Os Two by Twos (também conhecidos como a Verdade ou o Caminho[1]) são uma organização religiosa cristã internacional cujas origens remontam à Irlanda no final do século 19. Esta igreja não tem um nome oficial: entre os membros é comumente referida como "a Verdade", "as Reuniões" ou "os servos e os amigos". Aqueles de fora da igreja referem-se à ela como “Two by Twos" (de dois em dois), "The Black Stockings", "A Igreja Sem Nome", "Cooneyites", "Servos e Amigos" ou "Cristãos Anônimos".

Os missionários da Igreja - chamados "servos" - são itinerantes e trabalham em grupos de dois, daí o nome “Two by Twos" (de dois em dois). Os nomes registrados da igreja incluem "Convenções Cristãs" nos Estados Unidos, "Assembléias de Cristãos" e "Sociedade de Assembleias Cristãs de Alberta" no Canadá - dissolvido após ter sido exposto, "O Testemunho de Jesus" no Reino Unido, " Kristna i Sverige" na Suécia, "United Christian Conventions" na Austrália e "Igreja Crista" no Brasil. Esses nomes são criados para fins de registro e não são utilizados pelos membros.

William Irvine foi o fundador da Verdade. Foto de 1910, antes da sua liderança ser desacreditada

A igreja foi fundada em 1897 na Irlanda por William Irvine, um evangelista da Faith Mission. Irvine escolheu pregar de forma independente, objetivando retornar ao método de evangelização que ele afirmava ter sido estabelecido por Jesus em Mateus 10. O crescimento inicial da igreja foi rápido e espalhou-se para fora da Irlanda. Eventualmente, Irvine passou a defender uma nova proposta, na qual a hierarquia dos servos missionários não teria lugar. Dessa forma, tornou-se controverso dentro de sua própria igreja e foi desacreditado e expulso pelos servos responsáveis em meados de 1914. Um dos primeiros missionários da igreja, Edward Cooney, foi expulso uma década depois de Irvine. A igreja tornou-se então pouco visível para o mundo. Atualmente, a publicação de vários artigos e livros, o aumento da cobertura noticiosa e a Internet abriram a igreja à um escrutínio mais amplo.

A igreja não publica oficialmente nenhuma declaração doutrinária, alegando que estas devem ser transmitidas oralmente pelos seus ministros, denominados “servos”. A igreja ensina que a salvação é alcançada somente participando das reuniões do grupo, ouvindo a pregação de seus servos itinerantes e não assalariados e "aceitando". (Ver Terminologia). Enquanto algumas outras seitas cristãs acreditam na salvação somente pela fé, a Verdade defende que a salvação não é alcançada apenas através da fé, mas através de uma combinação de fé e obras. As obras são descritas como boas ações de sacrifício, que estão de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo.

A doutrina trinitária cristã ortodoxa é rejeitada e os membros negam ter um nome. O batismo por imersão é realizado por um dos servos da igreja e é necessário para a participação dos emblemas (corpo de Cristo). Alguns afirmam que o Caminho é uma continuação direta da igreja cristã primitiva do primeiro século, diretamente ligada aos 12 discípulos de Jesus. Outros membros acreditam que algum tipo de restauração pode ter ocorrido no final do século 19, alegando que "a semente ficou adormecida".

Os membros realizam reuniões semanais regulares em casas de família, aos domingos e quartas-feiras. A igreja também realiza reuniões anuais e pregações do Evangelho com o propósito de evangelização. Não reivindicam nenhuma sede oficial ou publicações oficiais, apenas seu hinário e alguns outros materiais para uso interno, que são produzidos por editoras e gráficas externas. Os únicos materiais que aqueles que estão fora da igreja provavelmente encontrarão são os convites impressos e anúncios para as reuniões de pregação.

História editar

Fundação da Verdade editar

Em 1896, William Irvine foi enviado da Escócia para o sul da Irlanda como missionário pela Faith Mission, uma organização religiosa interdenominacional criada por John George Govan, com raízes no movimento de Santidade.[2] As missões de evangelização de Irvine foram consideradas bem-sucedidas, e por isso foi promovido a superintendente da Faith Mission no sul da Irlanda.[3]

 
Desenho de 1907 representando um batismo. A legenda diz "Como os 'Dippers' são Iniciados".[4]

Poucos meses depois de sua chegada à Irlanda, Irvine desiludiu-se com a Faith Mission.[5] Surgiram atritos quanto aos ensinamentos do Movimento de Santidade, e Irvine passou a ver a organização como uma violação do conceito de um ministério puro baseado na fé. Irvine não tolerava que a Faith Mission cooperasse com outras igrejas nas comunidades do sul da Irlanda, considerando como "perdidos entre os ministérios"[6][7] alguns convertidos seus que se juntaram às outras igrejas. Em 1897, Irvine começou a pregar de forma independente, alegando que os verdadeiros ministros não deveriam ter casa e nem receber salário.[8] Irvine convenceu-se de que havia recebido este ensinamento como uma revelação especial, a qual passou a chamar de "mensagem Alfa".[9] Opondo-se às outras igrejas estabelecidas na época, ele sustentava que a maneira pela qual os discípulos foram enviados no capítulo 10 do Evangelho de Mateus era um mandamento permanente que ainda deveria ser cumprido.[9] A passagem diz:

Em outubro de 1897, Irvine foi convidado por um comerciante de Nenagh, John "Jack" Carroll, para pregar na cidade natal dos Carrolls, Rathmolyon. Lá, Irvine realizou uma série de pregações missionárias, exortando que qualquer outra igreja deveria ser rejeitada e apresentando sua nova doutrina e método de ministério. Foi em Rathmolyon que Irvine recrutou os primeiros adeptos à sua mensagem Alfa.[10] Além de condenar todas as outras igrejas fora de sua nova irmandade, a doutrina de Irvine incluía a rejeição de edifícios como templos, a rejeição de um ministério remunerado, a rejeição de coletas [A] durante as pregações e a exigência de que aquele que ingressasse no ministério deveria “vender tudo” que possuísse.[9]

As pregações de Irvine em Rathmolyon influenciaram muitos a deixarem suas igrejas e se juntaram à nova irmandade, formando um forte núcleo inicial de seguidores.[11] Alguns desses primeiros adeptos se tornariam depois membros importantes, entre eles: John Long, [B] a família Carroll, John Kelly, Edward Cooney (um evangelista influente da Igreja Anglicana da Irlanda)[12] e George Walker (um funcionário da empresa de tecidos da família Cooney,[13] que anos depois tornaria-se um dos servos responsáveis dos EUA). Todos os citados eventualmente "venderam tudo" e se juntaram ao novo movimento como pregadores itinerantes.[14]

Embora outros movimentos religiosos (como os Irmãos de Plymouth e Elim) tenham tido forte influência irlandesa, a igreja fundada por Irvine é a única conhecida com origem e desenvolvimento inicial na Irlanda.[15][16]

Crescimento inicial editar

Scan of a 1910 newspaper article regarding Tramp Preachers, Doctrines, Methods, Money and Lapses
Extrato de um artigo do The Imparcial Reporter e Farmers' Journal de 1910[17] documentando as fases iniciais da igreja. Veja a nota final para obter o link para o artigo completo. [C]

Ao contrário do caráter "secreto" que surgiu depois,[18][19] inicialmente a igreja de Irvine era aberta ao público geral, e inclusive chegou a levantar questões no Parlamento Britânico em 1900.[9] Inspirado por palestrantes como Irvine e Cooney, o crescimento do número de seguidores foi inicialmente muito rápido, ainda sob o nome da Faith Mission. Porém, em vez de adicionar membros às denominações já estabelecidas, como era a prática comum da Faith Mission, as igrejas locais notaram que as suas congregações diminuíam após as missões dos missionários de Irvine. Os pastores começaram a considerar os pregadores de dois em dois como "inimigos dos membros da igreja".[20] Em 1900, depois de receber relatórios da Irlanda, a Faith Mission por fim desassociou-se formalmente de Irvine e de qualquer pregador que participava no seu novo movimento.[21]

A atenção dos jornais de Belfast (capital da Irlanda do Norte) foi inicialmente atraída para a igreja de Irvine por causa de seus batismos ao ar livre.[22] Os batismos aconteciam em locais públicos como riachos, lagos ou mar, mesmo nos dias frios. As “submersões” ao ar livre eram consideradas uma novidade para a época, e os sermões que as acompanhavam atraíam grandes ajuntamentos.[23][24] Os jornais também deram atenção especial às caminhadas pelos bairros e às pregações públicas, realizadas nas praças e nas esquinas.[25][26]

Os primeiros servos, entre eles Edward Cooney e George Walker, pregavam que os membros de outras igrejas estavam todos condenados.[27][28] Eles chegavam até mesmo a condenar abertamente indivíduos famosos e comunidades inteiras. Às vezes, suas pregações aconteciam perto de igrejas de outras denominações, e eles as censuravam com “linguagem extrema”.[29][30] Suas palavras inflamatórias trouxeram consequências que variaram desde violência nas ruas[31] até a dissolução de famílias,[9] o que chamou ainda mais atenção.[22] Jornais na Irlanda, Grã-Bretanha e América do Norte noticiaram as perturbações que surgiram devido às atividades extremistas dos missionários da igreja,[32] e alguns organizaram até mesmo debates em suas colunas editoriais.[33][34] Um membro do Parlamento ofereceu-se para aderir à Verdade se os servos parassem de criticar outras entidades religiosas.[35]

À medida que o número de servos aumentava, o alcance da igreja se expandia. Grandes reuniões foram realizadas em Dublin, Glasgow e Belfast durante 1899. As reuniões anuais - inspiradas nas Reuniões Evangélicas de Keswick, na Inglaterra[36] - começaram a ser realizadas regularmente na Irlanda a partir de 1903. Em 5 de setembro deste mesmo ano, William Irvine, acompanhado por Irvine Weir e George Walker, chegaram em Nova York, na América do Norte, a bordo do navio a vapor Columbia. [D] Seguiram-se missões evangelistas à Europa continental, Austrália e Ásia.[37]

Em 1904, a exigência de “vender tudo” para fazer parte da igreja não era mais mencionada nas pregações.[38] Iniciou-se então um sistema de duas frentes que fazia uma clara distinção entre missionários itinerantes sem-teto (chamados "servos") e aqueles que agora tinham permissão para casarem-se e manter casas e empregos (chamados "amigos" ou "santos").[11][39] As reuniões semanais passaram a ser realizadas nas casas dos santos e presididas por “bispos”, que normalmente eram homens, chefes de uma família. Durante os anos seguintes, essa mudança consolidou-se universal. A igreja continuou a crescer e a realizar reuniões anuais regulares, que chegavam a durar várias semanas. Irvine viajou muito durante este período, participando de inúmeras reuniões anuais e pregando no mundo inteiro. Ele passou a enviar os servos das Ilhas Britânicas para expandir o interesse religioso globalmente.[9]

A partir de 1906, folhetos e cartazes com avisos passaram a atrair atenção indesejada. W. D. Wilson, um fazendeiro inglês cujos filhos saíram de casa para se juntar aos servos, publicou um artigo declarando que a igreja estava recrutando moças para fins imorais.[40] Em resposta, Edward Cooney abriu um processo acusando difamação que foi amplamente divulgado, até que as partes chegaram a um acordo no final de 1913.[41]

Irvine, então, estabeleceu uma hierarquia: seus associados de maior confiança foram designados como "servos responsáveis", cada um para uma região geográfica específica, onde deveriam coordenar os esforços do ministério.[42] Entre os primeiros servos responsáveis estavam William e Jack Carroll, George Walker e Willie Gill. Irvine, entretanto, optou por continuar a ter a palavra final sobre a conduta e as finanças de todos os servos, mas suas atividades em áreas de outros responsáveis logo passaram a ser consideradas "interferências".[43] As comunicações e instruções de Irvine passaram a depender do crivo dos servos responsáveis, exceto quando Irvine falava diretamente nas reuniões anuais, que ele participava no mundo todo.[44]

Separação editar

William Irvine dizia continuar recebendo revelações particulares, e temas escatológicos começaram a aparecer em seus sermões.[45] [E] Em 1914, ele já pregava que a Era da Graça, durante a qual o "Evangelho Alfa" estivera sendo proclamado, estava chegando ao fim. À medida que suas pregações começavam a indicar uma Nova Era, sem os servos e sem a hierarquia[46] do "Evangelho Alfa", surgiam ressentimentos por parte dos servos responsáveis, que o viam agora como uma ameaça ao trabalho que já fora consolidado.[47][46]

O servo responsável australiano John Hardie foi o primeiro a impedir Irvine de falar na reunião anual da Austrália do Sul, no final de 1913. Durante 1914, ele foi impedido de falar em um número crescente de reuniões, à medida que mais servos responsáveis o excluíam.[48] Circularam rumores sobre o estilo de vida confortável de Irvine e sua suposta queda por mulheres, embora nada concreto tenha sido publicamente exposto.[49] Difundiu-se a ideia de que Irvine claramente "havia perdido a unção do Senhor", para justificar sua expulsão. Ele passou a ser evitado e seu nome não foi mais mencionado, até que eventualmente tornou-se uma pessoa desconhecida na própria igreja que fundou.[46] Houve muitas excomunhões de partidários de Irvine em várias regiões do globo durante os anos seguintes até que, em 1919, o rompimento da igreja com William Irvine foi definitivo, quando ele mudou-se para Jerusalém para transmitir sua "Mensagem Ômega" aos seus principais seguidores. Na falta de qualquer meio organizacional que o defendesse perante os membros, a partida de Irvine para Jerusalém ocorreu silenciosamente.[44] A maioria dos membros continuou seguindo os servos responsáveis, e poucos souberam dos detalhes por trás do desaparecimento do fundador, já que nenhuma declaração pública foi feita.[50] A menção ao nome de Irvine foi proibida e uma nova explicação da história da igreja foi introduzida, na qual o papel de Irvine foi completamente apagado.[51] [F]

Mesmo com o fim silencioso de Irvine, o servo pioneiro Edward Cooney recusou-se a obedecer os servos responsáveis. Cooney ainda defendia o estilo anterior e irrestrito de ministério itinerante, e deslocava-se para onde quer que ele mesmo sentisse que era necessário.[52] Ele rejeitou a nomeação de servos responsáveis para cada região e criticou seus estilos de vida.[53] Cooney também discordava da doutrina chamada "Testemunha Viva" (isto é, que a salvação implicava ouvir o evangelho pregado necessariamente por um servo, e reconhecer a Cristo no sacrifício de suas vidas do ministério), criticava as contas bancárias controladas pelos servos responsáveis, o uso de salões para reuniões, a hierarquia geral que se desenvolveu e os registros sob nomes oficiais.[11][53] Por algum tempo, sua mensagem exortando o retorno aos princípios originais de Mateus 10 ganhou seguidores, até mesmo entre alguns servos responsáveis australianos.[54]

Mas a segunda divisão ocorreu em 1928, quando Edward Cooney foi finalmente expulso por criticar o que ele considerou desvios graves da mensagem original da igreja de Irvine. Os servos responsáveis valeram-se de uma tentativa fracassada de Cooney de realizar uma cura pela fé como pretexto para excomungá-lo.[55] Os apoiadores leais de Cooney juntaram-se a ele, incluindo alguns dos primeiros servos, e permaneceram fiéis ao que consideravam serem os princípios originais.[56] O termo "Cooneyite" hoje se refere principalmente aos que se separaram junto com Cooney, e que ainda existem como um grupo independente. No entando, alguns espectadores externos utilizam o termo "Cooneyites" para a igreja Verdade em geral, devido à proeminência de Edward Cooney no seu crescimento inicial.

Consolidação editar

Estas separações não foram amplamente divulgadas e poucos souberam o que realmente ocorreu. A maioria dos apoiadores de Irvine, e mais tarde de Cooney também, foram persuadidos a abandonar sua lealdade ou foram simplesmente expulsos da irmandade. Entre os expulsos estavam os primeiros servos May Carroll, Irvine Weir (um dos servos a chegar na América do Norte com Irvine em 1903, excomungado por manter contato com Cooney e por criticar os registros da igreja sob variados nomes),[57] e Tom Elliot (que realizava os batismos dos primeiros servos e foi apelidado de "Tom Batista").[58]

O surgimento dos servos de dois em dois causou divisões dentro das igrejas protestantes na Irlanda, num momento de demanda pela independência irlandesa, em grande parte impulsionada pela comunidade católica. Por causa da animosidade, os servos não formaram nenhum tipo de união com outras comunidades protestantes.[59][60] Embora a Verdade fosse conhecida pelas suas opiniões anticatólicas extremas, ela desempenhou um papel menor na luta pela independência da Irlanda. Uma exceção foi o envolvimento da família Pearson nos ainda controversos assassinatos em Coolacrease.[61][62]

Em meados da década de 1920, um artigo de revista intitulado "The Cooneyites or Go-Preachers"[63] perturbou a liderança dos servos, que se esforçou para retirá-lo de circulação,[64] ainda mais quando o material do artigo chegou à revista Heresias Expostas.[65] Durante este período, a igreja modificou seu alcance evangélico. A pregação pública de seus primeiros dias foi substituída por "reuniões" discretas, às quais compareciam apenas membros e convidados. Começaram a defender que a igreja tinha origem no século 1º.[50][66] Afirmou-se que não possuíam nome nenhum e rejeitaram quaisquer doutrinas. Os servos passaram a evitar qualquer publicidade, tornando a Verdade muito difícil de ser encontrada por pessoas de fora do grupo.[67][68]

 
Última página da declaração do servo responsável George Walker ao Serviço Militar dos EUA em 1942, sob o nome "Reuniões Cristãs" [G]

Nos EUA, a Verdade viveu abertamente uma rixa por influência entre os servos responsáveis George Walker e Jack Carroll. Em 1928, os servos responsáveis acordaram em limitar cada servo da congregação à supervisão de um responsável por uma área geográfica, conhecida como um "campo": os servos que viajavam para outro campo tinham que primeiro submeter seu pedido[69] e obter permissão do servo responsável local.[70] Os limites exatos entre os campos acabaram definidos ao longo do tempo, mas algumas áreas ficaram sob a supervisão de mais de um responsável, o que causou muitos conflitos.[71]

Durante a Primeira Guerra Mundial, a igreja obteve isenção do serviço militar na Grã-Bretanha sob o nome de “O Testemunho de Jesus”. No entanto, houveram problemas com o reconhecimento deste nome fora das Ilhas Britânicas, e a isenção foi recusada em outros países.[9] Na Nova Zelândia, os membros da igreja não conseguiram provar seu estatuto de objectores de consciência e formaram o maior grupo conhecido de presos por recusa em servir à pátria.[72][73] Servos e santos também tiveram dificuldade em estabelecer o estatuto de objetor de consciência nos EUA durante a Primeira Guerra Mundial.[68] Com o início da Segunda Guerra Mundial, outros nomes formais foram adotados e usados nos registros de vários governos nacionais. [H][9] Esses nomes continuaram a ser utilizados após a guerra para negócios oficiais dos servos responsáveis, e foram impressos até mesmo papéis timbrados. A maioria dos membros até hoje desconhece esses nomes, e alguns que obtiveram conhecimento e discordaram dessa prática, foram expulsos.[74][57]

Depois da morte do servo responsável pela Austrália, William Carroll, em 1953, houve uma tentativa de reintegração dos grupo dissidentes de William Irvine e Edward Cooney à Verdade. Ao invés da tentativa trazer maior unidade à igreja, gerou conflitos e expôs outra versão da história que não a contada pelos servos responsáveis, bem como a existência dos nomes para fins legais e desentendimentos dentro da hierarquia dos servos, entre outras controvérsias. Mais pessoas foram expulsas no intuito de manter a harmonia.

Os servos responsáveis pioneiros foram sucedidos por uma nova geração. William Irvine faleceu em 1947,[75] Edward Cooney, em 1960,[76] e John Long (expulso em 1907) faleceu em 1962. O servo responsável britânico Willie Gill, em 1951. No Pacífico Sul, o servo responsável neozelandês Wilson McClung morreu em 1944, e o australiano John Hardie, em 1961. Nos EUA, Jack Carroll[77] e Irvine Weir faleceram em 1957, e George Walker, em 1981.[78]

A política dos servos responsáveis de não revelar nomes, finanças,[79] doutrina ou história [I] e evitar publicidade [J][80] manteve a igreja longe do conhecimento público por décadas.[81] Alguns autores da literatura popular, no entanto, escreveram sobre a igreja, chegando a usá-la como pano de fundo para diversas obras.[82]

No século 21; casos de abuso editar

Ao longo de um século de história, divisões, tanto doutrinárias como organizacionais, formaram-se dentro da Verdade, e são atualmente desafios contínuos.[83]

Até meados de 1980, notas sobre a Verdade apareciam raramente em revistas religiosas e em algumas poucas obras sociológicas; escritores comumente presumiam que a igreja havia declinado, uma vez que nada era publicado a respeito.[84][85] Em 1982, a publicação do livro The Secret Sect (Parker & Parker), foi seguida por reportagens na imprensa e declarações públicas de ex-membros.[86][87] Outros livros e coberturas jornalísticas sobre a seita surgiram nas décadas seguintes e aumentaram um pouco a conscientização sobre as práticas da igreja. Com a exposição das diferenças regionais e internacionais e o aparecimento de dissidências, observou-se em algumas países um afrouxamento de alguns padrões rígidos que eram exigidos dos membros.[88][89] Coincidindo com o aumento da disponibilidade de informações na Internet, um declínio acentuado no número de membros ocorreu nas últimas décadas.[90]

Em 20 de março de 2023, o servo responsável Doyle S. Smith dos EUA divulgou uma carta (a "Carta de Dean Bruer") informando os membros da seita sobre a descoberta de comportamento sexualmente abusivo de um servo responsável recentemente falecido, Dean Bruer.[91] Desde a divulgação dessa carta, inúmeras alegações de abuso sexual e abuso sexual infantil foram relatadas dentro da igreja no mundo inteiro, e o ex-servo Robert Corfield admitiu à BBC que abusou sexualmente de um menino em Saskatchewan, Canadá, durante vários anos na década de 1980.[1]

Doutrina editar

Além dos hinários, são poucas as documentações da Verdade que publicadas oficialmente, sendo difícil falar sobre seu sistema de crenças. Ex-membros e críticos da igreja fizeram e fazem declarações sobre o funcionamento da igreja, mas raramente recebem respostas de alguém dentro da Verdade.[92]

Todos os ensinamentos da igreja são expressos oralmente, nenhuma doutrina ou declaração da fé é publicada.[93][94] Os servos sustentam que todos os ensinamentos são baseados unicamente na Bíblia . [K] [L] Uma frase pronta e frequentemente usada para descrever a igreja é: "Não temos templo, nós somos o templo de Deus."[11][95] Os membros e os servos defendem que o Caminho não possui qualquer edifício, o que não é literalmente verdade: os membros da igreja possuem chácaras, grandes galpões ou salões dedicados a alojamento de servos e reuniões da igreja, incluindo os grandes ajuntamentos conhecidos como reuniões anuais e especiais (foi exatamente este conceito de edifício que foi considerado inconsistente com o cristianismo bíblico e fortemente denunciado pelos primeiros servos).[9] Os servos missionários não possuem casa própria nem recebem salário - esta prática se manteve desde o início.[96][97] Não obstante, existem, realmente, edifícios especialmente construídos ou reformados para uso próprio da igreja.[98] Algumas propriedades são mantidas em nome da Verdade por certos membros,[99][100] e nos últimos anos, na Irlanda do Norte, uma conta de investimentos tem sido utilizada para comprar propriedades destinadas às reuniões inglesas.[101] No passado, um edifício dedicado à Verdade foi construído no Canadá, mas Irvine o rejeitou.[102]

A Bíblia Almeida Corrigida Fiel (e variações) é o único livro utilizado pelos fieis, mas ela mesma é considerada insuficiente para a salvação, a menos que as suas palavras sejam ouvidas através da pregação dos servos missionários. [M][9] A pregação do ministério é considerada totalmente guiada por Deus[103][104] e deve ser ouvida diretamente para que haja conversão.[8][105] As palavras dos servos são consideradas de extrema importância, especialmente daqueles que são homens e mais velhos.[106] A salvação é alcançada através da disposição em defender os padrões da igreja, seguindo fielmente o “caminho” estabelecido.[9] Doutrinas como a predestinação, o pecado original, a justificação somente pela fé e a redenção como única base da salvação são rejeitadas. [N][9] A Verdade é exclusiva[9] - todas as outras igrejas, religiões e ministérios são considerados falsos, e a salvação só pode ser obtida através do ministério dos servos e das reuniões.[9]

A salvação é entendida como algo custoso que exige muito auto-sacrifício, segundo o exemplo e os mandamentos de Jesus, [O] e o sofrimento é reverenciado.[107] Os membros são incentivados a assistir às reuniões e nelas orar em voz alta e compartilhar um pensamento sobre a bíblia.[108] Embora a igreja tenha raízes no movimento de Santidade e tenha herdado algumas de suas características, os elementos do movimento são suprimidos.[36] Outros padrões incluem roupas modestas, não usar joias ou piercings, não fazer tatuagens, não tingir os cabelos, que devem ser longos nas mulheres e curtos nos homens, e evitar atividades consideradas mundanas ou frívolas[93][109] (como fumar, beber álcool, ver televisão, filmes ou ouvir rádio).[9] Alguns padrões e práticas variam geograficamente: em algumas regiões é usado vinho nas reuniões de domingo, em outras, suco de uva; em algumas é permitido o divórcio, em outras aqueles se divorciam e casam novamente não estão autorizados a participar nas reuniões.[9] O uso da televisão, de redes sociais e de outros meios de comunicação de massa é desencorajado em maior ou menor grau, com base na opinião dos servos locais.[9] Alguns padrões de vestimenta e conduta deixaram de ser tão rígidos nos últimos anos.[89]

Cristologia editar

A igreja rejeita a doutrina da Trindade[110] desde o seu início com Irvine.[9] [P] Embora os membros acreditem no Pai, Filho e Espírito Santo, eles mantêm uma visão unitária de Cristo.[9] O Espírito Santo é considerado uma força ou inspiração divina, e Jesus, o filho de Deus, que veio à terra em forma humana para estabelecer um caminho de salvação -[111] mas ele não é o próprio Deus.[112][113] Grande ênfase é dada ao “exemplo de vida” de Jesus, como modelo para o ministério e para a vida cotidiana dos fieis.[114][115]

Batismo editar

O batismo por um dos servos da Verdade é considerado um passo necessário para a salvação e para a plena participação na igreja, incluindo o re-batismo de pessoas que já foram batizadas em outras igrejas.[9] Os candidatos aprovados com antecedência pelos servos do campo são batizados por imersão.[116][117] Os batismos costumam ser agendados para um final de semana e normalmente são realizados em pequenos lagos ou rios da propriedade de algum membro. Famílias e amigos se reúnem, oram e cantam hinos durante a cerimônia, liderados por um servo.

Nomes da igreja editar

 
Pedido de incorporação na Província de Alberta sob o nome de "Sociedade das Assembleias Cristãs de Alberta"

A igreja se apresenta como sem nome e sem denominação.[104] Aqueles que estão fora da igreja costumam usar termos descritivos como "Two by Twos" (de dois em dois, segundo o método de enviar os ministros em pares),[118][119] "Igreja Sem Nome", " Cooneyites ", "Servos e Amigos", "discípulos de Jesus", "Amigos", "Go-preachers", "Tramp Preachers", entre outros.[9] Durante os primeiros anos, eles se autodenominavam "Go-Preachers".[120][121] Em 1904, os termos "Cooneyism" e "Cooneyite" foram cunhados nas áreas em que Edward Cooney pregava e estabeleceu igrejas.[9] O termo "Two by Twos" estava em uso no Canadá no início da década de 1920[122] e nos Estados Unidos na década de 1930.[123][121] Na Alemanha, os nomes da igreja incluem "Die Namenlosen" (o Sem Nome), "Wahre Christen" (Verdadeiros Cristãos), "Jünger Jesu" (Discípulos de Jesus) e "Freunde" (Amigos).[121][124] Na França, eles são conhecidos como "Les Anonymes" (os Anônimos).[125]

Embora os servos responsáveis usem os nomes registrados quando necessário para conduzir seus negócios oficiais, a maioria dos membros não associa nenhum nome formal à igreja.[126] Em vez disso, eles se referem à ela como "A Verdade", "O Caminho de Jesus" ou "O Caminho".[127] Poucos membros estão realmente cientes de que a igreja adotou nomes oficiais[128] para seus negócios,[129] incluindo para as isenções militares.[9] Os nomes registrados variam em cada país. Nos Estados Unidos, o nome usado é "Convenções Cristãs",[128][130] no Canadá, "Assembléias de Cristãos",[131] no Brasil, "Igreja Crista", na Grã-Bretanha, "o Testemunho de Jesus",[132][133] na Suécia, "Kristna I Sverige",[134] na Austrália[135], "Convenções Cristãs Unidas" (os membros australianos adotaram anteriormente o nome "Testemunho de Jesus" durante a Primeira Guerra Mundial, e "Assembleias Cristãs" durante a Segunda Guerra Mundial).[9] Em Victoria, Austrália, a seita foi registrada como uma instituição de caridade entre 1929 e 2019, e manteve propriedades sob sua custódia.[136] Em 1995, surgiu em Alberta, no Canadá, controvérsias quando parte da igreja foi registrada oficialmente como "Sociedade de Assembleias Cristãs de Alberta". Essa entidade foi dissolvida em 1996, quando sua existência se tornou abertamente conhecida.[137]

Ressurgimento editar

Muitos membros da igreja acreditam piamente que a Verdade não tem um fundador humano[138] e que a igreja é uma continuação linear da "verdadeira Igreja Cristã" primitiva oriunda diretamente de Cristo durante o século 1º.[9] Mais recentemente, alguns membros com conhecimento sobre o fundador William Irvine sugerem que partiu dele, durante os últimos anos do século 19, um ressurgimento da Igreja verdadeira, ou uma espécie de restauração da "semente que estava adormecida".[36][139]

Terminologia editar

A seguir estão os termos mais utilizados pela igreja. As definições seguem o sentido comumente pretendido e compreendido pelos membros. [Q]

Igreja
Geralmente, uma pequena congregação de pessoas que se reúne em uma casa familiar; mas pode referir-se também à Verdade como um todo. Este termo não é usado para se referir a um edifício ou templo, exceto quando se refere a edifícios de outras denominações. "Igreja" é também usada informalmente ao falar com não-membros para se referir a atividades de domingo/quarta-feira, por exemplo: "Estarei na igreja até o meio-dia".
Reuniões
Reuniões religiosas formais.
Campo
Uma região geográfica para a qual um par de servos foi atribuído.
Amigo/ santo
Aderente ou membro, normalmente chamados "os amigos" ou "os santos".
Aceitar
Fazer uma declaração pública da vontade de se tornar um membro. Geralmente é um sinal de que uma pessoa pode então participar nas seções de oração e testemunho das reuniões de quarta-feira à noite e de domingo de manhã, e nos horários designados para testemunho em reuniões maiores anuais. Aceitar constitui a primeira etapa. Após a segunda, o batismo, também é permitida a participação na divisão do pão e suco de uva (ou vinho), nas reuniões de domingo.
Bispo
Um presidente de uma reunião e normalmente o chefe masculino da casa onde as reuniões são realizadas, que geralmente é a pessoa responsável por marcar o início e o final da reunião. Quando um(a) servo(a) está presente, ele ou ela geralmente inicia e dirige a reunião, em lugar do bispo.
Servos/ missionários
Termos usados para denotar os ministros sem-teto e itinerantes da igreja. Estes são solteiros (várias exceções foram feitas durante a primeira metade do século 20, quando casais entravam no ministério, mas a prática não é comum hoje em dia) e não possuem qualquer formação formal religiosa. Os servos viajam pelo país em pares do mesmo sexo (daí o termo “de dois em dois”), constituídos geralmente por um servo mais experiente e um companheiro mais jovem. Não possuem posses e pernoitam nas casas das famílias da igreja.
Servo responsável
É um servo sênior responsável por uma área geográfica, correspondendo aproximadamente à posição de um bispo no catolicismo. Não existe posição hierárquica superior à do servo responsável – como um papa – que possa garantir a unanimidade doutrinária e prática.
Pessoa "de fora"
Qualquer um que não tenha “aceitado” de acordo com os processos da Verdade e, portanto, é considerada “de fora” do rebanho de Deus
O mundo/ pessoa do mundo
Um termo amplo usado para descrever todas as pessoas não envolvidas na igreja Verdade, incluindo aquelas de outras religiões.

Prática e estrutura editar

Ministério editar

A Verdade sustenta que a fé e a salvação só podem ser obtidas ouvindo a pregação exclusiva dos seus servos e observando as suas vidas sacrificiais.[17][121] Durante os primeiros anos, esta exigência foi chamada de "Doutrina da Testemunha Viva", mas hoje esse nome não é mais usado. É importante observar que os servos devem ser vistos e ouvidos pessoalmente, e não por meio de transmissões online, vídeos, livros, textos, ou qualquer outra comunicação indireta.[92][140] A estrutura ministerial da igreja é baseada nas instruções de Jesus aos seus apóstolos encontradas em Mateus capítulo 10, versículos 8–16 (com passagens semelhantes em Marcos e Lucas ). Seguindo estes exemplos bíblicos, os servos não possuem moradia permanente, viajam em pares, vendem tudo e saem ao trabalho com bens materiais mínimos, e confiam apenas na hospitalidade e na generosidade dos amigos.[141][142] Os servos recebem apoio e rendimento financeiro diretamente dos membros e não mantém endereço fixo, exceto para receber correspondência e entregas.[11]

A opção de entrar no ministério está teoricamente aberta a todos os membros, embora os já tenha se passado muitas décadas desde que os últimos casais foram aceitos no ministério. As servas mulheres procedem da mesma forma que os servos homens, mas não podem ocupar um cargo de serva responsável, não dirigem as reuniões quando um servo do sexo masculino está presente e ocupam uma posição inferior à dos servos homens.[143]

Os servos não possuem qualquer formação religiosa formal.[9] Revezam entre os pares anualmente, e os responsáveis procuram parear os servos mais novos com companheiros seniores até que os primeiros sejam considerados mais experientes.[144] Os servos nomeiam bispos, organizam e distribuem os membros nas reuniões do campo e julgam as controvérsias que surgem. Eles não celebram casamentos, portanto os membros são casados por funcionários seculares (como um juiz de paz ). No entanto, os servos estão presentes das cerimônias e farão uma oração, se solicitados. São os servos também que oficializam os funerais dos membros.[9]

Em abril de 2019, o programa de televisão australiano 60 Minutes entrevistou publicamente algumas vítimas de abuso sexual infantil de servos australianos.[145][146]

Reuniões editar

A igreja realiza vários tipos de reuniões ao longo do ano, nas propriedades de seus membros. [R]

Pregação
A pregação é a única reunião relativamente aberta àqueles considerados “de fora”.[147] Antigamente, as pregações eram normalmente realizadas em tendas, armadas pelos servos enquanto estes viajavam; atualmente elas acontecem em espaços privativos, como garagens ou galpões dos membros da Verdade. [S] As pregações são realizadas para atrair novas pessoas, embora os membros que já seguem normalmente constituem a grande maioria dos participantes. A pregação consiste em um período de silêncio inicial, seguido por hinos (usualmente acompanhados por um teclado), uma oração, outro hino e os sermões proferidos pelos servos, utilizando a bíblia protestante. As pregações acontecem normalmente todo domingo à tarde. Também podem ser realizadas em novos locais quando um servo acredita que pode haver pessoas na região que estão receptivas à mensagem do evangelho.
Reunião de domingo
A participação nesta reunião[9] é geralmente restrita aos membros que seguem. A reunião é realizada na casa de um ancião previamente autorizado pelos servos (chamado bispo) e consiste em cantar hinos escolhidos do hinário,[148] ouvir sem comentar a oração e testemunho individual de cada um dos membros em situação regular e por fim participar dos emblemas de comunhão com Cristo[116][149] (um pedaço de pão e um copo de vinho ou suco de uva).[150]
Estudo bíblico
A participação nesta reunião também é reservada aos membros e geralmente é realizada na casa de um bispo todas as quartas-feiras à noite. Os membros recebem uma lista de versículos bíblicos ou um tópico de estudo para consideração durante a semana, que será explanado na próxima reunião. À medida que a reunião avança, cada membro compartilha seus pensamentos sobre o tópico combinado. Os pensamentos são compartilhados individualmente pelos membros, e os membros não se envolvem em discussões durante a reunião. A reunião de estudo bíblico inclui também hinos e orações.
Reunião de mês
Esta é uma reunião mensal de diversas igrejas que se juntam, e segue o mesmo formato das reuniões de domingo de manhã. As reuniões de mês também não são abertas ao público.
Reuniões especiais
As reuniões especiais são reuniões anuais que concentram membros de uma grande área. São realizadas também de forma privativa, em galpões os grandes espaços dos "amigos" ou chácaras alugadas. As reuniões especiais duram um único dia e incluem sermões dos servos e um espaço mais curto para testemunhos gerais. Os sermões são intercalados com orações e hinos.
Reunião anual
Estes eventos são anuais e contam com a presença de membros de uma área geográfica ainda maior do que as reuniões especiais, mas seguem o mesmo formato de orações e testemunhos. As reuniões anuais são realizadas durante dois ou três dias, geralmente em propriedades com instalações para dormitório, alimentação e outras necessidades dos participantes. Existem dormitórios masculinos e femininos e banheiros com boxes individuais. As reuniões anuais não são abertas ao público, embora muitas vezes familiares "de fora" compareçam mediante convite.
Reunião dos servos
Essas reuniões não são abertas ao público nem aos membros em geral. A presença e participação são restritas aos servos e eventualmente à poucos membros convidados. A reunião pode ser um estudo bíblico simples ou pode ser usada para divulgar instruções dos servos responsáveis, ou para emitir decisões sobre variados assuntos. Estas reuniões incluem oração, um período para testemunhos dos servos que desejem compartilhar algum pensamento bíblico, e acontecem geralmente num período próximo (antes) das reuniões anuais.

Organização editar

Os membros afirmam que a igreja não tem uma organização formal,[9] e muitos desconhecem a forma de liderar dos servos responsáveis. [T] Embora nos primeiros anos da igreja uma sede foi mantida em Belfast,[36] atualmente não existe nenhuma sede oficial e a igreja permanece em sem personalidade jurídica aparente. Tanto as despesas como os fundos arrecadados são secretos para os membros e nenhuma contabilidade é tornada pública.[81] Os fundos financeiros são administrados pelos servos responsáveis, e as transações são feitas somente em dinheiro. [U]

Nenhum material é publicado pela Verdade para circulação externa, exceto convites para as pregações do Evangelho.[151] Os materiais são divulgados somente para circulação entre os membros e incluem anotações de pensamentos espirituais e de reuniões, listas de estudos bíblicos e anuais e especiais e listas de servos.[8] Nos últimos anos, os dados de contato dos membros, incluindo números de telefone, emails e endereços residenciais foram compilados também em listas. Todo esse material é muito secreto e está disponível apenas para uso dos servos e contato entre os amigos. A maioria entende a lista com os pares de servos como uma continuação direta da Igreja primitiva e do trabalho epistolar dos primeiros apóstolos.[152]

Hierarquia editar

A igreja é controlada por um pequeno grupo de servos responsáveis, necessariamente do sexo masculino, cada qual supervisionando uma específica região geográfica. Sob cada servo responsável estão servos menores também do sexo masculino, que supervisionam um único estado ou um conjunto de cidades, dependendo do país.[9] Os servos responsáveis cuidam do pareamento dos servos e atribuem à eles os campos. Cada par de servos é, por sua vez, responsável pelas reuniões locais, tendo o servo mais velho autoridade sobre o mais novo. As reuniões são realizadas nas casas das famílias, que reportam tudo aos servos do campo. Correspondências como relatórios, finanças e instruções são comunicadas somente de acordo com a hierarquia definida.[153] A administração da igreja e o processo anual de designação de campos para cada par de servos não são discutidos entre os membros.[87]

Hinários editar

O primeiro hinário da igreja, The Go-Preacher's Hymn Book, foi compilado em 1909[154] e continha 125 hinos. O hinário utilizado atualmente no Brasil se chama Hinos Cristãos e possui 345 hinos, em versões com ou sem pautas musicais. Nos países de língua inglesa é usado o Hymns Old and New[148], que foi publicado pela primeira vez em 1913[155] e contém 412 hinos, escritos ou adaptados por servos e outros membros da igreja.[156] A versão do hinário que contém somente palavras, sem anotação musical, é usada principalmente por crianças e por aqueles que não se interessam pela leitura das notas.[148] Os hinários ao redor do globo em geral possuem os hinos traduzidos do inglês e cantados com as mesmas melodias originais.

Ver também editar

  • Landmarkismo, outro grupo protestante que também reivindica uma existência contínua de Cristo desde o primeiro século.

Notas finais editar

 Favor conferir as notas originais em inglês.

  1. The church does not publish any membership statistics; outside researchers give a wide range of estimates. In part, this depends on who is included as a member (children of members, unbaptized participants, lapsed members, etc) and whether the metric estimates are based upon known numbers of annual conventions, numbers of ministers, etc. One researcher has said that people on the fringes of church membership can be up to twenty times the number of regular members.(Hosfeld & 17 August 1983, pp. 1–2) During the 1980s, The Sydney Morning Herald gave an estimate of between 1 and 4 million members worldwide,(Gill & 30 June 1984, p. 37) while a 2001 estimate put Australian membership at 70,000.(Giles & 25 July 2001, p. 014) A sociology masters thesis from 1964 estimated U.S. membership at 300,000 to 500,000 and world membership as between 1 and 2 million.(Crow 1964, pp. 2, 16) Benton Johnson updated the metrics to arrive at a figure of 48,000 to 190,000 for the United States alone.(Johnson 1995, pp. 43–44) George Chryssides states that membership numbers are uncertain, giving an estimate for the United States during 1998 as ranging from 10,000 to 100,000 and a worldwide membership probably three times that figure.(Chryssides 2001b, pp. 330–331) The World Christian Encyclopedia shows the group in the United States growing from 100,000 in 1970 to 270,000 in 1990, while during the same period, Australian membership declined from 150,000 to 100,000.(Barrett, Kurian & Johnson 2001, pp. 85, 785) A 2022 source cited a worldwide decline of 38% in the number of ministers and up to a 40% decline in members since 1980.(Kropp-Ehrig 2022, p. 497) Figures from other sources fall within this same wide range.
  2. Collection refers to the donation money collected from a church congregation during a service, normally by means of a collection plate or box.
  3. John Long (1872–1962) traced his conversion experience to a mission held by Methodist evangelist Gabriel Clarke in 1890. He became a colporteur for the Methodists in Ireland, where he encountered William Irvine. He eventually joined Irvine's workers, until publicly expelled in 1907 for disagreeing with the group's exclusivist position (Robinson 2005, p. 36). Long returned to his work as a colporteur (Lennie 2009, p. 426) and joined the Elim evangelists for a time. From there he went on to become a noted Pentecostal preacher in Ireland, Scotland, Wales and England (Robinson 2005, p. 36). The editor of Heresies Exposed included a correction by Long of the name of the church's original leader and the year of its founding in 1897 (Irvine 1929, p. 73(fn)). He also left his memoirs (in journal form, though redacted many years later) (Long 1927).
  4. To view the complete 1910 article shown above.
  5. The immigration record shows Irvine, Walker and Weir stating that they were joining a relative, "George McGregor" living at Coffey Street in Brooklyn New York (R.I.S. 2009a).
  6. "As early as 1912, Irvine was exercising his charismatic imagination in ways that must have been unsettling to those in the movement with an interest in routinization. In that year he told conventions that it might be possible to travel to the stars and act as saviours to them as Jesus acted for us. He spoke of Christ's imminent return and referred to his movement as the 144,000 mentioned in the Book of Revelation." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 50).
  7. "The workers declared that Irvine 'had lost the Lord's anointing' and banned him from all assemblies. But they also had to devise a new source of authority for the movement's very special brand of Christianity. They did this by an ingenious falsification of their own history, in which Irvine's role was obliterated. And armed with this new history and the unity to enforce a ban on Irvine, the workers declared that the founder's name was not to be mentioned within the movement. He was excised from the shared memory of the organization he had founded." —Johnson in Klass and Weisgrau (Johnson 1999, p. 378).
  8. For full text of the letter, see The Secret Sect (Parker & Parker 1982, pp. 117–119).
  9. This is the subject of letters from Rittenhouse and Sweetland, given in full in Reinventing the Truth (Daniel 1993, pp. 281, 283–284).
  10. "In very short order they also destroyed Irvine's earlier stature as a charismatic innovator by explaining that the sect he had founded was actually a collective rediscovery of the earliest form of Christianity, which had existed as small persecuted bands since the first century." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 50).
  11. "The Cooneyites, also called the Two-by-Two's, have developed the shunning of publicity into a fine art." —Melton (Melton 2009, p. 554).
  12. "Two by twos use the Bible as their sole source of authority and have developed no statement of belief apart from Scriptures. They practice the Lord's Supper (communion) weekly and practice believer's baptism, rebaptizing new members. Their lifestyle includes modesty of appearance, avoidance of worldly activities such as watching television, and usually pacificism." —George D. Chryssides (Chryssides 2001b, p. 330).
  13. "Members shun publicity, refuse to acquire church property, and issue no ministerial credentials or doctrinal literature, believing that the Bible (King James Version) is the only textbook and that, to be effective, the communication of spiritual life must take place orally, person to person. The only printed documents are hymnals." —J. Gordon Melton (Melton 2009, p. 554).
  14. "They [the ministers] are considered 'the word made flesh' in our day." —Christian Research Institute (C.R.I. & 13 April 2009).
  15. Hymns which contained hints of salvation by grace, trinitarianism or redemption based upon the blood of Christ were purged or changed in a 1987 revision (Grey 2012, p. 55)
  16. "Moreover, no-names do not believe that Jesus's death on the cross will wash away the sins of all who accept him as their savior; salvation only comes through a life of sacrificial obedience to the instructions and examples of Jesus. All recent authorities agree that the road to salvation for these sectarians is a hard one. Carol Woster, who spent two years in the group, recalls that one long-time member she knew 'seemed to see life as a grieving journey, where after the [Sunday] meeting, the next day she would 'take up the struggle' to go on...' There is, she found, little 'Christian joy or confident hope' among the no-names." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 44).
  17. "It appears that the sect's theological position on the divinity of Christ, the atonement, and man's justification before God, has never changed, yet at mission meetings and in private discussion with people whom they successfully proselytized, preachers gave the misleading impression that their church was evangelical, and that in no way did it deviate from basic Christian beliefs." —Doug Parker and Helen Parker (Parker & Parker 1982, pp. 102–193).
  18. These terminology definitions follow Fortt 1994, pp. 15–202.
  19. This list of meeting types follows the list given in Daniel 1993, pp. 13–15.
  20. "Ordinary meetings among lay believers are held in houses, but periodically the itinerants visit each district, and there they borrow a hall (often the Church hall of an unsuspecting minister) for a preaching meeting for the public at large." —Bryan R. Wilson (Wilson 1993).
  21. "A concern for public exposure may be the principal reason why the no-name sect has no newsletters or other publications even for its own members. The lack of such internal documents makes it difficult for members to know what is going on within the group, but, as Simmel observes, the less the members know, the less they will be able to tell outsiders if they decide to talk openly about it. The need for internal secrecy also may explain why the nameless sect has no system of government in which ordinary members participate. I[n] fact, most members seem unaware that a system of government even exists.." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 43).
  22. "All property at the group's disposal is in the hands of individuals who are expected to make use of it for the good of the movement. Sites where conventions take place are owned by members and the monetary donations workers receive are theirs to spend as they see fit. Funds and other assets held in trusts are also secret with no public accounting given." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 42). 

Referências editar

Livros editar

 

  • Barrett, David; Kurian, George; Johnson, Todd, eds. (2001). «Ethnosphere». World Christian Encyclopedia. 1 Second ed. New York, New York: Oxford University Press. ISBN 0-19-510318-1 
  • Bates, Shelley (2004). Grounds to Believe . Toronto, Ontario: Harlequin/Steeple Hill. ISBN 978-0-373-78512-4 
  • Beckford, James (2003). Challenging Religion: Cults and Controversies. London: Routledge. ISBN 978-0-415-30948-6 
  • Beit-Halahmi, Benjamin (1993). «T». The Illustrated Encyclopedia of Active New Religions, Sects, and Cults. New York: Rosen Publishing Group. ISBN 978-0-8239-2586-5 
  • Borhek, James T.; Curtis, Richard Farnsworth, eds. (1979). A Sociology of Belief. New York, New York: John Wiley & Sons. ISBN 978-0-471-08895-0 
  • Bruce, Steve (1996). Religion in the Modern World: from cathedrals to cults. New York, New York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-878151-6 
  • Chryssides, George D. (2001a). «Two by Twos». The A to Z of New Religious Movements. Lanham, Maryland: Scarecrow Press. ISBN 978-0-8108-5588-5 
  • Chryssides, George D. (2001b). «Two by Twos». Historical Dictionary of New Religious Movements. Lanham, Maryland and London: Scarecrow Press. ISBN 978-0-8108-4095-9  |url-access= requer |url= (ajuda)
  • Clark, Elmer T. (1965). The Small Sects in America Revis ed. New York, New York: Abingdon Press. ISBN 0-687-38703-5 
  • Dair Rioga Local History Group (2005). Mallon; Greaney, eds. All in Good Faith: A History of Christianity in Enfield, Rathmolyon, Rathcore and Associated Areas. Ireland: Dair Rioga Local History Group and the Meath Leader under the NRDP Programme of the Department of Community, Rural and Gaeltacht Affairs / National Development Plan 
  • Daniel, Kevin N. (1993). Reinventing the Truth: Historical Claims of One of the World's Largest Nameless Sects. Sisters, Oregon: Research and Information Services. ISBN 978-0-9639419-0-9 
  • Enroth, Ronald M. (1992). Churches That Abuse . Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House. ISBN 978-0-310-53299-6 
  • Fortt, Lloyd (1994). A Search for the Truth: The Workers' Words Exposed. Sisters, Oregon: Research and Information Services. ISBN 978-0-9639419-2-3 
  • Grey, G. Irvine (2012). Two by Two: the Shape of a Shapeless Movement (Thesis). Belfast, N. Ireland: Queen's University and Grey. ISBN 978-0-95753-900-6 
  • Gründler, Johannes (1961). Lexikon der christlichen Kirchen und Sekten : unter Berücksichtigung der Missionsgesellschaften und zwischenkirchlichen Organisationen. 1. Wien: Herder 
  • Hasell, P. H. Eva (1925). Through Western Canada in a Caravan. Westminster, England: The Society for the Propagation of the Gospel in Foreign Parts 
  • Hill, Myrtle (2004). «Protestantism in County Fermanagh, c. 1750–1912». In: Murphy, Eileen M.; Roulston, William J. Fermanagh History and Society: Interdisciplinary essays on the history of an Irish County. Dublin, Ireland: Geography Publications. ISBN 978-0-906602-52-2 
  • Holland, Clifton L., ed. (2014). «Independent Fundamentalist Family». PROLADES Encyclopedia of Religion in Latin America & the Caribbean. 1. San Pedro, Costa Rica: PROLADES 
  • House of Commons (1912). The Parliamentary Debates (Official Report). Fifth Series—Volume XLIII. Second Session of the Thirtieth Parliament of the United Kingdom of Great Britain & Ireland. Third Year of the Reign of His Majesty King George V. House of Commons. Tenth Volume of Session 1912, Comprising period from Monday, 28th October 1912, to Thursday, 14th November, 1912. Col: Fifth. XLIII. London: His Majesty's Stationery Office 
  • Hymns Old and New. Basingstoke, Hants (United Kingdom): R.L. Allan and Son. 1987. Consultado em 11 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2001 
  • Irvine, William C., ed. (1929). Heresies Exposed Tenth ed. Neptune, New Jersey: Loizeaux Brothers (reprint by Kessinger Publishing). ISBN 978-0-7661-4269-5 
  • Jackson, Samuel Macauley; Loetscher, Lefferts Augustine, eds. (1977). «The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge: Embracing Biblical, Doctrinal, and Practical Theology and Biblical, Theological, and Ecclesiastical Biography from the Earliest Times to the Present Day, Based on the 3d ed. Of the Realencyklopädie Founded by J. J. Herzog, and Edited by Albert Hauck, Prepared by More Than Six Hundred Scholars and Specialists Under the Supervision of Samuel Macauley Jackson (Editor-in-chief) with the Assistance of Charles Colebrook Sherman and George William Gilmore (Associate Editors) ... [et. Al.].». The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge. 14. Grand Rapids, Michigan: Baker Book House. ISBN 978-0-8010-7947-4 
  • Jaenen, Cornelius J. (2003). The Apostles' Doctrine and Fellowship: A documentary history of the early church and restorationist movements. Ottawa, Ontario: Legas Publishing. ISBN 978-1-894508-48-3 
  • Johnson, Benton (1995). «Christians in Hiding: The 'No Name' Sect». In: Bromley, David G.; Neitz, Mary Jo; Goldman, Marion S. Sex, Lies and Sanctity: Religion and Deviance in Contemporary North America. 5. Greenwich, Connecticut: JAI Press. ISBN 978-1-55938-904-4 
  • Johnson, Benton (1999). «On Founders and Followers: Some Factors in the Development of New Religious Movements». In: Klass, Morton; Weisgrau, Maxine K. Across the Boundaries of Belief: Contemporary Issues in the Anthropology of Religion. Boulder, Colorado and Oxford, United Kingdom: Westview Press. ISBN 978-0-8133-2695-5 
  • Joyce, James (2001). Deane, Vincent; Ferrer, Daniel; Lernout, Geert, eds. The Finnegans Wake Notebooks at Buffalo. Col: VI.B.10. Belgium: Brepols Publishers. ISBN 978-2-503-50959-4 
  • Kropp-Ehrig, Cherie (2022). Preserving the Truth. Dallas, Texas: Clarion Call. ISBN 979-8-985-62501-1 
  • Lennie, Tom (2009). Glory in the Glen: A History of Evangelical Revivals in Scotland 1880–1940. Fearn, Ross–shire, Scotland: Christian Focus Publications. ISBN 978-1-84550-377-2 
  • Lewis, Faye Cashatt (1971). «The Preacher Ladies». Nothing to Make a Shadow . Ames, Iowa: Iowa State University Press. ISBN 0-8138-0775-1 
  • Lewis, James R. (1998). «Two by Twos». The Encyclopedia of Cults, Sects and New Religions. Amherst, New York: Prometheus Books. ISBN 978-1-57392-222-7 
  • Lineham, Peter (2017). «Sects and War in New Zealand». In: Troughton, Geoffrey. Saints and Stirrers: Christianity, Conflict and Peacemaking in New Zealand, 1814–1945. Wellington, New Zealand: Victoria University Press. ISBN 978-1-7765-6164-3 
  • Mann, William E. (1955). Sect, Cult and Church in Alberta . Toronto, Ontario: University of Toronto Press 
  • McIntosh, Amy (1965). Journey into Malaya Condens ed. Westchester, Illinois: Good News Publishers; China Inland Mission 
  • Megahey, Alan (2000). The Irish Protestant Churches in the Twentieth Century. New York, New York: St. Martin's Press. ISBN 978-0-312-23601-4 
  • Melton, J. Gordon (2009). «The Two-By-Two's». Melton's Encyclopedia of American Religions 8 ed. Detroit, Michigan: Gale, Cengage. ISBN 978-0-7876-9696-2 
  • Melton, J. Gordon (2005). «Australia». Encyclopedia of Protestantism. New York, New York: Facts on File. ISBN 978-0-8160-5456-5 
  • Montgomery, L. M. (1935). Mistress Pat: A Novel of Silver Bush. New York, New York: Grosset & Dunlap, Publishers 
  • Nervig, Casper B. (1941). Christian Truth and Religious Delusions. Minneapolis, Minnesota: Augsburg Publishing House (reprint by Kessinger Publishing). ISBN 978-1-4191-7328-8 
  • Nichols, Larry A.; Mather, George A.; Schmidt, Alvin J., eds. (2006). «Church Without a Name, The; Go Preachers; No Name Church, Two By Twos, The Nameless House Sect, Cooneyites». Encyclopedic Dictionary of Cults, Sects, and World Religions Revis and updat ed. Grand Rapids, Michigan: Zondervan. ISBN 978-0-310-23954-3 
  • O'Brien, George; Dunne, Seán, eds. (1997). The Ireland Anthology. New York, New York: St. Martin's Press. ISBN 978-0-312-30027-2 
  • Parker, Doug; Parker, Helen (1982). The Secret Sect. Sydney, Australia: Macarthur Press. ISBN 978-0-9593398-0-2 
  • Paul, William E. (1977). They Go About Two by Two: The History and Doctrine of a Little Known Cult. Robbinsdale, Minnesota: Religion Analysis Service 
  • Roberts, Patricia (1990). The Life and Ministry of Edward Cooney 1867–1960. Enniskillen, Northern Ireland: Wm. Trimble. ISBN 978-0-9510109-4-5 
  • Robinson, James (2005). Pentecostal Origins: Early Pentecostalism in Ireland in the Context of the British Isles. Col: Studies in Evangelical History and Thought. Milton Keynes, United Kingdom: Paternoster. ISBN 978-1-84227-329-6 
  • Sanders, John Oswald (1969). Cults and Isms. London, United Kingdom: Lakeland. ISBN 978-0-551-00458-0 
  • St. Clair, William; St. Clair, John (2004). The Road to St. Julien: Letters of a Stretcher-bearer from the Great War. Barnsley, South Yorkshire, United Kingdom: Leo Cooper. ISBN 978-1-84415-017-5 
  • Walker, James K. (2007). The Concise Guide to Today's Religions and Spirituality . Eugene, Oregon: Harvest House Publishers. ISBN 978-0-7369-2011-7 
  • Wallis, Roy (1981). «Yesterday's Children». In: Wilson, Bryan. The Social Impact of New Religious Movements. New York, New York: Rose of Sharon Press. ISBN 978-0-932894-09-0 
  • Wilkens, Steve (2007). «A Church with No Name». The Original Dr. Steve's Almanac of Christian Trivia: A Miscellany of Oddities, Instructional Anecdotes, Little-Known Facts and Occasional Frivolity. Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press. ISBN 978-0-8308-3438-9 
  • Wilson, Bryan R.; Barker, Eileen (2005). «What are the New Religious Movements Doing in a Secular Society?». In: Heath, Anthony Francis; Ermisch, John; Gallie, Duncan. Understanding Social Change. Oxford, England: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-726314-3 
  • Woster, Carol (1988). The No-Name Fellowship. Belfast, Northern Ireland: Great Joy Publications 

Revistas, jornais, periódicos, televisão editar

 

  • (Advertiser. staff) (10 de fevereiro de 1943). «Conscientious Objector Courtmartialled». The Advertiser. Adelaide, South Australia 
  • (A.R. staff) (15 de setembro de 1997). «Doubts About A Mystery Church». Alberta Report. Edmonton, Alberta 
  • (A.G. staff) (16 de setembro de 1908). «The Irvinites». Alexandria Gazette. Alexandria, Virginia. Consultado em 21 de julho de 2014 – via Newspapers.com   
  • (A.C. staff) (8 de outubro de 1904). «Co. Fermanagh News. Enniskillen. Enniskillen Jottings.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (26 de novembro de 1904). «Co. Fermanagh News. Enniskillen. Enniskillen Jottings.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (29 de abril de 1905). «Co. Fermanagh News. Enniskillen. Enniskillen Jottings.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (10 de junho de 1905). «Co. Fermanagh News. Enniskillen. Enniskillen Jottings.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (30 de dezembro de 1905). «Co. Fermanagh News. Enniskillen. Enniskillen Jottings.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (5 de maio de 1906). «Aggessive 'Dippers.' Cooneyites in Irvinestown.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (28 de julho de 1906). «Co. Monaghan News. Monaghan. Monaghan Petty Sessions. Alleged Serious Assault.». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (5 de outubro de 1907). «An Indignant Father And Fermanagh Dippers». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (16 de novembro de 1907). «Son Disinherited For Joining the 'Cooneyites.'». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (28 de outubro de 1911). «Shercock: Evangelisers». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (A.C. staff) (13 de janeiro de 1917). «Clones Notes». The Anglo-Celt. Cavan, Ireland 
  • (Argus staff) (9 de novembro de 1916). «Exemption Appeals. Cases Before Mr. Justice Hood.». The Argus. Melbourne, Victoria Australia 
  • (B.M. staff) (24 de novembro de 1916). «Defense of Australia. Conscientious Objectors. Scripture Lessons in Court.». Barrier Miner. Broken Hill, New South Wales Australia 
  • Anderson, Kathie (20 de agosto de 1983). «Church without a Name». The Bellingham Herald. Bellingham, Washington 
  • (C.C. staff) (30 de abril de 1940). «Funeral of Mr. Angus McKenzie». Camperdown Chronicle. Camperdown, Victoria Australia 
  • Chandler, Russell (13 de setembro de 1983). «Nameless Sect Travels 'Secret' Path». The Los Angeles Times. Los Angeles, California 
  • Cimino, Richard P., ed. (julho–agosto de 1999). «Proselytizing Hindered by Internet». North Bellmore, New York. Religion Watch 
  • Climenhaga, David (30 de julho de 1994). «Invisible Sect Has Thousands of Followers». The Calgary Herald. Calgary, Alberta 
  • (D.M. staff) (29 de março de 1905). «From Far and Near. Interesting News by Telegraph and Telephone. County Down. Incursion of 'Cooneyites'». Daily Mail. London, England 
  • Devlin, George (2 de dezembro de 1968). «R.U.C. blamed for not enforcing law». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (E.B. staff) (8 de novembro de 1981). «George Walker Dead at 104». The Evening Bulletin. Philadelphia, Pennsylvania 
  • (F.T. staff) (16 março – 18 julho 1907). «The Pilgrims at Ballycassidy. The Question of Infant Baptism». The Fermanagh Times. Enniskillin, Ireland 
  • Fiset, Bill (29 de março de 1957). «700 Attend Rites for John Carroll». The Oakland Tribune. Oakland, California 
  • (F.J. staff) (2 de dezembro de 1913). «'The Cooneyites.' Libel Action Settled.». The Freeman's Journal. Dublin, Ireland 
  • Foote, George William, ed. (26 de maio de 1907). «Acid Drops». London, England: The Secular Society. The Freethinker. XXVII (21) 
  • Gerrand, R. K. (29 de agosto de 1936). «Sect Which Says: 'Sell All thou Hast and Give to the Poor', Rochedale the Centre of a Body which Teaches Renunciation and Seeks Converts in Tent or the Open». The Courier-Mail. Brisbane, Queensland Australia 
  • Giles, Tanya (25 de julho de 2001). «Secretive Sect Leader Dies». The Herald Sun. Melbourne, Australia 
  • Gill, Alan (30 de junho de 1984). «The Most Secret Society in the World». The Sydney Morning Herald. Sydney, Australia 
  • Govan, John George, ed. (agosto de 1901). «General Notes and News». Rothesay, Scotland: Faith Mission. Bright Words 
  • Healy, Alyssa; Nine Network staff (21 de abril de 2019). «All by myself, The truth hurts, Mrs cricket». 60 Minutes. Temporada 2019. Nine Network. Consultado em 20 de abril de 2019. Ross Bowden was also born into the religion, which has been operating for more than 100 years and has 10,000 members in Australia. The preachers, or workers, as they're called, travel in pairs. Giving up all their possessions, they take a vow of celibacy and, bizarrely, live and preach inside worshippers homes. 
  • Hilliard, David (junho de 2005). «Unorthodox Christianity in South Australia: Was South Australia really a paradise of dissent?». Sydney, New South Wales: Australian Historical Association. History Australia. 2 (2). ISSN 1833-4881. doi:10.2104/ha050038 
  • Hosfeld, Kathleen (17 de agosto de 1983). «Criticism clouds church's gathering». The Skagit Valley Herald. Mount Vernon, Washington 
  • (Ideas staff) (13 de julho de 1917). «Romance of the Tramp Preachers». Ideas. Manchester, England 
  • (I.N. staff) (26 de setembro de 1921). «Religious Group, Led by 'Tramp Preachers,' in State Convention.». The Indianapolis News. Indianapolis, Indiana 
  • (I.R. staff) (15 de janeiro de 1903). «The 'Pilgrims' or 'Tramps.' Preaching the Terrors of Hell! Believe That God Is with Them. The Dress and Peculiarities.». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (22 de janeiro de 1903). «The 'Pilgrims' or 'Tramps.' A Hot Time for Enniskillen. The 'Damnation Army.' Their Ideas of Persecution.». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (2 de junho de 1904). «Tit-Bits of 'Cooneyism.' The Pride of Newtownards». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (13 de outubro de 1904). «The Tramps. Change in Their Views». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (2 de junho de 1906). «Scenes at Aughnacloy. Police Called On. Extravagant Language Used». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (23 de julho de 1908). «Convention of 'Tramps' Held at Crocknacrieve». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (20 de agosto de 1908). «The Recent Tramp Convention Held at Crocknacrieve. What the Tramps Believe. A Reply from Within». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (5 de agosto de 1909). «The Tramp Preachers. Mr. Edward Cooney's Invective. A Torrent of Denunciation. All Creeds Going to Hell (But Those Who Think With Him). Scene at Crocknacrieve. Mr. Edward Cooney Speaks. Denunciation of all the Churches. The Clergy, the Devil and Sabbath Schools». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (7 de outubro de 1909). «The Tramps. The 'Jesus Way.' Do They Follow It?». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (14 de julho de 1910). «Tramp Preachers' Convention Opens at Crocknacrieve. Address by Mr. Geo. Walker. Some Local Reminiscences». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (28 de julho de 1910). «The Convention at Crocknacrieve. Outline of Proceedings». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (25 de agosto de 1910). «The Tramp Preachers. Doctrines They Preach». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (3 de julho de 1913). «Pilgrim Convention at Crocknacrieve». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (18 de dezembro de 1913). «Go-Preachers Awarded Damages. Mr. Eddy Cooney Wins». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (19 de julho de 1917). «The Tramp Preachers or 'Go Preachers.' The Hostility They Aroused.». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Ireland 
  • (I.R. staff) (23 de junho de 1960). «Edward Cooney. A Great Figure Passes». The Impartial Reporter and Farmers Journal. Enniskillin, Northern Ireland 
  • (I.I. staff) (8 de julho de 1905). «Dispersing 'Dippers.' Street Scenes in Arklow». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (I.I. staff) (7 de maio de 1906). «Pithy Provincial News: Ulster». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • C.H. (I.I. staff) (20 de agosto de 1907). «The 'Dippers' and Their Ways». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (I.I. staff) (14 de novembro de 1907). «Derry Tramp Apostles». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (I.I. staff) (17 de outubro de 1908). «Pilgrims' Presence Resented. Week of Turmoil in Swords. Origin of Outbreak. Window Smashing, Bands, Disorder and 'Religion». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • C.H. (I.I. staff) (13 de agosto de 1909). «Dippers' Convention in Fermanagh». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (I.I. staff) (5 de julho de 1910). «Items of Interest (By Wire and Despatch): Cooneyite Convention». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • (I.I. staff) (29 de setembro de 1916). «Dispersing 'Dippers.' Street Scenes in Arklow». The Irish Independent. Dublin, Ireland 
  • Kalas, Stacey (30 de janeiro de 2010). «Group Forgoes Name in Mission to Follow Jesus». The La Crosse Tribune. La Crosse, Wisconsin 
  • (K.C.C.. staff) (12 de abril de 1900). «Religious Intolerance in North Tipperary». King's County Chronicle. Offaly, Ireland 
  • Krueger, Ottomar (1932). «Hands Across the Seas». St. Louis, Missouri: Concordia Publishing House. The Lutheran Witness. 51 
  • (L.D.H. staff) (29 de agosto de 1910). «'Go Preachers' Were Attacked: Their Religion Causes Free Fight in Prince Edward Island». Lethbridge Daily Herald. Lethbridge, Alberta 
  • F.E.M (novembro de 1938). «Two–by–Twos». St. Louis, Missouri: Concordia Publishing House. Concordia Theological Monthly. IX (11) 
  • Martineau, Kim (14 de julho de 2000). «Farm Plays Host to a Low Profile Sect». The Albany Times Union. Albany, New York 
  • Martineau, Kim (18 de julho de 2000). «Conservative religious group peacefully goes about its business». The Albany Times Union. Albany, New York 
  • Martineau, Kim (20 de julho de 2000). «Sect Told It Must Find New Lodgings». The Albany Times Union. Albany, New York 
  • Mayer, Jean=François (2000). Calme-Griaule, Geneviève, ed. «Les Nouveaux mouvements religieux à l'heure de l'Internet». Paris, France: Centre de Recherche sur l’Oralité. Cahiers de Littérature Orale (em francês). 47. ISSN 0396-891X 
  • Maynard, Steve (11 de junho de 1982). «Gospel Tent Meeting Draws 800 Participants For Spiritual Fellowship». The Walla Walla Union Bulletin. Walla Walla, Washington 
  • McClure, W.J. (julho de 1907). «Letter». The Treasury. New Zealand 
  • McConway, Philip (7 de novembro de 2007). «The Pearsons of Coolacrease». Tullamore Tribune. County Offaly, Ireland 
  • McConway, Philip (14 de novembro de 2007). «The Pearsons of Coolacrease». Tullamore Tribune. County Offaly, Ireland 
  • (N.G. staff) (6 de junho de 1906). «(untitled)». The Nenagh Guardian. Nenagh, Ireland 
  • (N.G. staff) (9 de julho de 1910). «General News». The Nenagh Guardian. Nenagh, Ireland 
  • (N.G. staff) (15 de abril de 1911). «Cloughjordan Fair 'Preaching' Incident». The Nenagh Guardian. Nenagh, Ireland 
  • (N.Y.T. staff) (6 de agosto de 1909). «Cooneyites Await the Millennium». The New York Times. New York, New York 
  • (N.C. staff) (28 de maio de 1904). «Tramp Preachers in Newtownards». The Newtownards Chronicle. Newtownards, Ireland 
  • (P.P. staff) (10 de março de 1947). «Social & Personal: Obituary: Mr. William Irvine». The Palestine Post. Jerusalem, British Mandate 
  • (P.E. staff) (9 de junho de 1931). «Disciples Hold Annual Outing at Ryler Farm». Peterborough Examiner. Peterborough, Ontario 
  • Preecs, Bart (5 de junho de 1983). «Two by Twos; Nameless congregation holds strong grip on faithful». The Spokesman-Review. Spokane, Washington 
  • Rule, W.M. (janeiro de 1924). «The Cooneyites or Go-Preachers – A Warning». Our Hope. New York, New York 
  • Scollon, John J. (27 de julho de 1930). «The 'Dippers': a Queer Ulster Sect. History of the Irish 'Hot Gospellers». Sunday Independent. Dublin, Ireland 
  • Scrutator (março de 1905). «A New Sect». The Irish Presbyterian. Belfast, Ireland 
  • (S. Star'. staff) (7 de outubro de 1916). «A Cooneyite Convert.». The Southern Star. Skibbereen, Ireland 
  • Special correspondent (17 de setembro de 1908). «Irvinites Pull Up Stakes». The Washington Post. Washington, D.C. Consultado em 7 de agosto de 2014 – via Newspapers.com   
  • Stutzman, Brad (14 de julho de 1991). «The Church with No Name Comes to Town». The Sunday Sun. Williamson County, Texas 
  • (S.I. staff) (27 de maio de 1906). «Police Inquiry. 'Dippers' and Discipline in Queen's County». Sunday Independent. Dublin, Ireland 
  • (S.I. staff) (10 de junho de 1906). «The Tramps; Glorified into a New Sect. Weird Workers». Sunday Independent. Dublin, Ireland 
  • (Truth staff) (18 de maio de 1907). «A New Religion Operating in Australia». The Truth. Auckland, New Zealand 
  • Ulad (7 de julho de 1923). «Notes from Ulster: Sea Baptism.». The Freeman's Journal. Dublin, Ireland 
  • Warburton, T. Rennie (1969). Martin, David, ed. «The Faith Mission: a Study in Interdenominationalism». London, United Kingdom: SCM Press. A Sociological Yearbook of Religion in Britain. 2 
  • Woodard, Joe (15 de setembro de 1997). «A church invisible». British Columbia Report. Vancouver, British Columbia 
  • Zimmerman, Cathy (10 de fevereiro de 2008). «Worldwide fellowship needs no building, no budget, no bishops». The Daily News. Longview, Washington 

Artigos e teses editar

 

  • Crow, Keith W. (março de 1964). The Invisible Church (Thesis). Eugene, Oregon: Department of Sociology, University of Oregon 
  • Jones, Julene L. (2013). «Motivations for Disaffiliation from the Two-by-Two sect (Thesis).». University of Kentucky. Consultado em 1 de maio de 2013 
  • Wilson, Bryan R. (1993). «The Persistence of Sects». DISKUS. Consultado em 14 de dezembro de 2009. Arquivado do original em 18 de junho de 2006 
  • Wilson, Elisabeth Kay (novembro de 1994). Brethren Attitudes to Authority and Government: with Particular Reference to Pacifism (Thesis). Hobart, Tasmania: Department of History, University of Tasmania 

Ligações externas editar

 

Notas

  1. Collection refers to the donation money collected from a church congregation during a service, normally by means of a collection plate or box.
  2. John Long (1872–1962) traced his conversion experience to a mission held by Methodist evangelist Gabriel Clarke in 1890. He became a colporteur for the Methodists in Ireland, where he encountered William Irvine. He eventually joined Irvine's workers, until publicly expelled in 1907 for disagreeing with the group's exclusivist position (Robinson 2005, p. 36). Long returned to his work as a colporteur (Lennie 2009, p. 426) and joined the Elim evangelists for a time. From there he went on to become a noted Pentecostal preacher in Ireland, Scotland, Wales and England (Robinson 2005, p. 36). The editor of Heresies Exposed included a correction by Long of the name of the church's original leader and the year of its founding in 1897 (Irvine 1929, p. 73(fn)). He also left his memoirs (in journal form, though redacted many years later) (Long 1927).
  3. To view the complete 1910 article shown above.
  4. The immigration record shows Irvine, Walker and Weir stating that they were joining a relative, "George McGregor" living at Coffey Street in Brooklyn New York (R.I.S. 2009a).
  5. "As early as 1912, Irvine was exercising his charismatic imagination in ways that must have been unsettling to those in the movement with an interest in routinization. In that year he told conventions that it might be possible to travel to the stars and act as saviours to them as Jesus acted for us. He spoke of Christ's imminent return and referred to his movement as the 144,000 mentioned in the Book of Revelation." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 50).
  6. "The workers declared that Irvine 'had lost the Lord's anointing' and banned him from all assemblies. But they also had to devise a new source of authority for the movement's very special brand of Christianity. They did this by an ingenious falsification of their own history, in which Irvine's role was obliterated. And armed with this new history and the unity to enforce a ban on Irvine, the workers declared that the founder's name was not to be mentioned within the movement. He was excised from the shared memory of the organization he had founded." —Johnson in Klass and Weisgrau (Johnson 1999, p. 378).
  7. For full text of the letter, see The Secret Sect (Parker & Parker 1982, pp. 117–119).
  8. This is the subject of letters from Rittenhouse and Sweetland, given in full in Reinventing the Truth (Daniel 1993, pp. 281, 283–284).
  9. "In very short order they also destroyed Irvine's earlier stature as a charismatic innovator by explaining that the sect he had founded was actually a collective rediscovery of the earliest form of Christianity, which had existed as small persecuted bands since the first century." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 50).
  10. "The Cooneyites, also called the Two-by-Two's, have developed the shunning of publicity into a fine art." —Melton (Melton 2009, p. 554).
  11. "Two by twos use the Bible as their sole source of authority and have developed no statement of belief apart from Scriptures. They practice the Lord's Supper (communion) weekly and practice believer's baptism, rebaptizing new members. Their lifestyle includes modesty of appearance, avoidance of worldly activities such as watching television, and usually pacificism." —George D. Chryssides (Chryssides 2001b, p. 330).
  12. "Members shun publicity, refuse to acquire church property, and issue no ministerial credentials or doctrinal literature, believing that the Bible (King James Version) is the only textbook and that, to be effective, the communication of spiritual life must take place orally, person to person. The only printed documents are hymnals." —J. Gordon Melton (Melton 2009, p. 554).
  13. "They [the ministers] are considered 'the word made flesh' in our day." —Christian Research Institute (C.R.I. 13 April 2009).
  14. Hymns which contained hints of salvation by grace, trinitarianism or redemption based upon the blood of Christ were purged or changed in a 1987 revision (Grey 2012, p. 55)
  15. "Moreover, no-names do not believe that Jesus's death on the cross will wash away the sins of all who accept him as their savior; salvation only comes through a life of sacrificial obedience to the instructions and examples of Jesus. All recent authorities agree that the road to salvation for these sectarians is a hard one. Carol Woster, who spent two years in the group, recalls that one long-time member she knew 'seemed to see life as a grieving journey, where after the [Sunday] meeting, the next day she would 'take up the struggle' to go on...' There is, she found, little 'Christian joy or confident hope' among the no-names." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 44).
  16. "It appears that the sect's theological position on the divinity of Christ, the atonement, and man's justification before God, has never changed, yet at mission meetings and in private discussion with people whom they successfully proselytized, preachers gave the misleading impression that their church was evangelical, and that in no way did it deviate from basic Christian beliefs." —Doug Parker and Helen Parker (Parker & Parker 1982, pp. 102–193).
  17. These terminology definitions follow Fortt 1994, pp. 15–202.
  18. This list of meeting types follows the list given in Daniel 1993, pp. 13–15.
  19. "Ordinary meetings among lay believers are held in houses, but periodically the itinerants visit each district, and there they borrow a hall (often the Church hall of an unsuspecting minister) for a preaching meeting for the public at large." —Bryan R. Wilson (Wilson 1993).
  20. "A concern for public exposure may be the principal reason why the no-name sect has no newsletters or other publications even for its own members. The lack of such internal documents makes it difficult for members to know what is going on within the group, but, as Simmel observes, the less the members know, the less they will be able to tell outsiders if they decide to talk openly about it. The need for internal secrecy also may explain why the nameless sect has no system of government in which ordinary members participate. I[n] fact, most members seem unaware that a system of government even exists.." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 43).
  21. "All property at the group's disposal is in the hands of individuals who are expected to make use of it for the good of the movement. Sites where conventions take place are owned by members and the monetary donations workers receive are theirs to spend as they see fit. Funds and other assets held in trusts are also secret with no public accounting given." —Benton Johnson (Johnson 1995, p. 42).

Referências

  1. a b «Ex-minister of secretive sect admits to child sex abuse». www.bbc.com. 28 de janeiro de 2024. Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  2. Warburton 1969, pp. 82–83.
  3. Parker & Parker 1982, pp. 1–2.
  4. Irish Independent 20 August 1907, p. 7.
  5. Dair Rioga Local History Group 2005, p. 322.
  6. Warburton 1969, p. 84.
  7. Parker & Parker 1982, p. 2.
  8. a b c Nichols 2006, p. 88.
  9. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad See:
  10. Dair Rioga Local History Group 2005, pp. 323–325.
  11. a b c d e Wilson 1993.
  12. Robinson 2005, pp. 34–35.
  13. Impartial Reporter 28 July 1910, p. 8.
  14. 1905 "List of Workers" in Daniel 1993, pp. 276–279
  15. Robinson 2005, p. 34.
  16. O'Brien 1997, p. xxiv.
  17. a b Impartial Reporter 25 August 1910, p. 8.
  18. Johnson 1999, p. 378.
  19. Hilliard 2005.
  20. Hill 2004, p. 403.
  21. Govan 1901, p. 175.
  22. a b Scollon 27 July 1930, p. 4.
  23. Anglo-Celt 10 June 1905, p. 4.
  24. Freeman's Journal 7 July 1923, p. 8.
  25. Anglo-Celt 30 December 1905, p. 12.
  26. Nenagh Guardian 6 June 1906, p. 2.
  27. Impartial Reporter 5 August 1909, p. 8.
  28. Impartial Reporter 14 July 1910, p. 5.
  29. Anglo-Celt 5 May 1906, p. 1.
  30. Anglo-Celt 28 October 1911, p. 5.
  31. Anglo-Celt 28 July 1906, p. 8.
  32. Accounts of some of the many incidents include:
  33. Johnson 1995, p. 46.
  34. Fermanagh Times 16 March–18 July 1907.
  35. Anglo-Celt 26 November 1904, p. 10.
  36. a b c d Robinson 2005, p. 35.
  37. Parker & Parker 1982, p. 46.
  38. Impartial Reporter 13 October 1904, p. 8.
  39. Wallis 1981, p. 123.
  40. Anglo-Celt 5 October 1907, p. 1.
  41. Freeman's Journal 2 December 1913, p. 10.
  42. Johnson 1995, p. 48.
  43. Daniel 1993, pp. 173–175.
  44. a b Wallis 1981, p. 130.
  45. New York Times 6 August 1909, p. 4.
  46. a b c Johnson 1995, p. 50.
  47. Parker & Parker 1982, p. 62.
  48. Parker & Parker 1982, p. 63.
  49. Johnson 1995, p. 49.
  50. a b Parker & Parker 1982, p. 64.
  51. Kropp-Ehrig 2022, pp. 201–207.
  52. Johnson 1995, pp. 51, 55.
  53. a b Johnson 1995, p. 51.
  54. Johnson 1995, pp. 51, 52.
  55. Johnson 1995, p. 52.
  56. Roberts 1990, pp. 145–154.
  57. a b Parker & Parker 1982, pp. 85–86.
  58. Roberts 1990, p. 153.
  59. Dair Rioga Local History Group 2005, p. 333.
  60. Megahey 2000, p. 155.
  61. McConway 7 November 2007, p. 15.
  62. McConway 14 November 2007, p. 16.
  63. Rule January 1924, pp. 18–20.
  64. Parker & Parker 1982, p. 82.
  65. Irvine 1929, pp. 73–78.
  66. Dair Rioga Local History Group 2005, pp. 329–330.
  67. Johnson 1995, pp. 37–38, 42.
  68. a b Indianapolis News 26 September 1921, p. 11.
  69. Roberts 1990, p. 143.
  70. Dair Rioga Local History Group 2005, p. 330.
  71. Parker & Parker 1982, p. 85.
  72. Lineham 2017, pp. 162, 169, 175.
  73. Wilson 1994, p. 56(fn).
  74. Kropp-Ehrig 2022, pp. 358, 362, 396, 415, 488–490, 539.
  75. Palestine Post 10 March 1947, p. 2.
  76. Impartial Reporter 23 June 1960.
  77. Fiset 29 March 1957, p. 15.
  78. Evening Bulletin 8 November 1981.
  79. Wilson & Barker 2005, p. 299.
  80. Mann 1955, p. 15.
  81. a b Gill 30 June 1984, p. 37.
  82. Uses as background for literary works include,
  83. Kropp-Ehrig 2022, pp. 260–261, 483–494.
  84. Jackson & Loetscher 1977, p. 298.
  85. Borhek & Curtis 1979, p. 69.
  86. Daniel 1993, p. 176.
  87. a b Johnson 1995, p. 43.
  88. Kropp-Ehrig 2022, pp. 325, 338.
  89. a b Cimino July–August 1999, p. 3.
  90. Kropp-Ehrig 2022, pp. 306, 327, 496–497.
  91. «Letter From Overseer Doyle Smith Regarding Dean Bruer». WINGS for Truth (em inglês). 24 de março de 2023. Consultado em 15 de setembro de 2023 
  92. a b Melton 2009, p. 554.
  93. a b Sanders 1969, p. 166.
  94. Irvine 1929, p. 76.
  95. Overseer John "Jack" Carroll quoted in Parker & Parker 1982, p. 99.
  96. Newtownards Chronicle 28 May 1904, p. 3.
  97. Impartial Reporter 20 August 1908, p. 8.
  98. Irish Independent 14 November 1907, p. 7.
  99. Martineau 14 July 2000, p. A1.
  100. Peterborough Examiner 9 June 1931, p. 9.
  101. Grey 2012.
  102. Kropp-Ehrig 2022, p. 148.
  103. Parker & Parker 1982, pp. 16, 105.
  104. a b Kalas 30 January 2010.
  105. Woster 1988, pp. 12, 15.
  106. Fortt 1994, pp. 31, 114–115, 192.
  107. Johnson 1995, pp. 44, 46.
  108. Worker Leo Stancliff quoted in Daniel 1993, pp. 128–129.
  109. Chryssides 2001a, pp. 330–331.
  110. Kropp 2008.
  111. Parker & Parker 1982, pp. 101–103.
  112. Fortt 1994, pp. 241–243.
  113. Worker Eldon Kendrew quoted in Climenhaga 30 July 1994, p. E7.
  114. Parker & Parker 1982, p. 102.
  115. C.R.I. 13 April 2009.
  116. a b Lewis 1998, p. 494.
  117. Parker & Parker 1982, p. 14.
  118. Enroth 1992, p. 133.
  119. Walker 2007, p. 118.
  120. Impartial Reporter 19 July 1917, p. 6.
  121. a b c d Gründler 1961, p. 411.
  122. Hasell 1925, p. 244.
  123. Concordia Theological Monthly 1938, p. 863.
  124. Müller 1990.
  125. Mayer 2000, p. 141.
  126. Nervig 1941, p. 132.
  127. See: "The Meetings", or "The Fellowship".
  128. a b Wilkens 2007, p. 132.
  129. Parker & Parker 1982, p. 86.
  130. Walker 2007, p. 117.
  131. Parker & Parker 1982, p. 107.
  132. Robinson 2009.
  133. Parker & Parker 1982, p. 73.
  134. AnotherStep.
  135. Parker & Parker 1982, pp. 107, 124.
  136. Kropp-Ehrig 2022, p. 415–416.
  137. R.I.S. 2009b.
  138. Chandler 13 September 1983, p. A2.
  139. Jaenen 2003, pp. 517–535.
  140. Anderson 20 August 1983, p. 4a.
  141. Mann 1955, p. 110.
  142. Courier Mail 29 August 1936, p. 22.
  143. Fortt 1994, pp. 96, 117–118, 193.
  144. Fortt 1994, pp. 59, 236–237.
  145. 60 Minutes 2019.
  146. Kropp-Ehrig 2022, pp. 416–417.
  147. Paul 1977, p. 8.
  148. a b c Hymns Old and New 1987.
  149. Chryssides 2001b, p. 330.
  150. Crow 1964, p. 10.
  151. Daniel 1993, pp. 9–11.
  152. Crow 1964, p. 27.
  153. Daniel 1993, pp. 11–16.
  154. Impartial Reporter 7 October 1909, p. 8.
  155. Impartial Reporter 3 July 1913, p. 8.
  156. Fortt 1994, p. 197.