entertainment). PlayStation 2. (18 de outubro de 2005). "Kick the side of the horse to make him run by using X".
  23. Wander to Kyozō Kōshiki Kōryaku & Setteibon Inishie no Chi Kitan (em japonês). [S.l.]: Enterbrain. 2006. p. 202 
  24. a b c d Roper, Chris (2005). «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). IGN. Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  25. a b c McGarvey, Sterling (2005). «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). GameSpy. Consultado em 7 de janeiro de 2017 
  26. Daultrey, Stephen (2004). «An epic called Wanda: Sony's "awesome" PS2 works uncovered» (em inglês). Computer and Video Games. Consultado em 7 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 18 de setembro de 2009 
  27. Roper, Chris (2005). «Shadow of the Colossus Review». IGN 
  28. Scott, Alan Marriott (2005). «Shadow of the Colossus Preview» (em inglês). G4. Consultado em 7 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2006 
  29. Hayes, Jonahthan (2005). «Larger than Life – New York Magazine Video Game Review» (em inglês). New York Arts & Events. Consultado em 7 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 21 de outubro de 2006 
  30. Andrews, Stuart (22 de fevereiro de 2006). «Shadow of the Colossus» (em inglês). TrustedReviews. Consultado em 7 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 24 de março de 2007 
  31. a b c SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Emon (narrando): That place... began from the resonance of intersecting points... They are memories replaced by ens and naught and etched into stone. Blood, young sprouts, sky—and the one with the ability to control beings created from light... In that world, it is said that if one should wish it one can bring back the souls of the dead... ...But to trespass upon that land is strictly forbidden... 
  32. Gantayat, Anoop (2005). «Wanda and the Colossus». IGN (em inglês) 
  33. a b c SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Wander: She was sacrificed, for she has a cursed fate. Please, I need you to bring back her soul... / Dormin: That maiden's soul? Souls that are once lost cannot be reclaimed...is that not the law of mortals? With that sword, however...it may not be impossible. / Wander: Really?! / Dormin: That is, of course, if thou manage to accomplish what We askest. / Wander: What do I have to do? / Dormin: Behold the idols that stand along the wall... Thou art to destroy all of them. But those idols cannot be destroyed by the mere hands of a mortal... / Wander: Then what am I to do? / Dormin: In this land there exist colossi that are the incarnations of those idols. If thou defeat those colossi—the idols shall fall. 
  34. Wander to Kyozō Kōshiki Kōryaku & Setteibon Inishie no Chi Kitan (em japonês). [S.l.]: Enterbrain. 2006. p. 173. ISBN 4-7577-2580-9 
  35. a b c «Shadow of the Colossus». Playstation 
  36. a b SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Emon: Have you any idea what you've done?! Not only did you steal the sword and trespass upon this cursed land, you used the forbidden spell as well... 
  37. Chris, Schilling (2006). «Shadow of the Colossus» (em inglês). Press Start Online. Consultado em 9 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 17 de julho de 2006 
  38. Gillett, Nick (8 de agosto de 2006). «Preview Guitar Hero / Shadow Of The Colossus». Guardian Unlimited (em inglês). Londres. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  39. «Shadow of the Colossus Cheats, Code and Cheat Codes» (em inglês). IGN. 8 de agosto de 2006. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  40. SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Dormin: But heed this, the price you pay may be heavy indeed. / Wander: It doesn't matter. 
  41. a b SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Dormin: Thou severed Our body into sixteen segments for an eternity in order to seal away Our power... 
  42. SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Emon: Eradicate the source of the evil. Look... He's possessed by the dead. Hurry up and do it! It is better to put him out of his misery than to exist, cursed as he is. 
  43. SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Dormin: We have borrowed the body of this warrior... 
  44. SCE Japan Studio (18 de outubro de 2005). Shadow of the Colossus. PlayStation 2. Sony Computer Entertainment. Emon: Poor ungodly soul... Now, no man shall ever trespass upon this place again. Should you be alive... If it's even possible to continue to exist in these sealed lands...one day, perhaps you will make atonement for what you've done. 
  45. «The Long-Awaited Spiritual Successor to ICO Arrives Mid-February in Europe» (em inglês). GameSpot. 5 de janeiro de 2006. Consultado em 9 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2012 
  46. Reynolds, Matthew (7 de maio de 2006). «Shadow of the Colossus walkthrough» (em inglês). IGN. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  47. «Interview with Fumito Ueda». The Gaming Intelligence Agency. 2001. Consultado em 9 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 9 de março de 2012 
  48. «Interview Wander to Kyozō». Dengeki Online (em inglês). 2005. Consultado em 30 de março de 2017 
  49. a b c d Kosak, Dave (2006). «Making Colossal Games with the Creators of Ico and Shadow of the Colossus». GameSpy (em inglês). Consultado em 30 de março de 2017 
  50. a b c «A Colossus Speaks». PlayStation.com New Zealand (em inglês). Consultado em 30 de março de 2017. Arquivado do original em 21 de março de 2009 
  51. a b c d Mielke, James (13 de outubro de 2005). «Shadow Talk: Interview with Fumito Ueda and Kenji Kaido». 1UP.com (em inglês). Consultado em 30 de março de 2017. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2013 
  52. Rogers, Tim (25 de outubro de 2005). «Shadow of the Colossus». Insert Credit (em inglês). Consultado em 3 de março de 2017 
  53. a b c Mielke, James; Rybicki, Joe (outubro de 2005). «A Giant In The Making». 1UP.com (em inglês). Consultado em 30 de março de 2017. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2013 
  54. «3Dゲームファンのための「ワンダと巨像」グラフィックス講座». Impress Watch (em japonês). 7 de dezembro de 2005. Consultado em 30 de março de 2017. Arquivado do original em 10 de dezembro de 2005 
  55. Ramsey (2006). «Review of Shadow of the Colossus» (em inglês). GameChew. Consultado em 31 de março de 2017. Arquivado do original em 21 de julho de 2006 
  56. Rogers, Tim (2005). «Review of Shadow of the Colossus» (em inglês). insertcredit. Consultado em 31 de março de 2017. Arquivado do original em 4 de setembro de 2012 
  57. a b c «GamesRadar+». gamesradar (em inglês) 
  58. Li, Felix M.C. a.k.a. "Maskrider", ed. (2006). «Zone of the Gamers: Wanda to Kyozou/Shadow of the Colossus Scans/Photos» (em inglês). Zone Of the Gamers. Consultado em 31 de março de 2017. Arquivado do original em 17 de julho de 2006 
  59. Wales, Matt, ed. (2006). «Fumito Ueda» (em inglês). computerandvideogames. Consultado em 31 de março de 2017. Arquivado do original em 25 de julho de 2011 
  60. Fahey, Rob (2006). «Shadow of the Colossus goes in at number one» (em inglês). Games Industry. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2008 
  61. «PS2 Shadow of the Colossus» (em inglês). ControllerFreaks. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  62. Surette, Tim (2006). «Five added to PS2 Greatest Hits» (em inglês). GameSpot. Consultado em 1 de abril de 2017 
  63. «PlayStation 2 – Greatest Hits» (em inglês). PlayStation.com. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 24 de agosto de 2006 
  64. «Colossus Slays EA, Drags Ico Along» (em inglês). Kikizo. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017 
  65. Reed, Kirstan (2005). «First Impressions – Shadow of the Colossus» (em inglês). Eurogamer. Consultado em 1 de abril de 2017 
  66. Mielke, James (14 de outubro de 2005). «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). 1UP.com. Consultado em 2 de abril de 2017 
  67. a b c Edge Christmas 2005 157 ed. [S.l.]: Future Publishing. 2005. pp. 98–99 
  68. a b c «Shadow of the Colossus Electronic Gaming Monthly». Find Articles. 2005. Consultado em 14 de junho de 2008. Arquivado do original em 20 de setembro de 2008 
  69. a b «ワンダと巨像 (PS2)» (em japonês). Famitsu.com 
  70. «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). GameTrailers. 17 de outubro de 2005. Consultado em 2 de abril de 2017 
  71. a b «Shadow of the Colossus for PlayStation 2» (em inglês). GameRankings. Consultado em 1 de abril de 2017 
  72. «Shadow of the Colossus for PlayStation 2 Reviews» (em inglês). Metacritic. Consultado em 2 de abril de 2017 
  73. «Gamerankings: 2005 games organized by score» (em inglês). Consultado em 1 de abril de 2017 
  74. Edge Presents The 100 Best Videogames. [S.l.]: Future Publishing. p. 146 
  75. Ciccoricco, Dave (2008). «New Perspectives on Digital Literature» (em inglês). Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 28 de setembro de 2011 
  76. Kramer, Josh (2005). «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). Thunderbolt. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2008 
  77. a b Silvermen, Ben (2005). «Shadow of the Colossus Review» (em inglês). Game Revolution. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2006 
  78. Fahey, Rob (2006). «Colossus looms over GDC Awards» (em inglês). Eurogamer. Consultado em 1 de abril de 2017 
  79. Thorsen, Tor (2006). «Colossus casts shadow over GDC Awards» (em inglês). GameSpot. Consultado em 1 de abril de 2017 
  80. «The 9th Annual Academy of Interactive Arts and Sciences Awards» (em inglês). GameSpy. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2012 
  81. «"FAMITSU AWARDS 2005"大賞は『キングダム ハーツII』と『バイオハザード4』!!» (em japonês). Famitsu. 2006 
  82. «Shadow of the Colossus 日本サイト» (em japonês). Playstation. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2010 
  83. Gantayat, Anoop (2006). «New Awards Discovered in Famitsu Awards Presentation» (em inglês). IGN. Consultado em 1 de abril de 2017 
  84. «GameSpot's Best of 2005 – Special Achievement Awards (pg 1)» (em inglês). GameSpot. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2012 
  85. «GameSpot's Best of 2005 – Special Achievement Awards (pg 8)» (em inglês). GameSpot. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2012 
  86. «GameSpot's Best of 2005 – Special Achievement Awards (pg 5)» (em inglês). GameSpot. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2012 
  87. «GameSpot's Best of 2005 – Special Achievement Awards (pg 4)» (em inglês). GameSpot. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2012 
  88. «IGN.com presents The Best of 2005 (pg 2)» (em inglês). IGN. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2013 
  89. «IGN.com presents The Best of 2005 (pg 14)» (em inglês). IGN. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2013 
  90. «IGN.com presents The Best of 2005 (pg 25)» (em inglês). IGN. 2005. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2013 
  91. «Top 10 Tuesday: Best Sidekicks» (em inglês). IGN. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017 
  92. «The Top 25 PS2 Games of All Time» (em inglês). IGN. 2007. Consultado em 1 de abril de 2017 
  93. «Games Radar's 20 Best Games of 2006» (em inglês). Games Radar. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017 [ligação inativa]
  94. «The 100 best games ever». gamesradar (em inglês) 
  95. «The 55 Greatest Moments in Gaming» (em inglês). GamePro. 2006. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 21 de julho de 2006 
  96. PlayStation Official Magazine 50 ed. [S.l.]: Future Publishing (publicado em outubro de 2010). 2010 
  97. Concelmo, Chad (4 de dezembro de 2009). «The Top Video Games of the Decade (#10–1)» (em inglês). Destructoid. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2014 
  98. «Best Videogames and Computer Games of 2005» (em inglês). IGN. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de julho de 2013 
  99. «Best Videogames and Computer Games of the Decade 2000–2009» (em inglês). IGN. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 24 de julho de 2013 
  100. Knight, Rich (1 de abril de 2017). «The 50 Best PS2 Games Ever: 2. Shadow of the Colossus» (em inglês). Complex 
  101. Williams, Mike (5 de agosto de 2015). «The 15 Best Games Since 2000, Number 4: Shadow of the Colossus» (em inglês). USgamer. Consultado em 1 de abril de 2017. Cópia arquivada em 6 de agosto de 2015 
  102. Totilo, Stephen (28 de setembro de 2009). «Shadow Of The Colossus Creator Hints At Movie Involvement, Wants PS3 Ports» (em inglês). Kotaku. Consultado em 5 de junho de 2012 
  103. Vejvoda, Jim (23 de maio de 2012). «Chronicle Director to Make Shadow of The Colossus Movie» (em inglês). IGN. Consultado em 5 de junho de 2012 
  104. Kit, Borys (7 de janeiro de 2013). «'Hanna' Writer to Pen 'Shadow of Colossus' for Sony (Exclusive)» (em inglês). The Hollywood Reporter 
  105. Kroll, Justin (4 de setembro de 2014). «Andrés Muschietti to Direct 'Shadow of the Colossus' Adaptation for Sony» (em inglês). Variety. Consultado em 31 de março de 2017 
  106. Wilding, Josh (4 de setembro de 2014). «Mama Director Andrés Muschietti to Helm Video Game Adaptation Shadow of the Colossus» (em inglês). HeyUGuys. Consultado em 31 de março de 2017 

Ligações externas editar