Romeu Afonso de Souza Kiihl

agrônomo e pesquisador brasileiro

Romeu Afonso de Souza Kiihl (Caconde, 1942) é um pioneiro agrônomo brasileiro.

Romeu Afonso de Souza Kiihl
Conhecido(a) por
  • introdução do cultivo da soja no cerrado
  • "pai da soja" no Brasil
Nascimento 1942 (82 anos)
Caconde, São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Maria Luzia Manabe Kiihl
Alma mater
Prêmios
Orientador(es)(as) Edgar Emerson Hartwig (1913-1996)
Instituições Tropical Melhoramento & Genética
Campo(s) Agrônomo
Tese Inheritance studies of two characteristics in soybeans: I resistance to SMV; II Late flowering under short-day conditions. (1976)

Comendador e Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico[2], Romeu é diretor científico da Tropical Melhoramento & Genética (TMG). Seus estudos foram essenciais para a introdução do cultivo da soja no cerrado brasileiro.[3] É conhecido como o "pai da soja" o Brasil.[4]

Biografia editar

Romeu nasceu em Caconde, no interior de São Paulo, em 1942.[3] Filho de um alfaiate, ingressou na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, formando-se em 1965. Pela Universidade Estadual do Mississippi, entre 1966 e 1968 fez mestrado em Melhoramento Vegetal e entre 1974 e 1976 fez doutorado pela mesma instituição em Agronomia Vegetal, sob a orientação de Edgar Emerson Hartwig.[3][5]

Carreira editar

Assim que se formou em agronomia, ele começou a trabalhar no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Foi também pesquisador no Instituto Agronômico do Estado do Paraná (Iapar) e na Embrapa Soja. Atualmente é diretor científico e melhorista de germoplasma da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), em Londrina.[4]

Um de seus primeiros trabalhos foi de estudar e desenvolver cultivos da soja que fossem adaptados à região do Cerrado. Por muito tempo acreditou-se que as terras do cerrado, ácidas e de baixa fertilidade, fossem inadequadas para a agricultura. Através da tecnologia de melhoramento da soja, ele conseguiu chegar a cultivos que atendessem às demandas do cerrado, o que tornou a soja um dos principais cultivos do país, gerando bilhões de reais em exportação.[4][5]

Associação dos engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AeASP) o elegeu "Agrônomo do Ano", em 2012.[6] Foi indicação pela revista Veja como um dos "50 brasileiros que mudaram a regra do jogo e ajudaram a criar um novo mundo". É pai da também engenheira-agrônoma, Tammy Aparecida Manabe Kiihl, que seguiu os passos do pai, sendo, também, uma melhorista de plantas.[7]


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Referências

  1. «Ordem Nacional do Mérito Científico». Canal Ciência. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  2. «Ordem Nacional do Mérito Científico tem novos membros». Pós-graduação UFRJ. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  3. a b c Geraldo Hasse (ed.). «História da tropicalização da soja». Jornal Já. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  4. a b c Julianne Caju (ed.). «Pesquisador de empresa nacional é indicado desbravador da soja no cerrado». Grupo Cultivar. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  5. a b «Soja para todo o Brasil». A Lavoura. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  6. Paulo Roque (ed.). «Um grande pioneiro». Agroanalysis. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  7. Kiihl, Tammy Aparecida Manabe (2006). Obtenção e avaliação preliminar de novos híbridos de mamona (Ricinus communis L.) (Tese). Botucatu: Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). Consultado em 25 de janeiro de 2021