Shavuot
Shavuot (do hebraico: שבועות, "[sete] semanas", também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Primícias) é a festa do povo hebreu celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Ha'omer. Conhecido como pentecostes pelos cristãos após o seu cumprimento, com a vinda da Ruach HaKodesh ou Espírito Santo (v. Atos, capítulo 2).
Em Levítico 23:15, está escrito: "Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida: sete semanas inteiras serão."
No Novo Testamento, em Atos 2:1-6, está escrito: "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando, em Jerusalém, judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua" (versão ARA[1]).
● Festa do Shavuot em 2025: É comemorada a partir do Pôr do sol do dia 1 de junho até o Entardecer do dia 3 de junho.
Origem
editarO caráter mais antigo de Shavuot é o de uma festa rural.
No mês de Sivan (calendário hebraico) terminava a colheita de cereais, e assim, dos produtos extraídos do solo, eram separadas as primícias (primeiras colheitas), como oferendas. Nenhum cereal da nova colheita podia ser utilizado antes do dia 6 de Sivan, data em que esse sacrifício se tornava efetivo. Por isso Shavuot se chama também Chag Ha Bicurim, festa das primícias.
Na época do Templo de Jerusalém, Shavuot assim como Pessach e Sucot se caracterizavam pelas peregrinações dos filhos de Israel. Grandes grupos de agricultores afluíam de todas as províncias, e o país adquiria um aspecto animado e pitoresco.
Os peregrinos marchavam para Jerusalém, acompanhados durante todo o trajeto pelos alegres sons das flautas. Em cestos decorados com fitas e flores, cada qual conduzia sua oferta de primeiros frutos: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras, produtos que davam renome ao solo da Terra de Israel.
Chegados a Jerusalém, eram acolhidos com cânticos de boas-vindas e entravam no Templo, onde faziam a entrega de seus cestos de ofertas ao cohen. A cerimônia se completava com hinos, toques de harpas e outros instrumentos musicais.
Posteriormente, o Shavuot evoluiu para uma festa doméstica, com grande fartura de alimentos, para comemorar uma boa colheita.
Segundo o judaísmo rabínico, o Shavuot também celebra a revelação da Torá ao povo Yahshurum (ou Jeshurun), por volta de 1300 a.C., por ocasião da saída dos judeus do Egito.
Referências
- ↑ ARA, acrônimo de "Almeida Revista e Atualizada", refere-se a uma das versões da Bíblia elaboradas pelo pastor calvinista João Ferreira de Almeida (1628 — 1691), o primeiro tradutor da Bíblia para o português. V. Versões da Bíblia Almeida – Qual a diferença e como escolher