Carolina Horta Andrade

cientista

Carolina Horta Andrade (Formosa, 1 de agosto de 1983) é uma cientista brasileira. Trabalha como professora adjunta da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e desenvolve pesquisas para desenvolvimento de novos medicamentos no combate a doenças como tuberculose, malária, esquistossomose e leishmaniose, motivo pelo qual foi contemplada, em 2014, com o prêmio Talentos Internacionais em Ascensão de L'Oréal e UNESCO.[1]

Carolina Horta Andrade
Nascimento 1 de agosto de 1983
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação farmacóloga
Empregador(a) Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal de Goiás

Desde 2016 vem trabalhando no combate ao vírus da zica, coordenando o projeto Open Zika, com o objetivo de desenvolver substâncias que possam ser utilizadas em medicamentos no tratamento contra o vírus. O projeto utiliza o World Community Grid para utilizar o processamento de computadores de voluntários ao redor do mundo na busca por fármacos eficientes.[2][3]

Formação

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Tem graduação em Farmácia pela UFG, doutorado em Fármacos e Medicamentos pela Universidade de São Paulo e estágio de doutorado-sanduíche em Química Medicinal e Computacional na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.[4] Atualmente, atua como líder do grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) do Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular.[5] É revisora de periódicos nacionais e internacionais, como o Journal of the Brazilian Chemical Society e Molecular Pharmaceutics, e é associada à Sociedade Brasileira de Química desde 2005, e à American Chemical Society desde 2010.[6]

Prêmio Talentos Internacionais em Ascensão

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Carolina desenvolve, desde 2010, pesquisas para a descoberta de fármacos que possam ser utilizados para combater a leishmaniose, uma doença negligenciada causada por protozoários do gênero Leishmania. A doença afeta 12 milhões de pessoas em 98 países, e, segundo Carolina, os medicamentos que são utilizados atualmente foram desenvolvidos na década de 1950, são muito tóxicos e o tratamento é muito caro.[4] A pesquisa, que busca alternativas baratas de combate a doença, conta com um forte componente computacional em suas fases iniciais, e testes in vitro revelaram três fármacos que são mais potentes do que o medicamento padrão utilizado atualmente.[7]

Por causa dessa pesquisa, em 2014 Carolina foi uma das quinze vencedoras do prêmio Talentos Internacionais em Ascensão, dedicado a mulheres cientistas, realizado pela L'Oréal em parceria com a UNESCO e com a Academia Brasileira de Ciências.[8] Ela ganhou o prêmio na área de Ciências Químicas e será homenageada em março de 2015 em uma cerimônia em Paris, França, juntamente com Thaisa Bergmann (vencedora do prêmio Para Mulheres na Ciência) recebendo uma bolsa auxílio de US$20 mil para incentivar as pesquisas.[9][10] Para o período de 2016 a 2020, Carolina Horta foi eleita membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.[11]

Referências

  1. Saulo Pereira Guimarães (23 de outubro de 2014). «Unesco premia trabalho de duas cientistas brasileiras». EXAME.com. Consultado em 10 de março de 2015 
  2. Samuel Straiotto (19 de maio de 2016). «UFG lança projeto mundial para fabricação de antiviral contra o Zika». Diário de Goiás 
  3. Regina Castro (19 de maio de 2016). «IBM lança projeto mundial para fabricação de antiviral contra o Zika». FioCruz 
  4. a b Mirthyani Bezerra (8 de março de 2015). «Mulheres ainda abandonam carreira científica para cuidar da família». UOL. Consultado em 10 de março de 2015 
  5. «Pesquisadoras brasileiras conquistam prêmios internacionais». Portal Brasil. 8 de março de 2015. Consultado em 10 de março de 2015 
  6. Currículo Lattes. Versão de 03/03/2015. Visitado em 11/03/2015.
  7. Gabriela Louredo (11 de setembro de 2014). «Professora da UFG vence prêmio nacional para mulheres cientistas». Goiás Agora. Consultado em 10 de março de 2015 
  8. «2015 For Women in Science International Rising Talents» (em inglês). UNESCO. Consultado em 20 de março de 2015 
  9. «Duas cientistas brasileiras recebem prêmio internacional "L'Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência"». L'Oréal Brasil. 3 de março de 2015. Consultado em 10 de março de 2015 
  10. «Divulgadas sete vencedoras do prêmio Para Mulheres na Ciência». Portal Brasil. 9 de agosto de 2014. Consultado em 10 de março de 2015 
  11. «Prof. Dra. Carolina Horta Andrade é eleita para Academia Brasileira de Ciências». Farmacia. Consultado em 23 de setembro de 2022 

Ligações externas

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