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Museu da TV (Museu da Televisão Brasileira) | |
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Entrada da sala principal do Museu da TV | |
Tipo | Centro de Memória |
Inauguração | Ano de 1995 |
Diretor(a) | Elmo Francfort |
Página oficial | http://www.museudatv.com.br |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | São Paulo, SP |
O Museu da Televisão Brasileira (mais conhecido como Museu da TV) está localizado, desde 1995, no bairro Sumaré, juntamente com a associação PRÓ-TV, fazendo parte dessa[1]. O museu foi fundado pela falecida atriz Vida Alves, a qual protagonizou o primeiro beijo da televisão brasileira[2], como uma instituição privada sem fins lucrativos, tendo o intuito de resgatar a história e a memória da Televisão e do Rádio no Brasil.[1]
Sendo uma instituição sem fins lucrativos, a PRÓ-TV propicia visitas ao Museu da TV e ao seu acervo, sendo essas guiadas e apenas plausíveis com agendamento prévio com a própria instituição. [3][4]
O museu ainda conta com o apoio da Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA) e da TV Cultura, dispõe de um espaço para reuniões, que ocorrem todos os meses, entre os associados, além de apresentar DVDs e livros sobre a memória televisiva para a venda.[5] Além disso, também aparece listado como um dos mais de 3 mil museus pertencentes ao Guia dos Museus Brasileiros, sendo esse elaborado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM/ Ministério da Cultura)[6]
História
editarVida Alves
editarA ideia para a criação do Museu, juntamente com a associação, surgiu através da atriz Vida Alves. Nascida em Itanhandu (MG) em 15 de abril de 1928, a atriz mudou-se para São Paulo ainda criança, com apenas 6 anos de idade. Estreou no mundo artístico quando pequena no programa radiofônico Clube do Papai Noel, da Rádio Difusora de São Paulo, imitando Carmen Miranda como cantora mirim.[7] Após passar por diversas redes, foi contratada pela Rádio Tupi por Walter Foster. Com o passar dos anos tornou-se uma celebridade renomada, protagonizando o primeiro beijo da televisão na telenovela "Sua Vida Me Pertence"(1951). [8] Vida decidiu retirar-se das telas com o falecimento de seu marido e, com o tempo, Vida centrou-se em iniciar um projeto dedicado a história da televisão no Brasil, a atual PRÓ-TV. [7]
Fundação do Museu
editarA principio, Vida Alves deu inicio ao projeto sozinha. Reformou sua residência, retirando diversos ambientes que lá estavam presentes, como uma área de piscina, uma sauna e uma sala de exercícios físicos, transformando-os em um salão [9]. Em 1995, juntamente com outros colegas, a Associação dos Pioneiros, atual PRÓ-TV, foi registrada e oficialmente fundada. A fundação iniciou-se como um um Museu e uma ONG sem fins-lucrativos, mas com o passar do tempo também tornou-se uma OSCIPs (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) podendo atuar juntamente ao governo[10] [9].
Na Internet tiveram incursão em 1998, em uma parceria com SCI/EQUIFAX. O portal saiu do ar e apenas em 2002, com a idéia de se instaurar um departamento próprio de Internet, criando-se o Museu da TV (ou Museu Virtual da Televisão Brasileira), administrado pelo radialista e pesquisador Elmo Francfort.[11]
Divergência entre colaboradores
editarEm 2008, o museu seria transferido para outra localidade, em um edifício histórico no centro de São Paulo, a Casa das Retortas, no Brás. O projeto de transferência de localização do museu contava com o apoio de duas instituições mantedoras da PRÓ-TV, a Fundação Padre Anchieta / TV Cultura e a Rede Bandeirantes. Diante as negociações para a mudança de local, ambas instituições entraram em conflito, pois Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, pousou para um jornal renomado em frente a futura instalação do Museu. Essa atitude causou desconfiança por parte da Rede Bandeirantes, pois acreditaram que o museu terminar ficando administrado pela TV Cultura em resultado de suas atitudes durante as negociações. Assim, a Rede Bandeirantes decidiu negar adesão, e o projeto foi engavetado pelo prefeito da época, Kassab, pois desagradava à Band. O local terminou por abrigar o Museu da História de São Paulo. [12]
A Rede Bandeirantes continuou como uma das mantedoras da PRÓ-TV, por dois anos, enquanto a Fundação Padre Anchieta continua sendo mantedora até hoje. O Museu da Televisão Brasileira continua na residência de Vida Alves.[12]
Difusão
editarSendo ligada, como também, ministrada pela associação PRÓ-TV, são realizados, juntamente com colaboradores e parceiros, diversos eventos com o intuito de preservar a memória da televisão no Brasil. Dentre os eventos realizados, estão “Marcos da TV Brasileira” (em associação com a Secretaria de Estado da Cultura), “Televisão Brasileira: Primeiros Tempos” (juntamente com a Faculdade Cásper Líbero, ESPM e o Governo do Estado de São Paulo)[5], a mostra “50 Anos de TV”[13], o evento do "Dia Nacional da TV", em comemoração ao aniversário de 66 anos da televisão no Brasil, sendo sediado na Faculdade Cásper Líbero [14], como também empréstimos de objetos do acervo do museu para a exposição "Silvio Santos vem aí"[15].
Planos para o futuro
editarThais Alves, filha de Vida Alves, disse que, além de preservar a história e o acervo do museu, ministrar cursos, organizar fóruns de debates e palestras, a associação deseja também expandir ainda mais para a plataforma digital, fornecendo seus conteúdos nos portais e no YouTube abrangendo, assim, um maior público. [16]
Acervo
editarApesar de estar localizado em uma casa, o museu contém um vasto acervo de informações e conteúdos sobre a história da televisão brasileira[17], todos doados por atores e profissionais da área,[18] possuindo mais de 12 mil fotos e praticamente 100 mil itens, como vídeos, equipamentos, roteiros e publicações impressas.[19] No local, estão disponibilizados:
- Mais de 12.000 imagens. As imagens presentes são diversas, com fotos de eventos e atores importantes para o ramo da televisão e atuação brasileira.[1]
- Acervo de figurinos. Sendo esses exibidos no 2º andar do museu. Entre os figurinos exibidos, encontram-se mais de cinquenta figurinos originais, dentre eles figurinos de "Capitão 7" e de "Sangue do meu Sangue", o primeiro chapéu do mendigo da “Praça da Alegria”[1] e peças do figuro utilizado por Vida Alves na novela "Sua Vida Me Pertence" (1951).[18]
- Coleção de revistas históricas sobre atores e atrizes. Também exibidos no parte superior do museu.[1]
- Diversas câmeras históricas. No acervo, encontra-se a câmera da primeira exibição televisiva brasileira, a TK-30 da RCA, utilizada na inauguração televisiva da TV TUPI.[9]
- Diversas televisões históricas. No museu, situa-se o primeiro televisor portátil do Brasil.[9]
- Troféus da Premiação Roquette Pinto, a mais antiga premiação da TV brasileira.[18]
Uma outra parte do acervo reunido se encontra na Cidade da TV, uma exposição realizada na Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo.[18]
Galeria
editar-
Acervo áudio-visual do museu
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Painel sobre Assis Chateaubriand
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Exposição 60 anos da telenovela brasileira
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Área externa do museu
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Aparelhos históricos expostos no museu
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Primeira câmera da televisão brasileira
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"Máquina Royal" década de 1960
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Primeira câmera da TV RECORD
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Curiosidade sobre a assinatura sonora da TV Globo
Ver também
editar- ↑ a b c d e Sampaio, Leandro. «Museu da TV». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ «Vida Alves, atriz do 1º beijo e do 1º beijo gay da TV brasileira, morre aos 88 anos». G1
- ↑ «Museu da Televisão Brasileira | Da Redação | VEJA SÃO PAULO». VEJA SÃO PAULO. 22 de abril de 2015
- ↑ «Visitação | Pró-TV». www.museudatv.com.br. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ a b «MUSEU DA TV, 20 Anos de Memória da Televisão Brasileira | Wagner Woelke». wagnerwoelke.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Guia dos Museus Brasileiros». Portal do Instituto Brasileiro de Museus. Consultado em 14 de junho de 2017
- ↑ a b «Morreu Vida Alves, pioneira da televisão | por Diego Nunes». seguinte.inf.br. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ «'Tenho orgulho', diz atriz de primeiros beijos hétero e gay da TV no Brasil». Pop & Arte. 1 de fevereiro de 2014
- ↑ a b c d Almada, Raquel (Agosto 2010). «No ar, a televisão brasileira.». Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo - PUC-SP. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ «O que é OSCIP». alfabrasil.org.br. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ «A Cidade da TV do Brasil já é realidade – Caros Ouvintes». www2.carosouvintes.org.br. Consultado em 14 de junho de 2017
- ↑ a b «Comunicação com líderes e empregados» (PDF). Faculdade Cásper Líbero. Consultado em 25 de maio de 2017
- ↑ «O show da técnica - ISTOÉ Independente». ISTOÉ Independente. 24 de novembro de 2000
- ↑ Carmo, Andre Dominguez do (17 de setembro de 2016). «Dia Nacional da TV na Cásper». Faculdade Cásper Líbero
- ↑ «Silvio Santos vem aí! - MIS - Museu da Imagem e do Som - Agenda Cultural | INFOARTsp». www.infoartsp.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «» Entrevista: Portugueses na Teledramaturgia Brasileira». www.mundolusiada.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Na tela da memória: as imagens do golpe militar de 1964 no Telejornal "O Seu Repórter Esso" da TV Tupi de São Paulo» (PDF)
- ↑ a b c d «Com fotos e televisores antigos, museu preserva a história da televisão». Folha de S.Paulo
- ↑ «O segredo por trás das câmeras. Conheça o Museu da TV». Projeto São Paulo City. 8 de agosto de 2016