Arapaçu-rabudo

Espécie de ave da família dos furnariídeos (Furnariidae)
(Redirecionado de Deconychura)

O arapaçu-rabudo[2] (nome científico: Deconychura longicauda) é uma espécie de ave da família dos furnariídeos (Furnariidae) e subfamília dos dendrocolaptíneos (Dendrocolaptinae). É monotípico dentro do gênero Deconychura, mas anteriormente este gênero também incluía o arapaçu-de-garganta-pintada (Certhiasomus stictolaemus).[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaArapaçu-rabudo
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Furnariidae
Subfamília: Dendrocolaptinae
Género: Deconychura
Cherrie, 1891
Espécie: D. longicauda
Nome binomial
Deconychura longicauda
(Pelzeln, 1868)
Distribuição geográfica
Distribuição do arapaçu-rabudo na América do Sul
Distribuição do arapaçu-rabudo na América do Sul

Etimologia

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Arapaçu deriva do tupi guirá, "ave", -pa-, "bater", e -açu, "grande".[4] O nome genérico vem do grego antigo deka, "dez", onux, onukhos, "garras" e oura, "cauda". O epíteto específico langicauda vem do latim longus, "longo", e cauda, "cauda".[5]

Distribuição e habitat

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O arapaçu-rabudo tem um alcance extremamente grande, podendo ser encontrada na Bolívia, Brasil (Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Honduras, Panamá, Peru, Suriname e Venezuela. Os seus habitats naturais são as florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e igapós, onde ocorre entre 400 e 1 700 metros, embora seja mais comuns por volta dos 500 metros.[1]

Taxonomia

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Entre os arapaçus, o arapaçu-rabudo é geneticamente o mais próximo do arapaçu-oliva (Sittasomus griseicapillus).[6] Sete subespécies são reconhecidas.[7]

  • D. l. typica Cherrie, 1891 – Costa Rica e oeste do Panamá
  • D. l. darienensis Griscom, 1929 – leste do Panamá
  • D. l. menor Todd, 1919 – norte da Colômbia
  • D. l. longicauda ( Pelzeln, 1868) – Guianas e norte do Brasil
  • D. l. connectens Zimmer, JT, 1929 – leste da Colômbia e sul da Venezuela até o leste do Equador, leste do Peru e noroeste do Brasil
  • D. l. pallida Zimmer, JT, 1929 – sudeste do Peru, norte da Bolívia e sudoeste do Brasil
  • D. l. zimmeri Pinto, 1974 – centro do Brasil

Conservação

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Em 2020, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) classificou o arapaçu-rabudo como pouco preocupante em sua Lista Vermelha, considerando sua ampla distribuição. O tamanho da população não foi quantificado, mas acredita-se que não se aproxime dos limites para vulnerável sob o critério de tamanho da população. Apesar do fato de que a tendência populacional parece estar diminuindo, acredita-se que o declínio não seja suficientemente rápido para se aproximar dos limiares para vulnerável sob o critério de tendência populacional (>30% de declínio ao longo de dez anos ou três gerações). A espécie é ameaçada por destruição e alteração de seu habitat natural.[1] Em 2007, a subespécie D. l. zimmeri foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[8][9][10] em 2018, a espécie foi classificada como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[11][12]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2020). «Deconychura longicauda». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T103661261A168534058. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T103661261A168534058.en . Consultado em 11 de maio de 2023 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 191. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. Derryberry, Elizabeth P.; Charamunt, S.; Chesser, R. Terry; Aleixo, Alexandre; Cracraft, Joel; Moyle, Robert G.; Brumfield, Robb T. (2010). «Certhiasomus, a new genus of woodcreeper (Aves: Passeriformes: Dendrocolaptidae. Zootaxa. 2416: 44-50 
  4. Garcia, R. (1913). Nomes das aves em lingua tupi: (contribuição para a lexicographia portuguêsa). Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, Tipografia Anexa à Diretoria do Serviço de Estatística 
  5. Jobling, James A. (2010). The Helm Dictionary of Scientific Bird Names. Londres: Christopher Helm. pp. 131, 229. ISBN 978-1-4081-2501-4 
  6. Harvey, M. G.; Bravo, Gustavo A.; Claramunt, Santiago; Cuervo, Andrés M.; Derryberry, Graham E.; Battilana, Jaqueline; Seeholzer, Glenn F.; Mckay, Jessica Shearer; O'Meara, Brian C.; Faircloth; Edwards, Scott V.; Pérez-Éman, Jorge; Moyle, Robert G.; Sheldon, Frederick H.; Aleixo, Alexandre; Smith, Brian Tilston; Chesser, R. Terry; Silveira, Luís Fábio; Cracraft, Joel; Brumfield, Robb T.; Derryberry, Elizabeth P. (2020). «The evolution of a tropical biodiversity hotspot». Science. 370 (6522): 1343-1348. doi:10.1126/science.aaz6970 
  7. Gill; Donsker, David; Rasmussen, eds. (janeiro de 2023). «Ovenbirds, woodcreepers». IOC World Bird List Version 13.1. International Ornithologists' Union. Consultado em 13 de março de 2023. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2022 
  8. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  9. Aleixo, Alexandre (2006). Oficina de Trabalho "Discussão e Elaboração da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Pará (PDF). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Conservação Internacional; Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM). Consultado em 5 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 19 de junho de 2022 
  10. «Deconychura longicauda zimmeri Pinto, 1974». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 11 de maio de 2023 
  11. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  12. «Deconychura longicauda (Pelzeln, 1788)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 11 de maio de 2023