Bento Nascimento (Itajaí, 11 de novembro de 1962Itajaí, 28 de novembro de 1993) foi um poeta brasileiro, um dos mais importantes poetas catarinenses contemporâneos.[1] É patrono da cadeira 1 da Academia Itajaiense de Letras.

Bento Nascimento
Nascimento 1962
Morte 1993
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, poeta

É autor das obras fumando pedra e Bento Nascimento - aos vivos, ambas póstumas. Em vida publicou apenas Celacanto, em 1989, em parceria com Antonio Carlos Floriano.[2]

Biografia

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Estreou com o livro "Celacanto", em 1989, em companhia de outro poeta, o professor itajaiense Antônio Carlos Floriano, sua única publicação de livro em vida. Segundo o próprio Bento, o livro foi publicado como coletânea da obra dos dois poetas por motivos econômicos, tendo que, ambos, arcarem com o seu custo. Esta publicação, saída de um movimento marginal em uma cidade sem tradição literária, provocou um verdadeiro "boom" na poesia local, tendo vendido 2.000 cópias e sendo esgotada, influenciando o aparecimento de outros poetas na região.[3]

Tendo sido uma espécie de beatnik com uma pitada de punk, mordaz, irônico e de impulsos incontroláveis, sua morte incomum parece estar de acordo com a sua vida: caiu de uma pickup a 500m de sua casa.[4]

Atualmente,o poeta é citado em estudos de universidades[5] e é objeto de diversas homenagens em Itajaí,[6] que o considera o nome mais ilustre da poesia naquela cidade.

Seus poemas circularam em vários fanzines fotocopiados no sul do Brasil na década de 1990, incluindo as cidades de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.

A poética

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Em seus poemas de uma paradoxal "simplicidade ousada", expondo uma estética ao natural à moda de Manuel Bandeira, o poeta usa, no entanto, em alguns momentos, algumas estruturas sintáticas somente verificáveis na oralidade cotidiana, bem como expressões e neologismos circulantes nos meios em que conviveu.

Com uma visão profundamente piedosa, ao mesmo tempo que irônica, em relação à condição humana de si próprio e do outro, seus poemas, na intenção de retratar esta condição pelas mínimas coisas da existência,[4] despudorados e podendo parecer chocantes para alguns leitores,[7] não dispensam mesmo as imagens asquerosas e as referências explícitas à relação sexual.[8]

  • Celacanto (1989);
  • Loucos de Pedra (Ed. Iluminuras - 2001, obra póstuma);
  • Bento Nascimento - Aos vivos (2007, obra póstuma).

Referências

Ligações externas

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