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Como ler uma infocaixa de taxonomiaMorcego-marrom-brasileiro
Corpo do Eptesicus brasiliensis conservado
Corpo do Eptesicus brasiliensis conservado
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Subordem: Microchiroptera
Família: Vespertilionidae
Género: Eptesicus
Espécie: E. brasiliensis
Nome binomial
Eptesicus brasiliensis
Desmarest, 1819
Distribuição geográfica
Mapa de distribuição
Mapa de distribuição

Eptesicus brasiliensis, também chamado de morcego-marrom-brasileiro, é uma espécie de morcego da família Vespertilionidae. Os morcegos já existem sobre a terra por mais de 55 milhões de anos e tem alimentação normalmente baseada em folhas, frutas ou insetos- apenas três espécies se alimentam de sangue. O E. brasiliensis é um mamífero insetívoro e a fêmea e o macho diferem em característica como coloração de pelos e dimensões. Esses morcegos são extremamente importante para o funcionamento do ecossistema, entretanto, pela sua desvalorização, se encontra em estado de conservação como pouco preocupante.[1] É um animal que deve ser avaliado com cautela, pois é muito confundido com outras espécies de morcego e por não ter muitos estudos e pesquisas sobre ele, muitas dessas espécies são utilizadas como parâmetros.

Características

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Físicas
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O morcego-marrom-brasileiro apresenta um focinho inchado e largo com massas glandulares em cada lado e um patágio sem pelos, preto ou preto-acastanhado, seus incisivos superiores são de tamanhos irregulares e em cada lado apresenta-se um pré molar.[2] Há discussão sobre seu tamanho, pois ele é considerado grande por alguns e intermediário por outros. Seus olhos são pequenos e as orelhas são de proporções médias, triangulares e com a ponta pontiaguda, porém, contém o tragus longo, estreito e arredondado. A ponta da cauda longa se estende ligeiramente além da abertura ampla, ele têm o calcanhar mais comprido que o .[3] Como todos os outros morcegos, apresenta membros anteriores dotados de patágio, podendo assim utilizá-los como asas.

A fêmea apresenta maior parte da pelagem em castanho acobreado, todavia, ventralmente se encontra um pelo com base mais escura e pontas douradas e pesa cerca de dezoito gramas (pode variar para dez a vinte um gramas), enquanto o macho apresenta maior parte da pelagem em castanho escuro, entretanto, ventral se encontra mais clara, pesando cerca de treze gramas. Generalizando, os morcegos apresentam a base de cabelos dorsais claros, enquanto as partes ventrais são mais claras, com a base de cabelos pretos e têm como medições gerais: comprimento total de cento e um a cento e sete milímetros; cauda de trinta e sete a quarenta e nove milímetros; pé de oito a onze milímetros; orelha de dezesseis a dezoito milímetros; antebraço de quarenta e um a quarenta e cinco milímetros.[3]

Comportamento
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É da etologia deles começarem a predação uma hora e meia antes do sol se pôr, ou seja, no crepúsculo, eles consomem insetos capturados em espaços abertos ou em torno de luzes artificiais. Vivem em florestas de até três mil metros de altitude e costumam se refugiar em casas e covas de árvores e se reproduzem de uma a duas vezes por ano, deixando descendentes entre julho e fevereiro.[4]

Alimentação
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Em pesquisa, esses morcegos se alimentaram principalmente de insetos das ordens Coleoptera, Lepidoptera, Hymenoptera e Hemiptera.[3]

Distribuição

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O Eptesicus brasiliensis ocorre de Veracruz (México) ao sul até o norte da Argentina, sul do Paraguai e Uruguai; incluindo Trinidad e Tobago, entretanto, surge em Goiás (Brasil), sendo localmente raro. No Paraguai, uma pesquisa mostrou a presença do morcego ao longo da borda oeste do país e na região do Chaco, enquanto uma feita no Peru mostrou que o morcego usava as Terras Altas e Baixas da Amazônia. Além disso, foi encontrado nas regiões de Alto Chaco (AC) e BajoChaco (BC).[2]

Capturas

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A incidência da captura de morcegos é maior entre 18:30 e 21:00 horas. Entretanto, o E. brasilienses foi capturado para estudos de 17:00 as 5:30.[3]

Reprodução

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Embora haja poucas informações sobre a reprodução do morcego-morcego-brasileiro, há uma estimativa de acordo com o que se conhece de outras espécies do gênero Eptesicus. Como comparação há a espécie Eptesicus furinalis (o morcego argentino) e outras que produzem entre um a dois filhotes por ninhada, algumas espécies temperadas do norte que apresentam apenas uma ninhada por ano e as espécies tropicais do sul que também podem ter duas ninhadas por ano com variações a duração da gestação dependendo da estação (ou seja, tem o ciclo estral). Os filhotes Eptesicus nascem pequenos e sem pelos variando de acordo com o cuidado da mãe e podem tornar-se sexualmente maduros por volta de um ano de idade, mas muitos não se reproduzem durante o primeiro período de espermiogênese/oogênese.[2]

Importância

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Estes animais são o segundo grupo de mamíferos com mais espécies e realizam uma importante trabalho ecológico agindo no dispersamento de sementes por meio de suas fezes, reduzindo pragas e insetos por conta de sua alimentação e colaborando para a polinização de algumas plantas. Eles mantêm a biodiversidade dos ambientes em que vivem em equilíbrio tendo importância fundamental na cadeia alimentar e rede trófica.[5][6]

Risco de extinção

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Os morcegos, em geral, são animais pouco valorizados, isso acontece, pois há certa ignorância sobre sua importância, ademais, são mamíferos amedrontadores por conta de histórias mitológicas contadas sobre eles. Além disso, eles comumente são encontrados em florestas pendurados em galhos enquanto repousam em locais onde há pouca luminosidade e, assim, quando ocorre o desmatamento, uma grande quantidade de espécies de morcegos são levadas a óbito, incluindo a Eptesicus brasiliensis.[6]

Família

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Algumas outras espécies da mesma família também estão em risco de extinção, como é o caso do Eptesicus fuscus (Grande-morcego-marrom) e Myotis lucifugus (Pequeno-Morcego-Marrom), estando o segundo, respectivamente, ameaçado (ou seja, acredita-se que brevemente será extinto).

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Por estar presente em áreas comuns de outros morcegos e por ser raro, ele pode ser confundido facilmente com outras espécies de morcegos, incluindo Eptesicus diminutus (Diminutive Serotine) e Eptesicus furinalis (Argentine-Brown-Bat). O que o diferencia é seu tamanho, sendo o morcego-marrom-brasileiro o maior.[2] O primeiro, respectivamente, está no mesmo estado de conservação do Eptesicus brasiliensis.

Ademais, são mamíferos amedrontadores por conta de histórias mitológicas contadas sobre eles, pois, apesar delas não serem focadas no morcego marrom brasileiro, pessoas leigas no assunto não sabem diferenciar as espécies e, por a mídia e histórias infantis representarem vampiros (normalmente vilões) como morcegos, há uma falsa percepção e crença de que todos os morcegos sangue humano- sendo que são exceções os que o fazem, chamados de hematófagos, alimentam-se apenas de sangue de animais vertebrados devido a sua estrutura bucal e a seu aparelho digestivo simples, eles diferem no filo, fazendo parte dos cordados (filo Chordata).[7][8]

Diferenciação de morcego-vampiro e morcego-marrom-brasileiro

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As espécies hematófagas tem como habitat a América Latina, do México até o norte da Argentina e são muito conhecidos por se alimentarem de sangue. Eles são pequenos (alcançando até 8 cm de comprimento e cerca de 35 cm de envergadura). Por necessitarem de uma ampla visão possuem olhos grandes. Eles podem podem andar, correr e pular com facilidade, apoiando-se nos polegares dos membros anteriores. Caso um morcego caia ou pouse no chão e pule, voltando a voar, impulsionado pelos seus dedões avantajados, ele mostra ser de espécie vampiresca, caso ele só se arraste e escale para voar novamente em altas temperaturas, ele não é um cordada. Ademais,costumam utilizar a mesma ferida por várias noites seguidas para facilitar, possuem pés acolchoados que lhes permitem aproximar-se da vítima sem acordá-la. Os dentes incisivos são muito afiados, assim como os caninos, de modo a facilitarem a mordida (sangue não coagula por conta de enzimas anticoagulantes presentes na saliva deles na hora da lambida).[9]

Referências

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  1. «Brazilian Brown Bat» 
  2. a b c d «Eptesicus brasiliensis - Vertebrate Collection | UWSP». www.uwsp.edu. Consultado em 8 de julho de 2019 
  3. a b c d Corrêa, Silvia Fazzolari (23 de março de 1995). «Aspectos Sistemáticos, Ecológicos e Reprodutivos de Morcegos na Mata Atlântica». Tese de Doutorado. Consultado em 8 de agosto de 2019 
  4. «Morcego marrom brasileiro (Eptesicus brasiliensis )». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 8 de julho de 2019 
  5. «Morcegos: Conheça os grandes benefícios que estes polinizadores oferecem à humanidade». Ecoa. Consultado em 12 de agosto de 2019 
  6. a b «Notícias sobre natureza, clima e sustentabilidade – GLOBO RURAL - NOTÍCIAS - Morcegos entram para lista de animais ameaçados de extinção». revistagloborural.globo.com. Consultado em 11 de agosto de 2019 
  7. «Vampiros - os mitos e a história real - Morcegos | Animais - Cultura Mix». animais.culturamix.com. Consultado em 17 de agosto de 2019 
  8. «Morcegos: Veja mitos e fatos sobre esses mamíferos voadores». HiperCultura. Consultado em 17 de agosto de 2019 
  9. «Morcego-vampiro (Desmodus rotundus)». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 17 de agosto de 2019