Salvinia auriculata
Salvinia auriculata Aubl., conhecido popularmente como mururé-carrapatinho, orelha-de-onça e salvínia, é uma planta aquática flutuante livre, pteridófita, da família Salviniaceae, presente na América, de Cuba ao Paraguai, e abundante no Pantanal. Possui folhas ovaladas, de 2,5 por 2 centímetros, cheias de pelos que repelem a água. As raízes (na verdade, folhas modificadas) saem de uma estrutura em formato de âncora, abaixo das folhas, que se comportam como esponja, segurando água e sedimentos. Entre as raízes, há esporocarpos com pedúnculo de cerca de um centímetro, onde ficam os esporos.[2]
Salvinia auriculata | |
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Classificação científica | |
Reino: | Plantae |
Clado: | Tracheophyta |
Divisão: | Polypodiophyta |
Classe: | Polypodiopsida |
Ordem: | Salviniales |
Família: | Salviniaceae |
Gênero: | Salvinia |
Espécies: | S. auriculata
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Nome binomial | |
Salvinia auriculata |
Etimologia
editar"Mururé" originou-se do tupi muru'ré.[3] "Carrapatinho" é uma alusão ao formato de suas folhas, semelhantes ao carrapato, bem como ao seu comportamento de se prender a qualquer detrito sobre a água. O formato de suas folhas também motivou a denominação "orelha-de-onça".
Habitat
editar- Encontrada no lago do Parque Natural Municipal do Guairacá. Curitiba, março/2014.
Características
editarA orelha-de-onça é uma planta ornamental, podendo ser usada em jardins aquáticos e aquários. Ela propaga-se rapidamente, sendo pioneira na sucessão biológica em corpos d'água após a seca ou em locais perturbados pelo homem. Suas raízes servem de habitat para animais aquáticos e abrigo e local de desova de alevinos e larvas de peixes.
Em inglês, é conhecida como water fern ("samambaia d'água") e, em espanhol, como oreja de ratón ou voy contigo.
Referências
- ↑ «IUCN red list Salvinia auriculata». Lista Vermelha da IUCN. Consultado em 3 de junho de 2022
- ↑ «Salvinia auriculata» (em inglês). ITIS (www.itis.gov)
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 173
Bibliografia
editar- Pott, Vali Joana; Pott, Arnildo (2000). Plantas aquáticas do Pantanal. Brasília: Embrapa. 404 páginas. ISBN 85-7383-091-3