Cânone de Trento geralmente se refere à lista de livros da Bíblia que passaram a ser reconfirmados canônicos a partir do Concílio de Trento, como já tinham sidos em concílios desde o século 4, os 73 livros. Ele foi formalizado por um decreto (De Canonicis Scripturis) da quarta sessão, em 4 de abril de 1546, passado em votação (24 sim; 15 não; 16 abstenções).[1] Com esta decisão, o Concílio de Trento confirmou uma lista idêntica que já havia sido localmente aprovada em 1442 pelo Concílio de Florença (sessão 11, 4 de fevereiro de 1442)[2] e que já existia em listas canônicas mais antigas deixadas pelos concílios de Cartago e Roma no século IV.

A lista reconfirmou que os livros deuterocanônicos estavam no mesmo nível dos demais livros do cânoneLutero havia colocado estes livros entre os apócrifos do Antigo Testamento, assim como colocou livros do Novo Testamento como apócrifos, em seu cânon — e encerrou o debate sobre os antilegomena, coordenando a tradição com as escrituras como guia da fé. O concílio também reafirmou a tradução para o latim de Jerônimo, a Vulgata, como autoritativa para o texto das escrituras, ao contrário das visões protestantes de que os textos gregos e hebraicos eram mais autoritativos. Posteriormente, em 3 de setembro de 1943, o papa Pio XII emitiu a encíclica Divino afflante Spiritu permitindo aos católicos que utilizassem traduções baseadas em outros textos diferentes da Vulgata.

Antigo Testamento

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Do Antigo Testamento: os cinco livros de Moisés, a saber, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Livro de Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis [ I, II, III, IV ], dois de Paralipômenos [ I Crônicas, II Crônicas ], o primeiro livro de Esdras, e o segundo, que é chamado de Neemias; Tobias, Judite, Ester, , o Saltério de Davi, que consiste em 150 salmos; os Provérbios, Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, com Baruque; Ezequiel, Daniel; os doze profetas menores, a saber, Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias; dois livros dos Macabeus, o primeiro e o segundo.
 
Cânone de Trento sobre o Antigo Testamento[3].

Novo Testamento

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Do Novo Testamento: os quatro Evangelhos, de acordo com Mateus, Marcos, Lucas e João; os Atos dos Apóstolos, escritos por Lucas, o Evangelista; quatorze epístolas de Paulo, (uma) aos Romanos, duas aos Coríntios [ I, II Coríntios ], (uma) aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Epístola aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses [ I, II ], duas a Timóteo [ I, II ], (uma) a Tito, a Filêmon, aos Hebreus; duas de Pedro, o Apóstolo [ I, II ], três de João, o Apóstolo [ I, II, III ], uma do apóstolo Tiago, uma de Judas, o Apóstolo e o Apocalipse de João, o Apóstolo
 
Cânone de Trento sobre o Novo Testamento[3].

Referências

  1. Metzger, Bruce M. (13 de março de 1997). The Canon of the New Testament: Its Origin, Development, and Significance. [S.l.]: Oxford University Press. 246 páginas. ISBN 0-19-826954-4 
  2. «Council of Basel 1431-45 A». Papalencyclicals.net. Consultado em 7 de janeiro de 2015 
  3. a b «Canons and Decrees of the Council of Trent». Bible-researcher.com. Consultado em 7 de janeiro de 2015 

Ligações externas

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