Sacramento

sinal ou um gesto divino instituído por Jesus Cristo
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Sacramento significa, para a grande maioria das confissões, denominações ou ministérios cristãos, como um sinal ou um gesto divino instituído por Jesus Cristo, cuja observância deve receber reverência por parte do fiel.

Perspectiva católica editar

 Ver artigo principal: Sacramentos católicos

São sete os sacramentos adotados pela Igreja Católica: batismo, confirmação do batismo (crisma) , confissão dos pecados (ou sacramento da penitência, da reconciliação ou do perdão) , eucaristia, ordenação sacerdotal, matrimônio e unção dos enfermos. Para os católicos, os sacramentos são sinais nos quais, por meios sensíveis, a graça de Deus em Cristo é representada, selada e aplicada aos crentes, que, por sua vez, expressam a e obediência a Deus. Esses sinais são considerados muito importantes para a salvação de cada crente e marcam as várias fases de sua vida espiritual e religiosa.

Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina"(n. 224). "Os sacramentos não apenas supõem a , como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: lex orandi, lex credendi, isto é, a Igreja crê no que reza" (n. 228).

O Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé, que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é, para cada crente, uma vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu contínuo crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.

Sacramentos, segundo a Igreja Católica, são gestos de Deus na vida de cada crente, expressando-se simbólica e espiritualmente, e assim são considerados:

  • Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
  • Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;
  • Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
  • Sinais da , não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e exprimem a sua fé;

Perspectiva protestante editar

Sacramento é termo característico do ideário da Igreja Católica Apostólica Romana, de modo que algumas confissões protestantes não consideram correto empregá-lo, ou o fazem com reserva. Nas Igrejas protestantes históricas, são apenas dois os sacramentos: o Batismo e a Ceia do Senhor.

Martinho Lutero definiu sacramento como a situação em que um elemento (coisa material), através da palavra de Deus, transforma-se em outro. Em um sentido espiritual, não no sentido material, pois o vinho continua a ser vinho e o pão continua a ser pão. Pela promessa divina é atribuído um poder vinculado a essa matéria.

Perspectiva evangélica editar

Nas igrejas do Cristianismo evangélico, aderindo à doutrina da Igreja de crentes, existem duas ordenanças que são o batismo do crente (por imersão na água) e comunhão.[1][2] Algumas denominações batistas e pentecostais também praticam lava-pés como uma terceira ordenança.[3][4]

Outras Igrejas editar

As Igrejas Ortodoxas tem muitos sacramentos, mas destacam sete deles. São quase os mesmos da Igreja Católica. Invés do Crisma, existe a "unção com crisma", de crianças pequenas e recém-batizadas.

O Exército de Salvação não pratica sacramentos. Mas não proíbe que seus membros recebam sacramentos em outras igrejas.

A Ciência Cristã pratica o sacramento em cultos especiais, mas só em forma espiritual, sem pão, vinho ou água.

A Comunidade de Cristo tem oito sacramentos.

Ver também editar

Referências

  1. Dr Alan Rathe, Evangelicals, Worship and Participation: Taking a Twenty-First Century Reading, Ashgate Publishing, USA, 2014, p. 119
  2. Roger E. Olson, The Westminster Handbook to Evangelical Theology, Westminster John Knox Press, USA, 2004, p. 259-260
  3. William H. Brackney, Historical Dictionary of the Baptists, Scarecrow Press, USA, 2009, p. 219
  4. Chris Green, Pentecostal Ecclesiology: A Reader, BRILL, Leiden, 2016, p. 176

Ligações externas editar

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