Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Paraná/Maringá

 Nota: Para outras cidades com este nome, veja Maringá (desambiguação).
Maringá
  Município do Brasil  
Fotografia aérea de Maringá com destaque para a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
Fotografia aérea de Maringá com destaque para a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
Fotografia aérea de Maringá com destaque para a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
Símbolos
Bandeira de Maringá
Bandeira
Brasão de armas de Maringá
Brasão de armas
Hino
Gentílico maringaense
Localização
Localização de Maringá no Paraná
Localização de Maringá no Paraná
Localização de Maringá no Paraná
Maringá está localizado em: Brasil
Maringá
Localização de Maringá no Brasil
Mapa
Mapa de Maringá
Coordenadas 23° 25' 30" S 51° 56' 20" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Região metropolitana Maringá
Municípios limítrofes Norte: Ângulo, Astorga, Iguaraçu; Sul: Floresta, Leste: Marialva, Sarandi; Oeste: Paiçandu e Mandaguaçu
Distância até a capital 436 km
História
Fundação 10 de maio de 1947 (76 anos)
Emancipação 14 de novembro de 1951 (72 anos)
Administração
Prefeito(a) Ulisses Maia (PDT, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total [1] 487,930 km²
População total (estimativa IBGE/2018[2]) 417 010 hab.
 • Posição PR: 3º
Densidade 854,7 hab./km²
Clima Tropical com estação seca (Aw)
Altitude 515 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,808 muito alto
 • Posição PR: 2º
PIB (IBGE/2010[4]) R$ 8 263 628,0 mil Aumento
 • Posição BR: 68º
PIB per capita (IBGE/2010[4]) R$ 23 139,83 mil
Sítio Sítio oficial (Prefeitura)

Maringá é um município brasileiro do estado do Paraná, sendo uma cidade média-grande planejada e de urbanização recente e a terceira maior do estado e a sétima mais populosa da região sul do Brasil. Destaca-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser um importante entroncamento rodoviário regional. É considerada uma das cidades mais arborizadas e limpas do país.[5][6]

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maringá possui em 2017, uma população de 406 693 habitantes. Sua Região Metropolitana conta com 754 570 habitantes (IBGE/2015).

Projetada pela empresa Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná,[7] em 10 de maio de 1947, Maringá era uma vila e mais tarde, distrito de Mandaguari, se elevando à condição de município através da Lei Estadual do Paraná nº 790, do dia 14 de fevereiro de 1951,[8] sendo desmembrando daquela municipalidade.

Com traçado urbanístico primeiramente projetado e modernista, pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, acompanhando a teoria de Ebenezer Howard de cidade-jardim,[7] cresceu aceleradamente décadas depois. Mesmo assim, o município continua mantendo altos índices de qualidade de vida,[9] conservando no perímetro urbano enormes áreas de mata original como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (bosque II) e o Parque do Ingá, sendo que este último se abre ao público. Abrange ainda fragmentos pequenos como o Parque do Cinquentenário, ou áreas privadas e uma imensa rede de áreas de preservação de fundos de vale.

Etimologia editar

O nome foi baseado na música “Maringá” de autoria do compositor Joubert de Carvalho, criada em 1931. Foi Elizabeth Thomaz quem deu a proposta. Ela era mulher do Senhor Arthur Hugh Miller Thomaz, que incentivou os primeiros trabalhos da Companhia de Terras Norte do Paraná, entidade comercial que criou a cidade de Maringá. Em um encontro da Companhia de Terras Norte do Paraná, em que se escolheria o nome da cidade nova (Maringá), a Sr.ª Elizabeth recordou: “Por que não damos à cidade o nome da mais bela canção brasileira, Maringá?” A proposta foi aprovada de imediato. É por esta razão que Maringá é igualmente denominada de “Cidade Canção”.[10][11]

História editar

Origens, povoamento, expansão econômica e desbravadores editar

Um grupo de bilionários e profissionais ingleses, liderados por Lord Lovat, teve uma perspectiva incrível. Como consequência, foi criada em 24 de setembro de 1925, a Companhia de Terras Norte do Paraná, com a compra de grande gleba de terras. Eles encontraram na região norte do Paraná um Eldorado de verdade, principalmente favorável à produção rural e ao crescimento fabril.[12][13]

Em escassas regiões do Brasil poderá se deparar um fenômeno similar ao ocorrido na colonização e povoamento do norte do Paraná. Isso se refere à distribuição e venda das propriedades, construção e criação de cidades. Tudo isso tem ênfase na política de monocultura — o café. Municipalidades de mais longa história, abrangiam áreas muito vastas de terra roxa. Estas estão localizadas no cinturão do Trópico de Capricórnio. Sofreram a mais perfeita estratificação, passando por emancipações repetitivas e se tornando uma provável enorme quantidade de outros centros urbanos, entre eles, Maringá.[12][13]

 
Vista da Capela Santa Cruz em Maringá, construída em 1945.

A planta da Cidade de Maringá foi projetada respeitando as mais modernas leis de planejamento da época. Foi feita por Gastão de Mesquita Filho e Cássio Vidigal. Esse trabalho possui ênfase no esboço do urbanista Jorge Macedo Vieira. Um dos pedidos feitos pela Companhia de Terras Norte do Paraná aos clientes de lotes urbanos foi a construção obrigatória da casa em prazo pré-determinado. Isto fez com que o perímetro urbano maringaense, se tornasse uma enorme quantidade inacabável de chaminés. No começo do povoamento, a região da atual cidade de Maringá era uma verdadeira clareira na floresta.[12][13]

O comércio de Maringá nasceu fortalecido com homens determinados a encarar as dificuldades da época, o mais antigo hotel foi de José Inácio da Silva e a mais antiga serraria de Vitório Balani. Fixaram-se José Jorge Abrão, o qual inaugurou a mais antiga casa comercial, e Hilário Alves no comércio de têxtil. Durval Francisco dos Santos foi proprietário da primitiva máquina de arroz. Aniceto Gomes da Silva era chefe da mais antiga padaria. A mais antiga farmácia foi de Mário Siqueira Jardim. Excluindo-se a área comercial, foram desbravadoras de Maringá as famílias de Antonio Carniel, João Tenório Cavalcanti, José Sampaio Cadidé, Severino Gomes da Silva, José Limeira, Cecílio Lima, José Pedro Antunes, Pedro Righeto, Sila Soares.[12][13]

Mais tarde foram incorporadas à saga dos desbravadores, as dezoito famílias, a saber. São elas: Angelo e Arlindo Planas, Ernesto Paiva, José Dionízio, Francisco Gonçalves, Rodolfo Bernardi, Otávio Periotto, Napoleão Moreira da Silva, Alcides de Souza, Boanerges de Oliveira Fernandes Moragno, Valdir da Silveira Dias, Mário Reis Meira, Irmãos Alberti, Domingos Salgueiro, Davi Rabelo de Oliveira, Fiori Buzolin, Nassib Haddad, David Rodrigues Ferreira. Essas famílias se concentravam no denominado “Maringá Velho”, na porção elevada do centro urbano.[12][13]

Na porção baixa, perto da estação ferroviária e em que atualmente está situado o centro nervoso da cidade, além de Alfredo Werner, Nyffeler (que dirigiu a CMNP) e sua mulher Sylvia Cecília Nyfeller, os quais eram os primeiros que se fixaram, chegaram dez homens e um grupo de irmãos. São eles: Arlindo Marquesini, Basílio Saltchuk, irmãos Ribeiro, Francisco Gonçalves, Inocente Villanova Júnior, José Peralta, José Leopoldo Soares, Alfredo Maluf, Flávio Ceravolo, Joaquim Pereira Rosa e Tirso Rodrigues Alves.[12][13]

Desbravamento, urbanização, formação administrativa e história recente editar

O mais bem-sucedido significado dos primeiros tempos da Cidade Canção chegou de Alfredo Nyfeller, em testemunho na obra Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná, o qual fala dos cinquenta anos da CMNP, páginas 140, 141, 142:[12][13]

…iniciamos a derrubada da mata no local onde hoje se ergue a estação rodoviária, ao mesmo tempo que um outro grupo preparava o lugar onde construiríamos o hotel Maringá... Nos primeiros anos a cidade não diferia das demais que abrimos no norte do Paraná. Ruas sem terra, mal definidas e com terrenos de um lado e do outro onde se viam raízes e troncos semi-carbonizados. Muita poeira em dia de sol e lama até os tornozelos em dia de chuva. Era uma beleza ver a mata de pertinho: altas perobas, figueiras, paus d'alho, tudo ao alcance dos olhos, bastando chegar à janela… Era mesmo o sertão, que abríamos a machado para oferecer novas oportunidades ao agricultor brasileiro.
 
Alfredo Nyfeller, Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná, pp. 140, 141, 142.

Falando a respeito das possibilidades oferecidas pela CTNP para os desbravadores, Nyfeller se refere aos poucos recursos das oportunidades que se sucederam, entre as quais a de Celso Garcia Cid, Raimundo Durães e faz uma citação a Joaquim Caetano e Joaquim Moleirinho, por terem dedicado ao serviço, o que resultou em êxito corporativo.[12][13]

 
Maringá ao entardecer.

Maringá, no começo pequeno patrimônio, situado no meio do município de Mandaguari, criado pela Companhia de Terras, não demorou em concretizar sua previsão, transformando-se numa das principais cidades paranaenses, caracterizada pelo metro quadrado de área verde para cada morador. Também se caracteriza por seu índice de desenvolvimento humano de 0,808 em comparação ao dos maiores do planeta.[12][13]

Em 10 de maio de 1947, o Patrimônio de Maringá foi promovido à condição de Distrito Administrativo, com território subordinado a Mandaguari. Por intermédio da Lei Estadual do Paraná n.º 790, de 14 de novembro de 1951, aprovada pelo governador Bento Munhoz da Rocha, foi fundado o município de Maringá, com território emancipado de Mandaguari.[12][11]

O município foi oficialmente instalado no dia 14 de dezembro de 1952, sendo primeiro prefeito o senhor Inocente Villanova Júnior, governante anterior a 1956.[13][12][14] Tirando Villanova Júnior, foram governantes de Maringá os políticos, a saber: Américo Dias Ferraz (1956–1960), João Paulino Vieira Filho (1960–1964 e 1977–1983), Luiz Moreira de Carvalho (1964–1968), Adriano José Valente (1969–1973), Sílvio Magalhães Barros (1973–1977), Said Felício Ferreira (1983–1988 e 1993–1996), Ricardo José Magalhães Barros (1989–1992), Jairo Morais Gianoto (1997–2000), José Cláudio Pereira Neto (2001–2002), João Ivo Caleffi (2002–2004), Silvio Barros II (2005–2008 e 2009–2012) e Carlos Alberto Pupin (2013–2016).[14]

Geografia editar

Geomorfologia e hidrografia editar

Clima editar

Ecologia e meio ambiente editar

Demografia editar

Pobreza e desigualdade editar

Religião editar

Composição étnica editar

Governo e política editar

Subdivisões editar

Economia editar

Setor primário editar

Setor secundário editar

Setor terciário editar

Infraestrutura editar

Saúde editar

Educação editar

Ciência e tecnologia editar

Segurança pública e criminalidade editar

Habitação, serviços e comunicação editar

Transportes editar

Cultura editar

Artes cênicas editar

Atrativos naturais e arquitetônicos editar

Esporte editar

Imprensa editar

Feriados editar

Cemitérios editar

Ver também editar

Notas

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2018 
  3. «Ranking do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 12 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2006-2010» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 dez. 2012 
  5. «Último Segundo». ig.com.br 
  6. «Revista VEJA». 23 de julho de 2008. Consultado em 9 de Novembro de 2009 
  7. a b [1]
  8. [2]
  9. [3]
  10. Prefeitura (2018). «Maringá - Cidade Canção». Consultado em 6 de junho de 2018 
  11. a b Ferreira 1996, p. 432.
  12. a b c d e f g h i j k Prefeitura (2018). «Histórico do Município». Consultado em 6 de junho de 2018 
  13. a b c d e f g h i j Ferreira 1996, pp. 430-431.
  14. a b Prefeitura (2018). «Galeria de Prefeitos». Consultado em 6 de junho de 2018 

Bibliografia editar

Ligações externas editar