Aline Motta

artista brasileira

Aline Motta (Niterói, 1974) é artista visual e combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, videoarte, instalação, performance, arte sonora, colagem, impressos e materiais têxteis. Sua investigação busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência.

Biografia editar

Aline de Souza Motta vive e trabalha em São Paulo atualmente. É bacharel em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Trabalhou como continuísta em sets de filmagem por mais de 15 anos.[1][2]

A artista constrói uma produção com base autobiográfica mas que, ao mesmo tempo, dialoga com a história coletiva da formação social brasileira. Enquanto mulher negra, investiga a memória e a história da sua própria família, e acaba desvelando o retrato da memória de mais de 50% das famílias brasileiras, que têm início em um episódio brutal de nossa história, a escravização dos povos negros da África.[3][4]

“Se quebro com o silêncio, que identidades se tornam possíveis? O que pode vir à tona quando estou à procura de mim mesma? Entre os sussurros dos que vieram antes de mim, os espaços que foram impedidos de ocupar, as narrativas que foram borradas, o que resta como possibilidade de expressão e linguagem? À medida que me apodero desse corpo político que resiste e atravessa os tempos, ele se torna território de experimentação artística. A matriz que se transfere em mim, impregnada de ambiguidades e sombras, passagens entre-mundos, busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. Me faço visível, quem me vê?”[5] (Aline Motta)

Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016, com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018 e com 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019. Recentemente participou de exposições importantes como "Histórias Feministas, artistas depois de 2000" - MASP, “Histórias Afro-Atlânticas” - MASP/Instituto Tomie Ohtake e "O Rio dos Navegantes" - Museu de Arte do Rio/MAR.[6]

Exposições editar

Exposições Individuais editar

2020
  • "Filha Natural #1" - Biblioteca Mario de Andrade - São Paulo/SP - Curadoria: Thiago Barbalho
2019
  • "Em três tempos: memória, viagem e água" - Centro Cultural TCU/Brasília/DF - Curadoria: Alexandre Araujo Bispo
  • "Pontes sobre Abismos", fotografias - Sesc Santana/SP
2018

Exposições Coletivas editar

2020
2019
  • "Histórias Feministas, artistas depois de 2000" - MASP - curadoria: Isabella Rjeille
  • "Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural" - MAM/RJ - Curadoria: Roberto Moreira S. Cruz
  • "Narrativas em Processo – Livro de Artista na Coleção Itaú Cultural" - Palácio das Artes/MG, MAMAM/PE - Curadoria: Felipe Scovino
  • "Pretatitude" - Sesc Vila Mariana / Sesc Santos - Curadoria: Claudinei Roberto da Silva
  • "Cuerpo Celeste" - aarea.com e 45º Salón Nacional de Artes Colômbia - curadoria: Livia Benedetti, Marcela Vieira, Ana María Montenegro Jaramillo
  • "Estratégias do Feminino" - Farol Santander Porto Alegre/RS - Curadoria: Daniela Thomas, Fabricia Jordão, Helena Severo e Rita Sepulveda
  • 2ª Bienal do Barro - Caruaru/PE - Curadoria: Marcio Harum
2018
  • "Histórias Afro-Atlânticas" - MASP/Instituto Tomie Ohtake - Curadoria: Adriano Pedrosa, Lilia Schwarcz, Tomás Toledo
  • “⦿”- Galeria Leme - Curadoria: Catarina Duncan
  • "Pretatitude" - Sesc Ribeirão Preto/ Sesc São Carlos - Curadoria: Claudinei Roberto da Silva
2017
  • "Iwaya Community Art Festival"- Lagos, Nigeria
  • "13ª e 14ª turmas da Residência Artística" - Red Bull Station SP
  • "Narrativas do Invisível" - Mostra Rumos 2015/1016 - Itaú Cultural
  • "Construcciones Posibles" - Curadoria: Maria Teresa Rojas - Espacio de Arte Manzana 1 - Santa Cruz de la Sierra, Bolivia
2016
  • Abre Alas - Galeria A Gentil Carioca - Curadoria de Adriana Varejão, Paula Borghi e André Sheik
2014
  • “Hóspedes do Presente” - CentroCentro Cibeles de Cultura y Ciudadanía - Madrid, Espanha - Curadoria de Marta Soul
2012

Prêmios / Bolsas editar

Residências Artísticas editar

  • 2017 - ICAF/Lagos - AIR Program - Vernacular Art-space Laboratory Foundation - Nigeria
  • 2017 - 13º Residência Artística Red Bull Station SP
  • 2016 - Estamos (muito) Abertos – Ateliê397 SP
  • 2015 - Residência de Artes Visuais com Agnaldo Farias e Dora Longo Bahia – Festival de Artes Serrinha (SP)

Festivais de Cinema editar

2020
2019
2018
  • 20º Fest Curtas BH - "Cinema Negro: Capítulos de uma História Fragmentada" - Curadoria de Heitor Augusto

Outros editar


Coleções Públicas e Privadas editar

Museu de Arte de São Paulo/MASP, Museu de Arte do Rio/MAR, Itaú Cultural

Referências

  1. «"Jogo da Memória", de Aline Motta». ZUM. Consultado em 7 de junho de 2020 
  2. Continente, Revista. «Aline Motta». Revista Continente. Consultado em 7 de junho de 2020 
  3. Declercq, Marie (29 de outubro de 2019). «Artista de Niterói mergulha em registros da escravidão para resgatar a história familiar». Vice. Consultado em 7 de junho de 2020 
  4. Ferraz, Marcos Grinspum (20 de abril de 2019). «Aline Motta e o mergulho pessoal na memória coletiva». ARTE!Brasileiros. Consultado em 7 de junho de 2020 
  5. «statement - Aline Motta». alinemotta.com (em inglês). Consultado em 7 de junho de 2020 
  6. «bio / cv - Aline Motta». alinemotta.com (em inglês). Consultado em 7 de junho de 2020