Ácido gama-aminobutírico

composto químico
Ácido gama-aminobutírico
Alerta sobre risco à saúde
230
Nome IUPAC 4-aminobutanoic acid
Identificadores
Número CAS 56-12-2
PubChem 119
MeSH gamma-Aminobutyric+Acid
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular C4H9NO2
Massa molar 103.12 g/mol
Ponto de fusão

203 °C

Compostos relacionados
aminoácidos relacionados Ácido alfa-aminobutírico, Ácido beta-aminobutírico
Compostos relacionados Ácido gama-hidroxibutírico, Ácido butanóico, Butilamina
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Ácido gama-aminobutírico (IUPAC: 4-aminobutanóico [ácido]), também conhecido pela sigla inglesa GABA (Gamma-AminoButyric Acid), é um ácido aminobutírico em que o grupo amina está na extremidade da cadeia carbônica. É o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos. Ele desempenha um papel importante na regulação da excitabilidade neuronal ao longo de todo o sistema nervoso. Nos seres humanos, o GABA também é diretamente responsável pela regulação do tônus muscular.[1] A ação inibitória do neurotransmissor GABA, através da ativação do receptor GABA-A, está relacionada com o comportamento agressivo e impulsividade em humanos.[2] Em espécies de insetos, o GABA atua apenas em receptores excitatórios nos nervos.

Na diplegia espástica em seres humanos, a absorção de GABA por parte de alguns nervos fica danificada, o que leva a hipertonia dos músculos sinalizada por esses nervos.

Função editar

Neurotransmissor editar

Nos vertebrados, o GABA atua em sinapses inibitórias no cérebro através da ligação aos receptores específicos transmembranares na membrana plasmática de ambos os neurônios, pré e pós-sináptico, em processos neuronais. Essa ligação provoca a abertura de canais iônicos para permitir o influxo de íons de carga negativa, como íons cloreto, na célula ou íons potássio, carregados positivamente, para fora da célula. Esta ação resulta numa mudança negativa no potencial transmembranar, normalmente causando hiperpolarização. Atualmente, são conhecidas três classes de receptores GABA: GABAA e GABAC, que são receptores ionotrópicos, e GABAB, receptor metabotrópico, um receptor ligado a uma proteína G, que abre canais iônicos através de intermediários.

É um neurotransmissor importante, atuando como inibidor neurossináptico, por ligar-se a receptores específicos. Como neurotransmissor peculiar, o ácido gama aminobutírico induz a inibição do sistema nervoso central (SNC), causando a sedação. Isso porque as células neuronais possuem receptores específicos para o GABA. Quando este se liga aos receptores, abre-se um canal por onde entra íon cloreto na célula neuronal, fazendo com que a célula fique hiperpolarizada, dificultando a despolarização e, como consequência, dá-se a diminuição da condução neuronal, provocando a inibição do SNC.

Os neurônios que secretam GABA são chamados de GABAérgicos e têm ação inibitória principalmente em receptores nos vertebrados adultos. Em contrapartida, o GABA exibe ações excitatórias em insetos, mediando ativação muscular em sinapses entre os nervos e as células musculares e também o estímulo de certas glândulas.

A atividade do GABA vai ser excitatória ou inibitória dependendo da direção (para dentro ou para fora da célula) e da magnitude das correntes iônicas controladas pelo receptor GABAA. Quando o fluxo de íons positivos estiver direcionado para dentro das células, a ação é excitatória; quando direcionado para fora, a ação é inibitória. A troca da maquinaria molecular que controla a polaridade deste curso, durante o desenvolvimento, é responsável pelas alterações no papel funcional do GABA entre os estágios neonatal e adulto. Ou seja, o papel do GABA muda de excitatório para inibitório a partir do desenvolvimento do cérebro na idade adulta.[3]

Desenvolvimento editar

No hipocampo e no neocórtex dos cérebros dos mamíferos, o GABA tem inicialmente efeitos excitatórios no início do desenvolvimento, e é de fato o maior neurotransmissor excitatório em muitas regiões do cérebro antes da maturação das sinapses com glutamato.

Nas fases anteriores de desenvolvimento da formação de contatos sinápticos, o GABA é sintetizado por neurônios e atua tanto como um mediador de sinalização autócrina (agindo sobre a mesma célula) ou parácrina (agem em células vizinhas).[4][5]

O GABA regula a proliferação de células progenitoras neurais,[6][7] a migração[8] e diferenciação,[9][10] o alongamento de neuritos[11] e a formação de sinapses.[12]

O GABA também regula o crescimento das células estaminais embrionárias e neurais. O GABA pode influenciar o desenvolvimento do cérebro através da expressão de células progenitoras neurais derivadas de fatores neurotróficos (BDNF).[13] O GABA ativa o receptor GABAA, causando a interrupção do ciclo celular na fase S, limitando o crescimento.[14]

Além do sistema nervoso editar

Além do sistema nervoso, o GABA também é produzido em níveis relativamente altos nas células β produtoras de insulina do pâncreas. As células β secretam GABA juntamente com a insulina e o GABA se liga aos receptores GABA nas células α das ilhotas vizinhas e os inibe de secretarem glucagon (o que contraria os efeitos da insulina).[15]

O GABA pode promover a replicação e sobrevivência de células β [16] e também promover a conversão de células α em células β, o que pode levar a novos tratamentos para o diabetes.[17][18]

O GABA também foi detectado em outros tecidos periféricos, incluindo intestinos, estômago, trompas de Falópio, útero, ovários, testículos, rins, bexiga urinária, pulmões e fígado, embora em níveis muito mais baixos do que em neurônios ou células β. Mecanismos GABAérgicos foram demonstrados em vários tecidos e órgãos periféricos, incluindo intestinos, estômago, pâncreas, trompas de Falópio, útero, ovários, testículos, rins, bexiga, pulmões e fígado.[19]

Experimentos em ratos mostraram que o hipotireoidismo induzido por envenenamento por flúor pode ser interrompido pela administração de GABA. O teste também descobriu que a tireóide se recuperou naturalmente sem mais assistência após o flúor ter sido expulso pelo GABA.[20]

As células imunes expressam receptores para GABA[21][22] e a administração de GABA pode suprimir respostas imunes inflamatórias e promover respostas imunes "regulatórias", tal que a administração de GABA demonstrou inibir doenças auto-imunes em vários modelos animais.[17][21][23][24]

Em 2018, o GABA demonstrou regular a secreção de um número maior de citocinas. No plasma de pacientes com DM1, os níveis de 26 citocinas são aumentados e, desses, 16 são inibidos pelo GABA nos ensaios celulares.[25]

Em 2007, um sistema GABAérgico excitatório foi descrito no epitélio das vias aéreas. O sistema é ativado pela exposição a alérgenos e pode participar dos mecanismos da asma[26] Sistemas GABAérgicos também foram encontrados nos testículos[27] e na lente ocular.[28]

GABA também é encontrado em plantas.[29][30]

Estrutura e conformação editar

O GABA é encontrado principalmente como um zwitterion (isto é, com o grupo carboxila desprotonado e o grupo amino protonado). Sua conformação depende do seu ambiente. Na fase gasosa, uma conformação altamente dobrada é fortemente favorecida devido à atração eletrostática entre os dois grupos funcionais. A estabilização é de cerca de 50 kcal/mol, de acordo com os cálculos da química quântica. No estado sólido, é encontrada uma conformação estendida, com uma conformação trans na extremidade amino e uma conformação gauche na extremidade carboxila. Isto é devido às interações de empacotamento com as moléculas vizinhas. Em solução, cinco conformações diferentes, algumas dobradas e outras estendidas, são encontradas como resultado dos efeitos da solvatação. A flexibilidade conformacional do GABA é importante para sua função biológica, pois foi encontrado que se liga a diferentes receptores com diferentes conformações. Muitos análogos de GABA com aplicações farmacêuticas têm estruturas mais rígidas para controlar melhor a ligação.[31][32]

História editar

O ácido gama-aminobutírico foi primeiramente sintetizado em 1883, e foi inicialmente conhecido apenas como um produto metabólico de plantas e micróbios. Em 1950, porém, o GABA foi descoberto como uma parte integrante do sistema nervoso central dos mamíferos.[33]

Síntese editar

O organismo sintetiza o GABA a partir do glutamato, utilizando a enzima L-ácido glutâmico descarboxilase e piridoxal fosfato (que é a forma ativa de B6) como cofator. Este processo converte o principal neurotransmissor excitatório (glutamato) em um dos principais inibitório (GABA).[34][35]

GABA também pode ser sintetizado da putrescina[36][37] pela ação das enzimas diamina oxidase e aldeído desidrogenase.[36]

Tradicionalmente, pensava-se que o GABA exógeno não penetrava a barreira hematoencefálica,[38] porém pesquisas recentes[39] indicam que pode ser possível, ou que o GABA exógeno (isto é, na forma de suplementos nutricionais) pode exercer efeitos GABAérgicos no sistema nervoso entérico que, por sua vez, estimulam a produção endógena de GABA. O envolvimento direto do GABA no ciclo glutamato-glutamina torna a questão de saber se o GABA pode penetrar na barreira hematoencefálica um tanto enganosa, porque tanto o glutamato quanto a glutamina podem atravessar livremente a barreira e se converter em GABA no cérebro.

Metabolismo editar

As enzimas GABA transaminase catalisam a conversão do ácido 4-aminobutanóico (GABA) e 2-oxoglutarato (α-cetoglutarato) em semialdeído succínico e glutamato. O semialdeído succínico é então oxidado em ácido succínico e, como tal, entra no ciclo do ácido cítrico como fonte utilizável de energia.[40]

Farmacologia editar

Drogas que atuam como agonistas dos receptores GABA (conhecido como drogas gabaérgica ou análogos do GABA) ou aumentar o montante disponível do GABA normalmente têm efeitos relaxante, antiansiedade e anticonvulsivos.[41][42] Muitas das substâncias abaixo são conhecidos por causar amnésia anterógrada e amnésia retrógrada.[43]

Em geral, o GABA não atravessa a barreira hematoencefálica,[44] embora certas áreas do cérebro que não possuem uma barreira hematoencefálica eficaz, como o núcleo periventricular, possam ser alcançadas por medicamentos como o GABA injetado sistemicamente.[45] Pelo menos um estudo sugere que o GABA administrado por via oral aumenta a quantidade de hormônio do crescimento humano.[46] Foi relatado que o GABA injetado diretamente no cérebro tem efeitos estimuladores e inibitórios na produção do hormônio do crescimento, dependendo da fisiologia do indivíduo.[45]

O GABA aumentou o catabolismo da serotonina em N-acetilserotonina (o precursor da melatonina) em ratos.[47] Portanto, suspeita-se que o GABA esteja envolvido na síntese da melatonina e, portanto, possa exercer efeitos reguladores sobre o sono e as funções reprodutivas.[48]

Exemplos de drogas GABAérgicas editar

  • Ligantes do Receptor GABAA
  • Ligantes do receptor GABAB
    • Agonistas
    • Antagonistas
      • Faclofeno
      • Saclofeno
  • Ligantes do receptor GABAC
  • Inibidores da recaptação de GABA
  • Inibidores da GABA Transaminase
    • Gabaculina
    • Fenelzina
    • Valproato (Depakote)
    • Vigabatrina (Vigabatrine, Sabril)
  • Outros

Ver também editar

Referências

  1. Watanabe M, Maemura K, Kanbara K, Tamayama T, Hayasaki H (2002). «GABA and GABA receptors in the central nervous system and other organs». Int. Rev. Cytol. 213: 1–47. PMID 11837891 
  2. Scheidt, Letícia; Fries, Gabriel Rodrigo; Stertz, Laura; Cabral, João; Kapczinski, Flávio; Almeida, Rosa; Scheidt, Letícia; Fries, Gabriel; Stertz, Laura (2015). «Ethanol during adolescence decreased the BDNF levels in the hippocampus in adult male Wistar rats, but did not alter aggressive and anxiety-like behaviors». Trends in Psychiatry and Psychotherapy (em inglês). 37 (3): 143–151. ISSN 2237-6089. doi:10.1590/2237-6089-2015-0017 
  3. Li K, Xu E (junho de 2008). «The role and the mechanism of gamma-aminobutyric acid during central nervous system development». Neurosci Bull. 24 (3): 195–200. PMID 18500393 
  4. Purves D, Fitzpatrick D, Hall WC, Augustine GJ, Lamantia A-S (2007). Neuroscience 4th ed. Sunderland, Mass: Sinauer. pp. 135, box 6D. ISBN 0-87893-697-1 
  5. Jelitai M, Madarasz E (2005). «The role of GABA in the early neuronal development» (PDF). Int. Rev. Neurobiol. 71: 27–62. PMID 16512345. doi:10.1016/S0074-7742(05)71002-3 [ligação inativa] 
  6. LoTurco JJ, Owens DF, Heath MJ, Davis MB, Kriegstein AR (dezembro de 1995). «GABA and glutamate depolarize cortical progenitor cells and inhibit DNA synthesis». Neuron. 15 (6): 1287–98. PMID 8845153. doi:10.1016/0896-6273(95)90008-X 
  7. Haydar TF, Wang F; Schwartz ML, Rakic P (agosto de 2000). «Differential modulation of proliferation in the neocortical ventricular and subventricular zones». J. Neurosci. 20 (15): 5764–74. PMID 10908617 
  8. Behar TN, Schaffner AE, Scott CA, O'Connell C, Barker JL (agosto de 1998). «Differential response of cortical plate and ventricular zone cells to GABA as a migration stimulus». J. Neurosci. 18 (16): 6378–87. PMID 9698329 
  9. Barbin G, Pollard H, Gaïarsa JL, Ben-Ari Y (abril de 1993). «Involvement of GABAA receptors in the outgrowth of cultured hippocampal neurons». Neurosci. Lett. 152 (1-2): 150–4. PMID 8390627. doi:10.1016/0304-3940(93)90505-F 
  10. Ganguly K, Schinder AF; Wong ST, Poo M (maio de 2001). «GABA itself promotes the developmental switch of neuronal GABAergic responses from excitation to inhibition». Cell. 105 (4): 521–32. PMID 11371348. doi:10.1016/S0092-8674(01)00341-5 
  11. Maric D; Liu QY; Liu QY; Maric I; Chaudry S; Chang YH; Smith SV; Sieghart W; Fritschy JMBarker JL título= GABA expression dominates neuronal lineage progression in the embryonic rat neocortex and facilitates neurite outgrowth via GABA(A) autoreceptor/Cl- channels (abril de 2001). J. Neurosci. 21 (7): 2343–60. PMID 11264309 
  12. Ben-Ari Y (setembro de 2002). «Excitatory actions of gaba during development: the nature of the nurture». Nat. Rev. Neurosci. 3 (9): 728–39. PMID 12209121. doi:10.1038/nrn920 
  13. Obrietan K, Gao XB, Van Den Pol AN (agosto de 2002). «Excitatory actions of GABA increase BDNF expression via a MAPK-CREB-dependent mechanism--a positive feedback circuit in developing neurons». J. Neurophysiol. 88 (2): 1005–15. PMID 12163549 
  14. Wang DD, Kriegst; in AR, Ben-Ari Y (2008). «GABA Regulates Stem Cell Proliferation before Nervous System Formation». Epilepsy currents / American Epilepsy Society. 8 (5): 137–9. PMC 2566617 . PMID 18852839. doi:10.1111/j.1535-7511.2008.00270.x 
  15. Rorsman, Patrik; Berggren, Per-Olof; Bokvist, Krister; Ericson, Hans; Möhler, Hanns; Östenson, Claes-Göran; Smith, Paul A. (setembro de 1989). «Glucose-inhibition of glucagon secretion involves activation of GABA A -receptor chloride channels». Nature (em inglês). 341 (6239): 233–236. ISSN 1476-4687. doi:10.1038/341233a0 
  16. Soltani, Nepton; Qiu, Hongmin; Aleksic, Mila; Glinka, Yelena; Zhao, Fang; Liu, Rui; Li, Yiming; Zhang, Nina; Chakrabarti, Rabindranath (12 de julho de 2011). «GABA exerts protective and regenerative effects on islet beta cells and reverses diabetes». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 108 (28): 11692–11697. ISSN 0027-8424. PMC 3136292 . PMID 21709230. doi:10.1073/pnas.1102715108 
  17. a b Tian, Jide; Dang, Hoa; Chen, Zheying; Guan, Alice; Jin, Yingli; Atkinson, Mark A.; Kaufman, Daniel L. (novembro de 2013). «γ-Aminobutyric Acid Regulates Both the Survival and Replication of Human β-Cells». Diabetes. 62 (11): 3760–3765. ISSN 0012-1797. PMC 3806626 . PMID 23995958. doi:10.2337/db13-0931 
  18. Napolitano, Tiziana; Avolio, Fabio; Vieira, Andhira; Ben-Othman, Nouha; Courtney, Monica; Gjernes, Elisabet; Hadzic, Biljana; Druelle, Noémie; Navarro Sanz, Sergi (2 de março de 2017). «GABA signaling stimulates α-cell-mediated β-like cell neogenesis». Communicative & Integrative Biology. 10 (3): e1300215. ISSN 1942-0889. doi:10.1080/19420889.2017.1300215 
  19. Erdö, Sándor L.; Wolff, Joachim R. (fevereiro de 1990). «?-Aminobutyric Acid Outside the Mammalian Brain». Journal of Neurochemistry. 54 (2): 363–372. ISSN 0022-3042. doi:10.1111/j.1471-4159.1990.tb01882.x 
  20. Yang, Haoyue; Xing, Ronge; Liu, Song; Yu, Huahua; Li, Pengcheng (1 de fevereiro de 2016). «γ-Aminobutyric acid ameliorates fluoride-induced hypothyroidism in male Kunming mice». Life Sciences. 146: 1–7. ISSN 1879-0631. PMID 26724496. doi:10.1016/j.lfs.2015.12.041 
  21. a b Tian J, Chau C, Hales TG, Kaufman DL (1999). «GABAA receptors mediate inhibition of T cell responses». J. Neuroimmunol. 96 (1): 21–8. PMID 10227421. doi:10.1016/s0165-5728(98)00264-1 
  22. Mendu SK, Bhandage A, Jin Z, Birnir B (2012). «Different subtypes of GABA-A receptors are expressed in human, mouse and rat T lymphocytes». PLOS ONE. 7 (8): e42959. Bibcode:2012PLoSO...742959M. PMC 3424250 . PMID 22927941. doi:10.1371/journal.pone.0042959 
  23. Tian J, Lu Y, Zhang H, Chau CH, Dang HN, Kaufman DL (2004). «Gamma-aminobutyric acid inhibits T cell autoimmunity and the development of inflammatory responses in a mouse type 1 diabetes model». J. Immunol. 173 (8): 5298–304. PMID 15470076. doi:10.4049/jimmunol.173.8.5298 
  24. Tian J, Yong J, Dang H, Kaufman DL (2011). «Oral GABA treatment downregulates inflammatory responses in a mouse model of rheumatoid arthritis». Autoimmunity. 44 (6): 465–70. PMC 5787624 . PMID 21604972. doi:10.3109/08916934.2011.571223 
  25. Bhandage AK, Jin Z, Korol SV, Shen Q, Pei Y, Deng Q, Espes D, Carlsson PO, Kamali-Moghaddam M, Birnir B (abril de 2018). «+ T Cells and Is Immunosuppressive in Type 1 Diabetes». EBioMedicine. 30: 283–294. PMC 5952354 . PMID 29627388. doi:10.1016/j.ebiom.2018.03.019 
  26. Xiang YY, Wang S, Liu M, Hirota JA, Li J, Ju W, Fan Y, Kelly MM, Ye B, Orser B, O'Byrne PM, Inman MD, Yang X, Lu WY (julho de 2007). «A GABAergic system in airway epithelium is essential for mucus overproduction in asthma». Nat. Med. 13 (7): 862–7. PMID 17589520. doi:10.1038/nm1604 
  27. Payne AH, Hardy MH (2007). The Leydig cell in health and disease. [S.l.]: Humana Press. ISBN 978-1-58829-754-9 
  28. Kwakowsky A, Schwirtlich M, Zhang Q, Eisenstat DD, Erdélyi F, Baranyi M, Katarova ZD, Szabó G (dezembro de 2007). «GAD isoforms exhibit distinct spatiotemporal expression patterns in the developing mouse lens: correlation with Dlx2 and Dlx5». Dev. Dyn. 236 (12): 3532–44. PMID 17969168. doi:10.1002/dvdy.21361 
  29. Ramesh SA, Tyerman SD, Xu B, Bose J, Kaur S, Conn V, Domingos P, Ullah S, Wege S, Shabala S, Feijó JA, Ryan PR, Gilliham M, Gillham M (2015). «GABA signalling modulates plant growth by directly regulating the activity of plant-specific anion transporters». Nat Commun. 6. 7879 páginas. Bibcode:2015NatCo...6.7879R. PMC 4532832 . PMID 26219411. doi:10.1038/ncomms8879 
  30. Ramesh SA, Tyerman SD, Gilliham M, Xu B (2016). «γ-Aminobutyric acid (GABA) signalling in plants». Cell. Mol. Life Sci. 74 (9): 1577–1603. PMID 27838745. doi:10.1007/s00018-016-2415-7. hdl:2440/124330  
  31. Majumdar D, Guha S (1988). «Conformation, electrostatic potential and pharmacophoric pattern of GABA (γ-aminobutyric acid) and several GABA inhibitors». Journal of Molecular Structure: THEOCHEM. 180: 125–140. doi:10.1016/0166-1280(88)80084-8 
  32. Sapse AM (2000). Molecular Orbital Calculations for Amino Acids and Peptides. [S.l.]: Birkhäuser. ISBN 978-0-8176-3893-1 [falta página]
  33. Roth, Robert J.; Cooper, Jack R.; Bloom, Floyd E. (2003). The Biochemical Basis of Neuropharmacology. Oxford [Oxfordshire]: Oxford University Press. pp. 416 pages. ISBN 0-19-514008-7 
  34. Petroff OA (dezembro de 2002). «GABA and glutamate in the human brain». Neuroscientist. 8 (6): 562–73. PMID 12467378 
  35. Schousboe A, Waagepetersen HS (2007). «GABA: homeostatic and pharmacological aspects». Prog. Brain Res. 160: 9–19. PMID 17499106. doi:10.1016/S0079-6123(06)60002-2 
  36. a b Krantis, Anthony (1 de dezembro de 2000). «GABA in the Mammalian Enteric Nervous System». Physiology. 15 (6): 284–290. ISSN 1548-9213. PMID 11390928. doi:10.1152/physiologyonline.2000.15.6.284 
  37. Sequerra, E. B.; Gardino, P.; Hedin-Pereira, C.; de Mello, F. G. (11 de maio de 2007). «Putrescine as an important source of GABA in the postnatal rat subventricular zone». Neuroscience. 146 (2): 489–493. ISSN 0306-4522. PMID 17395389. doi:10.1016/j.neuroscience.2007.01.062 
  38. Kuriyama K, Sze PY (janeiro de 1971). «Blood–brain barrier to H3-γ-aminobutyric acid in normal and amino oxyacetic acid-treated animals». Neuropharmacology. 10 (1): 103–108. PMID 5569303. doi:10.1016/0028-3908(71)90013-X 
  39. Boonstra E, de Kleijn R, Colzato LS, Alkemade A, Forstmann BU, Nieuwenhuis S (2015). «Neurotransmitters as food supplements: the effects of GABA on brain and behavior». Front Psychol. 6: 1520. PMC 4594160 . PMID 26500584. doi:10.3389/fpsyg.2015.01520 
  40. Bown AW, Shelp BJ (setembro de 1997). «The Metabolism and Functions of γ-Aminobutyric Acid». Plant Physiol. 115 (1): 1–5. PMC 158453 . PMID 12223787. doi:10.1104/pp.115.1.1 
  41. Foster AC, Kemp JA (fevereiro de 2006). «Glutamate- and GABA-based CNS therapeutics». Curr Opin Pharmacol. 6 (1): 7–17. PMID 16377242. doi:10.1016/j.coph.2005.11.005 
  42. Chapouthier G, Venault P (outubro de 2001). «A pharmacological link between epilepsy and anxiety?». Trends Pharmacol. Sci. 22 (10): 491–3. PMID 11583788. doi:10.1016/S0165-6147(00)01807-1 
  43. Campagna JA, Miller KW, Forman SA (maio de 2003). «Mechanisms of actions of inhaled anesthetics». N. Engl. J. Med. 348 (21): 2110–24. PMID 12761368. doi:10.1056/NEJMra021261 
  44. Kuriyama K, Sze PY (janeiro de 1971). «Blood–brain barrier to H3-γ-aminobutyric acid in normal and amino oxyacetic acid-treated animals». Neuropharmacology. 10 (1): 103–108. PMID 5569303. doi:10.1016/0028-3908(71)90013-X 
  45. a b Müller EE, Locatelli V, Cocchi D (abril de 1999). «Neuroendocrine control of growth hormone secretion». Physiol. Rev. 79 (2): 511–607. PMID 10221989. doi:10.1152/physrev.1999.79.2.511 
  46. Powers ME, Yarrow JF, McCoy SC, Borst SE (janeiro de 2008). «Growth hormone isoform responses to GABA ingestion at rest and after exercise». Medicine and Science in Sports and Exercise. 40 (1): 104–10. PMID 18091016. doi:10.1249/mss.0b013e318158b518 
  47. Balemans MG, Mans D, Smith I, Van Benthem J (1983). «The influence of GABA on the synthesis of N-acetylserotonin, melatonin, O-acetyl-5-hydroxytryptophol and O-acetyl-5-methoxytryptophol in the pineal gland of the male Wistar rat». Reproduction, Nutrition, Development. 23 (1): 151–60. PMID 6844712. doi:10.1051/rnd:19830114 
  48. Sato S, Yinc C, Teramoto A, Sakuma Y, Kato M (2008). «Sexually dimorphic modulation of GABA(A) receptor currents by melatonin in rats gonadotropin–releasing hormone neurons». J Physiol Sci. 58 (5): 317–322. PMID 18834560. doi:10.2170/physiolsci.rp006208 
  49. Dzitoyeva S, Dimitrij; vic N, Manev H (2003). «Gamma-aminobutyric acid B receptor 1 mediates behavior-impairing actions of alcohol in Drosophila: adult RNA interference and pharmacological evidence». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 100 (9): 5485–90. PMID 12692303. doi:10.1073/pnas.0830111100 
  50. Mihic SJ, Ye Q, Wick MJ, Koltchine VV, Krasowski MD, Finn SE, Mascia MP, Valenzuela CF, Hanson KK, Greenblatt EP, Harris RA, Harrison NL (1997). «Sites of alcohol and volatile anaesthetic action on GABAA and glycine receptors». Nature. 389 (6649): 385–9. PMID 9311780. doi:10.1038/38738 
  51. Boehm SL, Ponomarev I; Blednov YA, Harris RA (2006). «From gene to behavior and back again: new perspectives on GABAA receptor subunit selectivity of alcohol actions». Adv. Pharmacol. 54: 171–203. PMID 17175815. doi:10.1016/j.bcp.2004.07.023 
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Ácido gama-aminobutírico