Classe Regina Elena

A Classe Regina Elena foi uma classe de navios couraçados pré-dreadnought operados pela Marinha Real Italiana, composta pelo Regina Elena, Vittorio Emanuele, Roma e Napoli. Suas construções começaram nos primeiros anos do século XX nos estaleiros de Castellammare di Stabia e La Spezia; os batimentos das quilhas do Regina Elena e Vittorio Emanuele ocorreram em 1901, enquanto do Roma e Napoli seguiram-se dois anos depois.[1] Foram os últimos pré-dreadnought construídos para a Itália, tendo sido seguidos em 1910 pelo dreadnought Dante Alighieri.

Classe Regina Elena

O Regina Elena, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Itália
Operador(es) Marinha Real Italiana
Construtor(es) Castellammare di Stabia
La Spezia
Predecessora Classe Regina Margherita
Sucessora Dante Alighieri
Período de construção 1901–1908
Em serviço 1907–1927
Construídos 4
Características gerais
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 14 029 t
Comprimento 144,6 m
Boca 22,4 m
Calado 8,5 m
Propulsão 2 hélices
2 motores de tripla-expansão
28 caldeiras
Velocidade 22 nós (41 km/h)
Autonomia 10 000 milhas náuticas a 10 nós
(19 000 km a 19 km/h)
Armamento 2 canhões de 305 mm
12 canhões de 203 mm
16 canhões de 76 mm
2 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 102 a 250 mm
Torres de artilharia: 200 mm
Torre de comando: 250
Convés: 38 mm
Tripulação 742–764

As embarcações da Classe Regina Elena tinham um comprimento de 144 metros, boca de 22 metros, calado de oito metros e um deslocamento de 14 mil toneladas. Seu sistema de propulsão era de dois motores de tripla-expansão que conseguiam alcançar uma velocidade máxima de 22 nós. A bateria principal era de dois canhões de 305 milímetros montados em duas torres simples, complementada por mais doze canhões de duzentos milímetros dispostos em quatro torres duplas. Seu cinturão de blindagem, por sua vez, tinha entre 102 e 250 milímetros de espessura.[1][2]

Todos os quatro couraçados foram designados para a mesma esquadra e participaram de exercícios e cruzeiros de rotina em tempos de paz.[3] Eles lutaram Guerra Ítalo-Turca contra o Império Otomano entre 1911 e 1912,[4] frequentemente no apoio as forças terrestres italianas durante campanhas no Norte da África e em diversas ilhas no Mar Mediterrâneo.[5] Também participaram da Primeira Guerra Mundial, porém não entraram em combate devido a políticas cautelosas adotadas pela Marinha Real. Foram tirados do serviço entre 1923 e 1926 e depois desmontados.[1]

Referências

  1. a b c Gardiner 1979, p. 344
  2. Alger, pp. 344–345
  3. Brassey 1911, p. 56
  4. Beehler 1913, p. 6
  5. Beehler 1913, pp. 27–29, 74–76

Bibliografia editar

  • Alger, Philip R. «Professional Notes». Annapolis: Naval Institute Press. Proceedings. 34 (125) 
  • Beehler, William Henry (1913). The History of the Italian-Turkish War: September 29, 1911, to October 18, 1912. Annapolis: Naval Institute Press. OCLC 1408563 
  • Brassey, Thomas A. (1911). Brassey's Naval Annual. Portsmouth: J. Griffin & Co. 
  • Gardiner, Robert (1979). Conway's All the World's Fighting Ships: 1860–1905. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-85177-133-5 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Halpern, Paul G. (2004). The Battle of the Otranto Straights: Controlling the Gateway to the Adriatic in WWI. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 978-0-253-34379-6 
  • Hore, Peter (2006). Ironclads. Londres: Southwater Publishing. ISBN 978-1-84476-299-6 

Ligações externas editar

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