Classe Regina Margherita

A Classe Regina Margherita foi uma classe de couraçados pré-dreadnought operados pela Marinha Real Italiana, composta pelo Regina Margherita e Benedetto Brin. Suas construções começaram no fim do século XIX nos estaleiros de Castellammare di Stabia e La Spezia; o batimento de quilha do Regina Margherita ocorreu em novembro de 1898, enquanto do Benedetto Brin foi em janeiro do ano seguinte. Foram comissionados na frota italiana em 1904 e 1905.[1] Os navios foram pensados para serem maiores, mais poderosos e mais rápidos que seus predecessores da Classe Ammiraglio di Saint Bon e que fossem capazes de enfrentar a Classe Habsburg da Áustria-Hungria.[2]

Classe Regina Margherita

O Regina Margherita, primeira embarcação da classe
Visão geral  Itália
Operador(es) Marinha Real Italiana
Construtor(es) Castellammare di Stabia
La Spezia
Predecessora Classe Ammiraglio di Saint Bon
Sucessora Classe Regina Elena
Período de construção 1898–1905
Em serviço 1904–1916
Construídos 2
Características gerais
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 14 973 t (carregado)
Comprimento 138,65 m
Boca 23,84 m
Calado 9 m
Propulsão 2 hélices
2 motores de tripla-expansão
28 caldeiras
Velocidade 20 nós (37 km/h)
Autonomia 10 000 milhas náuticas a 10 nós
(18 520 km a 19 km/h)
Armamento 4 canhões de 305 mm
4 canhões de 203 mm
12 canhões de 152 mm
20 canhões de 76 mm
2 canhões de 47 mm
2 canhões de 37 mm
4 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 152 mm
Convés: 78 mm
Torres de artilharia: 203 mm
Torre de comando: 152 mm
Casamatas: 152 mm
Tripulação 812 a 900

Os dois couraçados da Classe Regina Margherita tinham um comprimento de fora a fora de 138,6 metros, boca de 23,8 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado que podia chegar a quase quinze mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 28 caldeiras a carvão que alimentavam dois motores de tripla-expansão, que por sua vez giravam duas hélices até uma velocidade máxima de vinte nós (37 quilômetros por hora). Os navios eram armados com uma bateria principal formada por quatro canhões de 305 milímetros montados em duas torres de artilharia duplas, enquanto seu cinturão de blindagem tinha 152 milímetros de espessura na área central.[1]

O Regina Margherita e o Benedetto Brin tiveram carreira ativas na frota italiana durante seus primeiros anos de serviço, frequentemente participando de diversos exercícios de treinamento.[3] Ambos participaram da Guerra Ítalo-Turca entre 1911 e 1912,[4] envolvendo-se em operações no Norte da África e no Mediterrâneo Oriental.[5] Os dois navios pouco fizeram durante a Primeira Guerra Mundial devido a estratégias navais cautelosas.[6] Ambos acabaram sendo usados como navios de treinamento. O Benedetto Brin acabou explodindo em setembro de 1915 e afundando, enquanto o Regina Margherita bateu em uma mina alemã em dezembro do ano seguinte e também naufragou.[1]

Referências

  1. a b c Gardiner 1979, p. 343
  2. Hore 2006, pp. 79–80
  3. Brassey 1908, p. 52
  4. Beehler 1913, p. 9
  5. Beehler 1913, pp. 66–68
  6. Halpern 1995, pp. 141–142

Bibliografia editar

  • Beehler, William Henry (1913). The History of the Italian-Turkish War: September 29, 1911, to October 18, 1912. Annapolis: Naval Institute Press. OCLC 1408563 
  • Brassey, Thomas A. (1908). The Naval Annual. Portsmouth: J. Griffin & Co. 
  • Gardiner, Robert (1979). Conway's All the World's Fighting Ships 1860–1905. Greenwich: Conway Maritime Press. ISBN 978-0-8317-0302-8 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Hore, Peter (2006). The Ironclads. Londres: Southwater Publishing. ISBN 978-1-84476-299-6 

Ligações externas editar

  Este artigo sobre tópicos navais é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.