Suella Braverman
Sue-Ellen Cassiana Braverman (Londres, 3 de abril de 1980) é uma política britânica que serviu no cargo de Secretária de Estado para os Assuntos Internos de 6 de setembro até 19 de outubro de 2022, com a formação do governo da premiê Liz Truss, após as eleições no partido ocorridas no dia anterior, 5 de setembro. Após a renúncia de Liz Truss e a eleição de Rishi Sunak como primeiro-ministro, foi novamente reconduzida ao cargo de Secretária para Assuntos Internos, ficando no cargo até novembro de 2023.
Suella Braverman | |
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Foto oficial, 2024 | |
Secretária de Estado para os Assuntos Internos | |
Período | 25 de outubro de 2022 – 13 de novembro de 2023 |
Primeiro-ministro | Rishi Sunak |
Antecessor(a) | Grant Shapps |
Sucessor(a) | James Cleverly |
Período | 6 de setembro – 19 de outubro de 2022 |
Primeiro-ministro | Liz Truss |
Antecessor(a) | Priti Patel |
Sucessor(a) | Grant Shapps |
Membro do Parlamento por Fareham | |
No cargo | |
Período | 7 de maio de 2015 – presente |
Antecessor(a) | Mark Hoban |
Dados pessoais | |
Nome completo | Sue-Ellen Cassiana Braverman |
Nascimento | 3 de abril de 1980 (44 anos) Harrow (borough), Londres Inglaterra |
Nacionalidade | britânica |
Alma mater | Queens' College, Cambridge Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne |
Esposo(s) | Rael Braverman (c. 2018) |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Conservador |
Religião | Budista[1] |
Website | suellabraverman.co.uk |
Biografia
editarÉ filha de dois imigrantes de origem indiana nascidos no Quênia e nas Ilhas Maurício, e que imigraram para o Reino Unido nos anos 60.[2] Sua mãe, enfermeira, era de uma família de etnia tâmil hinduísta estabelecida no arquipélago africano. Seu pai, de origem goesa, trabalhava para uma associação que construía habitações populares.[3]
Braverman nasceu em Londres, onde realizou os estudos primários e secundários, estes últimos com uma bolsa parcial. Estudou Direito em Cambridge, onde liderou a Associação Conservadora de estudantes da universidade.[4] Viveu dois anos na França, primeiro como parte do Programa Erasmus e depois com uma bolsa, concluindo estudos em Direito Europeu e Francês na Sorbonne.[3]
Se qualificou para a prática do direito e trabalhou com casos litigiosos relacionados a processos de imigração.[2] Seguindo os passos da mãe, Uma Fernandes, vereadora no distrito londrino de Brent, se candidatou em 2005 e 2012 para a Câmara dos Comuns, sem sucesso.[5] Em 2015 conseguiu se eleger pelo distrito de Fareham, declarando interesse em trabalhar nas áreas de educação, assuntos internos e justiça. Integrou o comitê da Câmara sobre Educação (2015-2017) e o sub-comitê de Educação, Habilidades e Economia, bem como outros grupos e comitês do Parlamento. Em 2018 foi apontada para a Sub-secretaria Parlamentar de Estado. Em 2020 foi nomeada como Procuradora-Geral para Inglaterra e País de Gales e Advogada Geral para a Irlanda do Norte.[6][2]
Com a crise do governo Boris Johnson, em 2022, participou das eleições para a sucessão na liderança do Partido Conservador, sendo eliminada na segunda rodada de votações.[7] Passou então a apoiar a candidatura de Liz Truss. Com a eleição desta para a liderança conservadora e o cargo de primeira-ministra, Braverman foi nomeada para a Secretaria de Estado para os Assuntos Internos, posição considerada uma das quatro mais importantes do governo do Reino Unido, onde liderou a política de segurança nacional, a polícia e questões de imigração. Também foi a ministra responsável pela inteligência doméstica britânica.[8]
Braverman foi demitida, pelo primeiro-ministro Rishi Sunak, do cargo de Secretária para Assuntos Internos em 13 de novembro de 2023, sendo substituída por James Cleverly, que era o antigo Secretário de Relações Exteriores.[9] De acordo com o jornal The Guardian, o motivo de sua demissão foi um artigo escrito por ela e publicano no The Times em 8 de novembro,[10] que incluía uma declaração de que havia "uma percepção de que os policiais seniores têm favoritos quando se trata de manifestantes" e eram mais duros com os extremistas de direita do que com as "turbas" pró-Palestinas. O The Guardian informou que o gabinete do Primeiro-Ministro solicitou alterações ao artigo, mas nem todas essas alterações foram implementadas.[11] O Partido Trabalhista e alguns policiais disseram que os escritos de Braverman levaram apoiadores da extrema-direita a atacar a polícia em 11 de novembro.[11]
Referências
- ↑ «Attorney general Suella Braverman belongs to controversial Buddhist sect». the Guardian (em inglês). 15 de fevereiro de 2020. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ a b c Morris, Seren (6 de setembro de 2022). «Who is Suella Braverman? Leadership rival tipped for Home Secretary». Evening Standard (em inglês). Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ a b «About Suella». Suella Braverman (em inglês). Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ Arthur, Sylvia (6 de setembro de 2003). «The road to No 10». The Guardian (em inglês). Consultado em 16 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 12 de março de 2022
- ↑ «Goan Voice UK: Supplement on UMA FERNANDES». www.goanvoice.org.uk. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ «Suella Braverman». UK Parliament. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ «Tory leadership race: Rishi Sunak leads pack in tightening contest». BBC News (em inglês). 14 de julho de 2022. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ «Três representantes de minorias ocupam cargos-chave no gabinete de Liz Truss». noticias.uol.com.br. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ «Rishi Sunak sacks Suella Braverman as home secretary as he begins reshuffle». Sky News. 13 de novembro de 2023. Consultado em 14 de novembro de 2023
- ↑ Braverman, Suella. «Suella Braverman: Police must be even-handed with protests». The Times. Consultado em 13 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2023
- ↑ a b Walker, Peter; Crear, Pippa; Stacey, Kiran (13 de novembro de 2023). «Suella Braverman sacked as home secretary after article criticising police». The Guardian. Consultado em 14 de novembro de 2023