Tireoidite de Riedel

Tireoidite de Riedel ou tiroidite fibrótica crônica é uma inflamação autoimune da tiroide que se espalha para os tecidos próximos do pescoço formando um bócio denso, duro e indolor e fibrose sistêmica. Descrito pela primeira vez por Bernhard Riedel em 1883. Causa hipotireoidismo em 30% dos casos e raramente hipertiroidismo. É uma doença rara, com incidência de cerca de 1 em cada 100.000 habitantes, sendo 80% dos caso mulheres e mais comum entre os 40 e 60 anos.[1]

Riedel thyroiditis
Tireoidite de Riedel
Bócio (inflamação do pescoço) é o principal sintoma de tireoidite.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E06.5
CID-9 245.3
DiseasesDB 11590
eMedicine med/2036
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Causas editar

Provavelmente está relacionada a um grupo relativamente novo de doenças raras: as doenças sistêmicas relacionadas com IgG4. Outra teoria é que cerca de 70% dos casos são autoimunes e os outros 30% são por distúrbio fibrótico primário, como a fibroesclerose multifocal.[1]

Sinais sintomas editar

Conforme a fibrose (tecido conjuntivo formado na cicatrização) do pescoço formando um bócio cada vez maior, ela causa[2]:

Os sintomas podem desaparecer sozinhos (remissão espontânea) e raramente é fatal.

Diagnóstico editar

O médico provavelmente irá executar exames de sangue para verificar a existência de desequilíbrios nos níveis de hormônios da tireoide, e anticorpos elevados, mas para confirmar o diagnóstico é necessário uma biópsia aspirativa com uma agulha fina. Quando diagnosticado é importante buscar sinais de outras fibroses fora do pescoço, pois pode ser apenas sintoma de uma fibroesclerose multifocal.[3]

Tratamento editar

A prednisona, um corticosteroide, pode ajudar a aliviar os sintomas. Outra opção é o tamoxifeno, um bloqueador de estrogênio, um novo tratamento para retardar ou resolver progressão da tireoidite de Riedel. E quando há hipotireoidismo pode-se usar levotiroxina como terapia de reposição hormonal. Raramente, a tireoidite pode interferir com a capacidade de engolir ou respirar e cirurgia para retirar o tecido fibrótico pode ser necessária.[2]

Referências