Sergey Zimov

ecólogo russo

Sergey Aphanasievich Zimov (em russo: Сергей Афанасьевич Зимов; 18 de julho de 1955) é um geofísico russo especializado em ecologia ártica e subártica, que é conhecido por seu trabalho na defesa da teoria de que a caça excessiva de grandes herbívoros durante o Pleistoceno causou o desaparecimento do ecossistema de pastagens e estepes da Sibéria e por aumentar a conscientização sobre os papéis importantes que o permafrost e os lagos termocársticos desempenham no ciclo global do carbono.

Sergey Zimov
Sergey Zimov
Nascimento 18 de julho de 1955
Nacionalidade russo
Alma mater Universidade Tecnológica Estatal do Extremo Oriente
Prêmios Prêmio Wolf Vishniac (1991)
Orientador(es)(as) Mikhail Budyko
Campo(s) geofísica

Pesquisador sênior do Instituto Russo de Geografia do Pacífico, atualmente, ele exerce o cargo de diretor de um instituto de pesquisa vinculado à Academia Russa de Ciências (a Estação Científica do Nordeste da Rússia), além de ser um dos fundadores de um projeto piloto chamado "Parque Pleistoceno", que vem atraindo a atenção de grupos revivalistas da vida pré-holoceno.

Zimov seria o cientista russo mas citado no campo das geociências[1].

Biografia

editar

Sergei Zimov estudou e se formou em geofísica pela Universidade Tecnológica Estatal do Extremo Oriente, situada em Vladivostok, na Rússia.[2]

Em 1977, Zimov fundou a Estação Científica Nordeste perto da cidade Cherskii, na República Sakha. [3]

Doze anos depois, em 1988, ele deu início ao projeto piloto vinculado à referida estação chamado de "Parque Pleistoceno".[3]

Em 1991, Sergei Zimov recebeu o Prêmio Wolf Vishniac no 10º Simpósio Internacional de Biogeoquímica Ambiental (ISEB). [4]

Atualmente ele reside em Cherskii, República Sakha, também na Rússia.[2]

Contribuições científicas

editar

Permafrost e metano

editar

Sergei Zimov publicou uma coleção de artigos científicos em que expõe sobre a importância do permafrost e, também, sobre as emissões de dióxido de carbono e metano em altas latitudes no ciclo global do carbono.[5]

Nesses artigos, que foram produzidos conjuntamente com os cientistas Terry Chapin e Katey Walter-Anthony, foi também identificado que a ebulição de metano dos lagos termocársticos seria uma fonte significativa de metano atmosférico, um potente gás de efeito estufa (GEE).[5]

O permafrost seria um grande reservatório global de carbono que permaneceu congelado durante grande parte do Holoceno . [6]

Por causa das recentes mudanças climáticas, o permafrost está começando a derreter, liberando carbono armazenado e formando lagos termocársticos. [5] [6] A partir do momento em que o permafrost descongelado entra nos lagos termocársticos, seu carbono se converte em dióxido de carbono e metano, sendo consequentemente liberado na atmosfera. [7] [8] [9]

Assim, o metano seria um potente GEE e as emissões de metano dos lagos termocársticos têm o potencial de iniciar um ciclo de feedback positivo no qual o crescimento das concentrações atmosféricas de metano contribui com a amplificação das mudanças climáticas em escala global, que por sua vez leva a um maior degelo do permafrost e a mais emissões de metano e dióxido de carbono. [8] [9]

Referências

editar
  1. Dr. Igor Petrovich Semiletov (IARC resume), Head of the Laboratory of Geochemistry in the Polar Regions at the Pacific Oceanological Institute in Vladivostok and representative of the FED RAS at the University of Alaska Fairbanks, in an interview in 2011. See Елизавета Понарина (Elizabeta Ponarina), "Парниковое дыхание Арктики. Деградация подводной мерзлоты Восточно-Сибирского шельфа как причина возможных будущих быстрых климатических изменений." 30 December 2011, retrieved from the archives of the Russian Academy of Sciences. Retrieved 2 November 2016.
  2. a b Sergey A. Zimov: "Pleistocene Park: Return of the Mammoth's Ecosystem." Science, 6 May 2005, vol. 308, no. 5723, pp. 796–798.
  3. a b "Pleistocene Park and the North-East Scientific Station," homepage of the official website, without date. Retrieved 2 November 2016.
  4. William S. Reeburgh: "Meeting report." Report on the Tenth International Symposium on Environmental Biogeochemistry (ISEB-10). In: Geomicrobiology Journal 28 January 1992, vol. 10, no. 1, pp. 73–74. (Full text at eScholarship, UC.) Retrieved 3 November 2016.
  5. a b c University of Alaska Fairbanks: "Methane Bubbling From Arctic Lakes, Now And At End Of Last Ice Age." ScienceDaily, 26 October 2007. Retrieved 2 November 2016.
  6. a b Sergey A. Zimov, Edward A. G. Schuur, F. Stuart Chapin III: "Climate Change Permafrost and the Global Carbon Budget." Science, 16 June 2006, vol. 312, no. 5780, pp. 1612–1613. (Full text at Heat is Online, ResearchGate.) Retrieved 2 November 2016.
  7. K. M. Walter, M. E. Edwards, G. Grosse, S. A. Zimov, F. S. Chapin III: "Thermokarst Lakes as a Source of Atmospheric CH4 During the Last Deglaciation." Science, 26 October 2007, vol. 318, no. 5850, pp. 633–636. (Full text at ResearchGate.) Retrieved 2 November 2016.
  8. a b K. M. Walter, S. A. Zimov, J. P. Chanton, D. Verbyla and F. S. Chapin III: "Methane bubbling from Siberian thaw lakes as a positive feedback to climate warming." Nature, vol. 443, no. 7107, 7 September 2006, pp. 71–75. (Full text at ResearchGate.)
  9. a b S. A. Zimov, Y. V. Voropaev, I. P. Semiletov, S. P. Davidov, S. F. Prosiannikov, F. S. Chapin III, M. C. Chapin, S. Trumbore, S. Tyler: "North Siberian Lakes: A Methane Source Fueled by Pleistocene Carbon." In: Science, 8 August 1997, vol. 277, no. 5327, pp. 800–802. (Full text at ResearchGate.) Retrieved 2 November 2016.