Sosípatra de Éfeso foi uma filósofa neoplatônica e mística grega, que viveu na primeira metade do século IV, ca 361.[1] A história de sua vida é contada na obra Vida dos Sofistas, de Eunápio.[2]

Sosípatra
Nascimento século IV
Éfeso
Morte século IV
Cidadania Roma Antiga
Cônjuge Eustácio
Filho(a)(s) Antonino
Ocupação filósofa

Vida editar

Quando criança foi cuidada por dois anciãos que diziam ter poderes proféticos ou mágicos e que se auto-intitulavam "Caldeus", o que na época seria um sinônimo para mágicos, astrólogos ou videntes. Eles ensinaram Sosípatra tudo o que sabiam e a medida que ela cresceu ganhou alguma reputação como clarividente.Quando atingiu idade para se casar, um duelo foi arranjado entre ela e seu pretendente, o filósofo sofista Eustácio e Sosípatra o venceu com grande facilidade. Entre sua previsões, previu que daria à luz três filhos e que seu marido morreria em cinco anos, o que realmente aconteceu, Eustácio morreu em 358 quando foi enviado para delegar uma missão mal-sucedida do Imperador Constantino II para amenizar disputas com o governante persa Sapor II. Depois da morte de seu marido, Sosípatra assumiu o lugar de seu marido na academia se tornando uma professora notável . Suas habilidades em retórica superavam até mesmo as de Edésio, que após a morte de seu marido a ajudaram a criar seus filhos. Seu filho Antonino também se tornou filósofo.[3]

Feitiços e visões editar

Um dia, Sosípatra se viu "enfeitiçada" - porque na época seria inadmissível atribuir tal sensação a uma atração física, era comum atribuir tais sensações a daimon (demônios) e feitiços[1] - por um de seus alunos chamado Filometro e pediu ajuda a Máximo contando-lhe "Quando Filometro está comigo, ele é simplesmente Filometro e de nenhuma maneira se difere da multidão. Mas quando o vejo indo embora meu coração se sente ferido e torturado como se quisesse escapar de meu peito." Máximo fez um feitiço mais forte e também confrontou o jovem estudante de maneira sutil. Após este dia Sosípatra se viu livre de tais "influências" do jovem aluno e durante uma de suas aulas previu que Filometro sofrera um acidente na estrada, o fato foi imediatamente apurado e assim a vida de Filometro e seus parentes foi salva.[2]

Referências

  1. a b Frank R Trombley (1 de dezembro de 2001). Hellenic Religion and Christianization: C. 370-529. [S.l.]: BRILL. 63 páginas. ISBN 978-0-391-04121-9  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Trombley2001" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. a b Eunápio, Vidas dos Filósofos (em inglês).
  3. Marjorie Lightman; Benjamin Lightman (1 de janeiro de 2008). A to Z of Ancient Greek and Roman Women. [S.l.]: Infobase Publishing. p. 302. ISBN 978-1-4381-0794-3