Banzaê
Banzaê é um município brasileiro, no estado da Bahia, circunscrito geograficamente entre o agreste e o sertão nordestino. Sua população estimada em 2018, pelo IBGE, era de 13 217 habitantes. A cidade é situada na mesorregião do Nordeste Baiano, compondo o território de identidade Semiárido Nordeste II. Possui uma área de aproximadamente 409.507 m².
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Município do Brasil | |||
Panorama da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | banzaeense | ||
Localização | |||
Localização de Banzaê na Bahia | |||
Localização de Banzaê no Brasil | |||
Mapa de Banzaê | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Cícero Dantas, Ribeira do Pombal, Euclides da Cunha e Quijingue | ||
Distância até a capital | 326 km | ||
História | |||
Fundação | c. 1910 (111–112 anos) | ||
Emancipação | 24 de fevereiro de 1989 (33 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Jailma Dantas Gama Alves (PT, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 409,507 km² | ||
População total (IBGE/2018[2]) | 13 217 hab. | ||
Densidade | 32,3 hab./km² | ||
Clima | Clima tropical com estação seca (Aw) | ||
Altitude | 350 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 48405-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,579 — baixo | ||
PIB (IBGE/2016[4]) | R$ 82 156 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016[4]) | R$ 5 980,19 | ||
Sítio | www.banzae.ba.gov.br (Prefeitura) www.camarabanzae.ba.gov.br (Câmara) |
Limita-se com os municípios de Euclides da Cunha ao norte, Ribeira do Pombal ao sul, Cícero Dantas a leste e Quijingue a oeste. Localiza-se a uma distância de 326 km da capital do estado e a 42 km do município de Ribeira do Pombal. Tem em sua sede as coordenadas geográficas: Latitude 10º35` sul e Longitude 38º37` e encontra-se a uma altitude de 350 m.
HistóriaEditar
Os habitantes primitivos da região eram os índios quiriris, cujas terras atualmente dominam 85% do território do município.
O povoado de Mirandela teve origem num núcleo de catequese para os índios, em torno da Igreja do Senhor da Ascensão, erguida em 1701 pelos quiriris, a mando dos jesuítas. Este povoado, muitas décadas mais tarde, seria elevado à condição de distrito, subordinado a Pombal.
Por volta de 1910, comerciantes e viajantes de Sergipe criam um ponto de pouso e uma feira, para vender os seus produtos com os habitantes locais, em torno da qual forma-se o povoado conhecido como "Banzaê", topônimo de origem indígena significando "terra dos valentes".
Entre 1918 e 1920, é erguida no povoado uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição. Com isso, o ele cresce mais.
O distrito de Mirandela, entre 1931 e 1933, foi extinto, com a anexação de Pombal ao município de Cipó.
Em 1984, se inicia o processo de emancipação política de Mirandela. No entanto, o povo do povoado de Banzaê era contra este movimento, alegando que o seu povoado era um dos mais importantes do município de Ribeira do Pombal.
Em 1985, a Comissão de Divisão Territorial da Assembleia Legislativa da Bahia, em nome do então deputado estadual Roberto Cunha, aprovou em primeiro momento que o novo município seria Mirandela, sendo a sede instalada em Banzaê.
Como o projeto não teve prosseguimento, o deputado apresentou um novo no mesmo ano, colocando Banzaê como novo município do estado, revoltando o povo de Mirandela, que almejava o seu distrito como novo município baiano.
Entre 1986 e 1989, aconteceram vários movimentos por parte da população de Mirandela e Banzaê, sendo este último o favorito a ser o novo município.
Em 24 de fevereiro de 1989, o então governador da Bahia, Waldir Pires, assinou a Lei Estadual nº 4.485, que extinguia o distrito de Mirandela e, em seu lugar, é criado o município de Banzaê, cujo território foi desmembrado de Ribeira do Pombal.
Em 15 de janeiro de 1990, o decreto n° 98.828, da Presidência da República, cria, nos territórios de Banzaê e Ribeira do Pombal, terras indígenas para os quiriris. Dentro dessas terras pertencentes ao município, existem sete comunidades indígenas: Sacão, Cacimba Seca, Canta-Galo, Lagoa Grande, Baixa da Cangalha, Marcação e Picos, sendo estes os núcleos tradicionais. Outra tribo de grande importância, porém mais nova no território, são os tuxás, os quais residem numa área entre os povoados de Salgado e Fazenda Sítio, situados ao norte do município. Ambas as tribos sobrevivem basicamente de atividades campestres, pesca e agricultura (através do plantio do milho, feijão, mandioca, melancia, abóbora, quiabo e da colheita da castanha). No artesanato, destacam-se os trabalhos com a cerâmica com fibra e o cipó.[carece de fontes]
Prefeitos e vice-prefeitosEditar
Lista de prefeitos e vice-prefeitos do município:
Nome | Partido | Vice-prefeito | Início do mandato | Fim do mandato | Observações | |
1 | Edval Calasans de Macêdo, Seu Divá |
Uindson de Souza Dantas, Cicinho |
1990 | 31 de dezembro de 1992 | Prefeito e vice eleitos | |
2 | José Ribeiro de Moraes, Zé Leal |
Hamilton Dantas Viana | 1º de janeiro de 1993 | 31 de dezembro de 1996 | Prefeito e vice eleitos | |
3 | Jailma Dantas Gama Alves | PFL | Uindson de Souza Dantas, Cicinho |
1º de janeiro de 1997 | 31 de dezembro de 2000 | Prefeita e vice eleitos |
4 | José Ribeiro de Moraes, Zé Leal |
PFL | Erivaldo Cardoso Calasans, Rico (PSC) |
1º de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004 | Prefeito e vice eleitos |
5 | Jailma Dantas Gama Alves | PFL | José Wilson Pereira de Souza Têca (PSDB)/(PTB) |
1º de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008 | Prefeita e vice eleitos |
PT | 1º de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012 | Prefeita e vice reeleitos | |||
6 | Patrícia Dantas do Nascimento | PT | Maria Veralucia Gama Moraes Vera (PSD) |
1º de janeiro de 2013 | 31 de dezembro de 2016 | Prefeita e vice eleitas |
7 | Jailma Dantas Gama Alves | 1º de janeiro de 2017 | 31 de dezembro de 2020 | Prefeita eleita e vice reeleita | ||
Adriano Souza Adriano (PT) | 1º de janeiro de 2021 | 31 de dezembro de 2024 | Prefeita reeleita e vice eleito [5] |
TurismoEditar
- Pedra Furada (cartão postal da cidade por se diferenciar dos demais morros em virtude de ser uma bela escultura natural);
- Estádio Municipal Banzaê (Cartão postal da cidade, após reforma o Estádio local agora possui estrutura profissional onde ocorre partidas amistosas e a Copa Rural Banzaê, em que times de nível amador costumam competir por premiações ou pela diversão);[6]
- Fazenda Engenho Velho;
- Arquitetura histórica em Mirandela Velha (principal comunidade dos Kiriris[7]);
- Trilhas de Motocross (Prática de esportes radicais em diversos lugares do município com o uso de motocicletas por praticantes que gostam de desafiar os mais diversos tipos de obstáculos naturais como: morros, serras, areais, pedreiras, mata fechada e etc.);
- Serras, morros, planaltos e flora nativa;
- Cultura Indígena (Artesanatos, hábitos e costumes) e Cultura Nordestina (Quadrilhas, festejos juninos e culinária);
- Santo Cruzeiro (ponto mais alto da cidade, cuja visão torna a visita ao local um grande atrativo).
- Semana Santa no Povoado Tamburil (Os Festejos da Semana Santa atrai pessoas de diversas localidades. As atrações religiosas começam no domingo de ramos e vão ate os festejos pascoa).
- Tradicionalmente, a principal festividade da cidade é o Arraiá do Banza, comemorado nos dias 28 e 29 de junho. Além destas datas, há a festa de 8 de dezembro, em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «estimativa_ibge_2018.xls». agenciadenoticias.ibge.gov.br. Consultado em 28 de abril 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 28 de abril 2019
- ↑ «Resultado das Eleições 2021 Banzaê». Consultado em 1 de janeiro de 2021
- ↑ «Reforma do Estádio Municipal». Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ Rosalba, Lélia Maria Fernandes Garcia. 1976. O Posto Indígena de Mirandela. Boletim do Museu do Índio: Documentação, n. 1. Rio de Janeiro: Museu do Índio.
Ligações externasEditar
- Site de Notícias: [1]