Dismorphia amphione
Dismorphia amphione (denominada popularmente, em inglês, Tiger-mimic white)[2] é uma borboleta neotropical da família Pieridae e subfamília Dismorphiinae, nativa do México até o Peru[1], Bolívia[3] e Argentina[1] (Entre Ríos)[2]; incluindo Trinidad, Cuba, ilha de São Domingos e Porto Rico, na América Central.[3] Foi classificada por Pieter Cramer em 1779, com a denominação de Papilio amphione, no texto De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 3.[1][4] Possui padrões de asas sexualmente dimórficos entre macho e fêmea[3] e suas lagartas se alimentam de plantas do gênero Inga (família Fabaceae).[1]
Dismorphia amphione | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Fotografia da fêmea de D. amphione, ssp. astynome, pousada. Fotografada em Tremembé (SP).
| |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Dismorphia amphione (Cramer, [1779])[1] | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Papilio amphione Cramer, [1779] Papilio astynome Dalman, 1823 Dismorphia polymela Geyer, 1832 Leptalis praxinoe Doubleday, 1844 Leptalis amphithea C. & R. Felder, [1865] Leptalis arsinoe C. & R. Felder, 1865 Dismorphia arsinoides Staudinger, 1884 Dismorphia rhomboidea Grose-Smith & Kirby, 1897 Dismorphia broomeae Butler, 1899 Dismorphia robinsoni Schaus, 1929 Markku Savela[1] |
Descrição
editarIndivíduos desta espécie possuem as suas asas moderadamente longas e estreitas e são de coloração predominante laranja, vistos por cima, com variáveis padrões - de acordo com a subespécie - em branco, amarelo e negro[5], o que lhes rendeu uma série de denominações científicas[1]; aliadas ao fato de que machos[6] são substancialmente diferentes das fêmeas[7] em seu padrão de forma e coloração alar. Este padrão em laranja, branco, amarelo e negro, é comum a diversas espécies de Lepidoptera americanos dos trópicos, que compartilham um mecanismo mimético comum nestas cores, cuja função é aposemática.[8] Vistos por baixo, apresentam padrão mais opaco e imitando folhagem seca e com algumas áreas pulverizadas em branco.[9][10]
-
Nesta ilustração de um livro do ano de 1917, a fêmea do Pieridae D. amphione (acima e à esquerda) é facilmente distinguida, pela forma de suas asas, dos Lepidoptera Nymphalidae que compartilham o mesmo padrão de mimetismo entre si.
Subespécies
editarD. amphione possui treze subespécies:[1]
- Dismorphia amphione amphione - Descrita por Cramer em 1779, de exemplar proveniente do Suriname.
- Dismorphia amphione astynome - Descrita por Dalman em 1823, de exemplar proveniente do Brasil.
- Dismorphia amphione praxinoe - Descrita por Doubleday em 1844, de exemplar proveniente do México.[5][11]
- Dismorphia amphione beroe - Descrita por Lucas em 1852, de exemplar proveniente da Colômbia.[12][13]
- Dismorphia amphione egaena - Descrita por Bates em 1861, de exemplar proveniente do Brasil (Amazonas).
- Dismorphia amphione discrepans - Descrita por Butler em 1896, de exemplar proveniente do Equador ("New Granada" na descrição).
- Dismorphia amphione rhomboidea - Descrita por Butler em 1896, de exemplar proveniente do Peru ("Nauta" na descrição).
- Dismorphia amphione broomeae - Descrita por Butler em 1899, de exemplar proveniente de Trinidad; também ocorrendo na Venezuela.
- Dismorphia amphione meridionalis - Descrita por Röber em 1909, de exemplar proveniente da Bolívia.
- Dismorphia amphione daguana - Descrita por Bargmann em 1929, de exemplar proveniente da Colômbia (localidade-tipo: "Río Dagua").
- Dismorphia amphione lupita - Descrita por Lamas em 1979, de exemplar proveniente do México (localidade-tipo: "Nayarit").[14][15]
- Dismorphia amphione isolda - Descrita por Llorente em 1984, de exemplar proveniente do México (localidade-tipo: "Oaxaca").[16][17]
- Dismorphia amphione mora - Descrita por Lamas em 2004, de exemplar proveniente do Peru (localidade-tipo: "Madre de Dios").[18][19]
Galeria de ilustrações e fotos
editarLigações externas
editarReferências
- ↑ a b c d e f g h i j Savela, Markku. «Dismorphia amphione» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ a b PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 1. Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae, Riodinidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 106-107. 768 páginas. ISBN 978-85-64060-09-8
- ↑ a b c D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 50-51. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0
- ↑ Pieter Cramer; Caspar Stoll (1779). «De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 3.» (em inglês). Biodiversity Heritage Library. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ a b Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione praxinoe (E. Doubleday, 1844) - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,m,d (macho)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,f,d (fêmea)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ «Butterfly mimicry rings – a case of natural selection?» (em inglês). Non-darwinian views on evolution. 7 de maio de 2013. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Perk's images (7 de março de 2011). «Female Tiger Mimic-white - Dismorphia amphione (Pieridae, Dismorphinae) 111p-3829» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,f,v (fêmea, vista ventral)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione praxinoe (E. Doubleday, 1844) - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione beroe (Lucas, 1852) - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione beroe (Lucas, 1852) - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione lupita Lamas, 1979 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione lupita Lamas, 1979 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2010). «Dismorphia amphione isolda Llorente, 1984 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione isolda Llorente, 1984 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Garwood, Kim (2011). «Dismorphia amphione mora Lamas, 2004 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018
- ↑ Garwood, Kim (2011). «Dismorphia amphione mora Lamas, 2004 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018