A Classe Shōkaku (翔鶴型?) foi uma classe de porta-aviões operados pela Marinha Imperial Japonesa, composta pelo Shōkaku e Zuikaku. Suas construções começaram em 1937 e 1938 no Arsenal Naval de Yokosuka e na Kawasaki, sendo lançados ao mar em 1939 e comissionados na frota em 1941.[1] Eles foram encomendados em 1937 e foram os primeiros porta-aviões japoneses construídos sem as limitações do Tratado Naval de Washington. O objetivo de projeto era construir embarcações superiores a suas contrapartes de outras marinhas, com capacidade elevada de aeronaves, bom armamento defensivo e alta velocidade. Os projetistas escolheram construir uma versão modificada do Hiryū.[2]

Classe Shōkaku

O Shōkaku, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Japão
Operador(es) Marinha Imperial Japonesa
Construtor(es) Arsenal Naval de Yokosuka
Kawasaki
Predecessora Hiryū
Sucessora Classe Hiyō
Período de construção 1937–1941
Em serviço 1941–1944
Construídos 2
Características gerais
Tipo Porta-aviões
Deslocamento 32 105 t (carregado)
Comprimento 257,5 m
Boca 29 m
Calado 9,32 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
8 caldeiras
Velocidade 34,5 nós (63,9 km/h)
Autonomia 9 700 milhas náuticas a 18 nós
(18 000 km a 33 km/h)
Armamento 16 canhões de 127 mm
36 a 96 canhões de 25 mm
Blindagem Cinturão: 46 a 165 mm
Convés: 65 a 132 mm
Aeronaves 72 (+12 sobressalentes)
Tripulação 1 660

Os dois porta-aviões da Classe Shōkaku tinham um comprimento de fora a fora de 257 metros, boca de 29 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado de pouco mais de 32 mil toneladas.[3] Seus sistemas de propulsão eram compostos por oito caldeiras que alimentavam quatro turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 34 nós (63 quilômetros por hora).[4] Os navios podiam carregar até 84 aeronaves, eram armados com uma bateria antiaérea formada por dezesseis canhões de 127 milímetros e 36 canhões de 25 milímetros e também possuíam um pequeno cinturão de blindagem que ficava entre 46 a 165 milímetros de espessura.[5]

Os navios participaram de praticamente todas as grandes operações navais japonesas na Segunda Guerra Mundial. No início do conflito, estiveram presentes no Ataque a Pearl Harbor, em um ataque contra o Oceano Índico e na Batalha do Mar de Coral; nesta última, o Shōkaku foi seriamente danificado e o Zuikaku perdeu a maioria de suas aeronaves, assim ambos ficaram de fora da Batalha de Midway. Depois disso participaram da Campanha de Guadalcanal e passaram a maior parte de 1943 navegando entre bases. O Shōkaku foi afundado em junho de 1944 depois de ser torpedeado na Batalha do Mar das Filipinas, enquanto o Zuikaku foi afundado em outubro na Batalha do Golfo de Leyte.[6][7]

Referências

  1. Jentschura, Jung & Mickel 1977, p. 51
  2. Lengerer 2014, pp. 90–91
  3. Lengerer 2014, pp. 93, 107
  4. Lengerer 2014, pp. 102–104
  5. «Shokaku-class Aircraft Carrier». Combined Fleet. Consultado em 20 de agosto de 2021 
  6. Tully, Anthony P. (30 de julho de 2010). «IJN Shokaku: Tabular Record of Movement». Combined Fleet. Consultado em 20 de agosto de 2021 
  7. Tully, Anthony P. (setembro de 2010). «IJN Zuikaku ("Happy Crane"): Tabular Record of Movement». Combined Fleet. Consultado em 20 de agosto de 2021 

Bibliografia editar

  • Jentschura, Hansgeorg; Jung, Dieter; Mickel, Peter (1977). Warships of the Imperial Japanese Navy, 1869–1945. Annapolis: United States Naval Institute. ISBN 0-87021-893-X 
  • Lengerer, Hans (2014). «The Aircraft Carriers of the Shōkaku Class». In: Jordan, John. Warship 2015. Londres: Conway. ISBN 978-1-84486-276-4 

Ligações externas editar

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