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Babel editar
1 Ora toda a terra tinha uma só linguagem e um só modo de falar.
2 Viajando os homens para o Oriente, acharam uma planície na terra de Sinear; e ali habitaram.
3 Disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras, e o betume de cal.
4 E disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre, cujo cume chegue até o céu, e façamo-nos um nome; para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Porém desceu Jeová para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam.
6 Disse Jeová:Eis que o povo é um só, e todos eles têm uma só linguagem. Isto é o que começam a fazer: agora nada lhes será vedado de quanto intentam fazer.
7 Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro.
8 Assim Jeová os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu Jeová a linguagem de toda a terra; e dali os espalhou sobre a face de toda a terra.
Dilúvio editar
Os capítulos de 6 a 9 descrevem a história de Noé, um herói que constrói uma arca e sobrevive a um dilúvio universal junto com sua família e animais de todas as espécies.
A crítica literária moderna identifica dois relatos entrelaçados no texto, um de origem na fonte Javista e outro de oriundo da fonte sacertodal. O relato Javista descreve Noé como um camponês que plantou uma vinha, já o relato sacertodal o coloca como um segundo pai da humanidade, com quem Deus fez uma aliança. As incongruências entre as duas narrativas levou alguns críticos a insistir que os relatos não possuiam o mesmo tema. [1] A combinação das duas histórias produziu duplicações (como 6:13-22 e 7:1-5) e contradições como a cronologia do dilúvio( 8:3-5, 13-14 contra 7:4, 10, 12, 17b; 8:6, 10, 12) e o número de animais na arca (6:19-20; 7:14-15 contra 7:2-3). Ambos os relatos remetem à antiga história de Dilúvio registrada na Epopéia de Gilgamesh. [2][3]
Deve ser notado também que alguns erruditos, mesmo reconhecendo duas narrativas do dilúvios, acreditam que a redação final deva ser compreendida como um todo, isto é, o trabalho do redator foi o de compor duas narrativas em um trabalho composto final. [3]
Prólogo editar
Os primeiros versos do capítulo 6 introduzem os Nefilins, gigantes da mitologia judaica, como o resultado do cruzamento entre os filhos de Deus e as filhas do homem. [2] Este trecho, de origem javista, é considerado um dos mais estranhos de toda a Bíblia Hebraica.[4]
1 Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra e lhes nasceram filhas, 2 viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 Então disse Jeová: O meu espírito não permanecerá para sempre no homem; por causa do seu errar é ele carne; portanto os seus dias serão cento e vinte anos. 4 Ora naqueles dias estavam os Nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Os Nefilins eram os valentes que houve na antiguidade, varões de renome.
De acordo com a New American Bible, da Conferência Americana de Bispos Católicos, esta passagem é aparentemente um empréstimos de lendas da antiga mitologia. [2] Os filhos de Deus, literalmente seres celestiais foram tradicionalmente entendidos como anjos, uma espécie de mensageiros ou ajudantes do deus Yahveh. A crítica moderna, no entanto, prefere associá-los ao conselho divino formado pelo deus El e sua corte. [4] O objetivo deste versos é normalmente visto como o de introduzir a história do dilúvio explicando que o homem vinha se corrompendo e que a corrupção atingira níveis celestiais. [4] [2] [5]
Narrativa editar
No relato javista, a erosão moral da humanidade fez Yahveh "arrepender-se" da criação do homem e recomeçar a criação com Noé. Yahveh é retrato em termos humanos, o mal comportamento do homem lhe "pesou no coração". [3] Noé "acha graça aos (seus) olhos". Em contraste, no relato sacertodal, Elohim se mantém distante e emite decretos sobre a terra. A destruição é motivada pela corrupção do homem.[3]
Um dilúvio é escolhido como ferramenta de limpeza e e destruição. [5] O dilúvio vem como uma espécie de reversão da criação, remetendo o mundo às águas e para reconstruí-lo a partir da arca de Noé. [5] No relato javista, Noé é instruído a coletar sete casais dos "animais limpos" apenas um casal de cada animal limpo. Enquanto, no relato sacerdotal, a instrução é de coletar um casal de cada animal. [3][4] A distinção entre animais limpos e não limpos só seria revelada, segundo o relato bíblico, pela introdução das leis rituais por Moisés no episódio do Monte Sinai. [4] A terra é então coberta de água, seja por chuvas no relato javista seja porque romperam-se as fontes do grande abismo (porção de água que se acreditava haver sob a terra) e abriram-se as janelas do céu. [3] A natureza antropomórfica do retrato de Yahweh está presente quando ele fecha a porta da arca. [4]
Fonte javista | Fonte sacerdotal |
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Introdução | |
6:5 Viu Jeová que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos do seu coração era má continuamente. |
6:9 Estas são as gerações de Noé. Noé foi um homem justo e perfeito nas suas gerações: Noé andou com Deus. |
Instruções divinas | |
7:1 Disse Jeová a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque vi que eras justo diante de mim nesta geração. |
6:13 Disse Deus a Noé: Hei resolvido dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia da violência dos homens: eis que eu os farei perecer juntamente com a terra. |
Advento do dilúvio | |
7:7 Entrou na arca Noé com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio. |
7:5 Noé tinha seiscentos anos de idade, quando o dilúvio de águas veio sobre a terra. |
O dilúvio | |
7:17 Durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra; as águas cresceram e levantaram a arca, que se elevou por cima da terra. |
7:21 Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto aves, como gado, animais, todo o réptil que se arrasta sobre a terra e todo o homem: |
Fim do dilúvio | |
8:2b e foram retidas do céu as copiosas chuvas. |
8:1 Deus lembrou-se de Noé, de todos os animais e de todo o gado, que estavam com ele na arca; Deus fez passar um vento sobre a terra, e as águas se diminuíram. |
Conclusão | |
8:20 Edificou Noé um altar a Jeová; tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar. |
9:1 Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra.
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Referências
- ↑ «NOAH». JewishEncyclopedia.com. Consultado em 15 de março de 2010
- ↑ a b c d «USCCB - NAB - Genesis 6». usccb.org. Consultado em 27 de novembro de 2010
- ↑ a b c d e f Alan Dundes; et al. The Flood Myth. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c d e f Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ a b c Predefinição:Citar livro=Reading the Old Testament