Francisco Moniz Barreto Filho (1836, Salvador/BA - 29 de dezembro de 1900,[1] Rio de Janeiro). rabequista, poeta, compositor.

Francisco Moniz Filho (Chico Moniz)
Chico Moniz
O repentista Francisco Moniz Barreto (1804-1868), Francisco Moniz Barreto Filho
Nome completo Francisco Moniz Júnior
Nascimento 1836
Salvador
Morte 29 de dezembro de 1900 (64 anos)
Salvador
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Poeta
Rabequista
Compositor
Professor
Escola/tradição Romantismo

Vida editar

Filho do repentista e militar baiano Francisco Moniz Barreto (1804-1868) e Dona Mariana de Barros Moniz Barreto, Francisco veio ao mundo em 1836, na cidade de Salvador/BA. Eram seus irmãos diretos, o poeta e médico Rozendo Moniz Barreto (1845-1897),[2] e as Srtas. Cândida Moniz Barreto e Idalina Moniz Barreto,[3] todos nascidos na Bahia e da segunda união de seu pai, separado da primeira esposa. De seus irmãos, Rozendo sobressaiu-se, tendo vários livros publicados; Francisco, além de poeta, foi um renomado rabequista, entretanto de menor projeção que Rozendo. Idalina[4][5] foi apenas doméstica e a filha mais velha, Cândida, dona de uma invulgar inteligência, foi professora e cantora lírica, com grande projeção social na época, sendo convidada para vários concertos nos salões da sociedade baiana de então.[6] O pai de Francisco, o velho Moniz Barreto,[nota 1] era badaladíssimo como cultor das letras, como repentista e glosador.[3]

Ainda bem jovem, em meados de 1856, aos vinte anos, Chico Moniz, depois de ter feito o curso de humanidades na Bahia, ele partiu para Paris, subvencionado pela Assembleia Provincial,[7] para dedicar-se ao aprendizado da arte musical. Ele estudou harmonia com Alfonse Dex.[8] No Conservatório de Paris, ele tornou-se aluno do professor violinista e compositor francês Jean-Delphin Alard (1815-1888)[9] com quem aprendeu o segredo da mais elevada inspiração.[7][9][nota 2] Entre os contemporâneos e estudantes daquele conservatório estava Pablo Sarasate e o cubano José White Lafitte (1836-1918), que entre os anos de 1879/89, vivendo no Rio de Janeiro, este último, e protegido pela Princesa Isabel (1850-1921), fundou a Sociedade de Concertos Clássicos,[10] devotada à difusão dos clássicos alemães.[11][nota 3]

Ele permanece cinco anos em Paris e, em junho de 1861,[8] já formado e de volta à Bahia, ele, ao mesmo que dá aulas particulares, é convidado para vários saraus e concertos em diversas casas de espetáculo. A sua estreia deu-se em 26 de setembro de 1866, uma quarta-feira, no Teatro de São José,[nota 4][13][14] uma propriedade da Província e o maior da cidade, e cuja conclusão das obras e direção estavam a cargo do Dr. Antônio da Silva Prado. Aquela importante casa de espetáculo, inaugurado em 4 de setembro de 1864, com capacidade para 1200 expectadores, recebeu Chico Moniz, em seu primeiro concerto "Temporal em copo d'água", uma comédia em 1 ato, seguida da "Grande Fantasia", sobre motivos da Opera Ana Bolena e o segundo ato da comédia "Melancolia", ambos com acompanhamento da Orquestra do Teatro de São José, regida pelo maestro Emílio do Lago (1837-1871)[15] e, para encerrar, ele executou o terceiro ato da comédia, "Souvenirs de Bellini".[16]

Ao tempo de Francisco

(SIC)"... a Bahia era o cenário apropriado à expansão [da] natureza de poeta, [... era um] berço de águias e de cantores, com a sua natureza esplêndida e [...] festas ruidosas, com as romarias alegres do Bonfim, os passeios deliciosos a doce claridade [do] luar de prata, o entusiasmo [e a] gentil garrulice de suas damas, [e seus] saraus despretensiosos"[17]

A terra baiana possuía vários e distintos profissionais da arte, todavia lhe faltava instituições representativas nos diversos segmentos da arte. Várias foram as empresas neste sentido e dentre as tentativas, de mérito, para criar um "conservatório de música na Bahia", foi a que reuniu alguns cidadãos notáveis e, dentre eles, o médico inglês Jonathas Abbott (1796-1821), que se tornou professor na Escola de Medicina da Bahia e Dr. João José Barbosa de Oliveira, que encabeçaram a criação de um "conservatório de música na Bahia". Os empreendedores fizeram uma reunião na Academia de Medicina, com a participação da Companhia Lírica de Munhay e do regente Bassi Galupe, vários concertos foram realizados para esse fim, porém tal morreu na praia do desconsolo.[8] Não conformados com aquele fracasso, os intelectuais, escritores e músicos baianos trabalharam insistentemente na criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade de Belas Artes, primeira associação de artes do Brasil (ambos em 1856) sendo, esta última, fundada no magnífico Solar do médico Jonathas Abbott, no Caminho Novo do Gravatá. Entre estes audaciosos desbravadores destacaram-se o Dr. Antônio José Alves (pai do poeta Castro Alves, colega de Jonathas na Congregação da Faculdade de Medicina e grande colecionador), o Dr. João José Barbosa de Oliveira (pai do senador Rui Barbosa, médico e seu amigo), o dramaturgo Agrário de Menezes, o poeta Muniz Barreto, o conselheiro Gaspar José Lisboa e o pintor baiano Rodrigues Nunes, sendo o próprio Jonathas Abbott o presidente daquela Sociedade, que tinha por fim, despertar o gosto pelas manifestações liberais.[18]

Por aquela época, ao mesmo tempo que isso acontecia, a Bahia ressentia-se da morte do compositor Domingos Moçurunga (1807-1856), [nota 5] em 1856, grande batalhador pela fundação do Conservatório de Música da Bahia (atualmente o Instituto de Música da Universidade Católica de Salvador). Alguns dos seus contemporâneos, dentre os quais, Chico Moniz e Miguel dos Anjos de Santana Torres (1837-1902), ambos da Escola de Belas Artes,[nota 6] dentre outros, deram continuidade ao ensino da música na Bahia.[nota 7]

Graças aos descuidos do destino, pouco tempo depois Chico Moniz foi convidado para lecionar violino no Conservatório de Música da Bahia, mas de graça.

- Mas se eu vivo exclusivamente das minhas lições, respondeu Moniz, deixando-as de que então hei de viver?
- Célebre coisa! Exigir-se ao homem trabalho e negarem-se lhe os alimentos![8]

Como notadamente, as coisas não iam bem e os ventos não eram propícios, Chico Moniz, por conta dos poucos alunos que o procuravam, deixou de lado a rabeca e dedicou-se ao ensino do francês em colégios e casas particulares[7] para manter sua subsistência. Em 1882, ele participou do concurso para lecionar francês no Liceu Provincial (ou Liceu da Bahia) (fundado em 1836). Ele era um dos seis concorrente àquela vaga. Três foram os aprovados e Chico não estava entre os aprovados.[21]

Chico Moniz faleceu em 29 de dezembro de 1900, no Hospital Santa Izabel.[7][22]

Francisco Pereira da Costa, um jovem português, e Cândida Moniz Barreto, filha de um repentista baiano, conheceram-se na Itália, onde ambos foram estudar música: ele era violinista e ela, cantora lírica

A Família Moniz Barreto editar

Na família materna brilharam dois gênios: Francisco Moniz Barreto,[nota 8] o maior poeta repentista da língua portuguesa, e seu genro Francisco Pereira da Costa, o maior violinista de sua época, assim considerado na Europa e no Brasil.[23] Moniz Barreto, o repentista era pai, fora pai de três filhos ligados diretamente à arte:

  • (1) Rozendo Moniz Barreto,[24]
  • (2) Francisco Moniz Barreto Filho (Chico Moniz)[24] e
  • (3) Cândida Moniz Barreto da Costa,[25][nota 9] a filha mais velha, do repentista, com o consentimento paterno, partiu para a Itália, junto com uma companhia artística, para aperfeiçoar seus estudos de canto. Na Itália ela conheceu o jovem português, e violinista clássico, de 18 anos, Francisco Pereira da Costa, com quem, tempos depois, viria a casar-se[28][29] ainda na Europa. Na Itália ambos estudavam música, ele o violino clássico e ela, o canto lírico. Cândida era dona de uma invulgar inteligência, foi professora de italiano e uma conhecida cantora lírica, com grande projeção social na época, sendo convidada para vários concertos nos salões da sociedade baiana de então. [3] Dentre os amigos que frequentavam a casa do casal no Estácio, estavam Olavo Bilac, Coelho Neto, Chiquinha Gonzaga e Alberto Nepomuceno. Dos quinze filhos que deixaram, sete sobreviveram e destes, cinco, eram ou tinham sido músicos e atores, todos também deixando proles vastíssimas de atores e músicos. Uma das filhas do casal, Maria Selica da Costa, é citada nas biografias de Bilac como a moça que o poeta queria desposar, o que não aconteceu porque o pai dela não deixou — Selica submeteu-se ao pai, mas manteve-se fiel a Bilac e nunca se casou.[30]
    • (⚭) Francisco Pereira da Costa (1847-1890),[nota 10] Nascido na cidade do Porto, Francisco partiu para a Europa para estudar violino. Sob a tutela dos pais, dos quais recebia uma vultuosa quantia, ele tornou-se aluno de Alard no Conservatório de Paris e, depois, seguiu para a Itália. De volta a Portugal, e já formado, ele tornou-se protegido do rei Luís I (1861-1889) e, tempos depois, em (1870/71), vindo para o Rio de Janeiro, ele atuou como professor e instrumentista aclamado no Brasil e na Europa (segundo a neta Gilka).[31] e tornou-se o professor da família imperial, dando aulas de música dos netos de Dom Pedro II (1831-1889), que batizou sua filha mais velha, Tereza Cristina Moniz da Costa.
  • (4) Tereza Cristina Moniz da Costa, [nota 11] e algumas de suas irmãs, eram atrizes de teatro, sendo que uma delas, Maria Selica da Costa, fora, inclusive, noiva de Olavo Bilac, entre os anos 1888/1889 (mas, contudo não casaram-se). Tereza era, nos palcos cariocas, uma renomada e consagrada atriz dramática de teatro e rádio-teatro.[34] Ela atuou em vários emissoras e palcos e participou de programas de rádio, como o "Teatro pelos Ares", e novelas das rádios Mayrink Veiga e Globo.[35][36] Tereza era casada com o poeta Hortêncio da Gama Sousa e Melo.
    • (⚭) Hortêncio da Gama Sousa e Melo, era um poeta desconhecido, submerso no anonimato e, segundo informações da filha Gilka Machado, ele era "culto, bonito, inteligente e boêmio”.[13][37] e, vítima do alcoolismo, muito cedo ele abandonou a família, e ela, a filha, mal o conheceu.[30] Nada há que se conhece de sua obra que possa ter sobrevivido, muito provavelmente pela vida que levava ou pelos ambientes que frequentava.
  • (5) Gilka Machado (1893- † 1980)[24] (irmã de Magdalena Pereira da Costa). Filha do casal Hortêncio [13] e Teresa Cristina, Gilka casou-se (em 1910) com o também poeta Rodolfo de Melo Machado. Sua obra é, geralmente, classificada como simbolista e eleita "a maior poetisa do Brasil" em 1933. Ela ficou conhecida como uma das primeiras mulheres a escrever poesia erótica no Brasil; também foi uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino (em 1910), que defendia o direito das mulheres ao voto. Seu primeiro livro de poemas, Cristais partidos, foi publicado em 1915. O livro foi prefaciado por Olavo Bilac. Nos anos seguintes, ela publicou os livros: A revelação dos perfumes (1916), Estado de alma (1917), Poesias (1915-1917) - (1918) e Mulher Nua, em 1922. Em 1933 ganhou um concurso da revista O Malho como maior poeta brasileira do século XX. Muito livros publicados: "Mulher Nua", "Cristais Partidos", "Carne e Alma", etc. Era uma poetisa conhecida por seu erotismo marcante. Chegou a ser considerada a maior poetisa brasileira, no início dos anos 30. Falecida no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1980.
    • (⚭) Rodolfo de Melo Machado (1885- † 1923). Contista, crítico de arte e jornalista profissional e ativo. Autor de "Divino Inferno", único livro de sua autoria e com edição póstuma organizado pela esposa e viúva Gilka Machado.[38] Poeta, contista, jornalista e crítico de artes, escreveu um único livro de poesias "Divino Inferno", editado postumamente, em 1924, um trabalho organizado por sua esposa, a poetisa Gilka Machado, que escreveu o prefácio, e "Longe da civilização", livro inacabado. Rodolfo foi autor de belíssimos trabalhos, tais como: "Balada do Aroma", "Ar livre", "Ressurreição do Dia", "Plenilúnio", "Lirismo", "Spleen", "A tristeza do relógio", "Papoula", "O Homem", "A voz da Natureza", "Por amor de uma estrela", "Morta", "Serenata", "A última cigarra", "Canção de Inverno", "Lirismo", "Papoula", "Tristeza dos bois", "Hino ás árvores" e outros, que podem figurar, pela perfeição, junto aos dos mais notáveis cinzeladores da poesia, Rodolfo Machado se fez um poeta simbolista, de subjetivismo profundo e alto sentimentalismo. Os versos de Rodolfo, ora rascantes como um vinho que pôs em evidência a acidez das uvas, ora de um LIRISMO SEDUTOR que levaria às lágrimas até a cigarra cantora que ele cantou extraordinariamente... Dois dos sonetos de Rodolfo, "Amor" e "Partindo", foram inclusos na coletânea editada pelo poeta JG de Araújo Jorge em “Os mais belos sonetos que o amor inspirou”, publicação feita em 1963. [39] Rodolfo Machado era modesto como poeta, dado a rasgar sua produção antes que alguém a lesse. Nunca publicou um livro em vida, embora tivesse todas as possibilidades para isso. O único que viria à luz, Divino inferno, só sairia em 1924, um ano depois de sua morte, por iniciativa de Gilka, que o organizou, deu-lhe o título e o premiou com uma introdução assinada — motivo pelo qual a editora Costallat & Miccolis se apressou em lançá-lo.
  • (6) Eros Volúsia (1914-2004): a revolucionária bailarina brasileira e criadora do bailado nacional. Desenvolveu coreografias inspiradas na cultura brasileira, foi responsável pela criação de um bailado essencialmente nacional. Uniu balé clássico e ritmos brasileiros nos anos 30 e 40, intitulada como Isadora Duncan brasileira, inspirou-se na natureza e na cultura do país, imprimindo na dança, de maneira pioneira, traços das raízes nacionais. Levou pela primeira vez ao mais tradicional reduto clássico do balé, o palco do Teatro Municipal do Rio, um bailado de contorno popular.
  • (7) Amaury Menezes (1941-2015). Filho de Hélios e neto de Gilka Machado,[39][40] pode ser considerado um artista completo. Seus trabalhos se alocam magistralmente nos diversos segmentos da arte, seja na arte gráfico (desenhos), na pintura, escultura. Ele é também escritor, compositor, instrumentista e cantor. Ele não se identifica com nenhuma escola, corrente ou tendência ou modismos. Sua arte não obedece a um estilo pré-definido. Nela se percebem traços do classicismo, do realismo, do figurativo, cubista, modernismo, abstracionismo, expressionismo, do pop, etc. Em 2008, no "8.º Salão de Artes Plásticas" da Escola Superior de Guerra, ele foi distinguido. Quanto à sua formação, ela verificou-se, em parte, pela herança genética tradicional e pela educação perpetrada pela avó Gilka Machado e pela tia Eros Volúsia, a revolucionária bailarina brasileira. Neste ambiente ele, desde cedo, teve contato com intelectuais, escritores, poetas, músicos, artistas plásticos e outros expoentes da arte.

Poesia editar

Além de rabequista Chico Moniz, a exemplo do pai e do irmão Rozendo, tinha grandes afinidade com as letras. Era, senão um soberbo, ao menos um poeta consideravelmente lúcido e esclarecido nesta arte.[nota 12]

Apresentações editar

No início de setembro de 1865, ele que já tinha composto "A Esperança" (em 1863), uma Polca para piano.[50][51][52][53][54][55] surge com duas composições: O romance "Allora ed Oggi" e a modinha "E foi-se".[56] Por essa época Francisco frequentava a casa comercial do bibliotecário, filólogo e publicador português Manuel da Silva Melo Guimarães (1834-1884),[nota 13] na Rua da Quitanda, N.º 6,[57] onde, em seu primeiro andar, participava regularmente de saraus literários e de musicais. Nestas reuniões compareciam, além de Chico Moniz, os grandes e mais conhecidos músicos da época, com os pianistas Arthur Napoleão (1843-1925) e Carlos Schramm,[58] o flautista Mathieu-André Reichert (1830-1880) (primeiro flautista da música particular de sua majestade o rei da Bélgica), o violinista Moniz Barreto, entre outros,[59][60] além do escritor Machado de Assis.[61] Este grupo mantinha uma íntima relação com os maestros Alberto Nepomuceno (1864-1920), Francisco Braga (1868-1945), Júlio Nunes (maestro da Orquestra do Teatro Ginásio e da Sociedade Dramática Nacional) e Leopoldo Miguez (1850-1902). Essas reuniões foram também observadas na mesma Rua da Quitanda, na casa de Artur Napoleão.[62] Arthur Napoleão de antigo menino prodígio, tornara-se um exímio pianista de carreira e editor musical.

No dia 18 de junho de 1862, ele, recém chegado de Paris de apresenta no Ateneu Dramático (Rua de São Januário), no Rio de Janeiro, com a "Fantasia e Concerto", para orquestra, composição de seu mestre Alard e dedicada ao imperador e, ainda de Alard ele executa a peça "Fantasia" sobre motivos da "Favorita", acompanhado Miguel e para finalizar ele fecha sua apresentação com a peça a peça de Vincenzo Bellini, "Souvenirs" (ou a "Marcha dos puritanos") da ópera ‘’’'I puritani", adaptada por Carl Czerny (1791-1857), acompanhado ao piano pelo português Miguel Ângelo Pereira e,[63] meses depois, no mesmo Ateneu Dramático, entre outras peças, ele executou a primeira apresentação da comédia em 1 ato, original brasileiro de Machado de Assis [64]

No dia 25 de junho de 1862 ele se apresenta no Teatro Lírico Fluminense, acompanhando a soprano Maria Palmieri,[65] vocalista (soprano) de ópera inglesa (casada com o tenor Tito Palmieri), e cuja voz e interpretações eram perfeitas[nota 14] na peça "As variações de Rade" e, a seguir, executa a famosa "Carnaval de Veneza", de Niccolò Paganini (1782-1840) e,[66] no dia seguinte, no mesmo teatro, ele, acompanhado pela Sociedade Dramática Nacional, pelo Ateneu Dramático e pelos artistas Miguel Ângelo Pereira, Gabriela da Cunha e Antônio Moutinho de Souza, ele reapresenta o "Souvenir de Bellini" acompanhado ao piano pelo português Miguel Ângelo Pereira e o "Carnaval de Veneza", de Niccolò Paganini (1782-1840). [67] Ainda no mesmo Teatro Lírico, em 25 de julho de 1863, ele executa o 1º e 2º ato de o "Souvenir de Haydn" e a "Fantasia Concertante" para piano sobre motivos da ópera "Norma", de Vincenzo Bellini (1801-1835), acompanhado ao piano por Miguel Ângelo Pereira, e encerra sua apresentação com um capricho sobre motivos da ópera "La Traviata", de Giuseppe Verdi (1813-1901).[68] Tempos depois, em 10 de novembro de 1869, ainda no mesmo Teatro Lírico, ele se apresenta com o "Concerto para rabeca de Alard".[69]

No dia 7 de novembro de 1862, ele se apresenta no Theatro Gymnasio Dramatico, com a presença do imperador, "A esposa deve acompanhar seu marido", comédia em um ato e "A filha do Regimento" de Gaetano Donizetti (1797-1848), acompanhado ao piano por Miguel Ângelo Pereira.[70]

No dia 4 de setembro de 1862 ele se apresenta no Teatro Ginásio (Rio???), acompanhado pela Sociedade Dramática Nacional, quando executa os motivos da ópera "Guilherme Tell" do italiano Gioachino Rossini (1792-1868), Miguel Ângelo Pereira ao piano e a seguir "A esposa deve acompanhar seu marido": comédia em 1 ato (peça de 1861), composta por Júlio César Machado (1835-1890). [71] no dia 5 de julho de 1863 no Ginásio Dramático (RJ), juntamente com a Sociedade Dramática Nacional, Chico Moniz e Arthur Napoleão, em dueto de rabeca/piano executaram novamente a peça "Guilherme Tell" e, concluindo a apresentação, Napoleão e Carlos Schramm executaram a grande marcha triunfal, a dois pianos, composta por Arthur Napoleão, intitulada "''A Brasileira''" e dedicada ao Imperador (Dom Pedro II,[72][73] no dia 2 de abril de 1864, no "Teatro Lírico Fluminense" diante de uma orquestra de cinquenta músicos, Chico apresentou a "Fantasia" sobre motivos da ópera "A filha do Regimento" de Gaetano Donizetti (1797-1848), nesta oportunidade apresentaram-se também os pianistas Miguel Ângelo e Carlos Schramm.[74] Estas apresentações tinham na pessoa do imperador Dom Pedro II, um expectador assíduo. Carlos Schramm era um pianista de renome, vez ou outra ele se apresentava no Teatro São Luiz (MA), como o fez em 17 de março de 1866 em dueto com Carlos Werner, violinista da câmara de S. M. I. Dom Pedro II.[75] Nesta turnê maranhense ele se apresenta com vários artistas, como Sá Noronha, a jovem carioca filha de italianos Angelina Bottini e Arthur Napoleão.[76]

Já nos anos de 1865/66, Chico realiza algumas viagens pelo Brasil, no provável intuito de realizar seus concertos. Assim é que em 13 de maio de 1865, vindo dos portos do sul, ele desembarca no Recife/PE.[77] Depois, em meados de julho do mesmo ano ele se encontra em turnê no Maranhão,[78] no início de março de 1866, ele, depois de uma turnê, retorna ao Recife/PE, desembarcando naquela cidade do "'Vapor Paraná", que vinha do Pará e portos intermediários.[79] Depois ele empreende uma viagem internacional, retornando ao país em 28 de agosto de 1866. Ele chegou ao país no "Vapor Galileu", com escalas em Liverpool.[80] O certo é que ele esteve em várias capitais do Brasil e da América do Sul, quando da turnê realizada em companhia de Arthur Napoleão.[7]

Quase imediatamente à sua chegada, em 26 de setembro de 1866, ele se apresentar no Teatro São José, em São Paulo com a peça "Temporão em copo d'Água", comédia em 1 ato, seguida da "Grande Fantasia", para orquestra, depois "Ana Bolena", "Alta noite" e "Fantasia Característica", para violino e piano, depois ele apresenta o 2.º ato da comédia "Melancolia", para orquestra e finaliza a apresentação com "Souvenirs de Bellini".[81] Em reconhecimento ao talento do artista e à sua performance, os acadêmicos da Faculdade de São Paulo ofertaram ao artista uma medalha de ouro, seguido do discurso do estudante Dr. Luiz Silveira.[82] Neste mesmo teatro ele (e o pianista Arthur Napoleão) voltaria a se apresentar em 21 de outubro do mesmo ano.[nota 15] Em 1866 Arthur Napoleão e Moniz tocaram três concertos em São Paulo e Napoleão recebeu uma medalha de ouro oferecida com os dizeres: "Os estudantes de São Paulo - A Arthur Napoleão – 1866"

A crítica editar

O colunista Reinaldo Carlos Monteiro do jornal "Correio Mercantil'"", não poupa palavras para enaltecer o gênio de Francisco chamando-o de sabiá melodioso. [84]Crônica, Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1862.

(SIC) Se apresentara no dia 7 (de novembro de 1862) no teatro "Ginásio Dramático", as esperanças anunciadas pelo provado talento do Sr. Moniz Barreto Junior. O arco do violinista deu-nos novas, peregrinas e melancólicas flores de sentimento. Assim possa ele vencer a indiferença e desamor com que no país se olha para as manifestações da arte ideal, que se traduz na palavra poética que vai ao coração, o se volatiza em sons que presentem o infinito. - ". Assinado: E. Lima.[85][86]

(SIC) Ateneu Dramático - "Tivemos anteontem (18 de julho de 1862) ocasião de ouvir neste teatro ("Ateneu Dramático", no Rio de Janeiro) a rabeca do Sr. Francisco Moniz Barreto Junior [...] um artista muito distinto, a cujos caprichos obedece dócil um instrumento rebelde em tantas mãos. Sabe tirar os mais melodiosos sons de sua beca, a sua arcada é larga e segura [levando] à perfeição e limpeza na execução [...], possui habilidades e destreza não vulgares. A rabeca [em suas] mãos, chora, ri, canta, anela, soluça, geme, exulta, arqueja, como se a alma do artista passasse pelo arco [...], ouvindo-o pode-se acreditar na transmissão do fluído magnético...".[87]

(SIC) "... de fronte alta [e a] inspiração nos olhos, [ele tem] o gênio, a arte, e o ardor de chegar até onde sobem os mais alentados; [é um] nome conhecido e respeitado, distinto nas letras ao qual já tem ele ajuntado louros e ajuntará ainda mais...".[88]

(SIC) "... A noite de anteontem [26/9/1866] foi uma noite de verdadeiro triunfo para o distinto artista Moniz Barreto no "Teatro de São José" (no "Largo de São Gonçalo", atual Praça Doutor João Mendes, em São Paulo): os sons melodiosos e inspirados, que com tanta maestria soube tirar de seu instrumento, arrebataram o público de São Paulo, fazendo vibrar com entusiasmo seus espontâneos aplausos...".[82]

"S Paulo 11 de outubro de 1866.
O ator Francisco de Assis Gonçalves da Companhia Dramática do Teatro São José[nota 16] e sua esposa Minervina Rosa Gonçalves,[nota 17] externam sua gratidão ao Sr. Moniz Barreto Junior por sua participação em sua apresentação em evento beneficente da Cia. [...] o nome de Moniz Barreto deve ser sempre lembrado por seu talento com admiração e respeito, poia possui ele a cora da glória e da virtude.".[90]

Bibliografia editar

  • Poetas Brasileiros Contemporâneos. Rio de Janeiro/Paris. H. Garnier, Livreiro Editor, 1903. xi, 344 páginas.
  • Melo Moraes Filho. Bibliografia das Antologias Brasileira. M. P.[91]
  • Lellis Maçon. & Cia, 1855. Barreto, Francisco Moniz. Clássicos e românticos: exercícios poéticos. 2 Vol. Salvador: Tipografia de Camillo
  • Machado, Ubiratan. A Vida literária no Brasil durante o romantismo. Rio de Janeiro: EDUERJ,

2000.

  • Rabelo, Laurindo José da Silva. Obras completas: poesia, prosa e gramática. São Paulo:

Companhia Editora Nacional, 1946. (Livros do Brasil, v.8).

  • Rabelo, Laurindo José da Silva. Poesias completas. Rio de Janeiro: INL, 1963.
  • Romero, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro – Sergipe: Imago – Editora

UFS, 2001.

Notas

  1. O pai de Chico Moniz, o velho repentista Francisco Moniz Barreto (1804-1868), tinha como seu forte glosar motes em décimas, sendo conhecido popularmente como o “Bocage brasileiro”, homenageado como patrono da cadeira de n. 13, da Academia de Letras da Bahia. De sua vida, sabe-se que, num gesto de rebeldia e patriotismo, recusou-se, em 1923, à obediência paterna, durante a guerra da Independência, a estudar em Coimbra. Alistou-se e, como artilheiro foi lutar na Guerra Cisplatina, ocorrida entre 1825/28, destacando-se como militar. A seguir o velho repentista foi para o Rio de Janeiro, em 1829. Até 1833 foi jornalista. Depois, voltou para a Bahia, como funcionário público. Era repentista, glosador e cultor do mote, geralmente em trova.
  2. No Conservatório de Paris, Alard foi aluno dos músicos François-Antoine Habeneck e François-Joseph Fétis. Depois ele, Alard, substituiu ao músico Pierre Baillot e lecionou entre os anos 1843/75.
  3. Talvez tenha sido a primeira vez em que se ouviu o som de violino feito por Stradivarius no Brasil. [12]
  4. O Teatro de São José ficava na Rua do Imperador, n.º 15. Depois foi transferido para a Rua Senador Feijó, no Largo de São Gonçalo (atual Praça Doutor João Mendes na cidade de São Paulo). Depois de um lamentável incêndio, um novo Teatro de São José foi construído ao lado Viaduto do Chá. Ele consolidou-se como uma importante casa de espetáculos da cidade, e recebeu importantes companhias internacionais, como a companhia de Ermete Novelli. Por aqueles palcos passaram malabaristas, mágicos alemães, companhias dramáticas italianas e artistas como o maestro Arturo Toscanini, a atriz Sarah Bernhardt, Eugênia Câmara e o poeta Castro Alves, que fazia declamações de seu camarote. Além disso, o teatro passou a ser palco para as pregações abolicionistas de Antônio Bento.
  5. O professor de música no "Liceu da Bahia", Domingos da Rocha Moçurunga, era ardente defensor da criação de uma instituição que atendesse os anseios da sociedade soteropolitana de sua época. Sua proposta foi aprovada pela Assembleia Provincial, contudo a falta de recursos não permitiu que ela tomasse forma. [19] Mas aprovou a criação do "Conservatório de Música da Bahia", onde ensinar-se-ão todos os gêneros de música, vocal, instrumental, mimica e contraponto. [20]
  6. A Academia de Belas Artes da Bahia foi fundada em 17 de dezembro de 1877. Passou a ser denominada Escola de Belas Artes da Bahia em 1891, por força da Reforma do Ensino Secundário e Superior da República feita por Benjamin Constant. É a segunda Escola Superior da Bahia e a segunda Escola de Artes do Brasil. Em dezembro de 1948 passou a integrar a então instituída Universidade da Bahia
  7. Os professores da Escola de Belas Artes, Chico Moniz e Miguel dos Anjos de Santana Torres (1837-1902), foram atuantes na fundação do Conservatório de Música, o grande sonho de Moçurunga. Outros notáveis artistas, envolvidos naqueles projetos, foram: João Amado Coutinho Barata (1830 de 1886), Giuseppi Baccigaluppi (c.1850-?), 24 Joaquim Cornélio de Santana Torres (irmão 25 de Miguel Torres), João Bispo da Igreja (1821-1881), Alípio Pereira Rebouças (1851-1881), Livino Faustino dos Santos (c. 1820/30 e 1889), Adelelmo Francisco do Nascimento (1848-1898), finalizando com Francisco Moniz Barreto (1836-1901).
  8. tornou-se o professor de música do..........
  9. A poetisa Gilka Machado, dedica o poema "Íntimos", do livro "Cristais partidos'", à sua avó Cândida Moniz Barreto da Costa: "Minha avozinha, minha avozinha / hoje quão longe de mim tu estás! / Que linda Mágoa se me avizinha / e me recorda os primaverais / dias vividos na infância minha, / dias que nunca voltarão mais. / / (...)." [26] [27]
  10. Francisco Pereira da Costa apresentava-se, com seus concertos, na "Casa Arthur Napoleão & Miguez", por onde passaram diversas atrações, tanto nacionais quanto internacionais, o que pode comprovar a ocorrência de uma circularidade constante de músicos. Dentre os instrumentistas internacionais podemos citar o violinista português Francisco Pereira da Silva Costa (1847 de 1890), o violoncelista português Frederico do Nascimento (1852-1924 e o violinista cubano José White (1836-1918), que viveu no Brasil entre 1879 e 1889.
  11. A mãe da poetisa Gilka Machado, sobre a devoção que tinha pela mãe Tereza Cristina, torna claro o seguinte depoimento: (SIC) "Minha mãe – Thereza Costa – foi uma heroína, bonita e inteligente, enfrentou todas as dificuldades da vida sem desânimo, conseguindo obter um nome de relevo no teatro e no rádio" [32] [33] Tereza transformou-se em uma rádio-atriz de renome, e foi m motivo de orgulho para Gilka.
  12. Chico Moniz fazia parte do grupo de poetas composto por Elzeario Pinto, António Alves de Carvaltial, Castro Alves, Mello Moraes Filho e Plinio de Lima. Seu pai, o velho repentista Moniz Barreto, comandava um outro grupo que se contrapunha a este, eque contava, como sectários de escola, A. de Mendonça, D. Adélia Josefina de Castro Fonseca, Domingos Joaquim da Fonseca, António Lopes Cardozo e João de Brito. [41]
  13. Manuel da Silva Melo Guimarães, chegou ao Brasil em 1845, para trabalhar no comércio. Ele publicava artigos em jornais e era bibliotecário do Gabinete Português de Leitura. Ele organizou o catálogo bibliográfico, editado em 1870, e que hoje é considerado uma preciosidade em termos de informação.
  14. .................
  15. Foi tão grande a trovoada de palmas e a chuva de flores que caiu sobre o palco de São José na noite de 21, que por um triz não morreram asfixiados os artistas Arthur Napoleão e Moniz Barreto. [83]
  16. Em 1862, para proporcionar espetáculos permanentes, o empresário Antônio Bernardo Quartim, idealizador do São José, uniu-se ao ator Joaquim Augusto Ribeiro de Souza e organizaram uma Companhia Dramática composta pelas atrizes Maria Velutti Ribeiro de Souza, esposa de Joaquim Augusto, Júlia Carlota de Oliveira, Benedita Maria Santos e Minervina Rosa Gonçalves, Filadefa Louro e pelos atores Joaquim Augusto Ribeiro de Souza, Joaquim Augusto Filho, Henrique Costa, João Elói Quevedo, José Vitorino da Silva Azevedo, Francisco de Assis Gonçalves, Francisco Correia Vasques, Paulo Eduardo Petit, Augusto Montani e Luís Paulino. [89]
  17. Havia, na ocasião, em São Paulo (pelos idos de 1864), uma empresa dramática, de propriedade da firma Macedo & Henrique. O elenco era constituído por artistas portugueses. A única brasileira, Minervina Rosa Gonçalves, casada com o ator Francisco de Assis Gonçalves, e era uma mulher encantadora e a favorita dos acadêmicos. [89]

Referências

  1. ANNO 80, n.º 362, Jornal do Comércio, (RJ), de 30 de dezembro de 1900.
  2. Instituto de Letras e Artes
  3. a b c Eros Volúsia. "Eu e a dança" - Revista Continente Editorial, 1983 - 186 páginas
  4. "Eu e a dança" - Eros Volúsia.
  5. Revista Continente Editorial, 1983 - 186 páginas
  6. Eros Volusia. "Eu e a dança" - Revista Continente Editorial, 1983 - 186 páginas
  7. a b c d e Revista Excelsior ANNO VII, NUM. 107. Novembro de 1936.
  8. a b c d e "Amphion", Lisboa, 15 de agosto de 1896 - Bahia, 25 de maio de 1896 - J. Barreto Aviz.
  9. a b Marc Honegger (1979). Dicionário da Música. Tomo I, Os homens e suas obras. A-K. [S.l.]: Bordas. Paris. 1232 páginas . isbn=2-04-010721-5
  10. Azevedo, Luiz Heitor Correia de. 150 anos de música no Brasil (1800-1950). Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1956, página 94 e Magaldi, Cristina. Musica para as Elites: Sociedades Musicais do Rio de Janeiro Imperial. A música latino-americana revisitada / Revista de Música Latino-americanas, Impresso pela Universidade do Texas, v. 16, n. 1, 1995, páginas 19-21.
  11. Flausino Vale e Marcos Salles: influências da escola franco-belga em obras brasileiras para violino solo
  12. Flausino Vale e Marcos Salles: influências da escola franco-belga em obras brasileiras para violino solo
  13. a b c «resgate de memória: quem foi Gilka Machado?». OBVIOUS. 26 de abril de 2017 
  14. Nastri, Pedro (23 de abril de 2013). «Teatro de São José». São Paulo Minha Cidade. Consultado em 25 de dezembro de 2017 
  15. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
  16. Jornal "Diário de São Paulo” (SP), de 25 de setembro de 1866.
  17. Poetas Brasileiros
  18. (QUERINO, 1909)
  19. Querino, Manoel Raymundo. Artistas baianos: Indicações biográficas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1911, p. 178
  20. Universidade Federal da Bahia Escola de Música. Programa de pós-graduação em música
  21. “Jornal do Comércio” (RJ), de 28 de agosto de 1882.
  22. ANNO 80, n.º 362, “Jornal do Comércio” (RJ), de 30 de dezembro de 1900.
  23. [1]Gilka Machado. “’’Poesias completas’’”. Livraria Editora Cátedra, 1978 - 276 páginas
  24. a b c Os de hoje. Nestor Victor. Figuras do Movimento Modernista Brasileiro.
  25. Jornal “O Paiz” (RJ), de 10 de maio de 1921.
  26. MACHADO, Op. Cit, p. 48-49
  27. O sujeito poético do desejo erótico: A poesia de Gilka Machado sob a ótica de uma leitura estética e política feminista. Oliveira, Ana Paula Costa de. Florianópolis 2002.
  28. Eu e a dança Eros Volusia. Revista Continente Editorial, 1983 - 186 páginas
  29. Jornal “O Paiz” (RJ), 10 de maio de 1921.
  30. a b Metrópole à beira-mar: O Rio moderno dos anos 20 Ruy Castro. Companhia das Letras, 21 de novembro de 2019 - 536 páginas.
  31. Alexandre Raicevich de Medeiros - O tinteiro, o piano e o tabuleiro: a amizade de Arthur Napoleão e Machado de Assis
  32. MACHADO, 1978, p. IX
  33. Juliana de Souza da Silva - Uma leitura de "Cristais Partidos", de Gilka Machado, pelo viés do imaginário.
  34. Tribuna da imprensa 1 de outubro de 1955.
  35. Eros Volúsia: a criadora do bailado nacional Roberto Pereira. Relume Dumará, 2004 - 157 páginas
  36. Maria do Socorro Pinheiro, "O Erotismo metafísico" na poesia de Gilka Machado: Símbolos do desejo
  37. Agulha - Revista de Cultura
  38. Enciclopédia de Literatura Brasileira Vol.2 : Dir.: Afrânio Coutinho - MEC, 1990.
  39. a b Belas Artes em Família - Gilka Machado, Rodolfo Machado, Eros Volúsia e Amaury Menezes
  40. Amaury Menezes
  41. Mello Moraes Filho - Poetas brasileiros contemporâneos
  42. Jornal "O Globo" (RJ), de 4 de julho de 1876.
  43. Mello Moraes Filho - Poetas Brasileiros Contemporâneos, página 59
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  45. Semana Ilustrada 1 de novembro de 968.
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  48. Jornal "O Estado do Espírito Santo" (ES), de 22 de setembro de 1901.,
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  50. O Futuro Periódico Literário, n. III p. 1-4, 1 de junho de 1863., antes da p. 73 da numeração regular; n. VIII, p. 1-4, antes da p. 237 da numeração regular
  51. Universidade Federal de Minas Gerais - Alex Sander Luiz Campos - da colaboração de Machado de Assis na Revista Luso-Brasileira "O Futuro": "Literatura e Vida Literária", 1862-1863.
  52. Diário de São Paulo, de 25 de setembro de 1866, pg 3
  53. [https://digital.bbm.usp.br/bitstream/bbm/7173/1/Anno.I_n.IX_45000037076_Output.o.pdf O Futuro Periódico Literário, 15 de janeiro de 1863
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  60. (FRIAS, 1913, p. 156-157)
  61. A caminho de Bayreuth: A música na obra de Machado de Assis - Raymond S. Sayers e Marcelo Diego
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  70. “Jornal do Comércio (RJ), de 7 de novembro de 1862.
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  79. Diário de Pernambuco 9 de março de 1866.
  80. Correio Mercantil N.º 28, de 29 de agosto de 1866.
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  82. a b Jornal "Diário de São Paulo" (SP), 28 de setembro de 1866.
  83. "Cabrião: semanário humorístico", editado por Ângelo Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis, 1866-1867. Délio Freire dos Santos. UNESP, 2000 - 407 páginas.
  84. Diário do Rio de Janeiro 26 de janeiro de 1862.
  85. O Futuro, 15 de novembro de 1862.
  86. "Jornal do Commercio" - "Gazetilha", n.º 169, Rio de Janeiro, Sexta-feira, 20 de junho de 1862
  87. “Jornal do Comércio” (RJ), de 20 de junho de 1862.
  88. Jornal "Diário de São Paulo" (SP), 26 de setembro de 1866.
  89. a b A dramaturgia nos palcos paulistanos, 1864/98. Edson Santos Silva. São Paulo, 2008.
  90. Diário de São Paulo, 13 de outubro de 1866.
  91. Jornal "Diário Carioca" (RJ), ANNO XXXV - N.º 10.799, de 5 de maio de 1963.

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