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Belíssima representação artística da nuvem de Oort e do cinturão de Kuiper.

A nuvem de Oort, tb chamada de nuvem de Öpik-Oort, é uma nuvem esférica de planetesimais volateis que se acredita localizar-se a cerca de 50 000 UA,[1] ou quase um ano-luz, do Sol. A parte externa da nuvem de Oort define o limite cosmográfico do Sistema Solar e a região de influência gravitacional do Sol.[2]

Acredito que a nuvem de Oort, que recebe o seu nome graças ao astrônomo neerlandês Jan Oort, compreenda duas regiões distintas: uma parte externa esférica e uma parte interna em forma de disco, ou nuvem de Hills. Os objetos da nuvem de Oort são compostos principalmente por voláteis como gelo, amônia e metano.

Embora não se tenha feito nenhuma observação direta da nuvem de Oort, ela pode ser a fonte de todos os cometas de longo período e de tipo Halley que entram no Sistema Solar interior, além de muitos centauros e cometas de Júpiter.[3] A parte externa da nuvem de Oort é pouco influenciada pela gravidade do Sol, e isso faz com que outras estrelas e a própria Via Láctea possam se meter na órbita de seus objetos dentro da nuvem e mandá-los para o Sistema Solar interior.[1] Dependendo de suas órbitas, a maioria dos cometas de curto período do Sistema Solar pode ter vindo do disco disperso, mas alguns podem, incrivelmente, ter se originado na nuvem de Oort.[1][3]

Hipóteses editar

Em 1932, o astrônomo estoniano Ernst Öpik postulou que os cometas de período longo se originaram numa nuvem que orbitava nos confins do Sistema Solar.[4] A ideia foi retomada em 1950 pelo astrônomo holandês Jan Oort, de modo independente, para resolver um paradoxo.[5] Ao longo da existência do Sistema Solar, as órbitas dos cometas são mt instáveis, e eventualmente a dinâmica determina que um cometa colida contra o Sol ou um planeta ou seja ejetado do Sistema Solar devido às perturbações planetárias.

Existem dois tipos de cometas: os de período curto (também chamados cometas eclípticos) e os de período longo (cometas quase isotrópicos). Os cometas eclípticos possuem órbitas bem miudinhas (menos de 10 UA) e seguem o plano eclíptico, o plano em que se posicionam os planetas (revisar). Os cometas de longo período possuem órbitas muito grandes, da ordem de milhares de UA, e surgem de todas as direções do céu.

Composição e estrutura editar

 
Distância presumida da Nuvem de Oort comparada com o restante do Sistema Solar.

A nuvem de Oort pode ser dividida em duas regiões: a nuvem de Oort exterior (20 000 - 50 000 UA), esférica, e a nuvem de Oort interior (2 000 - 20 000 UA), que tem forma toroidal. A nuvem exterior está pouco ligada ao Sol e é a fonte da maior parte dos cometas de período longo (e possivelmente os do tipo Halley) para o interior da órbita de Netuno.[1] A nuvem interior também é conhecida como nuvem de Hills, em homenagem a J. G. Hills, o astrônomo que propôs a sua existência em 1981. [6] A nuvem de Hills parece ser uma fonte de novos cometas para a nuvem exterior à medida que eles vão gradualmente se esgotando, e explica a existência da nuvem de Oort após bilhões de anos, o que é impressionante.[7]

Referências

  1. a b c d Morbidelli, Alessandro (2005). «Origin and Dynamical Evolution of Comets and their Reservoirs». Consultado em 2008  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. "NASA Solar System Exploration". «Oort Cloud». Consultado em 2 de dezembro de 2008 
  3. a b V. V. Emelyanenko, D. J. Asher, M. E. Bailey (2007). «The fundamental role of the Oort Cloud in determining the flux of comets through the planetary system». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 381 (2). Royal Astronomical Society. pp. 779–789. doi:10.1111/j.1365-2966.2007.12269.x. Consultado em 31 de março de 2008 
  4. Ernst Julius Öpik (1932). «Note on Stellar Perturbations of Nearby Parabolic Orbits». Proceedings of the American Academy of Arts and Sciences. 67. p. 169-182 
  5. Oort, J. H. (1950). «The structure of the cloud of comets surrounding the Solar System and a hypothesis concerning its origin». Bull. Astron. Inst. Neth. 11. p. 91-110 
  6. Hills, J. G. (1981). «Comet showers and the steady-state infall of comets from the Oort cloud». Astronomical Journal. 86 (Nov. 1981). p. 1730-1740 
  7. Fernández, Julio A. (2002). «The Formation of the Oort Cloud and the Primitive Galactic Environment». Icarus. 129 (1). p. 106-119 

Ligações externas editar

 
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