A Classe Iron Duke foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Iron Duke, HMS Marlborough, HMS Benbow e HMS Emperor of India. Suas construções começaram em 1912 no Estaleiro Real de Portsmouth, Estaleiro Real de Devonport, na William Beardmore and Company e na Vickers, sendo lançados ao mar em 1912 e 1913 e comissionados na frota britânica em 1914. O projeto da classe era quase uma repetição da predecessora Classe King George V com apenas algumas mudanças incrementais, com a principal tendo sido a instalação de uma bateria secundária mais poderosa de canhões de 152 milímetros para enfrentar barcos torpedeiros.[1]

Classe Iron Duke

O HMS Emperor of India, a última embarcação da classe
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Estaleiro Real de Portsmouth
Estaleiro Real de Devonport
William Beardmore and Company
Vickers
Predecessora Classe King George V
Sucessora Classe Queen Elizabeth
Período de construção 1912–1914
Em serviço 1914–1946
Construídos 4
Características gerais (como construídos)
Tipo Couraçado
Deslocamento 29 500 t (carregado)
Comprimento 189,8 m
Boca 27,4 m
Calado 9,98 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
18 caldeiras
Velocidade 21 nós (39 km/h)
Autonomia 7 780 milhas náuticas a 10 nós
(14 410 km a 19 km/h)
Armamento 10 canhões de 343 mm
12 canhões de 152 mm
2 canhões de 76 mm
4 tubos de torpedo de 533 mm
Blindagem Cinturão: 305 mm
Convés: 25 a 65 mm
Anteparas: 203 mm
Torres de artilharia: 280 mm
Barbetas: 75 a 254 mm
Tripulação 995 a 1 022

Os couraçados da Classe Iron Duke eram armados com uma bateria principal de dez canhões de 343 milímetros montados em cinco torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 189 metros, boca de 27 metros, calado de quase dez metros e um deslocamento carregado de mais de 29 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por dezoito caldeiras mistas de carvão e óleo combustível que alimentavam quatro conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 21 nós (39 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão principal de blindagem que tinha 305 milímetros de espessura.[1]

Os navios atuaram na Grande Frota na Primeira Guerra Mundial, porém pouco fizeram e passaram a maior parte do tempo realizando treinamentos no Mar do Norte e surtidas para tentar encontrar a Frota de Alto-Mar alemã.[2] Todos menos o Emperor of India participaram da Batalha da Jutlândia em 1916.[3] Foram transferidos para o Mar Mediterrâneo ao final do conflito, participando da intervenção dos Aliados na Guerra Civil Russa.[4] Eles foram desarmados de acordo com o Tratado Naval de Londres de 1930 e desmontados em seguida,[5] com exceção do Iron Duke, que foi usado como navio-escola e depois plataforma antiaérea na Segunda Guerra Mundial até ser desmontado em 1949.[6]

Referências editar

  1. a b Preston 1985, p. 31
  2. Halpern 1995, p. 27
  3. Campbell 1986, pp. 155–157, 208–210
  4. Burt 2012, p. 230
  5. Burt 2012, pp. 63, 227, 229, 231
  6. Burt 2012, p. 231

Bibliografia editar

  • Burt, R. A. (2012) [1986]. British Battleships of World War One 2ª ed. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-59114-053-5 
  • Campbell, N. J. M. (1986). Jutland: An Analysis of the Fighting. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-324-5 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Preston, Antony (1985). «Great Britain and Empire Forces». In: Gardiner, Robert; Gray, Randal. Conway's All the World's Fighting Ships 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-85177-245-5 

Ligações externas editar

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