A Classe St Vincent foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS St Vincent, HMS Collingwood e HMS Vanguard. Suas construções começaram em 1907 e 1908 no Estaleiro Real de Portsmouth, Estaleiro Real de Devonport e na Vickers, sendo lançados ao mar em 1908 e 1909 e comissionados na frota britânica em 1910.[1][2] O projeto da classe foi muito baseado na predecessora Classe Bellerophon, mas os navios foram armados com novas e mais poderosas versões dos canhões de 305 milímetros, além de serem ligeiramente maiores.[3] Um quarto couraçado para a classe teve seu projeto modificado e acabou se tornando o sucessor HMS Neptune.[4]

Classe St Vincent

O HMS St Vincent, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Estaleiro Real de Portsmouth
Estaleiro Real de Devonport
Vickers
Predecessora Classe Bellerophon
Sucessora HMS Neptune
Período de construção 1910–1922
Lançamento 1907–1910
Construídos 3
Características gerais (como construídos)
Tipo Couraçado
Deslocamento 23 200 t (carregado)
Comprimento 163,4 m
Boca 25,7 m
Calado 8,5 m
Propulsão 4 hélices
2 turbinas a vapor
18 caldeiras
Velocidade 21 nós (39 km/h)
Autonomia 6 900 milhas náuticas a 10 nós
(12 800 km a 19 km/h)
Armamento 10 canhões de 305 mm
20 canhões de 102 mm
3 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 203 a 254 mm
Convés: 19 a 76 mm
Anteparas: 127 a 203 mm
Torres de artilharia: 279 mm
Barbetas: 127 a 254 mm
Torre de comando: 203 a 279 mm
Tripulação 755 a 835

Os couraçados da Classe St Vincent eram armados com uma bateria principal de dez canhões de 305 milímetros montados em cinco torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 163 metros, boca de 25 metros, calado de oito metros e um deslocamento carregado de mais de 23 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por dezoito caldeiras mistas de carvão e óleo combustível que alimentavam dois conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 21 nós (39 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão principal de blindagem que ficava entre 203 e 254 milímetros de espessura.[5]

Os três tiveram carreiras tranquilas em tempos de paz na Frota Doméstica.[6] Após o início da Primeira Guerra Mundial em 1914 atuaram na Grande Frota, porém pouco fizeram e passaram a maior parte do tempo realizando treinamentos no Mar do Norte e surtidas para tentar encontrar a Frota de Alto-Mar alemã.[7] A única ação de suas carreiras foi a Batalha da Jutlândia em 1916.[8] Depois disso realizaram mais surtidas infrutíferas à procura dos alemães.[9] O Vanguard afundou em julho de 1917 devido a uma explosão interna em um de seus depósitos de munição.[10] O St Vincent e o Collingwood foram usados como navios-escola após o fim da guerra até serem desmontados em 1921 e 1922.

Referências editar

  1. Parkes 1990, p. 503
  2. Burt 2012, p. 86
  3. Burt 2012, p. 75
  4. Friedman 2015, pp. 97–102
  5. Burt 2012, pp. 76, 80
  6. Burt 2012, pp. 86, 88
  7. Halpern 1995, p. 27
  8. Campbell 1986, pp. 157, 205–214, 229–230, 232–234
  9. Halpern 1995, pp. 330–332
  10. Burt 2012, pp. 84, 86

Bibliografia editar

  • Burt, R. A. (2012) [1986]. British Battleships of World War One 2ª ed. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-59114-053-5 
  • Friedman, Norman (2015). The British Battleship 1906–1946. Barnsley: Seaforth Publishing. ISBN 978-1-84832-225-7 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Parkes, Oscar (1990) [1966]. British Battleships, Warrior 1860 to Vanguard 1950: A History of Design, Construction, and Armament. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-075-4 

Ligações externas editar

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