Sismo da Catalunha de 1428

O Sismo da Catalunha de 1428, conhecido em Catalão como o terratrèmol de la candelera pois aconteceu durante Candlemas, atingiu o Principado da Catalunha, especialmente Rossilhão, com um epicentro perto de Camprodon. O terremoto foi um de uma série de eventos sísmicos relacionados que atingiram a Catalunha em um ano. Começando em 23 de Fevereiro de 1427, tremores foram sentidos em Março, Abril, 15 de Maio em Olot,[2] Junho e Dezembro. Estes causaram dano visível relativamente pequeno à propriedades, notavelmente no monastério de Amer; Mas provavelmente causaram severos enfraquecimentos na infraestrutura de construções. Isto contaria no contexto da massiva e generalizada destruição que acompanhou o sismo subsequente de 1428.

Terremoto da Catalunha de 1428

Localização da Catalunha no território espanhol.
Epicentro 42.37° N 2.15° O
Profundidade 30 km
Magnitude 6.7 MW
Data 02 de fevereiro de 1428
Zonas mais atingidas Principado da Catalunha
Vítimas Centenas

Estimativas modernas da intensidade são VIII(Danosa) ou IX (Destrutiva) na Escala Medvedev-Sponheuer-Karnik.[3] A parede defensiva de Prats-de-Mollo-la-Preste foi destruída. A torre de relógio de Arles-sur-Tech colapsou. O monastério de Fontclara em Banyuls-dels-Aspres foi devastado. O dano sustentado pelo monastério de Saint-Martin-du-Canigou marcou o começo de seu declínio. A torre do sino e a torre da lanterna de Sant Joan de les Abadesses caiu. A capela em Vall de Núria foi destruída. As vilas de Toretellà e Queralbs foram completamente destruídas. Entre as estruturas danificadas estava o Mosteiro de Santa Maria de Ripoll e Sant Llorenç prop Bagà. Desde Perpinhã até Barcelona a população estava em pânico. Em Barcelona, a intensidade fo estimada em VI (Forte) ou VII (Muito forte). A rosácea da igreja Gótica de Santa Maria del Mar foi destruída.

Robin de Molhet, lorde do Castelo de Peyrepertuse, que estava percorrendo os seus domínios quando o sismo aconteceu, rapidamente veio ao auxílio das vítimas, o que ganhou o reconhecimento de Alfonso V de Aragão, que estava em Valência no momento dos tremores. Ele foi informado pelo presidente da Generalidade da Catalunha, Felip de Malla, por uma carta.[4] É estimado que centenas de pessoas morreram no desastre. 200 estimadas em Camprodon, 100 a 300 em Puigcerdà (Devido a queda da igreja), 20 a 30 em Barcelona (em Santa Maria del Mar), e quase toda a população de Queralbs. O sismo foi provavelmente o pior da história dos Pirenéus[carece de fontes?] Apesar do primeiro registrado ocorrer em 1373. Permanece, até os dias de hoje, como um ponto de referência para o estudo de riscos sísmicos.

Referências

  1. Guidoboni E.; Ferrari G.; Mariotti D.; Comastri A.; Tarabusi G. & Valensise G. «Catalogue of Strong Earthquakes in Italy 461 B.C. - 1997and Mediterranean area 760 B.C. - 1500». Consultado em 26 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 26 de Março de 2010 
  2. Joan Toralles descreveu o sismo de Olot em uma breve notícia em seu Noticiari.
  3. Banda, E.; Correig, A. M. (1984), «The Catalan earthquake of February 2, 1428», Elsevier, Engineering Geology, 20 (1–2): 89–97, doi:10.1016/0013-7952(84)90045-0 
  4. A carta ainda pode ser lida em "Josep Perarnau i Espelt"(2002), "La lletra de Felip de Malla informant el rei Alfons del terratrèmol de la Candelera, 1428", Arxiu de textos catalans antics, 21:665–670.